Jesus Desolado

Em cada esquina 
Vejo um Jesus desolado
Porém, sempre vejo um Judas 
A sorrir, por aí

São dias quase iguais
Difíceis e de silêncio
A cura pelo esforço é possível
E talvez seja a solução

Um anjo todo negro
Retornou para a casa
Bateu suas asas, sobrevoou
Meu quintal

Longas filas, velhos homens
Eu hoje entendo
Aquele dia em que ouvi você falar
Do respiro e da solidão

É preciso desfrutar
Dessa vida
Ou seus nervos vão sofrer
Em longas filas

iPhone de Loconte

Jesus Desolado

Em Meus Fins

Estava triste
E reservado
Em meus fins
Eu só desejo
A minha paz

Nos dias cinzas
Todos pensam 
Em dormir
Eu só desejo
A minha paz

Eu sigo mar, sigo esse mar

Pois olhe a volta
Nesse velho jardim
O que da paz
Me restou

Eu sinto a falta
De você 
Junto a mim
Eu só desejo
A minha paz

Em Meus Fins

Vespertina

De tarde quando se distrai
Ou simplesmente se confunde
Logo, o brilho do sol
irá te fazer tão bem

Em tantos muros por aí
Há gestos de ingratidão
São águas passadas
Quando o tolo te faz sorrir

Vespertina, a sua vida
Suave ao baixar da luz
E quando aperta a solidão
Caminha na Embaixador

A dor que quase ninguém sente
Lhe acerta até no calcanhar
São males de um tempo
Atípico para um saltador

Eu hoje bem que estive a fim
Pensando em passar por aí
Com as minhas verdades
Na garupa, lá vou eu!

Vespertina

Estrutura Pós Depressão (EPD)

Eu hoje sei
O que o meu mundo virou
Preciso de um vício
Pra poder escapar

Dos dias mais tristes
Das horas incertas
Buzino, buzino
Retorno, dou seta

Alucinação
Meu tormento não sara!
Saturação
Meu silêncio não pára!

Estranho é que eu penso
Muitas vezes em sumir
Será que é possível
Eu dormir por aí?

Estrutura Pós Depressão (EPD)

Sobrevida ao Frio

Espero é não morrer
Se eu marchar duzentos metros
Rumo as marginais
Tão tomadas de terror

Espero é não voltar
Para a guerra entre soldados
E mais uma vez
Vou bancar o general

Sempre um dos lados
Teme a guerra mais que tudo
Exceto um soldado
Que pensa em sobreviver

Espero é não voltar
Para o Rio dos massacradros
E beber da lama
E me esconder no milharal

Sobrevivo ao frio
São ordens, afinal
Sempre me desafio
A viver mais

Bom é eu saber já 
QQue eu logo irei pra casa
E mais uma vez
Ser dopado pra dormir

Todos sabem bem
Que não bato das idéias
Vivo em desespero
Estou cansado de atirar

Ciao Amore!