MALABARES COM FARINHA
(Paulo Monarco + Sandro Dornelles)

Houve um tempo em que eu fazia malabares com farinha,
Entre o praça e o flanelinha bem em meio ao vendaval,
Sem ter resposta dos carros, nem moedas nem escarros,
Só o verde do sinal.
Como esperança incerta minha vida veia aberta,
De cola e rua paupéria doou sangue pro jornal,
Fiz um cobertor moderno,
Só com segundo caderno tive meu lugar ao sal.

A ferida foi exposta,
Tenho a cicatriz que mostra,
Minha cara em nu frontal.
Outro dia foi afronta,
Se eu beber além da conta,
Hoje em dia é genial.

Já passou, deixa pra lá,
Não preciso de crachá,
Poso e passo por normal.
Meu presente me advoga,
Mas guardo comigo a toga,
De formado em marginal.

E o que foi inda insistia malabares com farinha,
Entre putas e santinhas, e o sonho de maioral.
Vaga lembrança do morro, na sarjeta sem consolo,
Viaduto, temporal.
Meu nome era adolescente, menor, infrator, pingente,
Embalado pra presente pra rádio, TV, jornal,
Vendado ninguém me via,
Malabares com farinha aquém da vida real.

_____________________________________________


MALABARES COM FARINHA
(Paulo Monarco e Sandro Dornelles)
Voz, violão, guitarras, caixa de fósforos, samplers:  Paulo Monarco
Baixo:  Samuel Smith 
Bateria: Alexandre Facchini

Mixagem, masterização: Tchucka Jr.

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Malabares com farinha

Café da Tarde - Demetrius Lulo e Paula Mirhan 
Ao Vivo na Paulicéia Carioca

"O SEU TIPO"
(Marcelo Segreto)

Não adianta camiseta do Che
E nem a barba que eu deixei de fazer
Nem mochilão do Chile até Machu Picchu
Eu nunca faço o seu tipo

Não adianta capa preta e coturno
No cemitério piquenique noturno
Fazer terror de se mijar o Mojica
Eu nunca faço o seu tipo

Não adianta paletó e gravata
Mamãe madame nem papai magnata
Pagar a conta, abrir a porta do carro
Eu nunca faço o seu tipo

Não adianta roupa de naturista
Perambular pelada pela Paulista
O que você deseja eu tenho de soja
Eu nunca faço o seu tipo

Já bebi shampoo
Já nadei no Tietê
Apareço no Datena pra você ficar com pena
Só você que não me vê
Pelo nível do ibope
Haja blush, Photoshop
Cê não quer me conhecer!

Nem precisava aplaudir no final
Muito obrigada pelo apoio moral
Mas é que ele/a

Mas é que ele/a nunca veio num show
Já fui cover da Madonna, do Elvis e do Magal
Do Bruno e do Marrone, e do Mamonas
Do Ramones, da Sandy, do Sepultura
De Caetano e Raulzito
E eu nunca faço o seu tipo!

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Mostra Paulicéia Carioca
Teatro Municipal Café Pequeno - Rio de Janeiro-RJ
Quarta-feira, 28 de Agosto de 2013

Demetrius Lulo: voz e violão
Paula Mirhan: voz e tamborim

Direção: Vinicius Calderoni
Cenografia e Roteiro de Luz: Wagner Antônio
Som: Alex Miranda
Luz: Cauê Gouveia
Produção: Daniel Lima (Lima³ Autonomia Criativa)
_________________________________________________

CAFÉ DA TARDE

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PAULICÉIA CARIOCA

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O Seu Tipo  - Demetrius Lulo e Paula Mirhan

Café da Tarde - Demetrius Lulo e Paula Mirhan 
Ao Vivo na Paulicéia Carioca

"BISCATE"
(Chico Buarque)

Vivo de biscate e queres que eu te sustente
Se eu ganhar algum vendendo mate
Dou-te uns badulaques de repente
Andas de pareô, eu sigo inadimplente

Chamo você pra sambar
Levo você pra benzer
Fui pegar uma cor na praia
E só faltou me bater, é
Basta ver um rabo de saia
Pro bobo se derreter

Vives na gandaia e esperas que eu te respeite
Quem que te mandou tomar conhaque
Com o tíquete que te dei pro leite
Quieta que eu quero ouvir Flamengo e River Plate

Faço lelê de fubá
Faço pitu no dendê
Sirvo seu pitéu na cama
E nada dele comer, ai
Telefone, é voz de dama
Se penteia pra atender

Vamos ao cinema, baby
Vamos nos mandar daqui
Vamos nos casar na igreja
Chega de barraco
Chega de piti

Vamos pra Bahia, dengo
Vamos ver o sol nascer
Vamos sair na bateria
Deixe de chilique
Deixe de siricotico

_________________________________________________

Mostra Paulicéia Carioca
Teatro Municipal Café Pequeno - Rio de Janeiro-RJ
Quarta-feira, 28 de Agosto de 2013

Demetrius Lulo: voz e violão
Paula Mirhan: voz e tamborim

Direção: Vinicius Calderoni
Cenografia e Roteiro de Luz: Wagner Antônio
Som: Alex Miranda
Luz: Cauê Gouveia
Produção: Daniel Lima (Lima³ Autonomia Criativa)
_________________________________________________

CAFÉ DA TARDE

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PAULICÉIA CARIOCA

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Biscate - Demetrius Lulo e Paula Mirhan

5 a seco - policromo

o sonho 
(pedro alterio/ tó brandileone)


o sonho

5 a seco - policromo

geografia sentimental
(leo bianchini/vinicius calderoni)



geografia sentimental

5 a seco - policromo 

épocas 
(pedro viáfora)

épocas

Café da Tarde - Demetrius Lulo e Paula Mirhan
+ Participações Especiais de Luiza Sales e Vinicius Castro
Ao Vivo na Paulicéia Carioca

"MESMO QUANDO A BOCA CALA" 
(Vinicius Calderoni)

Foi você me olhar de lado 
E eu, ao lado 
Doido para confessar 
Mesmo quando a boca cala 
O corpo quer falar

Desses gestos incompletos 
Olhos tão repletos de te desejar 
O direito de ir e vir 
O desejo de ficar

Tudo isso pra dizer 
Que eu não sei dizer 
Onde é que isso vai dar 
Que eu não mando no querer 
Aliás é o querer que quer me governar

Hoje eu vivo pra dizer 
Ou digo pra viver 
Você é meu lugar 
Se o amor não nos quiser 
Então azar do amor 
Não soube nos amar

_________________________________________________

Mostra Paulicéia Carioca
Teatro Municipal Café Pequeno - Rio de Janeiro-RJ
Quinta-feira, 29 de Agosto de 2013

Demetrius Lulo: voz e violão
Paula Mirhan: voz
Luiza Sales: voz
Vinicius Castro: voz

Direção: Vinicius Calderoni
Cenografia e Roteiro de Luz: Wagner Antônio
Som: Alex Miranda
Luz: Cauê Gouveia
Produção: Daniel Lima (Lima³ Autonomia Criativa)
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CAFÉ DA TARDE

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LUIZA SALES

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VINICIUS CASTRO

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PAULICÉIA CARIOCA

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Mesmo Quando a Boca Cala - Demetrius Lulo e Paula Mirhan (Part. Luiza Sales e Vinicius Castro)

NEM TERMINOU
(Pedro Viáfora + Celso Viáfora)

Nem terminou
Já to morrendo de saudade
O dia nem raiou
A vida nem veio chamar
E a manha ainda nem acordou
Na real, nem terminou
A gente nem tocou o chão
Nem ninguém avistou na sombra da tarde
Luz de cidade
Onde olharei enfim
Você desembarcar de mim
No filme da realidade
A plateia se acender
E fim
Nem terminou

Já quero ver de novo a gente
No dia que travou
A vida no mesmo lugar
Retomar por quantas vezes quiser
Dar replay de um ponto qualquer

A gente nem tocou o chão
Nem ninguém avistou na sombra da tarde
Luz de cidade
Onde olharei enfim
Você desembarcar de mim
No filme da realidade
A plateia se acender
E fim
Nem terminou

Já quero ver de novo a gente
No dia que travou
A vida no mesmo lugar
Retomar por quantas vezes quiser
Dar replay de um ponto qualquer

Já to morrendo de saudade
O dia nem raiou
A vida nem veio chamar
E a manha ainda nem acordou
Na real, nem terminou

______________________________________________________________________


participação especial: Celso Viáfora (voz)
voz e violão de nylon - Pedro Viáfora
sanfona  - Lulinha Alencar

banda1:
baixo acústico - Igor Pimenta
bateria - Gabriel Alterio
piano - Bruno Piazza

banda2:
baixo elétrico - Marcelo Mariano
bateria - Thiago "Big" Rabello
violão de aço - Webster Santos

arranjo - Celso Viáfora

______________________________________________________________________

Produzido por Celso Viáfora

Preparador vocal: Rafael Barreiros
Sopros e cordas gravados por Gustavo do Vale e Gustavo Garcia (Estúdio Cia do Gato, SP)
Mixado por Thiago Monteiro (Estúdio Sollua, Alambari, SP)
Masterizado por UE Nastasi (Sterling Sound, Nova York, EUA)

Gravado entre junho e novembro de 2012 por Rafael Altério e Thiago Monteiro, no Estúdio Sollua, em Alambari-SP.

Direção de arte e projeto gráfico: Victor Maluhy
Fotos: Lila Batista
Modelo: Çara

Nem Terminou

FELIZ PRA CACHORRO
(Pedro Viáfora + Celso Viáfora)

Pensa num cara que anda feliz pra cachorro
Mas pensa assim num cachorro pra lá de feliz
Desde que te vi, que o chão não tem fundo, 
que o céu não tem forro, cantarolo e morro de rir

Todo feliz como um gol numa copa do mundo
No fim do segundo tempo da prorrogação
Desde que te vi é farra pra tudo, tem funk 
no morro do fundo do meu coração

Tão raro de se ver, param pra dizer para eu ser feliz pra lá
Peraí, o que é que há? Quero ver quem vai me impedir 
de sorrir do Pari até o Pará

Pensa num cara que anda contente pra burro
Mas pensa um burro contente que nem um sagui
Desde que te vi parei de dar murros em ponta de faca. 
Deu caca, eu dou urros de rir

Todo contente que nem são os gols de chaleira
A zaga inteira batida e o goleiro no chão
Desde que te vi, não tem enjoeira, 
nem segunda feira ou canseira no meu coração

Tão raro de se ver, param pra dizer para eu ser feliz pra lá
Peraí, o que é que há? 
Quero ver quem vai me impedir de sorrir do Pari até o Pará

______________________________________________________________________

voz e violão de nylon - Pedro Viáfora
baixo fretless - Igor Pimenta
rhodes e pad - Thiago Monteiro
bateria - Gabriel Alterio

participação especial - Dani Black (guitarra)

______________________________________________________________________


Produzido por Celso Viáfora

Preparador vocal: Rafael Barreiros
Sopros e cordas gravados por Gustavo do Vale e Gustavo Garcia (Estúdio Cia do Gato, SP)
Mixado por Thiago Monteiro (Estúdio Sollua, Alambari, SP)
Masterizado por UE Nastasi (Sterling Sound, Nova York, EUA)

Gravado entre junho e novembro de 2012 por Rafael Altério e Thiago Monteiro, no Estúdio Sollua, em Alambari-SP.

Direção de arte e projeto gráfico: Victor Maluhy
Fotos: Lila Batista
Modelo: Çara


Feliz Pra Cachorro

AMANHECENDO
(Leo Bianchini + Caê Rolfsen + Pedro Viáfora)

Atrasei ponteiros pra ficar
Eu perdi a hora de andar
 
Dá pra ver o sol lá fora
Vem minha voz dizer: "não olha"
No entanto espanto bem
 
Conto pra mim que o fim tem hora
Ponto pra mim, e eu: "não, não chora"
Enquanto o pranto vem
 
Embora meu corpo peça assim pra lutar 
eu vou embora
Eu tento dar um fim, pronto acabou

______________________________________________________________________


voz, violão de nylon, caxixi e arranjo - Pedro Viáfora
violão de aço, ukelele, lap steel  - Webster Santos
baixo fretless - Marcelo Mariano
caixa, ocean drum, água - Gabriel Alterio
gaita - Bira Nascimento

______________________________________________________________________


Produzido por Celso Viáfora

Preparador vocal: Rafael Barreiros
Sopros e cordas gravados por Gustavo do Vale e Gustavo Garcia (Estúdio Cia do Gato, SP)
Mixado por Thiago Monteiro (Estúdio Sollua, Alambari, SP)
Masterizado por UE Nastasi (Sterling Sound, Nova York, EUA)

Gravado entre junho e novembro de 2012 por Rafael Altério e Thiago Monteiro, no Estúdio Sollua, em Alambari-SP.

Direção de arte e projeto gráfico: Victor Maluhy
Fotos: Lila Batista
Modelo: Çara


Amanhecendo

DEJAVU
(Pedro Alterio + Pedro Viáfora)

Será você andando às tontas na ponta da viela?
Não pode ser, seu rosto imanta na santa da capela
Eu lhe vejo na janela, no bar, na novela, no altar
Na luz e na sombra dela
Em todo lugar
Não vai dar!


É dèja-vú, um sonho, quimera ou é mera lembrança?
Seu corpo nu gravado na tela daquela vizinhança
Ah, mas como me cansa buscar a distância e não achar
E eu me revirando todo pra não lhe encontrar
Não vai dar!
______________________________________________________________________

voz e violão de nylon - Pedro Viáfora
guitarras e violão de aço - Webster Santos
baixo elétrico - Marcelo Mariano
piano - Bruno Piazza
pad - Thiago Monteiro
bateria - Thiago "Big" Rabello
derbake - Gabriel Alterio

______________________________________________________________________


Produzido por Celso Viáfora

Preparador vocal: Rafael Barreiros
Sopros e cordas gravados por Gustavo do Vale e Gustavo Garcia (Estúdio Cia do Gato, SP)
Mixado por Thiago Monteiro (Estúdio Sollua, Alambari, SP)
Masterizado por UE Nastasi (Sterling Sound, Nova York, EUA)

Gravado entre junho e novembro de 2012 por Rafael Altério e Thiago Monteiro, no Estúdio Sollua, em Alambari-SP.

Direção de arte e projeto gráfico: Victor Maluhy
Fotos: Lila Batista
Modelo: Çara


Malabares com farinha

Paulo Monarco

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