Diogo Acosta e Marcelo de Lamare / Arranjo: Diogo Acosta e Felipe Larrosa Moura

Direção Musical: Bernardo Ramos
Engenharia de Som: Carlos Fuchs e Gustavo Krebs (estúdio Tenda da Raposa) 
Mixagem: Felipe Larrosa Moura (igapó invenções sonoras)
Masterização: Paulo Brandão(BRand Estúdio)
Direção de Produção: Laura Linhares
Produção Executiva: Alberto Americano, Bruno Tasso e Laura Linhares

Alberto Americano: cavaquinho
Chico Cabral: congas e efeitos
David Rosenblit: piano
Diogo Acosta: flauta transversa e sax tenor
Felipe Larrosa Moura: bateria
Lupa Maia: baixo
Marcelo de Lamare: guitarra

convidados:
Aquiles Moraes: trompete
Marcelo Cebukin: sax barítono 

11 Pra Cima

Alberto Americano e Tomaz Miranda / Arranjo: Alberto Rosenblit

Direção Musical: Bernardo Ramos
Engenharia de Som: Carlos Fuchs e Gustavo Krebs (estúdio Tenda da Raposa) 
Mixagem: Felipe Larrosa Moura (igapó invenções sonoras)
Masterização: Paulo Brandão(BRand Estúdio)
Direção de Produção: Laura Linhares
Produção Executiva: Alberto Americano, Bruno Tasso e Laura Linhares

Alberto Americano: violão
David Rosenblit: piano
Diogo Acosta: flautas transversas em dó e sol
Felipe Larrosa Moura: bateria
Lupa Maia: baixo
Marcelo de Lamare: voz

convidado:
Vittor Santos: trombone 


"Pela janela, vejo o céu
Pintado em cores com pincel
Na aquarela de um bem-te-vi
Por causa tua, Isabel
Lágrimas molham o papel
De outra canção que eu te escrevi

Invejo as luzes da cidade
Que ao pôr-do-sol, nunca sentem saudade
E com piedade iluminam os cantores
Que a sentem sem fim
Perdão, não sou assim
Brinquedo esquecido em fundo de jardim
Desculpe, eu não sou um bedel
Que abaixa a cabeça a qualquer escarcéu
E, antes que eu me esqueça, não diga ao léu
Que eu fui tão ruim
Perdão, eu sou assim
Figura notória em qualquer botequim
Eu quero ter bar, ter bordel
Ter garrafa de uísque, ser como Noel
E antes que você pisque, acabar no Pinel
Pensando ser Jobim
Eu sou feliz assim

A brisa leva o meu recado
Pelo céu desse Rio de sol
Teu peito escuta calado
E se esquece puxando o lençol"

10 Isabel (part. Vittor Santos)

Marcelo de Lamare e Chico Cabral / Arranjo: Novíssimos

Direção Musical: Bernardo Ramos
Engenharia de Som: Carlos Fuchs e Gustavo Krebs (estúdio Tenda da Raposa) 
Mixagem: Felipe Larrosa Moura (igapó invenções sonoras)
Masterização: Paulo Brandão(BRand Estúdio)
Direção de Produção: Laura Linhares
Produção Executiva: Alberto Americano, Bruno Tasso e Laura Linhares

Alberto Americano: cavaquinho e coro
Chico Cabral: triângulo, caxixis e efeitos
David Rosenblit: piano
Diogo Acosta: flauta transversa
Felipe Larrosa Moura: bateria, efeitos e coro
Lupa Maia: baixo
Marcelo de Lamare: voz, violão e coro

convidados:
Ivan Lins: voz
Marcelo Caldi: acordeão 


"Passa cana, passa o vento
Olha o arvoredo, sente o chão queimar
Vim de longe, vou sem medo
Faço meus rodeios, pra te encontrar
Vivo um pouco pra depois
Não me canso de esperar

Pela estrada sigo cego
Meu caminho em verso livre peço o mar

Vejo areia desfazer
Se espalhar em meu sol
Que traz o entardecer

Tanto tempo a te esperar

Chão de terra talha o rio
Leva o meu caminho
Enterra os segredos do mar

Tempo passa a vida, passa o medo
Solta o seu cabelo, e solto a pensar
Vim de onde dou meu jeito
Levo junto ao peito
O som do meu lugar
Quem será você nós dois?
Grito pra não sufocar

Pela estrada sigo cego
Meu caminho em verso livre peço ar

Roda a roda, roda e vê 
a poeira baixar
E aquele amor morrer

Tanto tempo a te esperar

Chão de terra talha o rio
Leva o meu caminho
Enterra os segredos do mar

Mas a viola é companheira
que não dá rasteira
Não me deixa amar

Prefiro ser cego pra não ver
Onde ela vai me levar"

09 Estrada de Terra (part. Ivan Lins e Marcelo Caldi)

Marcelo de Lamare, Diogo Acosta e Alberto Americano / Arranjo: Luiz Potter, Novíssimos e Bernardo Ramos

Direção Musical: Bernardo Ramos
Engenharia de Som: Carlos Fuchs e Gustavo Krebs (estúdio Tenda da Raposa) 
Mixagem: Felipe Larrosa Moura (igapó invenções sonoras)
Masterização: Paulo Brandão(BRand Estúdio)
Direção de Produção: Laura Linhares
Produção Executiva: Alberto Americano, Bruno Tasso e Laura Linhares

Alberto Americano: guitarra
Chico Cabral: conga, alfaias e efeitos
David Rosenblit: teclado e rhodes
Diogo Acosta: sax tenor
Felipe Larrosa Moura: bateria e alfaias
Lupa Maia: baixo
Marcelo de Lamare: voz e violão


"Não quero mais me levantar com tanta pressa 
Nem tive tempo de me espreguiçar 
Tua ambição me escravizou
Fui trabalhar em qualquer coisa pra me sustentar 
Fazer dinheiro e não fazer amor 
Eu me rendi sem perceber
O conto da cigarra e da formiga me ensinou a não cantar

Nenhum banqueiro até agora veio me bancar 
Mas paguei juros pelo meu prazer
Inadimplente e sem valor
Fazer o quê se nesse mundo em que devo lucrar 
Quem não cobiça vira pecador
Cliente do Banco dos Réus
Já tá na hora de acertar as contas com quem vive a me cobrar

Tá ficando claro , quanta escuridão 
Tão abrindo os olhos
Despertam os filhos dessa prisão
Tá pegando fogo , tá tremendo o chão 
Vou seguir o ardor
O rufar do tambor, a revolução

Nos dê mais tecnologia pra anestesiar
Esse vazio que nos consumiu 
E que o jornal desavisou
Engarrafado na internet do meu celular
Fui almoçar com meu computador
Pra bater papo com você
E em meio a tanta gente conformada
Surge o caos pra nos salvar"

08 Banco dos Réus

David Rosenblit e Alberto Americano / Arranjo: Lourenço Vasconcellos e Bernardo Ramos

Direção Musical: Bernardo Ramos
Engenharia de Som: Carlos Fuchs e Gustavo Krebs (estúdio Tenda da Raposa) 
Mixagem: Felipe Larrosa Moura (igapó invenções sonoras)
Masterização: Paulo Brandão(BRand Estúdio)
Direção de Produção: Laura Linhares
Produção Executiva: Alberto Americano, Bruno Tasso e Laura Linhares

Alberto Americano: guitarra
Chico Cabral: conga, chocalhos e efeitos
David Rosenblit: teclado e rhodes
Diogo Acosta: sax tenor, sax barítono e flauta transversa
Felipe Larrosa Moura: bateria
Lupa Maia: baixo
Marcelo de Lamare: voz e guitarra


"Tein tein tein tein tein tein tein
Faz o alarme
Peço pelo amor de Deus para deixar-me
Mas não desce santo algum que o desarme
Passam-se os minutos, passa o meu charme

Já dá pra me levantar
Agora é só esquentar algum prato
Botar bermuda, camisa e sapato
Eu vou partir pro sujinho do rato
E vou partir a pé

Hoje, mais de uma cerveja é um perigo
Rola blitz e tô sem grana aqui comigo
Vamo de buzão, tranqüilo, eu não ligo
Tô maluco pro boteco com os amigos

Vai tar todo mundo lá
David, Alberto, João e Lobato
Lolô, Luqueta, Assumpção e Renato
Já tá geral no sujinho do rato
Fazendo a nossa pré

Nesse trecho que, na média, é mais seguro
Nessa Zona que é um ovo, eu te juro
A gente vê conhecido até no escuro
Ou pintado de grafite em algum muro

Tudo é de se comentar
Vê só o Cristo olhando do alto
Gente com All-Star, rasteirinha e salto
Jorginho, traz a cerveja e um carlton
No pós, rola um tirré

Vale até chegar direto de algum fut
Mesmo que se perca a aparência cult
Liga não, o sentimento é que faz roots
Mas então, partiu Matriz, Lapa ou
Nuth?

É melhor nem opinar
Que oitenta pratas na night é destrato
Barô pra mim sempre foi desacato
Prefiro o Demo, é bem mais pacato
E melhor de mulher

Viva o ratão do sujinho do rato
Que deu seu nome ao sujinho do rato
Passando em frente ao sujinho do rato
Gingando e dando olé

Partiu ou vamo chegar atrasado
Tô ansioso e mui bien de estado
É outra noite de anos dourados
E tô botando fé"

07 Sujinho do Rato

Jean Charnaux e Alberto Americano / Arranjo: Jean Charnaux

Direção Musical: Bernardo Ramos
Engenharia de Som: Carlos Fuchs e Gustavo Krebs (estúdio Tenda da Raposa) 
Mixagem: Felipe Larrosa Moura (igapó invenções sonoras)
Masterização: Paulo Brandão(BRand Estúdio)
Direção de Produção: Laura Linhares
Produção Executiva: Alberto Americano, Bruno Tasso e Laura Linhares

Chico Cabral: pandeiros, tamborim, chocalho e caxixi
David Rosenblit: piano
Diogo Acosta: sax soprano e sax tenor
Felipe Larrosa Moura: bateria
Lupa Maia: baixo
Marcelo de Lamare: voz

convidado:
Jean Charnaux: violão 


"Não quero mais me segurar dentro de mim
Aceita logo esse fardo
De ser quem não se quer, que teimosia
Pára de julgar tudo que sai naturalmente do seu peito
Tenta entender como é bonito o que vem sem querer
Sem genialidade nem ar de blasé

Sai dessa nóia que isso aqui não é um ringue
É só ter suingue e sentimento
Pra quê me atormentar quando eu cantar
Se eu nasci pra cantar, eu sei
Só respirar
Pra quando a beleza me olhar
Sonhar e não ter medo de então me despir
E quando o samba chegar
Talvez não seja um samba do Guinga e do Aldir, mas é meu

Nem adianta eu ler poemas do Drummond
Nasci artista bastardo
E quando dou por mim
Rezo baixinho
Pra chorar nervoso e expurgar toda agonia que eu senti
Sendo esse pária que eu pari
Tô por aqui e eu quero mais é viver
Vou é viver"

06 Choro Nervoso (part. Jean Charnaux)

Marcelo de Lamare e Alberto Americano / Arranjo: Luiz Potter

Direção Musical: Bernardo Ramos
Engenharia de Som: Carlos Fuchs e Gustavo Krebs (estúdio Tenda da Raposa) 
Mixagem: Felipe Larrosa Moura (igapó invenções sonoras)
Masterização: Paulo Brandão(BRand Estúdio)
Direção de Produção: Laura Linhares
Produção Executiva: Alberto Americano, Bruno Tasso e Laura Linhares

Alberto Americano: violão e coro
Chico Cabral: derbak e caxixi
David Rosenblit: piano e rhodes
Diogo Acosta: sax soprano, flauta transversa em sol e coro
Felipe Larrosa Moura: bateria e coro
Lupa Maia: baixo
Marcelo de Lamare: voz, guitarra e coro

convidado:
Bernardo Ramos: coro


"Deu na linha de uma mão
Ouvi de um vento nos gerais
Deus se ergueu na vastidão
Pedindo aos céus fé nos mortais

Quem será o redentor agora?
Enviou das Plêiades sagrados corpos índigos e outros cristais
De encontro ao caos

A profecia então
Se destrancou das catedrais
Meu povo se deu as mãos
Para invocar seus ancestrais

Quando o sol se alinhar com a fenda e a cruz da árvore do esplendor
O portal enfim nos dará a libertação

Da guerra entre o bem e o mal
Não sobrará grão sobre grão
Aos beijos ou nos umbrais
Abençoai a criação"

04 A Profecia

Marcelo de Lamare e Alberto Americano / Arranjo: Luiz Potter

Direção Musical: Bernardo Ramos
Engenharia de Som: Carlos Fuchs e Gustavo Krebs (estúdio Tenda da Raposa) 
Mixagem: Felipe Larrosa Moura (igapó invenções sonoras)
Masterização: Paulo Brandão(BRand Estúdio)
Direção de Produção: Laura Linhares
Produção Executiva: Alberto Americano, Bruno Tasso e Laura Linhares

Alberto Americano: violão
Chico Cabral: chocalho e caxixi
David Rosenblit: piano
Diogo Acosta: flauta transversa 1
Felipe Larrosa Moura: bateria
Lupa Maia: baixo
Marcelo de Lamare: voz e violão

convidados:
Marcelo Cebukin: flauta transversa 2
Frederico Cavaliere: clarinetes 1 e 2 


"Até logo meu pai, já vou
Tô levando o violão comigo
Tocar quem você cantou
Esses morros me lembram Minas
Sozinho na estrada eu vou
Como foi que cheguei aqui?
Foram olhos azuis de céu
Que contaram do céu de Aldeia

Olha a respiração da grama
Essa poça tá tão quentinha
Fizemos amor com a chuva
Que bom ser mais um dos loucos
Que enxergam magia em tudo
Dentro de você, de mim
Foi com um abraço apertado assim
Que acordei na manhã de Aldeia, Aldeia

Minha mente deixa minha alma se entregar
Pra onde Aldeia Velha me levar
Reina na colina um outro deus hindu
Dê pra nós harmonia e compaixão

Nem deu pra ver o tempo passar
É porque ele nunca existiu
Tudo vive agora, agora eu sou
Eu sou todos, nós somos um
Siga o rio bento de amor
Uma aldeia velha quem falou"

03 Aldeia Velha

Diogo Acosta, Marcelo de Lamare e Alberto Americano / Arranjo: Novíssimos

Direção Musical: Bernardo Ramos
Engenharia de Som: Carlos Fuchs e Gustavo Krebs (estúdio Tenda da Raposa) 
Mixagem: Felipe Larrosa Moura (igapó invenções sonoras)
Masterização: Paulo Brandão(BRand Estúdio)
Direção de Produção: Laura Linhares
Produção Executiva: Alberto Americano, Bruno Tasso e Laura Linhares

Alberto Americano: violão
Chico Cabral: congas, chocalhos e efeitos
David Rosenblit: teclado e rhodes
Diogo Acosta: flauta transversa e sax tenor
Felipe Larrosa Moura: bateria
Lupa Maia: baixo
Marcelo de Lamare: voz e guitarra


"Désirée, Rosa e João
Se encontraram por querer Moet Chandon
Num olhar, o encanto se fez
Contornaram devagar
Toda timidez
Pitadas de blá-blá-blá
A bailar

Se render ao que está por vir
Laissez-faire, laissez-passer
Pra deixar fluir

Nós três 
Entre mãos e pés
Um pouquinho de francês
Tudo ao som do jazz
Querendo fazer toujours
De abajour
Pra ver como é bom suar a três

De formas tão surreais surgem dali
Seres de Almodóvar dando voz a Rita Lee
Num ritmo intimado a sussurrar
Tantras ousadias pra encarnar"

02 Um Pouquinho de Francês

Alberto Americano / Arranjo: Luiz Potter

Direção Musical: Bernardo Ramos
Engenharia de Som: Carlos Fuchs e Gustavo Krebs (estúdio Tenda da Raposa) 
Mixagem: Felipe Larrosa Moura (igapó invenções sonoras)
Masterização: Paulo Brandão(BRand Estúdio)
Direção de Produção: Laura Linhares
Produção Executiva: Alberto Americano, Bruno Tasso e Laura Linhares

Alberto Americano: cavaquinho
Chico Cabral: pandeiros e tamborim
David Rosenblit: piano e teclado
Diogo Acosta: flauta transversa e sax tenor
Felipe Larrosa Moura: bateria
Lupa Maia: baixo
Marcelo de Lamare: voz e guitarra

convidados:
Aquiles Moraes: trompete
Marcelo Cebukin: sax barítono
Fernando Trocado: sax alto 


“Pensa que sai da prensa
Pra noite imensa de se perder
Tensa pra ser intensa
Mas qual doença, qual pra valer
Veio com mil rodeios e devaneios
Essa mulher
Meio que ficou feio
Cobrindo os seios, dando no pé
E nunca larga dessa mania
De só ter aspirante a se curvar pra tirania
Mas o coração cora a razão
Não ouve sermão, e então
É dor, ardor,
Demais” 

Novíssimos

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