
Música: Um Outro
Autor: Negodai

Busquei, olhei
Não consegui enxergar
O que não queria ver
Passei do tempo eu sei.
Deixa ver!
Deixa rolar!
Deixa o clima acontecer
A vida sem você
Não é nada
Você é tudo
Às vezes ando em cima do muro
Tentando me esconder
Andar assim na contramão
Um outro na multidão
Ter gosto e outra opinião. 


Um Outro

Música: Marina
Autor: Negodai

Marina, menina bonita.
Pequena Marina.
Menina mulher.
Marina Maria Silva.
Marina de Mesquita.
Marina Ester.

Marina, menina bonita.
Pequena Marina.
Menina mulher.
Marina Maria Silva.
Marina de Mesquita.
Marina Ester.

Aspira à felicidade
Canta, anda, chora
Agora só vê maldade.
O padrasto a violência, a vida, a condição
Ou quem sabe a desilusão.

A menina cresceu, 
A menina saiu,
A menina viveu,
A menina nem andava,
A menina correu.

Hoje vou sair só!
Hoje vou sair.
Hoje vou sair só!
          
Efeitos...

Marina, menina bonita.
Pequena Marina.
Menina mulher.
Marina Maria Silva.
Marina de Mesquita.
Marina Ester.

Marina, menina bonita.
Pequena Marina.
Menina mulher.
Marina Maria Silva.
Marina de Mesquita.
Marina Ester.

Aspira à felicidade
Canta, anda, chora
Agora só vê maldade.
O padrasto a violência, a vida, a condição
Ou quem sabe a desilusão.

A menina cresceu, 
A menina saiu,
A menina viveu,
A menina nem andava,
A menina correu.

Hoje vou sair só!
Hoje vou sair.
Hoje vou sair só!
          
Vamos leninizar a vida.
Vamos helenizá-la.
Vamos bater tambor.  
Vamos swinga-la. 

Vamos leninizar a vida.
Vamos helenizá-la.
Vamos bater tambor.  
Vamos swinga-la.  

Hoje vou sair só!
Hoje vou sair!
Hoje vou, hoje vou!

Hoje vou sair só!
Hoje vou sair!
Hoje vou, hoje vou!

Hoje vou sair só!
Hoje vou sair!
Hoje vou, hoje vou!

Hoje vou sair só!
Hoje vou sair!
Hoje vou, hoje vou!

Hoje vou sair só!
Hoje vou sair!
Hoje vou, hoje vou!


Marina

Eli
Negodai

Menina faceira
Cresça e brinque a vida inteira.
Pois crescer, cantar, viver o amor não pode tardar.
Sonhar em ser feliz não deixa escapar
Tristeza que virá.
Tristeza que virá.

A vida é assim,
A gente esconde o rosto 
Finge que esquece,
Um passar do tempo que a gente não percebe.
Outrora foi melhor.

Um dia criança, naquela época apenas só brincar
no outro adulto.
Preocupação em ter que trabalhar.

Num passe de mágica envelhecemos
E não nos damos conta disso.
Por que não podes ver? 
Por que não podes ver.

Solo sax

O tempo passa por mim! Não percebi!
Nascer, crescer, viver, envelhecer
Tudo é assim
Nascer, crescer, viver, envelhecer
Tudo é assim

Anda cadê? Por quê? 
Cadê você? Cadê você?
Anda cadê? Por quê? 
Cadê você? Que não posso veeer!
Que não! Que não posso ver.
Quando criança te carreguei no colo.
Tinhas tanto tempo para crescer
Mas não me deixaste ver.
Tu não! Tu não me deixaste ver.
Tu não! Tu não me deixaste ver.
Ounouu.

Solo sax


Música: Eu (Cuidado)
Autor: Negodai

Essa bagunça toda
Tá me levando a nada.
Essa bagunça toda.
Tá me levando.
(Vocalização)
Essa bagunça toda
Ta me levando, ta me levando a nada.
Essa bagunça toda.Ta me levando.
 Ta me levando a nada.

Essa bagunça toda.
Tá me levando. Tá me levando a nada.
Essa bagunça toda. Tá me levando.

O sonho visto assim
Assim de cima.
Olhando aqui pra baixo
Tudo se esgrima.
A realidade que cativa o mundo
Deixa as coisas assim meio esburgo.
Esmero, esmero.
Digo ao nada que sou tudo que quero.

Finjo achar o que acho, ex- burgo que sou.
Não quero! Na cidadela esmero, esmero, esmero.   
solo Sax
Volta  início


Eu Cuidado

Música: Brasília
Autor: Negodai

Eu não sou nenhum Leão do Norte.               
Eu sou aqui do centro do Centro Oeste.
Canto falo ando as ruas e ninguém me ver.
Meus ecos não ecoaram.
Minha voz não reverberará.
Silêncio só se for o das estrelas, 
Pois tal qual ele também tenho voz.
Também tenho voz! Também tenho voz!
Grito no silêncio.
Ecoa a surdez.
Como surdo mudo, no submundo
Surjo, sugo. Jogo o jogo sujo
Surto, solto ao Leo 
Querendo ver o clarão da aurora.
Sem surdina para atrapalhar.
Agora meus olhos negros hão de ver
Nego, nego nem que seja daí
Onde ninguém possa ver ou escutar.
A surdina do congresso mudo
Muda não o timbre,
Mas a essência.
Não sou um arauto de Ariano Suassuna, 
Mas queria ser.
Sou um detrito no Distrito
Que não luta vendo tanta podridão social.
Pobres, pretos! Pretos pobres!
Voz sem vez, vez sem sorte.
Tanta igualdade, quanta diferença
Aqui em Brasília é assim.
Um céu lindo brilha para todos 
Mas os direitos não brilham iguais.
Do Lago, Lago Sul, Lago norte
Santa Maria, Samambaia, estrutural, P Norte.
E tanta diferença se ver aos extremos!
De um lado a ponte.
Do outro a sorte.
É isso aí, pessoas soltas, lançadas ao trote
Sem voz nem vez, voz nem vez, mas morte.
No Gama, na Ceilândia, Itapoã
Sobradinho, Planaltina, Taguatinga, Dvo.
São Sebastião, Recanto das Emas, Riacho Fundo,
Vicente Pires, Vila São José.
Riqueza e pobreza
Significados tão distantes
Insignificantes como significado
Da injusta distribuição social.
Em alguns instantes
A lavadeira do rio 
Que vive a margem
Aqui denominadas, ora são cidades
Com todo seu encantamento
Se sentará em frente ao quadro negro para assim quem sabe.
Tirar a mancha que polui e mata não só o ambiente, mas toda nossa gente.


Brasília

Música: Medo
Autor: Negodai

Se vivo pra morrer.
O sofrimento vem.
No meu coração, no meu coração.
Tento dizer um não. Ai meu Deus!
Eu não consigo. Ou, ou, o, o, o! Eu não consigo.

Se o medo for maior que a morte.
O sonho acabou.
Se o sonho for maior que o medo.
Continuo a viver.
Se a morte for maior que a vida.
O sofrimento vem.
Tenho que viver,
Tenho que sorrir e trilhar
Um novo amanhã. 


Medo

Música: Grito inútil
Autor: Negodai

Deixe a voz swingar
Em cima do que você quiser
Não! Não! Não fique assim!

Não adianta falar a um ignorante,
Pois ele não vai escutar.
Isso é inútil, inócuo, improdutivo
Trabalho em vão
Transformado em farrapos.

Não seja impotente vazio e desnecessário
Seja útil, prestável.
A conveniência não leva ninguém a nada
Não há vantagem em ser fútil
E malograr a eficiência dos outros. 


Grito Inútil

Música: Mentira
Autor: Negodai

Vivo refém de mim mesmo
Dos meus erros das histórias que conto
Da vida que quero levar e não levo
Das minhas mentiras 
Das minhas levianas mentiras
E que mentiras
Mentiras pra contar
Mentiras de encantar
Mentiras, mentiras!
Mim tira daqui!
Mentira dacolá
Mentiras essas que vivem dizendo
A verdade que não quero ouvir
Que não quero falar 
Que não quero sentir
Ouço os passos do medo ao meu redor
Renego em senti-lo
Com a cintilância do meu olhar
Distancio-me da verdade
E omito de mim mesmo
Os sucessivos sequestros da realidade 
Que cometo com o devaneio da mentira


Mentira

O Negro
Negodai

E assim ia se fazendo.
À noite morrendo
E o negro a sonhar.
Ei rapaz! O quê que tu quê comigo?
Não me leve nada!
Não me leve à vida!
Não me leve, ó morte!
Ei moço! 
Não confunda as coisas! 
Que horas?
Por que choras meu coração. 
Agora!
Me leva! Me bate! Me põe na prisão.
Condena minha cor, agora!
Não faça da carne a minha prisão. Não!
Já não basta o cárcere da história
Sem nenhuma honra, sem nenhuma glória. Não!
Ossos dos meus ossos, carne da minha carne.
Onde estão meus direitos, minha dignidade.

Ouo oo
Oooo
Minha dignidade

Me leva! Me bate! Me põe na prisão.
Condena minha cor, agora!
Não faça da carne a minha prisão. Não!
Já não basta o cárcere da história
Sem nenhuma honra, nenhuma glória. Não!
Ossos dos meus ossos, carne da minha carne.
Onde estão meus direitos, minha dignidade.
Eeo oooooo
Minha dignidade.
Oooo oo
Minha dignidade.


Negro

Notícia de Fato
Autor: Negodai
 
Só tão só!
Que de tão só!
Encontrou- se em si mesmo.
Só tão só!
Que de tão só!
Encontrou-se em si mesmo.
Seus erros meus erros
Sua face minha face.
Veja só sou eu.
Que me encontro 
Perdido no espaço
Falando palavras vazias
Que de tão vazia são cheias
Cheias de sofrimento e dor
Sonhos e amor
Cheias de nada
Ausentes de tudo 
Que ao ousarem dizer
Nada dizem
Que ao ousarem dizer
Nada dizem.

Como é que gente da gente
Que parece ser gente
Arrasta inocente
Na frente da gente 
Eu chorei! Eu chorei!Eu chorei!
Arrastaram inocentes
Foi gente grande da gente
Que ante os olhos da lente
Olhos da lente!
Fortuitamente colorem o Panorama nacional
Não de sangue, mas de branco
Com os delitos 
Da grande gente.
Há! Gente que mente
Que mexe com os sonhos da gente
E que ilude a mente.
Somos iguais, porém diferentes
Somos diferentes, porém iguais
São tantas as oportunidades
No entanto diferentes 
Pra gente da gente que tenta ser gente.
Como o sistema que é racional não entende. 
Que distribuindo mal a renda.
Fica gente querendo ser gente arrastando inocente 
Bem na frente da gente.


Notícias de Fato

 Possibilidades
Autor: Negodai

Às vezes o sol 
Estende o brilho ou não.
E deixa as coisas ficarem 
Assim sombrias.
Às vezes o sol 
Estende o brilho ou não.
E deixa as coisas ficarem 
Assim sombrias.

Sombrias de tudo,
Sombrias de nada,
Sombras são as sobras da madrugada.
O sol não vai chegar,
Eu sei você vai ter que falar.
O sol não vai chegar eu sei
Você vai ter que falar
A vida é assim:
Sombrear, clarear em mim.

Passa o dia passa o tempo,
Passa a noite, passa o vento ou não.

Gui sandurande reio equisuzanou
Gui sandurande reiooo
Gui sandurande reio equisuzanou
Gui sandurande reiooo

Escolher se vai ficar ou vai sair
Deixa uma angústia cruel no coração. 
Escolher se vai ficar ou vai sair
Deixa uma angústia cruel no meu coração.

O sol não vai chegar,
Eu sei você vai ter que falar.
O sol não vai chegar eu sei
Você vai ter que falar
A vida é assim:
Sombrear, clarear em mim.

Passa o dia passa o tempo,
Passa a noite, passa o vento ou não.

Gui sandurande reio equisuzanou
Gui sandurande reiooo
Gui sandurande reio equisuzanou
Gui sandurande reiooo

Gui sandurande reio equisuzanou
Gui sandurande reiooo
Gui sandurande reio equisuzanou
Gui sandurande reiooo

Gui sandurande reio equisuzanou
Gui sandurande reiooo
Gui sandurande reiooo


Possibilidades

 Zé do bar 
 Negodai

Essa é a história
Do Zé do bar.
Que tinha histórias para contar.
Tinha dinheiro, não sabia gastar.
Tinha saúde, não soube cuidar.
Tinha amigos, não sabia se dar.
Tinha vida, não soube valorizar.
E assim a vida vai
Ninguém sabe aproveitar.
Temos inteligência, não sabemos usar.
Temos boca, não nos pomos a gritar.
Contra um sistema de injustiças
Que nos impõe sempre a formar.
Gente que não é gente. Sonho que não se sonha.
Medo pra ser vivido. Liberdade que não se alcança.
Ooo Liberdade
Onde estão os meus medos?
Onde está minha esperança?
Os meus sonhos de criança e a felicidade que não se alcança.
E na história continua havendo promessas
De igualdades que não se tem.
Você não pode entender o sacrifício de alguém
Que não fala. E que não ama. E não chora por ninguém.
Eu não posso ver, eu não posso olhar.
Não me dão emprego se eu não estudar
Faço de tudo, passe, passe o quê passar.
Faço de tudo, faça o quê mandar.

Eu não posso ver, eu não posso olhar.
Não me dão emprego se eu não estudar
Faço de tudo, passe, passe o quê passar.
Faço de tudo, faça o quê mandar
O oo uo
Faça o que mandar!
O tempo passa e a vida não espera
Valor do homem sempre se degenera
Capital agora é isso que impera
Se é subclasse
Ele que espera
Aaa AA.


Zé do Bar

Negodai, artista nascido no Gama- DF. Cantor, compositor e escritor. Em breve lançará seu álbum autoral “Uma Parte de mim”. 

Negodai

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