Dia D
Não tem de ter drama, não
Se hoje eu sou Paulo
 e ontem fui benzinho

Não seja por isso, não
Me dê um sorriso, 
Diga que há carinho.

Eu quis te encontrar nos meus medos de sempre
E viver um absurdo contigo
Tu me deste a mão a provar que não estive sozinho.

Mas passaste por mim numa dança
Em teu resplandecente vigor
Infortúnio o meu que quis ter-te num tal 
De amor.

E quando não restar saída, solução ou sanidade
Deus livre da pretensão de ser inesquecível
Contente de si sendo memória
Refluxo do eterno e fragmento de vida
Recorte
Lembrável, é verdade
Mas também
Esquecível 

Composição: Paulão
Produção musical: Adnon Soares
Bateria: Sandoval Filho
Voz: Paulão
Violão, Baixo, Guitarras, Teclados e Sinths: Adnon Soares

Dia D (single)

Logo no primeiro dia veio a agonia
De não ter aqui
as mãos e todo o resto

E pelo segundo dia foi se costurando
Ao peito a paixão que já batia abafada

Mas foi no terceiro dia que explodiu canção
Versando de um quadro que havia virado
Somático

Quarto e quinto dia foram quase casuais
Exceto o cigarro
Afago pra dores constantes.

E no sexto dia deu aquela sensação
De querer saber
Se havia reciprocidade

Então ao raiar do sétimo ela falou
Que estava sentindo em si tanto ímpeto,
vontade.

Sete Dias De Janeiro

Ô faz teu nome
Bota gosto nisso
Que eu quero sentir tua aptidão.

Larga esse papo de eu não danço um trisco
E arrisca um passo aqui nesse salão.

Vai, que só de tu tentar
Me dá satisfação

Tira a mente do lugar
Embarca no refrão

Vai, que só de tu tentar
Me dá satisfação

Tira a mente do lugar
E canta essa canção

Toda sexta-feira a gente
Vira monstro, vira bicho
Lá pras bandas do “Kabão”.

Sábado e domingo é no reggae roots que eu existo
Danço até furar o chão.

Toda sexta-feira a gente
Vira monstro, vira bicho
Lá no “Mestre Amaral”.

Sábado e domingo é no reggae roots que eu existo
Danço até passando mal.

Faz Teu Nome

Supostamente é a hora em que sol nasce, lá
Supostamente supõe-se que o frio passe, daqui

E tudo isso num toque de bola
E tudo isso num passe de craque
E tudo isso num passe de mágica

No horizonte o céu insiste em não ser mar
Enquanto os raios penetram frouxos sem queimar

Que horas marca o relógio divino?
Solto, o tempo ajusta o seu tino
Na agonia da vida mais valida
Resta crer

Que às 05:45 o dia vai nascer
Enchendo de calor a nossa casa
Crer que às 05:45 o dia vai nascer
Enchendo de esplendor a nossa vida.

5 e 45

Farto do mundo em que pisou
Num desacato ao pudor
Despiu de si os medos
Que inventou.

Corre que todo jeito aqui e ali se dá
Transcende ao tocar o chão
E se o desengonçar da Ilha te enlaçar
Mostra o teu vigor de Iansã

Os pés na madrugada que hoje te trai
Prenhe da pressa de ser sol
Mas se no céu floreia luz
Sempre se faz

Música do sereno.

Vai raiar a noite,
Vai cair o dia.

Música Do Sereno

Epa, epa, epa, doida
Faz de conta que é mais sã que eu e vem

Que a gente pode ser superbacana
Rodar o mundo sem sair da cama
Fazer uns planos de casa e família
Pagar promessa pro santo de fé

Que a gente pode cantar desafinado, sim
Contraposto ao bom gosto que quer nos punir

Epa, epa,epa, doida
Faz de conta que é mais sã que eu e vem

Que a gente pode ser meio covarde
Fugir da raia sem fazer alarde
Seguir levando cada um na sua
Dizer que a vida nunca vai dar pé

Que a gente pode calar bem afinado um não
Obediente aos caprichos ditos no sermão.

Às vezes todo aquele choro vem pra despertar
Que sendo verdadeiro nosso amor
Faz bem cuidar

Eu e você
Com todo o peito exposto
Insisto porque emana do teu corpo
Tanto prazer
Uma energia linda
Tão, tão, tão, tão

Eu e você
Lutando contra tudo
Insisto porque emana do teu mundo
Tanto prazer
Uma energia linda
Tão, tão, tão, tão

Êpa Doida

Paulão surgiu no cenário musical maranhense como Paulo César Linhares, compositor, guitarrista e cantor da banda Pedeginja. Após a pausa do grupo, ocorrida no início de 2015, o artista iniciou a gravação de seu primeiro trabalho solo, o álbum “Faz escuro, mas eu canto”.
Em 2019 Paulão lançou o EP "Special Power" no qual atua como cantor, compositor e produtor musical, em parceria com Adnon Soares.

Paulão

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