“Quem é?...”
“Sou eu, o Silvino!
Era uma voz miada, fininha, um sussurro que encheu a sala, um grito segredado.
Os outros respiraram, num primeiro alívio, mas ainda na retranca: bom, era o Silvino, vá lá, mas vinha tarde e trazia fogo no rabo. Em passos de sombra, silencioso e profissional, Renato chegou à porta, abriu-a numa brusquidão sem aviso, e o solicitante, encostado por fora, derramou-se ao comprido no soalho de cera da sala de jantar.
“Onde estiveste? Que andaste a fazer?”
O grupo fitava-o numa mudez inimiga. “Peço desculpa de chegar tarde requereu, mas sabia que as coisas não ficavam assim, iam chateá-lo, armar-se em tribunal, ele a gramar o interrogatório e as fúrias…

Mário Zambujal - Excerto da Crónica dos Bons Malandros - Lido por Joana L. - 12º ano - 2020/21

Lido por Vasco L. 

https://wikialgarve.pt/autoresalgarvios/index.php/Fraqueza,_Maria_Jos%C3%A9

HINO DE AMOR
Neste mundo cruel e tão carente

A guerra, a droga, a sida me apavora

Ao ver numa criança, um inocente

O Homem desumano que a explora...

​

Quero viver num mundo diferente,

Mas que mundo voraz, mundo de agora

Que a Paz chegasse a todo o continente...

Existe tanta gente que ainda chora!

​

Eu quero ver um mundo que a sorrir,

Saiba abrir as Portas ao Porvir...

Mais temente a Deus Pai - o Criador!



Amar! Amar...e não ter mais fronteiras

A Bandeira da Paz, nas dianteiras...

Hino à Pátria Amada! Ecos d'Amor!

Hino de Amor de MJFraqueza lido por Vasco L.

Lido por Beatriz V.

https://wikialgarve.pt/autoresalgarvios/index.php/Fraqueza,_Maria_Jos%C3%A9

Sou do Sul

Sou do Sul, dum cantinho à beira-mar
Trago nas mãos as ondas uma a uma…
Dentro de mim o mar que se avoluma
No meu coração um lenço a acenar!

Sou do Algarve, das lendas belas
Da terra mais quente junto ao mar
Daqui donde partiram caravelas
Na rota constante do sonhar!

Eu sou do sul que cheira a maresia
Sou filha deste mar, do céu azul
Sou gaivota branca sobre a Ria…
Sou ave migratória rumo ao Sul!

Serei sempre do Mar eterna amante
Sou dum cantinho com o mar a seus pés
Vivo na aldeia branca onde um navegante
Se enfeitou com a graça das marés…

Nasci junto ao mar em terra sulina,
Que espreita dum mirante - o alto mar
O mar vive em mim e me domina
Na ânsia de partir e regressar!

Trago sempre o mar em ondulação
Dentro do meu peito que se agita…
Eu sou do Sul e o mar é meu irmão
Porque ele a toda a hora em mim palpita (...)

BeatrizV - MJFraqueza - SouDoSul

Lido por Daniel G. 

https://wikialgarve.pt/autoresalgarvios/index.php/Fraqueza,_Maria_Jos%C3%A9

"Eu canto a minha terra" de Maria José Fraqueza

"Do meu berço de criança

Eu aprendi a cantar…

E o mar em eterna dança

Vinha comigo brincar!

​

Tantas conchinhas bonitas

Na palma da minha mão

Aquelas ondas benditas

Dos tempos que já lá vão!

​

Com barquinhos de papel

Desse tempo atrás vivido

Das crianças – o batel

No meu sonho colorido!

​

E o mar- meu companheiro

Da minha Fuzeta querida

Um passado marinheiro

Faz parte da minha vida!

​

Foi aqui nesta Fuzeta

Que aprendi com o mar

E não há noutro planeta

Gente que quero louvar!

​

​

Gente simples e modesta

O meu herói pescador

Que sempre em dias de Festa

Ergue à virgem seu louvor

​

Também canto à Padroeira

Canto à Virgem nos altares

Canto à Terra hospitaleira

Canto ao meu herói dos Mares!

​

Canto à Pesca, canto à Ria

Canto às redes, aos anzóis

Meu coração de algarvia

Tem na Fuzeta os heróis!

​

Não me canso de cantar

Sem que sempre vos prometa

Jamais deixarei o mar

Da minha querida Fuzeta!"

DanielG - MJFraquezaEuCantoAMinhaTerra

Zapomnij

Za­po­mnij o cier­pie­niach,
Któ­re sam za­da­łeś.
Za­po­mnij o cier­pie­niach,
Któ­re to­bie za­da­no.
Wody pły­ną i pły­ną,
Wio­sny bły­sną i giną,
Idziesz zie­mią le­d­wie pa­mię­ta­ną.

Cza­sem sły­szysz da­le­ko pio­sen­kę.
Co to zna­czy, py­tasz, kto tam śpie­wa?
Dzie­cin­ne słoń­ce wscho­dzi,
Wnuk i pra­wnuk się ro­dzi.
Te­raz cie­bie pro­wa­dzą za rękę.

Na­zwy rzek to­bie jesz­cze zo­sta­ły.
Jak­że dłu­go umie­ją trwać rze­ki!
Pola two­je, ugor­ne,
Wie­że miast, nie­po­dob­ne.
Ty na pro­gu sto­isz, za­nie­mia­ły.

Audio by Weronica l. and Kinga K.

Zapomnij  - Czeslaw Milosz

Nic dwa razy się nie zda­rza
i nie zda­rzy. Z tej przy­czy­ny
zro­dzi­li­śmy się bez wpra­wy
i po­mrze­my bez ru­ty­ny.

Choć­by­śmy ucznia­mi byli
naj­tęp­szy­mi w szko­le świa­ta,
nie bę­dzie­my re­pe­to­wać
żad­nej zimy ani lata.

Żaden dzień się nie po­wtó­rzy,
nie ma dwóch po­dob­nych nocy,
dwóch tych sa­mych po­ca­łun­ków,
dwóch jed­na­kich spoj­rzeń w oczy.

Audio by Weronica l. and Kinga K.

Nic Dwa Razy - Wislawa Szymborska

Ó bicho harmonioso
caído 
das estrelas 
Ó emoção
cheia
de cálculo
e loucura
Ó cântaro
de luz
derramado
no meu corpo
ardente
Cresço
diante de ti
desfaço-me
dentro de ti
Amo-te
agora e sempre 

Audio by weronica l. and Kinga K.

Poema 41 - Casimiro De Brito

Silêncios. Abraços. E momentos...

 Existem silêncios que falam
 e olhares que nos tocam. 
Existem carícias que saram as feridas
 e abraços que nos protegem do mundo.

 Existem silêncios cheios de vida
 e olhares que nos despertam por dentro.
 Existem carícias que nos fazem renascer 
e abraços que nos agasalham e fortalecem.

 E existem momentos que nos apaziguam o corpo e a alma.

Pacheco Rosária Silêncios. Abraços. E Momentos

N.º 5 do Podcast Leituras de Saramago

Matilde Malgazeiro da turma 11º 2ª lê excerto de
Claraboia

O Projeto Celebrar Saramago, no âmbito das Comemorações do centenário do nascimento de José Saramago, levou os alunos à descoberta e leitura de textos do Prémio Nobel da Literatura em 1998, agora partilhados, em podcast, para toda a comunidade educativa.
Ora oiçam!

Um episódio por dia de 16 a 30 de outubro de 2022

@ Ilustrações de: https://www.facebook.com/Agr.Esc.Tomas.Cabreira.Faro/posts/pfbid0CG8LdfAntZ1obJQmQspHmUKmpGshVVd33NEZLA9tMhAz858HeSc2ko81NAKHAYGnl

https://agr-tc.pt/wp/?p=2202

Ep. 5 do Podcast Saramago - Matilde Malgazeiro lê Saramago - Claraboia

Rádio Escolar TC

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