#NovoTexto
O Beijo de Despedida.
Por: John Campari.

Você poderia me enviar uma mensagem ou até mesmo me encontrar na parada de ônibus como antes. Era uma surpresa quando te via la, esperando. Sinto saudade da tua voz, mas talvez você não se pergunta porque não te ligo… Não é orgulho, não de minha parte, porque você também poderia me ligar e perguntar “o que esta acontecendo?” mas a verdade é que você não se importa. Eu estava acostumado a falar com você todos os dias porque eu já estava apaixonado. Mas é assim todas as vezes que me apaixono, apenas eu me importo… Lembro que disse-me que estaria comigo. Mas tu não estas aqui agora que eu preciso. Achei que seria diferente desta vez, ou que pelo menos não nos afastaríamos. Fico ansioso na expectativa de que eu vá te encontrar em qualquer virada de esquina, então você me olharia encaradamente com surpresa e logo em seguida sorriria, eu sentiria aquele clichê frio na barriga e ficaria desconcertado com sua presença. Arrependo-me apenas de uma coisa: de não ter lhe abraçado e beijado a tua boca que tanto desejei. Seria loucura, eu sei! Mas ao menos eu poderia ter usado o beijo como despedida.

O Beijo De Despedida - Por: John Campari.

❝ Submisso.
Por: — Mika da Silva﻿.

Terminei um relacionamento faz pouco tempo, e estou levando a minha vida da melhor maneira possível. Sem lembrar do passado, ou de tudo que foi vivido contigo. Não entenda isso como egoismo ou, como algo do tipo: "Nossa, ele quer mesmo me esquecer!". Entenda isso como, uma virada de página... Há algumas semanas atrás, fui em uma festa, só para espairecer a cabeça, sabe? Foi tudo muito bom, não dancei, pois, você sabe que não sou de dançar, mas curti bastante a festa, foi legal. Em um certo momento, um cara chamado Hugo, chegou perto de mim, e começou a me cantar. Falando coisas, que se fosse outro cara, na minha situação - solteiro/carente - cairia numa boa. Mas, logo dei uma nele, e disse: "mal chegou, e já quer o meu número. Vou pensar no seu caso. Talvez eu dê, ou talvez não. Não vem criar problemas, vai caindo fora. Rala!". Mas, o infeliz não se tocou, e continuo a jogar o "papinho" dele para cima de mim. Não dei muito bola, tentei apenas ignorar, mas ele era insistente. Se dizia ser o "pegador", o "garanhão" , "o melhor" entre todos. Vou confessar, que não foi isso o que encontrei. Ele era tão cobiçado, "o melhor" entre os homens, mas logo vi que não era nada do que ele dizia ser... Como se eu fosse um mágico, ele se transformou em um homem comum, fiz dele o meu submisso. E eu só precise de uma noite amor. Para mostrar para ele, quem manda aqui. Então cheguei a conclusão, de que homens como ele existem de monte por aí. E que só é preciso saber lidar com eles, para mostrar que nem tudo que reluz é ouro. Não, eu não fiz papel de "puta" ou algo do tipo. Quis apenas provar para ele, que aquele papinho fajuto dele, não me afetou ou abalou em nada. E que eu sou muito mais do que ele achava que eu era. Ta na cara, que ele achou que eu seria mais um na lista dele. E quebrou a cara. E quebrou feio! Hoje? Bom, hoje ele correr atrás de mim, diz que eu fui "o melhor", com quem ele já "se relacionou", mas como te disse no inicio, eu acabei de sair de um relacionamento... Não to afim de entrar em outro. Isso eu escolhi para mim, e para minha vida. Mas, devo confessar, estou me sentindo ótimo. Afinal, o tal "pegador", viu que nem todos querem fazer parte da lista imensa dele. E viu também, que ele não é tudo isso, que se auto proclamava ser. Mas, sabe a moral de tudo isso? Serio, na boa? Não existe uma moral, em si. A única coisa que posso te falar é que, não sou e nunca serei nada daquilo que você ou qualquer um "pegador", acha ou imagina sobre mim. Ou melhor, não somos a imagem que vocês criam de nós. Achando que só porque, vocês deram fim no relacionamento, que vamos acabar na fossa, ou que vamos sair pegando um e outro para mostrar superioridade. Não, eu sou muito, mas muito, muito maior mesmo do que tudo isso que você, acha, que sabe ou cria sobre mim. 

#TextoNarrado Submisso - Por: Mika da Silva

#TextoNarrado: Toda panela, tem a sua tampa!

Nascido em Alagoas, no dia 29 de novembro de 1992. Escritor desde dos 17 anos, homossexual assumido, com um romance gay publicado, ex-blogueiro, ex-jornalista, apaixonado por forró, alagoano, residente de Guarulhos na cidade de São Paulo, do signo de sagitariano, com apenas 22 anos de idade.

Mikadasilvaa