Canção "Baião de Um", interpretada pelo Projeto Alpercata no Sofar Sounds BH, em agosto de 2013.
Voz principal: Marcos Ruffato; Backings: Sofia Cupertino e Pedro Santos; Violões: Marcos Ruffato e Pedro Santos; Triângulo: Octávio Cardozzo; Cajón: Pedro Alves; Pandeiro (participação especial): João Pedro Valadares.

baião de um
(marcos ruffato)

toda essa gente “tá” de caso besta quando dá de acumular
só tira proveito na labuta, ó nega, vai deixando de amar e farrear
que coisa é essa de fazer chover?
quando invoca e dá de mandar cai na roda da ciranda do capital
sua poesia que é palavra meia, não deixa rastro de pé no chão
o seu umbigo que o cifrão rodeia bate mais que o coração
que coisa é essa de fazer chover?
solidão pode inundar esses “oinho” cego...
eita competência, menino, pra acumular
“nóis” que é ungido na “farta” disso que te dá
pleno poder, “nóis pode” cantar
que essa competência, menino, pra acumular
tira do fundo dos “óio” o jeito de amar
só deixa ver coisa pra amar
vai percebendo que esse jeito besta faz coração atrofiar
há beleza na labuta e é muito além de acumular
coisa boa já mora “nocê”
se num cuida vai perdendo a paz
cai na roda da ciranda
eita competência, menino, pra acumular
“nóis” que é ungido na “farta” disso que te dá
pleno poder, “nóis pode” cantar
que essa competência, menino, pra acumular
tira do fundo dos “óio” o jeito de amar
só deixa ver coisa pra amar

Baião De Um (Projeto Alpercata no Sofar Sounds Belo Horizonte)

Gravação caseira da música no momento de consolidar a composição, com algumas idéias para arranjos vocais. Violões e vozes gravados por mim =)

REVORTEIA (marcos ruffato)

risco d'água brinca dentro do ar
anuncia que é tempo do sol descansar o céu
dorme no céu sobre a nuvem que cai e não vai parar
e a coisa toda quis fazer chover
rodar a saia do vento sacode o calor desse chão
que era dia de fazer chover
rodar a folha da saia sacode o calor desse chão
e a coisa toda quis fazer chover
“quentar” toda a roda do vento sacode o calor desse chão
que era dia de fazer chover
adormecer bota flor pra nascer, sacode o calor...
e era a razão de um tom turvo da voz do céu
cisão – clarão atroz! venta, venta, venta mais!
quando a “revorteia” passar, era maré cheia do ar que baixou...
medo de cair o céu, flor que se foi chorar pro chão
era a razão de um tom fresco da voz do chão…
brota a luz: vem do chão
vem menina, abre a mão, pega a flor e vai voar!
flor agora vai iluminar cabelo de menina...
lugar não falta no tempo, é questão de estar fluindo...
o tempo é um jeito de contar o céu
o tempo é um jeito do céu olhar pro chão

Revorteia (esboço da música + esboço de arranjo vocal)

gravação caseira da canção "setembro".

setembro (marcos ruffato)

pois zé, secou, ipê já coaiô os gai de flô
dá gosto ver o céu da manhã por trás de uma nuvem brilhar
a flor se abriu, Dori sorriu pra mim!
do Porto de um dia bonito em Minas Gerais
eu vou partir, agradecer todo chão em que caminhar 
agradecer tanto chão...

pois zé, ventou, 
ipê já num tem os gai em flô, luziu o chão
esteira pro vento arredar e cachorro latir
esteira pro vento ancorar dentro de mim

Setembro (esboço da canção)

Carta ao Patriota

se me permite, meu amigo, um fronteiriço palpite
nenhum país existe, bicho não tem pátria-mãe
nuvem que cruza o céu nem passaporte carrega
é tanta coisa que floresce com o sol de outro lugar
desobedece o mar qualquer limite de terra
quem pôs cerca no mar?

amanhece um sol sem cercas 
que aquece a natureza 
e há de se lançar na escuridão
arredia, a natureza desconhece qualquer cerca
e vai por aí, na imensidão...

Esboço da canção "Carta ao Patriota", de Marcos Ruffato.

Carta ao Patriota (esboço da canção)

Frevo Pra Acordar (compondo agora)

jericoacoara (marcos ruffato)

formiga do cajueiro correu pra avisar
palmeira soltou os cabelo pro vento despentear
é que o sol já vem raiar

antes do céu tá inteiro, raimundo saiu pro mar:
"quando ele não tá pra peixe, ô mineiro, a rede volta sem pegar, oi, ai..."
barco vai, o dia vem...
entra o céu, venta o sol
venta o chão, vento pro mar...

ah, enquanto duna tiver pra ventar, o vento carrega todo o ceará!
areia quente venta pra levar qualquer coisa ruim pro fundo do mar!

sem correr, vai chegar
vento vai sem parar
vira som, vai soprar
até chegar cantando pra manhã

maré baixa o mar inteiro, a noite começa a aproximar
um salve ao mestre caeiro faz o céu desanuviar
tarde o sol deixa o céu
deita ao mar: estrela do mar

ah, enquanto duna tiver pra ventar, o vento carrega todo o ceará!
areia quente venta pra levar qualquer coisa ruim pro fundo do mar!

Jericoacoara

pescador (marcos ruffato / edelson pantera)

quando o mar derramar seu lençol 
toda a brancura da espuma do mar
vem brincar na areia da praia
no vai e vem das ondas do mar
(2x)
pescador, pescador, pescador
contra a luz joga a rede no mar
a brincar no infinito azul
sob a luz, sob a luz, sob a luz

pescador, pescador, pescador
mergulhou na fartura do mar
mergulhou, mergulhou, mergulhou...
com a sereia cantar

Pescador (Marcos Ruffato / Edelson Pantera)

This is a sketchbook, and you're my guest! Enjoy it :)

About me: I'm Marcos Ruffato, psychoanalyst and musician who won the XVI BDMG Instrumental Prize, in 2016. 
In 2020's september, I released my first album named Vata, that you can find in all streaming platforms! Vata CD is being manufactured and distributed in Japan by the label Après-Midi. And I have some that I can send to any place in Brasil for 35 reais. And it's possible to listen to it for free in YouTube. Have fun!

Revorteia (esboço da música + esboço de arranjo vocal)

marcos ruffato

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