É, eu ainda não andei pelos quatro cantos do quarto
não tenho diploma de astronauta
e nem a carteirinha do clube da esquina
e isto é tão triste

Tenho apenas um todo que me convém
não sei andar de costas e muito menos de ponta cabeça
Óh Freud, não entende nem das cores
e só me fala, das suas dores, de seus amores
eu me deito, num divã sem fim

Eu não trocaria o que eu amo pelo que eu ganho
não tenho a intenção de me prender ao fácil
não engano quem me ganha, porque pra me ganhar não é nada facil

Tenho sim um diploma conquistado
nele esta escrito "verdades"
e na verdade nem é sobre verdades
Óh vida, que não mente, mas sempre inventa
que não acabe, desafinado cantando em bares
eu quero, algo alem de mim

Eu que sempre quis dizer, mas você sabe demais

Corro atrás do onibus todo dia
porque ele sabe pra onde vai
tem gente que corre atrás do rabo pra provar que é infeliz

Correr atrás do ego ou do proprio rabo
da na mesma ficar parado finjindo andar
porque quando você alcança, sempre esteve olhando pra trás
Óh vida, que não mente, mas sempre inventa
que não acabe, desafinado cantando em bares
eu quero, algo alem de mim

Mal informado, sorriso longo improvisado
Fique calado, suas palavras não tem sentido
Olhos aberos, a vida inventa fique acordado
Nem no seu quarto, conhece os cantos ensolarados
Abre as janelas, e deixa entrar o Sol!


Compositores : Alan Santana/ Fábio Marinho

Fábio Marinho: Voz e violões
Alan Santana: Guitarra, guitarra slide, baixo e violões
Pablo Marchatto: Bateria e percussão
(participação) Thiago Colli: Piano e fender rhodes

Gravada de janeiro a março de 2013



Informe aos diplomados

Quero esperar a estação, sei que não vou viver
Esperando um alguém que não vem neste trem.
Se o meu trem não passar, só, vou "pro" meu jardim
E das flores viver, na morada do sol.
Lá planto meu amor, que não vai morrer
Flores no meu pensamento, quando me lembro de ti
Se hoje me perco no vento, é quando esqueço de mim
Trem, que não vai voltar no tempo, tempo que já fui feliz
Maquina trem desse tempo, volte no tempo sem mim.
No meu jardim mora o sol, lá flores eu plantei
Beija-flor que voou, sabiá que cantou
Lá, canta o bem-te-vi, que não vai morrer
Terra que não tem cimento, onde o trator não passou,
Pele morena sem medo, livre, sorrindo e feliz
Ah.. mundo que é meu tão pequeno, trem que me traz no jardim
Terra que vê sofrimento, volte no tempo sem mim...

Compositores : Alan Santana/ Fábio Marinho

Fábio Marinho: Voz e violões
Alan Santana: Guitarra, guitarra slide, baixo e violões
Pablo Marchatto: Bateria e percussão
(participação) Thiago Colli: Piano e fender rhodes

Gravada de janeiro a março de 2013


O jardim esquecido

Ovoolivre é uma viagem dentro da musicalidade, carregados de influencias musicais de todas decadas