Merai - É só +1 (Prod. White Latino)

Escrita em 2019. Gravada em 2020. Publicada em 2021

Merai - Guarda-me (Prod. Lee)

MERAI - MAZELAS

Vi o mar e fui pensando
Se o seu
Céu é mais escuro que o
Meu pincel

Vou-me entregar à
Sua maré

Vi do céu pingar um anjo
Que me deu
Terra e mar, guerra e paz
Agora o véu

Que separa desfaz-se
Para eu entrar com fé

Nesta noite o fim das coisas
É tão claro, como alvorada
Largo a sina, largo casa
Largo é o fim da estrada

Tudo o que é saída
Também é entrada
Se tens chave estás sempre
Convidada

Luz é casa acesa 
Numa sala fria
Vi-a bem quando me
Casei com a vida

Pode ser que te veja noutra vida

Nesta noite o fim das coisas
É tão claro, eu já sei ver
Vou para longe largar as sombras
Que tive que conhecer


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MERAI - INT(EI)RO

E eu não sei
Como os dias passam danos
No entanto ainda vamos
Em tanto ainda vamos

Queremos mais
E no fundo procuramos
Osso e ouro encontramos
Osso e ouro encontramos

Hoje só quero lembrar
De onde venho e o que vou levar

Olhei para cima e dancei
Passo a passo a nossa dança
Não sei quando me criei
Eu dizia em criança

Olhei para cima e dancei
Passo a passo a nossa dança
Não sei quando me criei
Eu dizia em criança

Mãe, o céu é alto
Mãe, o céu a entrar

Uuuuuuu...

Nova lei
Vê-me aqui nesta sala
Vê lá como me entala
Lá como nos entala

Eu pintei
Dentro todos estes quadros
Com a mania de escapar
A mania de escapá-la

Vi o meu país a arder
Só as nuvens me podem proteger

Olhei para cima e dancei
Passo a passo a nossa dança
Não sei quando me criei
Eu dizia em criança

Olhei para cima e dancei
Passo a passo a nossa dança
Não sei quando me criei
Eu dizia em criança

Pai, o céu é alto
Pai, o céu a entrar

Uuuuuuu...

E hoje o dia é só teu
Eis o dia que eu sonhei

Hoje o dia é só teu
Eis o dia que eu sonhei

Olhei para cima e dancei
Passo a passo a nossa dança
Não sei quando me criei
Eu dizia em criança

Olhei para cima e dancei
A nossa dança
Como uma criança

Todos os direitos reservados©

MERAI - DÚVIDAS

Refrão:
Podes-me tirar as pernas
Não perco a direção
Podes-me tirar o coração
Não perco o amor

Podes-me tirar as cordas
Não perco a minha voz
Tira-me o corpo todo
Que eu nunca o perco o chão


Sem cabelo eu sou bela
Sem olhos ainda vejo
Sem braços ainda manejo a pena

Uma vela à janela
Pode-me apagar o fogo
Nunca, nunca perco a chama

Quero ser eu mesma
Não a folha, uma resma
De tudo o que se
Contradiz lá no fim
Inferno e Paraíso

Refrão:
Podes-me tirar as pernas
Não perco a direção
Podes-me tirar o coração
Não perco o amor

Podes-me tirar as cordas
Não perco a minha voz
Tira-me o corpo todo
Que eu nunca o perco o chão


Pode falhar a atenção
Mas eu nunca perco o foco
Setas no meu coração
Mas ainda me enamoro

Porque a Vida é o que fazes
Depois de olhares a Morte
Porque a Vida é o que fazes
Depois de olhares a Morte

Avançando lentamente
Abro as asas, vou com o vento
O resto não sou eu que escrevo
Mas vou sempre sem medo

Vivendo, morrendo, vivendo, morrendo, vivendo, morrendo, vivendo...

Todos os direitos reservados©

MERAI - FÉNIX

Som produzido pelo Baziett, fizemos esta brincadeira numa tarde em casa dele. Demo perdida devido às voltas da vida, mas ainda assim achei digna de partilhar. 

Letra como era suposto ser:
Um desses dias
Vi que corrias
Para onde ias 
Para onde ias?

Vi-te lá só
A olhar pró Sol
A queimar os olhos
Vi que fugias

Para onde ias?
Vi-te sozinho
Perguntei
"Qual é o teu caminho?"

E se o teu vazio é igual ao meu
E se o teu vazio é igual ao meu

Piso os estilhaços dos telhados que achaste
Nessa tua viagem da vitória ao desastre

Querias ver a vista, não conquistas a tua chave
Por isso partes a janela e deixas a porta de lado

Não evitas a chegada
Dessa carta a tua casa
Por estacionares à porta da minha garagem
Deixa-me sair, tenho bagagem

E se o teu vazio é igual ao meu
E se o teu vazio é igual ao meu

Um desses dias
Vi que corrias
Para onde ias 
Para onde ias?

Vi-te lá só
A olhar pró Sol
A queimar os olhos
Vi que fugias

Para onde ias?
Vi-te sozinho
Perguntei
"Qual é o teu caminho?"

E se o teu vazio é igual ao meu
E se o teu vazio é igual ao meu

Merai - E Se O Teu Vazio É Igual Ao... (Demo Perdida)

Letra mais em baixo... Primeiro uma breve explicação.
Um baldio é um terreno partilhado, e O Meu Corpo Não é uma canção sobre violência sexual. Deparamo-nos aqui com um jogo de forças, uma luta: o Divino Feminino e o Masculino Tóxico. O Divino Feminino é a voz que se sobrepõe à de uma mulher só, é uma voz coletiva, um grito que urge: "Basta! O Meu Corpo Não". Este grito refere-se a todos os atos de posse para com o corpo da mulher que são normalizados. É uma canção de luta e luto - morte à masculinidade tóxica, que fere tanto mulheres quanto homens. Todos os homens merecem ser sensíveis, todos os homens merecem ser amados. Esqueçamos os discursos polarizantes que esta é uma nova Era. 

Letra:
O meu corpo é um baldio
E tu queres-te aproveitar
Um dia disse tenho frio
Convidaste-me a entrar
 
A culpa é toda minha
De ter ido lá sozinha
 
Depois vem o vendaval
Queres a bem ou queres a mal
 
As mãos descem mas eu nego
Ele é surdo e cego
Não sei se luto ou entrego
 
Mas o meu luto não é e nunca será
 
Morte do espírito, axé ou do orixá
 
Mas o meu luto não é e nunca será
Morte do espírito, axé ou do orixá
 
O meu luto não é e nunca será
Morte do espírito, axé ou do orixá
 
O meu luto não é e nunca será
Morte do espírito, axé ou do orixá
 
Fazes a uma afronta
Vimos todas em força
 
Fazes a uma afronta
Vimos todas em força
 
Fazes a uma afronta
Vimos todas em força
 
Fazes a uma afronta...
Só deixamos os ossos

Merai - O Meu Corpo Não

Danos Colaterais

Fruto dum amor infrutífero

A Aceitação e O Transporte. Ultrapassar barreiras. Saltar cancelas. EP META-FÍSICA

Merai - Terra (Prod. White Latino)

Bela alva com sabor a malva
Ar polvilhado de fantasia e calma
A sua aparição exalta

Não vejo o António
Mas sei que está ao meu lado

Cógito anónimo que se come a si próprio
Ouroboros no anelar em redor
Vi um eclipse no olhar do meu professor
Mas continuo sem saber qual 

Qual é o som da alma

A meta-física aproxima-se 
Ela também te quer chegar
Sei que as ondas se encostam
Para levar, finalmente,
Aquelas que são sempre elas mesmas
As palavras

Traumas, torresmos e resmas
de cadernos
que filhos da floresta não temem
Estas arestas são tão falsas
Rasgam-se-me as alças
De tão pesado que é o fardo que me prende à gravidade
Ímpeto falso
De andares descalço
Em solos que desconheces
BPM's e outras consoantes
Consoante a quantidade que cedes
E se dá
Quanto te importas
Quando exportas o corpo 
Cheio de vácuo para o lado de cá

Qual é o som da alma?

Seguindo uma ritmopeia
Eu não durmo desde a minha última ideia
E tudo bate ao mesmo tempo
Sei lá
Do lado de lá da porta o que está

As badaladas são tão fortes
Toco na minha pele só para confirmar
Que o tacto é tão real quanto esta visão

Quem olha para o chão cai
Quem olha para o chão cai
Quem olha para o chão
Quem olha para o chão

Continua sem saber qual

Qual é o som da almapesado que é o fardo que me prende à gravidade
Ímpeto falso
De andares descalço
Em solos que desconheces
BPM's e outras consoantes
Consoante a quantidade que cedes
E se dá
Quanto te importas
Quando exportas o corpo 
Cheio de vácuo para o lado de cá

Qual é o som da alma?

Seguindo uma ritmopeia
Eu não durmo desde a minha última ideia
E tudo bate ao mesmo tempo
Sei lá
Do lado de lá da porta o que está

As badaladas são tão fortes
Toco na minha pele só para confirmar
Que o tacto é tão real quanto esta visão

Quem olha para o chão cai
Quem olha para o chão cai
Quem olha para o chão
Quem olha para o chão

Continua sem saber qual

Qual é o som da alma

Merai

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