Música antirracista que exalta o valor do migrante cearense em São Paulo, com seus dotes culinários e senso de humor que fazem o favor de alegrar e enriquecer a capital.
Letra:

Hipnotizada eu fico,
ao som do pandeiro e ele só
Transbordando ginga arrepio,
o cavaco vem que vem sem dó!

Clandestinos, entrem amigos,
que esse som liberta seu coração!
Perdidos na noite dos vivos,
não perde uma festa as assombração!

Alturas de outro mundo,
descem pela brecha,
das nuvens do futuro
Ao som de uma festa!

Sem ninguém dançando eu não toco,
não é uma questão de capricho
É que o som precisa vibrar
Toca, meu amigo, eu insisto!

Paraíba, cabeça-chata 
Baiana me chamam, eu num sou não!
Cearense da paulistada 
Um pé na cidade e outro no sertão

Minha gente bebe cachaça 
Os gringo adoram uma com limão
Cearense na culinária 
Quero ver São Paulo sem meus irmãos!

Quem sustenta a alegria
de quem não tem graça?
Quem é que tem euforia dentro de casa?

Hoje sem dançar eu não fico
Não é uma questão de pirraça,
eu quero é que tu dance comigo
e que depois me deixe em casa!

(Composição: Maria Sabina!)

Membros da gravação demo:
Bruno Sodré - guitarra
Carlos Augusto Ronkgronglin - percussão e vocal
Éveri Sirac Nogueira - percussão
Henrique Magalhães - bateria
J Peia Manoeli - baixo e vocais
Maria Sabina! - vocal e cavaquinho

Transbordando Ginga (demo)

Tempo Arruaceiro (Maria Sabina)

Ficha técnica
Cavaquinho e vozes: Maria Sabina
Bateria: Pedro Cardoso
Guitarras: Bruno Sodré
Baixo: Felipe Bil
Triângulo, Rabeca, Tigela Tibetana e Backing Vocal: Éveri Sirac

Mixagem e Masterização : Guilherme Negrão
Produção Musical: Kelton Gomes, Guilherme Negrão e Maria Sabina & a Pêia
Gravado entre Setembro de 2016 e Janeiro de 2017 nos estúdios 1234 Recording Studio, Blue Records e Sala Fumarte.

A primeira faixa que dá nome ao EP, um baião com rabeca, é um chamamento, abrindo com o som sagrado da tigela tibetana e a invocação da natureza representada pelo vento, em referência aos chamados dos cânticos dos rituais de ayuasca (ambos utilizados em rituais de cura), e em referência à música "O vento", de Dorival Caymmi.

A letra da música passeia pelas aflições provocadas pela passagem implacável do tempo e da força da natureza sobre os homens, chegando à superação destes medos por meio da compreensão da beleza dos processos naturais da vida. A aceitação do tempo liberta, permitindo o triunfo da euforia sobre a tristeza, com festa e arruaça para celebrar a existência.

Maria Sabina & a Pêia - Tempo Arruaceiro

Herdeiras de Antônio Conselheiro (Maria Sabina)

Ficha técnica
Cavaquinho e vozes: Maria Sabina
Bateria: Pedro Cardoso
Guitarras: Bruno Sodré
Baixo: Felipe Bil
Caxixi, Triângulo e Backing Vocal: Éveri Sirac

Produção Musical: Kelton Gomes, Guilherme Negrão e Maria Sabina & a Pêia
Gravado entre Setembro de 2016 e Janeiro de 2017 nos estúdios 1234 Recording Studio e Blue Records

Num frevo temperado com slides de guitarra, “Herdeiras de Antônio Conselheiro” ressoa vocalizes de mantras, com forte influência de Alceu Valença, questionando o que aconteceu com a descendência dos sobreviventes da Guerra de Canudos.

A letra sugere, inspirada no realismo fantástico, que anjos ousados possam ter arrebatado os resistentes do arraial – salvado, assim, o sonho de uma comunidade justa e igualitária –, e que os descendentes dos sobreviventes estariam hoje espalhados pelo Brasil, mas lutando unidos contra a exploração social.

Maria Sabina & a Pêia - Herdeiras de Antônio Conselheiro

Eu, você e os garçons (Maria Sabina)

Ficha técnica
Cavaquinho e vozes: Maria Sabina
Bateria: Pedro Cardoso
Guitarras: Bruno Sodré
Baixo: Felipe Bil
Sintetizador e Backing Vocal: Éveri Sirac
Teclado: Iko Flores
Produção Musical: Kelton Gomes, Guilherme Negrão e Maria Sabina & a Pêia
Gravado entre Setembro de 2016 e Janeiro de 2017 nos estúdios 1234 Recording Studio e Blue Records.

“Eu, você e os garçons” é uma marchinha fantasiosa sobre um paraíso na Terra pós-apocalíptico, no qual só restaram “eu, você e os garçons”, onde não faltam brindes, nem meios para comemorar a vitória do Bem contra o Mal. Os teclados setentistas da música, gravados pelo músico brasiliense Iko Flores, e a linhas melódicas do baixista da banda Bil, que também é baixista da banda punk Detrito Federal, firmam a mistura com o rock junto a solinhos de guitarra, inspirado nas guitarras baianas.

Maria Sabina & a Pêia - Eu, você e os garçons

Igreja Mundial da Transpiração (Maria Sabina)

Ficha técnica
Cavaquinho base e vozes: Maria Sabina
Cavaquinho base e Cavaquinho Solo: Leo Benon
Bateria: Pedro Cardoso
Guitarras: Bruno Sodré
Baixo: Felipe Bil
Sintetizador e Pandeiro: Éveri Sirac
Produção Musical: Kelton Gomes, Guilherme Negrão e Maria Sabina & a Pêia
Gravado entre Setembro de 2016 e Janeiro de 2017 nos estúdios 1234 Recording Studio e Blue Records.

“Igreja Mundial da Transpiração”, um samba messiânico, anuncia uma forma libertária de salvação por meio da entrega aos ritmos e tambores brasileiros, em lugar das negações e privações do moralismo católico. Com participação do músico e professor do Clube do Choro Léo Benon num dos cavacos base e no cavaco solo, a mistura do sintetizador gótico com percussão de capoeira é uma mistura de proposta iconoclasta com a cultura tradicional.

Maria Sabina & a Pêia - Igreja Mundial da Transpiração

Potente Amor

Brincando Com Fogo

Guerreiros Reluzentes

Manual de Resistência Cerebral

Acima do Bem e do Mal

Abalo Sísmico

Cara de Inocente

A Desertora

Todo Mundo É Corno

Santa Tecnologia

Maria Sabina & a Pêia é uma banda de rock brasiliense que mistura um cavaquinho feminino com sons psicodélicos, animando o baile num show dançante com mensagens engajadas. Versáteis e vibrantes, as músicas dialogam com diferentes públicos, passeando na pista do rock ao Carnaval.

Formada em 2015, lançou em 2017 o EP “Tempo Arruaceiro”. Em novembro de 2017 a banda foi atração do festival Porão do Rock, tocando na mesma programação que Elza Soares, Baiana System e Sepultura, sendo a mais votada na seletiva de bandas da capital. No início de 2018, a banda venceu o concurso de marchinhas do tradicional bloco brasiliense de carnaval Pacotão, quando pela primeira vez na história dos 40 anos do bloco uma mulher é autora da música oficial e vocalista à frente dos dois dias de desfile.

Além disso, a banda foi indicada duas vezes ao prêmio do Festival de Música da Rádio Nacional FM, suas músicas tocam com frequência em rádios FM e rapidamente se tornaram referência da música autoral produzida no DF.

Members: 
Bil - baixo e vocal
Bruno Sodré - guitarra
Éveri Sirac Nogueira - percussão e vocal
Janari Coelho - bateria
Maria Sabina! - vocal e cavaquinho

Maria Sabina & a Pêia

Popular tracks