Acabou o Carnaval 

Ficha Técnica:

Bruno Crispim (Guitarra)
Erick Melo (Baixo, Percussão Programada, Samples, Voz)
Fabiano Scodeler (Guitarra, Percussão Programada, Voz)
Gustavo Machado (Synth, Violão, Voz,)
Lucas Salles (Flauta, Voz)
Paulo Miranda (Guitarra, Voz)

Letra por Fabiano Scodeler, Gustavo Machado e Lucas Salles
Produção por Erick Melo e Fabiano Scodeler
Mixagem por Erick Melo e Fulvio Faria
Poesia: Bacanal - Manuel Bandeira

Pouso Alegre - MG (2019)

Acabou o Carnaval

Viajante caminheiro
Que anda por todo canto
Tantos fatos corriqueiros
Quanta vida, vários danos

Desfazendo tantos planos
Muito ainda a se viver
Quem sabe o próximo passo
É morrer sem receber

Viajante caminheiro
Seus caminhos são diversos
Trabalhar é rotineiro
Nunca teve um privilégio

Sua sina é sempre a busca
De caçar um quê pra ter
Cada segundo é sagrado
Toda-feira o proceder

Viajeiro caminhante
Sobrenome mundo afora
Nas estradas delirantes
Nunca chega ou vai embora...

Viajante Caminheiro

MÚSICA DA CACHOEIRA
RABO VERDE
(Erick Melo, Gustavo Machado, Lucas Salles, Fulvio Faria e Fabiano Scodeler)

LETRA:

Vem vento me levar daqui
Pra lá da mata
A cachoeira, na beira,
Ladeira sem eira
Espreita na água que sai a jorrar
Na queda, com pedra, se quebra
Altera seu rumo que vai para o mar

“Da velha casa, o sinal era de chuva.
Sopramos suas nuvens em direção ao norte,
batemos a poeira do colchão para os sonhos de hoje
Os sonhos de hoje que a cachoeira no der.

Digressei: do ouro horizonte que destaca,
lá onde os velhos sonhos cochilam
à espera de novas memórias, 
novos sonhos querem entrar.

Mas foi da velha casa de reboco, de amarelo-azul,
que um velho sábio me disse na lata
que sem floresta não há chuva,
sem floresta não há mata,
sem floresta não há água,
sem floresta não há nada
e sem floresta não é permitido sonhar.”

FICHA TÉCNICA:

Erick Melo: violão, guitarra, órgão, chocalho, percussão e bateria programada.
Pedro Vital Arreguy: guitarras
Gustavo Machado: vozes
Fulvio Faria: voz

Produção e direção musical: Erick Trip

Single

Música da Cachoeira

Baía da Ponta Vermelha


Plantei um pé de estrela lá no pasto
Cresceu num entre breu um céu danado
Dali a nove luas, lado a lado,
Um mundaréu de cor desajustado

Nasceu um passo preto que era claro
Filhote de um albino, que era raro
Nasceu um pé de vento, uma ironia
Por entre os vãos dos dedos da sacia

Surgiu um anão gigante, uma utopia,
Um unicórnio azul, a  correria
E no apagar da derradeira estrela
Fui eu banhar-me na ponta vermelha:

Ponta Vermelha, Baía da Ponta Vermelha
Chão que incendeia as ondas e as aguas do mar
Tem homem alado, tem cuca, pirata e saci
Tem coisa rara que hoje não vem mais aqui
Tem samba nobre da tribo Mapuá- Tupi

Mas tem o som na calada, mas tem coruja a piá
Mas tem pagode na mata, olha o cheiro no ar

Tem Boto Rosa saindo
Pra passeá
Esconde a menina, moça
Vamo voá

Tem o silêncio das almas
Tem passo na escuridão
O burburinho das águas
Barulho de avião

Eu vou até lá, viu?
Eu vou até lá, eu vou
Eu vou até lá, viiiu?
Eu vou até lá á

Ficha técnica:

Mujique Mujique - Voz, efeitos
Gustavo Caipira - Voz, violão, synth
Erick Trip - Guitarra, baixo, violão, synth, percussões programadas 
Lucas Salles - Flauta

Letra por Mujique Mujique
Produzido por Mujique Mujique, Gustavo Caipira e Erick Trip
Mixagem por Erick Trip e Fulvio Faria
Masterização por Fulvio Faria
Arte da capa por Luana Biagioni e Gustavo Caipira

A composição de Baía da Ponta Vermelha começou por volta de 2012. Estava no alto das dunas de Jericoacoara no réveillon do 11-12, olhando pro mar e para as estrelas e me vieram os seguintes versos: "Os caminhos se abrem/ À nouveau, nasço/E sentado no vazio/Ponho-me a rir da cara do diacho". 
O absurdo de estar sentado no nada, a palavra diacho, que é um eufemismo roceiro para não falar já falando no nome daquele que não se nomeia, o Não-sei-que-Diga, o Ó, como bem (des)disse Riobaldo Tatarana, levou-me, quando retornei pra casa, para uma tentativa de construir uma peça surrealista caipira, já que o sertão eu só conheço dos livros e o universo da roça sempre foi mais próximo de mim por intermédio dos meus antepassados. 
Antes de virar uma letra de música, pensei como um roteiro para animação. Começaria com uma estrela cadente caindo e um menino se deparando com seus restos no chão. O próximo passo seria ele se encantar com a estrela a ponto de querer plantá-la no pasto que ficava no fundo de sua casa, a fim de que ela não fenecesse. Todos dariam risada da ingenuidade dele, mas, depois de um tempo, cresceria um "pé de estrela" no seu quintal, que, na verdade, era uma espécie de mini céu noturno, combinando a escuridão e o cintilante, a terra e a galáxia, o aqui e o além. A narrativa exploraria o desatino dessa situação inicial. 
Essa combinação absurda teria como efeito uma sequência de fatos absurdos e é isso o que acontece na letra: o surgimento de um "pass'o preto" que é branco, filho de um albino; um "pé de vento" ou redemunho que nasce por entre os dedos de uma espécime feminina de saci (chamada na letra de sacia); o aparecimento de um anão gigante, de um unicórnio azul; uma correria desenfreada e uma série de imagens que desenvolve essa ideia de ilógico, de mágico e de paradoxal. 
Em termos de composição poética, essa primeira parte da letra, que incorpora as 3 primeiras estrofes, foi construída através de regularidade métrica, todos os versos são decassílabos. 
A segunda parte abandona o ambiente rural e os versos regulares, mas não perde o tom absurdo que norteia a primeira. Temos agora a presença de um espaço litorâneo, onde o personagem milagrosamente desemboca depois de sair do campo, que, não coincidentemente, é o espaço onde se originou a

Ponta Vermelha

A banda Rabo Verde foi formada na cidade de Pouso Alegre-MG no ano de 2018 e realiza uma música autoral que sintetiza várias de suas influências, sendo que as mais importantes são os ritmos brasileiros (samba, congada, maracatu), música eletrônica e rock. 
Suas produções misturam beats e synths de plataformas de programação musical com instrumentos orgânicos e vozes. Essa interação entre humanos e máquinas é o que move seu som e dá a dinâmica de sua música, misturando o tradicional com elementos da modernidade. 
A poética das letras fala tanto sobre a realidade histórica quanto de elementos oníricos, mesclando o que tem sido com o que poderia ser. 
A banda tem feito shows em festivais de música no interior de Minas Gerais e em São Paulo, suas canções podem ser ouvidas em várias plataformas de música online e em algumas rádios FM. 
Seus integrantes são responsáveis por projetos musicais paralelos que têm participado de importantes festivais e coletâneas musicais do 
Brasil e do mundo.

Ficha Técnica: 

Fulvio Faria - Técnico de som
Fabiano Scodeler - Voz, Percussão e produtor musical
Erick Melo - Voz, baixo e produtor musical
Gustavo Machado - Voz, violão e teclado
Bruno Crispim - Guitarra
Roger Souza - Percussão

Rabo Verde

Popular tracks