Chandelier - Sia

Gente humilde - Chico Buarque, Garoto e Vinicius de Moraes

Clarice Lispector, em seu conto "O Primeiro Beijo", 25º do livro "Felicidade Clandestina", me soa muito poética no antepenúltimo parágrafo quando expressa a sensação do protagonista com os seguintes vocábulos: sozinho no meio dos outros.

Letra, música, piano e vocais: João Davi Kluber
Guitarra: João Borth


De repente, sozinho
Totalmente sozinho
A solidão te solidariza enquanto
O seu irmão agoniza
Processualmente cansado
Esdruxulamente cansado
Advérbios compridos expressam
Deletérios inadvertidos

Me diz: o que que é o teu maior problema comigo?
Me diz: o que que é o meu maior problema contigo?
Quero ver adivinhar

Sozinho, de repente
Errado, totalmente
Enquanto a solidão te agoniza
O seu irmão a preconiza
Apostasia abalável
Te cansaria de modo notável
Te faria imperdoável,
Imperdoável, imperdoável...

Me diz: o que que é o teu maior problema comigo?
Me diz: o que que é o meu maior problema contigo?
Me diz: o que que é o teu maior problema contigo?
Me diz: o que que é o meu maior problema comigo?
Quero ver adivinhar


Apostasia

Foi num entardecer em Ponta Grossa, mas podia ser Brasil afora, em qualquer canto.

Quando o conformismo acaba começa a revolução.

Letra, música, piano e vocais: João Davi Kluber
Guitarra e violão: João Borth
Percussão: Gabriela Bruel

Gravada, mixada e masterizada por Guilherme Silveira em Estúdio Portátil - 2017

Fim de Tarde em Ponta Grossa

Agradecimentos especiais à Michelle Pucci, atenta, sensível, amiga, que dispôs seu tempo, cantou comigo, e me ajudou a entender minha própria canção, e também ao Guilherme Silveira, sempre querido, disponível, amigo, gravando, mixando, masterizando, gratidão.

Que as promissões não sejam só promissões.

Letra, música, piano e voz: João Davi Kluber
Gravação, mixagem, masterização: Guilherme Silveira, no Estúdio Portátil

Vou...! eu vou ir-me embora.
Decidi-me agora
ir-me de uma vez.
Vou insultar a flora,
pisotear a amora
e esfregar na tez
da vil chã que mora
na litosfera e se escora
nela mês após mês.

Vou resenhar a vida,
me jogar na grama
como sempre quis.
Vou perceber doída
e lamentar ferida
como sempre fiz.
Sonharei escondida
de minhas dores e, puída,
serei muito feliz.

Vou me banhar na chuva,
me queimar na praia
e ignorar quem sou.
Vou procurar verdades 
e enxergar maldades
onde ainda não fui.
Vou encontrar o mundo,
emancipar meus olhos
e ter mais amor.

Vou compor sobre afetos
e os jargões prediletos
não irão faltar.
Vou abraçar crianças,
me entupir de pipoca
junto ao Netflix.
Vou falar besteiras
e pedir desculpas
sem me arrepender...

Vou ler teus poemas,
vou ler meus poemas
e vou rir de nós.
Vou tocar meia-lua,
tocar escaleta
e desafinar.
Vou me imaginar mais alta,
vou me imaginar mais velha
e quiçá agradecer.

Vou sonhar contigo,
acordar com raiva
e tomar café.
Vou gravar um disco
em 2017
você vai ver...
Vou compor um hit,
odiar esse hit
e vou me culpar... 

Vou... vou... vou...

Promissões

Obras de Poeta (Chitãozinho e Xororó)
+
Asa Branca (Luiz Gonzaga)
+
Jeito de Mato (Paula Fernandes)
+
Paciência (Lenine)
+
Travessia (Milton Nascimento)
+
Feelin' Good (Nina Simone)

Gravado com Zoom H4n Pro no dia 21/07/2017.
Piano e voz: João Davi Kluber

Pot-Pourri - Mostra A Tua Cara

Valsa Da Persuasão

Ismólatra

Quartevisão

Letra, música, piano e voz: João Davi Kluber

Conjeturas e pensamentos dos mais dispersos
Aludem a horrores dos mais perversos:
O vento das iniquidades leva consigo a poeira resignada de rostos diversos
Ataduras são treinamentos dos mais benquistos
Nos quais os demagogos são quartevistos
Felizes das felicidades que são efêmeras e acabam fácil com múltiplos cistos

Queridos amantes e errantes da história
Somos cimento de uma parede simplória chamada Brasil

Tantos rostos, tantos medos, tantos fossos, tantos dedos
Tantos nós, tantos laços, tantos feixes, tantos peixes,
Tantos eus, tantos mortos, tantos vivos, tantos loucos

Klüber

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