Chega sexta feira, sem um puto na carteira
Chora o telefone, vem convite pra besteira

Logo minto que não quero, mas na fila sou o primeiro
Mente suja, empoeirada, enrolada num dinheiro

Trago na vida bons estragos
Trago no copo, estrago no prato
Trago no coração, bons amigos de balcão

Dorme, dão bom dia, sente certo a ironia
Nem percebe, tá deitado, corpo magro derrotado

E se para pra pensar, a vida que lhe cerca
Um olho rasga a sua alma, com o cigarro até conversa

Bons Estragos

Não vou deixar, ninguém chamar, Super Super de “a esquisita”
Se precisar eu vou pagar tua consulta com meu analista

Cometeu outra bobagem
Denegrindo tua imagem
Que pra mim parece o sol

Super Super ligou , caminhando vou, acompanhando o homem da caverna
Beijo não rolou, até de mesa trocou, ela deixou seu perfume em minha perna
Não aposte que foi medo
Se me calo te aborreço
Por pensar demais

Super Super , pesque e pague pra ver
Super Super me faz mal, me fazendo super bem

Super Super

Três Patas

É uma pena, você ser surda
E não poder ouvir essa canção
Mas pelo menos
Tudo que eu disser e sorrir
Pra você parecerá bonito

Até é bom
Que você não escute
Pois palavras sempre fogem da minha boca

Certamente em uma semana comigo
Teu ouvido estouraria
Sem problemas
Eu tiro isso de letra
E deixo tudo rabiscado num papel de pão

Boneca Inflável

Onde foi parar a faceirice que eu tinha em cantar
sabores que hoje faz gorfar
Queira me falar as malas prontas e quem esperar
Sabemos que o outro vai pagar

Tenho dito tenho feito
Agourando tais defeitos
Tenho dito tenho feito
Revirando só, no leito

Queira perdoar é muito fácil poder enxergar
Teu pranto no canto do bar
Já que quer saber, arruma uns pilas e vamos beber
Pagamos caro pra viver

Dito e Feito

Dessa vez é diferente, quer casa e ter inocente
parecido com a gente, ensiná-lo a caminhar
Abrir mão da vida louca, das longas noites, de outras bocas,
dar ouvido a seus lamúrios e em silêncio retrucar

Se o passado condena
Falar do teu também não vale a pena não
Tua existência me induz
A me trancar no quarto com guitarra, whisky & blues

Dessa vez é diferente, quer casa e ter inocente
Parecido com a gente, ensiná-lo o Bê a Bá
A espera foi de anos, mudou o rosto, mudou o plano,
Libidinosa ausência, deleitar na horizontal

Guitarra, Whisky & Blues

Na hora do adeus, todo homem é bom
Toda mulher é leal, até vizinho chora
Será assim com o seu e de todo o mundo
Não importa o que faça e nem como viveu

Perdeu pra bira, foi cirrose
Outra linha, overdose
Cuidado com o que vai dizer
Antes de comer, grama pela raiz

Na Hora do Adeus

Sei que te revolta, ver a sua volta
Estar como está
Isso pouco importa
Sabe que a sua porta cego baterá

Pra sucumbir, teu sucesso
Explorar, teu sexo

Sei que te assusta, sai a minha busca
Custa a se encontrar
Nada te agrada, bate em casa em casa
Viciada está

Chega perder, seus reflexos
E implorar, retrosexo

Nada te agrada, isso é tão normal
Ri da tua cara, usa da tua tara, pra se aliviar
Vai te deitar, no chão
Te fazer chorar
Em vão

Nada te agrada!

Nada Te Agrada

Cheiro algo diferente, pra mim muito precioso
Que veio como um presente, mostrar um mundo novo
És tudo o que mais quero, para todo o sempre
Na guerra fui sincero, sendo eu o doente

Sempre tive o meu mundinho, entre porres e vexames
Acordei babando vinho, pendurado num arame

Tomo um tiro, sigo alegre, faço pose pro bandido
Não é um furo que me impede, de cantar ao pé do ouvido

Os Vespas

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