rapeeeeraaa

Construção musical coletiva executada pelos seguintes operários da música:
Baixo: Mário Ferrolho
Violão: Mateus Lunardini
Flauta: Leonardo Schneider
Percussão: Felipe Bischoff
Voz e letra: Kaue Catalfamo
Produção e gravação: Diego Stassen

letra

Esses dias conheci uma guria simpática,
uma beleza fantástica, uma energia bombástica,
na balada ela falava com todos que conhecia 
e conhecia quase todos era o que me parecia
agia: 
como se morasse dentro de uma boate
andava por toda parte, mais tarde ela me abordou.
me confessou que não perde seu tempo tomando ceva,
é caipirinha pra cima se não nem era,
então vi ela dançando junto com suas amigas,
o som pegando e ela entornado uma garrafa de Chivas.
Achei a cena exagerada cada um tem seu limite
Cambaleando ela costura essa balada e a city.
Depois fiquei sabendo muita história a seu respeito
Que terminavam dizendo que ela tem mais jeito
Dizem que seu cotidiano é noite dessa cidade
De copo cheio na mão que ela se sente a vontade
Um uísque um gole de vinho, um traguinho, uma ceva,
Uma erva, um tequinho, tudo ela usa nada recusa abusa mesmo sem pensar
Nas conseqüências como essa que agora vou relatar,
Como o do dia que ela acordou num quarto desconhecido,
na casa de um desses que ela chamava de amigo,
Conversando comigo ela chorou e me disse
que nem lembra do que fez nem com quem nem com quantos
aos prantos 
ela me mostra um papel amassado
o HIV positivo e diz: taí o resultado.

Refrão 4X:Desce mais uma, enche o copo
Senta malaco que tu é dos nosso
Mais uma dose, pro confirmado
Bota na conta, depois eu pago

Um brinde aqui, um brinde ali, tudo é motivo pra brindar
Vamos curtir, vamos zoar, desculpa pra se embebedar.
Mantendo a moral diante da sociedade
Quando pisa na baia, se torna um covarde
Bate na mulher se pergunta onde é que tava
A filha se escondendo, com medo do canalha
Bem perto dali seu filho assiste o espancamento 
Revoltado até umas hora, com raiva por dentro
Relembrando quantas vezes teve que trampar de graça
Dar todo o seu dinheiro pro seu pai beber cachaça
Pretende dar um fim nesse filme de terror
falou que vai buscar um oitão fazer girar todo o tambor
Não vai ter por favor, não vai ter pelo amor de deus 
vai ter de volta em dobro o ódio que tu provocou
tu ta fodido malandrão, foge do cão que tu atiçou
Revide não demora ta colhendo o que plantou 
E foi curto e grosso, sem amor paterno
Click, cleck buum! Safado vai pro inferno.

Refrão 4X:Desce mais uma, enche o copo
Senta malaco que tu é dos nosso
Mais uma dose, pro confirmado
Bota na conta, depois eu pago

De dose em dose na maior neurose 
Eu vejo em ação a total metamorfose,
Do pacato cidadão conhecido seu João
Depois do martelinho é o senhor confusão
Super star do bar a principal atração
Ele grita sem parar eu boto qualquer um no chão
Quem conhece da risada e acha engraçado
Mas quem não conhece as vezes fica irritado
Seu João chega em casa sempre todo quebrado
A patroa indignada já cansou de dar recado:
Larga dessa vida tu faz tudo errado
Um dia tu te da mal João fica sossegado
Não tem como fugir João é pobre viciado
Rotina encher a cara viver tumultuado
Outro dia ta no bar num canto atirado
Trovando fiado muito mais que embriagado
Nisso entra seu Zé um brigadeano aposentado
Daqueles irritado sempre indignado
Não bebia tava lá, só pra comprar cigarro
João se levantou, olhou pros dois lados
Porco filha da puta sai daqui larga vazado
Seu Zé que sempre disse, disse: vale eu não pago
Puxou o 3oitão aí João ficou assustado
Não faz isso comigo se é por isso eu me calo
Mas Zé tava indignado muito mais que estressado, 
Engatilhou o cão e fez João pagar os pecados
Pagar os pecados...

Refrão 4X

O álcool. É um direito por lei garantido,
É o sexo bem feito do garoto contido, 
Anestesia para os feridos de guerra,
A cana brasileira que brota da terra 
É a valentia do covarde, o gole de uísque que arde
Conflito nos lares, briga nos bares,
União dos pares, fim dos pares,
A inspiração da composição, 
Dessa e de outras que virão,
É a virgindade perdida da menina contida,
É o alívio do operário cansado
De sua longa jornada de operário explorado.
É o mal universal!
Um brinde no natal, champanhe no ano novo e porres no carnaval.
É a negação do medo.
Dois litros de água no outro dia de manhã cedo.
Copão, canecão, pré-disposição genética,
Falta de condição atlética.
Me ofereçam cachaça, vodka ou gim.
Mas livrai-me da Sol, da Kaiser, da Colônia e da Nova Schin.
Não que eu queira beber com requinte,
Mas todos sabemos que existe o dia seguinte,
Um momento de crise no casal que namorava, 
Um strip-tease de quem não se esperava,
Um flerte na hora certa, sinceridade de mais na hora errada.
Um senhor que da pura bebeu com fartura
Afirma que na sua porta não existe mais a fechadura,
É o desespero das síndicas.
Transforma gurias simpáticas em cínicas e vice-versa,
Cirroses hepáticas nas clínicas enquanto o poeta versa,
Leva ao uso de outras químicas mas isso é outra conversa,
Tem gente que bebe no chão e outras em cima do tapete persa.
E pode ter certeza. 
No fim da vida isso faz a diferença, não só no paladar da bebida cara e barata que a indústria produz,
Mas tem quem paga para viver e outras que morrem de graça no SUS.
  


Doze Doses - Álcool

04 - Contaminação - Semente urbana

Beat: LC Mago dos beats
Produção geral: K36 Produções

05 - A's Trinca - Under'Gangsta

Dentre indas e vindas da vida, eis minha primogênita. Minha primeira letra, minha primeira inspiração. Depois de anos escrita, agora disponível ao mundo. 
A quem se identificar: Bem vindos aos meus mais puros sentimentos

Nina Juh - Em Você (Prod. Lc K36 Produções)

- Um ano. Um ano de trabalho lírico...espremendo sentimentos pessoais..me apropriando de pensamentos alheios (os teus...que me lê...que me ouve...que me vê). Verti tanto sangue...vêias/dutos que se perderam de mim e foram aos encontros mais variados. Picotes sampleados, versos arranjados. Senti...gozei...gemi...germinei...sofri...mas pari! De mim pra mim...de mim pra vcs. Não peço que gostem, peço apenas que se abram...invasões pacíficas! Eis uma grileira de vossas almas. 

* TODAS AS VOZES CAPTADAS NO duMATU RECords, exceto a voz da ISSA PAZ que foi captada no "SALA VERDE", do DABLIUEME no "FYABOMB" e do GNZ (AJI PANCA) no "TETO CINZA" 

** Todas as faixas mixadas e masterizadas na duMATU RECords, exceto a faixa "Montanha dos Russos" por "Rafael Schumacher"no PANCA RECords

Camila Rocha - 02 - Nada De Novo [part. Issa Paz][beat.ATNbeats]

Gravação realizada no estúdio "Coisa Nossa" em 2010. 
Produção, cordas e arranjo: Mateus Lunardini
Percussão: Édson
Letra e voz: Kaue Catalfamo.

04 - Contaminação - Semente urbana

Mulheriu Clã

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