Ficha técnica :
Gravação : Joaquim Prado
Victor Almeida

Mixagem : Joaquim Prado
Masterização : Estúdio Costella - Alexandre Capilé

Letra : 

Essa esmola espremida em seus dedos pra mim
Não dá salvo conduto pro seu coração
Esse olhar condoído, essa pedra no rim
Não absolve a indecência de sua compaixão

Vá à merda
Eu não quero sua prece, seu doce, seu riso ou sua lágrima
Me interessa a carteira, o anel, a pulseira, o relógio
É o pedágio que eu cobro pra sua arrogância passar

Esse muro invencível, que ergues por mim
Esse alarme, o cão Fila, não vale a ração
O chá beneficente, o champanhe ou o gim,
O louvor dessa tese não compra meu pão

Vá a merda
Passa a grana eu preciso pagar o aluguel do viaduto
Seja breve ou pertença (?) vê se não me deixa mais puto
Pague rápido o imposto abstrato de sua salvação

Essa esmola espremida em seus dedos pra mim
Não dá salvo conduto pro seu coração
Esse olhar condoído, essa pedra no rim
Não absolve a indecência de sua compaixão

Vá à merda
É você quem aumenta o buraco e a dor dessa cárie
Eu sou fruto parido no ventre de sua barbárie
Um fantasma nutrido com lixo sobre o seu portão

Fechou o vidro assim quando me viu famélico
Falou ao celular adjetivos cínicos
Acelerou sem dó pra aliviar o esôfago
Me atropelou ganhando o aplauso público

Por esse pão pra comer por esse chão pra dormir
Deus lhe pague
Por me deixar respirar, por me deixar existir
Deus lhe pague
Por esse pão pra comer por esse chão pra dormir
Deus lhe pague
Por me deixar respirar, por me deixar resistir
E vá à merda!

Salvo Conduto (Vá à Merda)

Ficha técnica :
     Gravação : Joaquim Prado
                        Victor Almeida

     Mixagem : Joaquim Prado
     Masterização : Estúdio Costella - Alexandre Capilé

Letra : 

Era um sonho, não suponho,  aconteceu;
E ao piscar os olhos o que eu via se perdeu;
Gritos de luz, câmera, mas sem ação;
O filme é o Brasil, um drama sem direção;

Descanso é paz, a esperança vai;
Mas a ilusão de segurança, não mais;
Sigo viajando na paisagem;
Da lembrança e o pensamento, faço bagagem;

Pra parar, pensar, recomeçar, lembrar;
Que o corpo tá parado mas a mente a voar;
Onde o solo é de barro o rap vira repente;
Represento o cordel, cultura e descendentes; 

Feche os olhos e ao abrir vê se acorda;
A decência ta em falta e te apunhala pelas costas;
A cultura ta escassa, procurando salvação;
Idéias e ideais escorrendo pelo chão;

E pela musica eu vivo;
E abraço cada verso como se fosse um ente querido;
Onde os que restam começaram a cometer o suicídio;
E se falarem "não tem jeito",não, não de ouvidos;

Pra verdade eu dou a cara, da mentira eu levo tapa;
Dessa briga eu não fujo, respiro fundo;
E depois de tanto tempo enxerguei explicação;
A impunidade é um silencio à esperar educação;

Sou guerreiro sim sinhô;
cabra da peste com louvor;
Eu mimo a morte com cantigas;
E orgulho que me instiga;

Sou guerreiro sim sinhô!


País de todos é o caralho, "cê" tá cego;
A censura aqui expressa o retrocesso;
Ao ver crianças com enxadas, nada de gíz;
Calos estouram e a gloria é ter final feliz;

Vedemos o pré-sal, na maior cara de pau;
Queima de arquivos apagão judicial;
A batida vem no peito e encontra coração;
E a cada verso que escrevo não há amor e sim razão ;

Chega de correr, olhe pra trás;
Veja a exploração, não há um bem ela traz;
A justiça aqui é cega, e não viril;
Ta na hora de mudar trocar o lado do vinil;

Querer fazer o certo, mas a vida dá um não;
Me diga o que é pior, a vida, o circo ou o pão;
Muita gente planta amor mas só da pra quem não tem;
E onde semeou-se a dor colhemos os reféns;

E pela musica eu vivo;
E abraço cada verso como se fosse um ente querido;
Onde os que restam começaram a cometer o suicídio;
E se falarem "não tem jeito",não, não de ouvidos;

Pra verdade eu dou a cara, da mentira eu levo tapa;
Dessa briga eu não fujo, respiro fundo;
E depois de tanto tempo enxerguei explicação;
A impunidade é um silencio à esperar educação;

Sou guerreiro sim sinhô;
cabra da peste com louvor;
Eu mimo a morte com cantigas;
E orgulho que me instiga;

Sou guerreiro sim sinhô!

Paralelo Retirante

Ficha técnica :
Gravação : Joaquim Prado
Victor Almeida

Mixagem : Joaquim Prado
Masterização : Estúdio Costella - Alexandre Capilé

Letra: 

Na esquina enquanto gritam aleluia pro irmão 
E eu fico perguntado qual a nova salvação
Será? -que mais um aleijado virou cego
Ou cego só tu, que não quer ver o que enxergo
 
A seca do nordeste já secou meu coração
Cujo o resto virou pó escorrendo pelas mãos
Do senhor que pediu, rezou o ano inteiro
Para a santa chuva no final de fevereiro

Pra mim a culpa não vem do céu
Mas sim de canetas e rabiscos em papel
De seda, que uso para sedar minha lucidez
E quando assim fico com 1 tiro eu mato 6

De alegria, se eu mato e não morro uma mãe ganhou o dia
A violência é tao cliché que se repete todo dia
São palavras que remetem em poesia
E o que salvou o verso foi a criança que sorria



Voltando do agreste não esqueço o que vi
Corpos, carcaças, um vazio sem fim
Onde o verde dessa terra vale mais do que dinheiro
Onde a esperança é a força que eu vejo

Não esqueço, de sua mente conservadora
Dizia que o novo não seria coisa boa
Tatuagens, dias de guerra e opressão
Não somos revoltados somos a nova geração


Levante sua mão, erga sua voz
Gere pensamentos que inspirem seus avós
Cuido dos mal tratos de quem mata esse pais
Não viva se culpando por apenas ser feliz

De mês em mês me passam uma mensagem
Falando de alegria quem dera fosse verdade
Dentro do peito bate um homem, é paralelo
E grita por amor sem rancor, só sincero

Não Esqueça

Ficha técnica :
Gravação : Joaquim Prado
Victor Almeida

Mixagem : Joaquim Prado
Masterização : Estúdio Costella - Alexandre Capilé

Letra : 

Mãe apoia minha arte
Me deixe livre pra viver a outra face
Mãe apoia minha arte
Me deixe livre pra viver a outra face

Mãe me perdi na balilônia
Lá é olho por olho, dente por dente
Logo fiquei cego, sem saber porque
Logo fiquei cego, sem saber porque
Filho do canavial
Raciado como o mangue
Filho do medo, da raiva
E da revanche

Mãe apoia minha arte
Me deixe livre pra viver a outra face
Mãe apoia minha arte
Me deixe livre pra viver a outra face



Mãe me perdi na balilonia
Lá é olho por olho, dente por dente
Logo fiquei cego, sem saber porque
Logo fiquei cego, sem saber porque

Sou filho do monopolio
Sou filho do capitalismo
Sou filho da conta bancária
Sou filho do colarinho
...branco
Sou filho de alagoas
Sou filho do marechal
Sou filho da política
Sou filho do meu carnaval

Mãe apoia minha arte
Me deixe livre pra viver a outra face
Mãe apoia minha arte
Me deixe livre pra viver a outra face


Mãe

Ficha técnica :
Gravação : Joaquim Prado
Victor Almeida

Mixagem : Joaquim Prado
Masterização : Estúdio Costella - Alexandre Capilé

Letra : 

Cegos à procura do apogeu
Mas já querem apagar do mundo o que é seu
Onde quem pensa positivo abre caminho pra quem vence
Faço, crio, projeto coisas na sua mente

Daqui pra frente, uma mensagem
Sem caô e sem mentira, sem malandragem
Nascido no serrado, crescido no sertão
Jesus cristo no nordeste se chamava lampião

Cabra da peste, ele não foge
Apesar de todo sangue, um homem nobre
Se tinha um problema resolvia na peixeira
Tinha até um preto velho que tentou na capoeira

Essa é nossa historia se você não se esqueceu
Em verso, linha e prosa nada se perdeu
Ainda me lembro de zumbi, de Virgulino e de canudos
Heróis e guerras da miséria desse mundo

lembro de zumbi, de Virgulino e de canudos
Heróis e guerras da miséria desse mundo
lembro de zumbi, de Virgulino e de canudos
Heróis e guerras

Morre Virgulino, vive lampião
Depois de padin ciço sou eu que mando no sertão (3x)
Morre Virgulino

O lampião está aceso dentro de cada um
Mas vejo guerra, e a miséria é tão comum
A cada dia que passa eu vou mudando de status
De bandido eu viro rei sou herói do cangaço

O sotaque de raízes, é descendência
Minha cultura, uma guerreira desde nascença
E quando mais eu vivo, cada historia vira livro
Eu não quero viver de historia, só quero a historia que eu vivo 

Me jogaram em um mundo globalizado
Sem canal, só sertão, a vida luta no cangaço
Tá escasso, um arregaço, um desmantelo
Nenhum mandacaru para florescer o meu canteiro

Cordéis e literaturas falam do lampião
enquanto a TV me deixa mudo e sem visão
salve zumbi, Virgulino e canudos
Heróis e guerras da miséria desse mundo

salve zumbi, Virgulino e canudos
Heróis e guerras da miséria desse mundo
salve zumbi, Virgulino e canudos
Heróis e guerras

Lampião

Composição : Thiago Paiva
Composição Musical : Thiago Paiva, Pedro Fernandes, Luiz Pedro, Julio Yulita, Marlon Lira

Em paz


Fico indignado só de ver o que acontece no sinal
E ainda dizem que o problema não é nacional
Crianças se perdendo e isso é a verdade pura
Vítimas de um trabalho escravo e sem censura

Enquanto os pais ficam por trás da verdade
A vida passa perdendo oportunidades
Onde seus filhos poderiam poderiam viver
E viver e viver...

Em paz, em paz
E viver em paz
E viver em paz


Se o meu pais fosse um pouco mais organizado
A juventude poderia ter o seu espaço
Com educação,
Caneta na mão

Mas o que eu vejo é o retrato da impunidade
Desvios de dinheiro sufocando a verdade
Que me ensinaram quando eu cresci,
E me disseram para viver

Em paz, em paz
E viver em paz
E viver em paz

Mazé - Em paz

Composição : Thiago Paiva, Pedro Fernandes
Composição Musical : Thiago Paiva, Pedro Fernandes, Luiz Pedro, Julio Yulita, Marlon Lira

Eu gosto dela 

Eu me vejo caminhando
Como se o mundo nucna mais fosse parar
Como se vida fosse feita de historias
Que os livros sabem contar

Onde todas as pessoas
Que andam livremente
Esperam algum sinal
Esperam um sinal

Que lhe abra os caminhos
Para um som que esta no ar
Pela cidade de concreto
Concentração popular

Feche os olhos um instante
E começe a imaginar
A lembrança de um passado
Que te faça flutuar

Voe, não olhe para tras, nao...

Eu gosto dela
Eu gosto dela, So dela
Eu gosto dela
Eu gosto dela, So dela
Eu gosto dela...


 solo

Eu me vejo caminhando
Como se o mundo nucna mais fosse parar
Como se vida fosse feita de historias
Que os livros sabem contar

Onde todas as pessoas
Que andam livremente
Esperam algum sinal
Esperam um sinal

Que lhe abra os caminhos
Para um som que esta no ar
Pela cidade de concreto
Concentração popular

Feche os olhos um instante
E começe a imaginar
A lembrança de um passado
Que te faça flutuar

Voe, não olhe para tras, nao...

Eu gosto dela
Eu gosto dela, So dela
Eu gosto dela
Eu gosto dela, So dela
Eu gosto dela...

A vida se passa pelos vidros da cidade
Reflexo de um lugar de oportunidades
Onde tudo é negocio, tudo é dinheiro
Fechou os olhou perdeu o dia inteiro

Os fatos sao escritos por quem esta de fora
Reporto o seu dia em minha memoria
Coisas ruins sao da vida faz parte
sonoplastia do relogio é o tic tac

Nao estou aqui so para falar de amor
Cuidado há espinhos até em uma flor
Nao pense que a cidade está de brincadeira
Tem gente que se perde e la se foi a vida inteira

1 2 3 é a maze em movimento
Com a força do pensar gerando o momento
O bumbo é batida a rima é o ataque
Sem manipulação e sem perder sotaque.

Mazé - Eu gosto dela

Composição : Thiago Paiva
Composição Musical : Thiago Paiva, Pedro Fernandes, Luiz Pedro, Julio Yulita, Marlon Lira

Mazé

Estou aqui para formar uma opniao
Com sua mente quebrando a razao
Mito crenças sao partes do poema
Onde misturo tudo e formo o meu dilema

Procuro em maceio estrutura cutural
Retrato do passado ou algo pessoal
Como a minha minha força aquela velha fé
E ela me carrega para onde eu quiser

Como um livro, que me faz viajar
Nao aquele cubo onde nao saio do lugar
Ler, pensar, nosso pensamento
Crio frases e palavras e as deixo em movimento

Vivo o momento eu sigo com o vento
Soando a batida em compassos de pressao
Certo como o bumbo que marca o meu tempo
A gente vai rimando explicando uma questao

Mazé!! veio pra explicar, o pensar nao para é assim que vai estar (3x)
Mazé! veio pra ficar!


Desde muito tempo me contaram uma historia
onde homens tinham glorias, e aonde ela esta?
enterrada sobre corpos sem vitorias
e de la nunca sairá

e no noticiario quais sao os problemas da nação?
-Que roupa eu vou usar e qual será a moda do verao.
continuo a falar tentando explicar das coisas da vida
que se mudam, é pra pior

Abel e caim nao ficou pra tras
vejo crianças matando até os pais
a procura algo mais, formado em reais
entao eu te pergunto, o que te faz feliz?

mas nao tem problema nao, nao precisa responder
eu sei que o bem é pouco mas luta vai vencer
e certo como estou nao vou desanimar
como diria chico,
diz que deu diz que da diz que deus dará


Mazé!! veio pra explicar, o pensar nao para é assim que vai estar (3x)
Mazé veio pra ficar!

MAZÉ