Cordel

Coco de Caligrafia

Música instrumental - Versão de ensaio.

Laylson - guitarra/ Luciano - zabumba/ Val - caixa/ Ilsom - Baixo/ Lúcio - Ganzá/ Mercinho - triangulo

Cinco Bocas [ensaio]

NEM POR MAIS UM DIA

nem por mais um dia/ 
aceitaremos que nos neguem a liberdade
nem por mais um dia/
aceitaremos que nos roubem os direitos
nem por mais um dia/
seremos alvo dessa porra de sistema
nem por mais um dia nos calarão!
nem por mais um dia/
esqueceremos dos massacres camponeses
nem por mais um dia/
sucumbiremos a tentativa de golpe
nem por mais um dia/
aceitaremos as mentiras nos jornais
nem por mais um dia nos calarão!

Registro de ensaio da musica em apoio a luta contra o golpe!


Nem Por Mais Um Dia [Ensaio]

DIGERADOR

sol de remendo, à girar varrendo dia
que gera a dor
ingere a dor
digere a dor
digerador
corpo firmando
de arreia no sustento
só pra aliviar o teu, camará

"sinca" a rima ao toque

DIGERADOR

CARROÇA DE MAMULENGO
é de batismo
navalha
fome que chega
"segura o esquema que eu vou ali pegar um troco"
ajunta a intéra meu irmão
se liga na questão:
vão rodar tu antes de vir saber

ô primeira acudir no livramento
e o descaso amargo feito a redenção
sente a dor 
comendo na pressão...          ...então
vão rodar o teu
sai pra lá...

...te digo nada, outro firmando...   
                      ..outro ficando
vão rodar o teu

04 Carroça de Mamulengo

ATERRO
é rua, rede de esgoto exposto
de outro, de insensatez
ande na Ilha do Bispo pra saber
se valha do carmo
vida redenção
pra encontrar o teu

ruma de beira e de cima
de se guiar num amparo rogado
ajunta do apelo
se espalha no barro
vida remissão
de onde tirar o teu?

exuma aterro indulgente
de se guiar coletivo marcado
alcunha do enfermo
descarra no baixo
vida remissão
de onde virá o teu?

"esclerose urbana habitacional
abaixo da linha da pobreza
ocupação desordenada, densa
tabajara
sanhauá"

03 Aterro

URUBU

reto na gira ligado ali no embalo
entra no pé da orêa
cambada de malovido
samba de coco
vou
vou
vou
vê o que dá pra vê
pra quem sobe na ladeira
no valor
se espalha no bairro
e na integração
donde gira com tudo (2x)
senta rumo doido e deixa amundecer
e arrudiar
arrudiar o cão
e queira só o desmantelo
e gente em volta a arrudiar
carniça escorando mocambo
febre do rato

02 Urubu

DIGERADOR

sol de remendo, à girar varrendo dia
que gera a dor
ingere a dor
digere a dor
digerador
corpo firmando
de arreia no sustento
só pra aliviar o teu, camará

"sinca" a rima ao toque
o giro a redenção
que um dia há de subir pra saber
o que? o porquê
da livra do sustento
só pra aliviar o teu, camará

01 Digerador

Filamentos sonoros subtraídos de feiras livres e veredas interioranas onde são geradas as coreografias folclóricas nordestinas. Emboladas, aboios, cordel, som de terreiro e batuque africano. Some-se a isso elementos urbanos manifestados através de uma guitarra distorcida e de mensagens que conotam questões sociais. 
É nisso que se fundamenta o grupo PAU DE DAR EM DOIDO
                                                                           
Elinaldo Rodrigues

Paudedaremdoido

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