Valsa Antiga(2010)

Amar-te mais ainda?
Se já te amo por demais...
Mas se uma valsa antiga
Mostrasse no seu tempo 
Um tempo em que eu fosse capaz

Dirão talvez que enlouqueci
Que o tempo dessa valsa não existe
E o nosso amor ao tempo não resiste
Amar-te tanto e sempre e mais

Querer-te mais, querida?
Se já te quero tanto assim...
Querer por toda a vida
Não fosse a vida pouco tempo 
Prá um querer sem fim

E sem saber por onde vou
Se a vida segue e eu sigo sempre a ti
E o meu querer, querendo mais
Não cabe em si
Querer-te no meu dia a dia e para sempre...

A vida prá dançar bem junto a ti
A valsa prá viver um sonho aqui
Amar-te mais, querer-te mais?
Um tempo que perdi...

Valsa Antiga

Cantiga À Luz de Velas(fev.2015)

Faz escuro no meu quarto
E a cantiga é o teu retrato
Arde a vela num desejo,
Num delírio de que estás

Solidão me acompanha
Vendo a chama se apagar
As estrelas são teus olhos
Mil lembranças a piscar

A manhã já vem surgindo
Prá cantiga terminar
Os meus olhos tão cansados
Esperando teu olhar.

Cantiga à luz de velas

Longe(dez./2014)

Longe, 
Teus descaminhos
Prá muito longe irão levar

Triste,
Ando sozinho
Num canto triste a me apagar

Finjo tua presença,
Te ver chegando
Sentas, me dás as mãos
Cantas uma canção
Deitas aqui pertinho
Beijas devagarinho
Pedes o meu perdão...

Somes,
Abro meus olhos 
E a tua ausência a me fitar

Vento
Soprando versos
Nesse deserto sem seu olhar
"Frio, mundo vazio, frio, mundo vazio"

Longe

Prá Você Voltar(jan./2015)

Todos os dias
Eu acordo a madrugada
Teço bordas já rosadas pela aurora 
Uma trilha recortando o céu nublado 
Clareando minha imagem em seu caminho
De lembranças, de canções e de carinho
De motivos prá você voltar...

Todas as noites 
No escuro as passo em claro
Alinhavo estrelas rubras em colares
E com lindos beijos de prata lunares
Luz tranquila sobre a relva embranquecida
Leva, leve, à outra senda esquecida 
Com encantos prá você voltar...

Entorno no rio
O mar da baía
Num barco seguro
Brisa, calmaria
Retorno à nascente
Ao broto, à semente
Ao ponto em que o amor
Entre nós se fazia
Lhe vejo voltando
Ou é fantasia
Meu peito cantando
Sua melodia

Prá Você Voltar

Novo Amor(fev./2015)

Um novo olhar, novo sorriso
Um jeito novo de me beijar
Um novo abraço, novos carinhos
Novos caminhos de arrepiar

Um novo amor é uma festa
Resta um dia para desfrutar
E o coração bate apressado
Entusiasmado prá recomeçar.

E o novo amor, de onde vem?
Da madrugada, um reencontro,
A inocência, um querer bem 
E esse amor que ora me vem
Tem um frescor que ninguém tem

O meu amor de sempre
É novo amor a cada dia
Um dia prá se renovar
Por isso ela é o meu amor 
Pra sempre toda a dor 
Pra sempre toda alegria

Um novo adeus, é despedida
Nova tristeza, nova partida
A tarde cai, a noite chega
O tempo foge, tudo termina

O meu amor já vai dormindo
Findo o dia, nem senti passar
Meu coração sonha acordado
Esperando o novo amor chegar

Novo Amor

Mãos Vazias(abr./2015)

Quando te vi, primeira vez
Foi alegria
Cheguei assim, como dizer?
De mãos vazias
Trazia então no coração
Algo maior que em minha mãos não caberia
E era tanto amor que até sonhei, te bastaria...

Tolo fui eu, nem tanto assim,
Foi fantasia
Imaginar que o amor sozinho
Venceria
Pois nesse mundo tão feroz
'Que pode o amor com sua voz?
Tu não sabias...
Mas era tudo o que desejaste um dia.


Mãos Vazias

Mana (Carmen Guerra e Marcos Lopes) (jun/2015)

Mana 
Quem teceu a trama  
Flor em seda fina  
Que o amor ensina, sina...
  
Mana 
Por esse caminho
Eras só um sonho
Mas a vida é chama e chama

Mana, mana
De todas as canções
Portais para nossa voz
Que canta como uma só
Tanta luz derrama
Coração já não se engana 
Quando vou chamar-te

Mana
Teu sorriso é flama
Teu olhar espelho
Verde, alma cigana, gana

Mana 
Nas estradas que surgirem
Serás sempre...mana!


Mana

Letra de Telma da Costa, música de Marcos Lopes.

Marcos Lopes violão e voz(????)

PRESSA CEGA – Telma da Costa
								        
Porque foste embora tão cedo 
Nem ficaste para ver o mar 
o mar à frente			                                
o mar abaixo
                                                                                              
Foste embora tão cedo 
Nem ouviste o canto da sereia  
Nem viste a Lua
Que insiste em brilhar
Por trás daquela nuvem escura...
                                                           
Porque foste embora tão cedo 
Nem notaste o tremor em minhas mãos
A febre dos meus ossos,
O brilho em meu olhar                                                                                                    		                    
A pressa, a despedida
Foste embora tão cedo!
deixando em minh'alma a fome       
E a sede em minha boca.

Porque foste embora...

Pressa Cega

Uma das maravilhas com as quais Cartola nos brindou...

Marcos Lopes

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