Pesquisador e produtor musical, técnico de áudio e Dj, há mais de dez anos dedica-se em ampliar seu repertório e coleções musicais, ao tempo em que discoteca e transita com facilidade dentre os mais distintos estilos musicais e sonoridades. Nascido em Belém, onde começou a tocar e a tecer as suas referências com maior ousadia, criou também oportunidades para passear entre sets das mais variadas vertentes da música eletrônica e experimentar uma grande abrangência de BPMs. Quando a paixão pela música  o conduziu a estabelecer morada  nos grandes centros urbanos do Brasil, como Rio de Janeiro, Curitiba e São Paulo, pôde aprimorar sua pesquisa e seus estudos de forma a consolidar sua bagagem sonora e sua atuação como profissional no universo cultural e musical. Em todos esses ‘estados’ onde passou, pôde expor seu trabalho em performances que pretendiam e ainda pretendem representar essa pluralidade de referências e experiências sonoras.

O projeto LOWEYES se mistura com a própria trajetória do artista, pois é nele que  toda sua pesquisa é colocada em cena: as primeiras influências dos timbres orgânicos das regiões norte e nordeste do Brasil e toda a percussividade dos ritmos latinos agora tecidos junto às experiências vivenciadas nas diversas pistas dos clubs pelos quais já passou. Nas apresentações, desde clássicos da MPB repaginados em EDITS e remixes, às tracks originais que se encontram de maneira coerente e dançante, é possível experimentar uma jornada onde é possível perceber transições entre o downtempo e o house minimalista; o que  faz de sua performance algo originalmente único, com tracks exclusivas em uma seleção singular.

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Dj, beatmaker, percussionista e coquista, a paraibana Luana Flores é uma das fundadoras do grupo Coco das Manas, e a partir daí que dá o pontapé em sua pesquisa e foco na musicalidade da cultura popular nordestina como uma ferramenta social par ao empoderamento feminino. Durante sua trajetória teve a oportunidade de tocar em renomadas festas e festivais dentro do país e em países europeus como Espanha, Itália e Alemanha. Recentemente participou da residência artística do RedBull Music Pulso 2019 em São Paulo, onde afina e desenvolve os seus projetos de eletrococo, com um novo projeto #NordesteFuturista. 

luanafloresdj@gmail.com

A dobra é um projeto artístico que surge em 2011 através de composições que, aos poucos, vão permitindo a visualização de uma tessitura. O longo processo criativo permitiu a construção de um repertório que sugere deslocamentos e vivências diversas. O ponto de encontro dessas vidas e temporalidades foi Serra Talhada. Caio Sotero, Marcio Abreu, Tony Apolinário, Paulo Bezerra e Alex Nicolas buscam no desdobramento, na abertura, no desvelamento, no labirinto sem saída da dobra a topologia do mundo como um processo que rejeita limites, fixidez, perenidade, encaixe, enclave. A dobra, em sua materialização musical, propõe a continuidade do profundo e do superficial, do verso e do reverso, da música como via de continuidade e de fragmentação. O que se faz aqui é música de ambiências etéreas que bebem nas formas rizomáticas e, por isso, ganham arranjos diversos. Neste instante, a dobra é mais do que tudo um projeto colaborativo, em que os amigos podem aprochegar-se para compor ou descompor. A dobra é “esse infinito labirinto”, o surgimento de uma singularidade dos encontros, o começo de um mundo de vida e de arte.
Por Paula Santana

The city of Triunfo, located in the northeastern Brazilian state of Pernambuco, is famous for it's mild climate, traditions, magic, poetry and mysterious hills. In the middle of this fertile landscape come 'Radiola Serra Alta', electronic trio act that promotes a dialogue between local traditional music and new technologies. Dressed as local folcloric characters from the Triunfo carnaval, O Veinha, O Careta and Jássica Caitano (MC, rhythm coco singer) their live shows are as unique as they are engaging and interactive. 

On their first album, Computador de Ciço, the Brazilians mix and blend regional percussive music like Coco de Roda, aboio and forró with jungle breaks and dub bass. The resulting sonic explorations take you from tropical, palm tree laden hills to underground basement parties. It is a celebration of Northeastern  Brazilian binary rhythms..... It was produced by Chico Correia.

A cidade pernambucana de Triunfo preza pela singularidade seu clima ameno, suas tradições, sua magia e poesia, o mistério de suas ladeiras. Em meio a esse terreno fértil surge o Radiola Serra Alta, trio eletrônico que promove um diálogo entre cultura popular e as novas tecnologias . Trajados de figuras tradicionais do Carnaval triunfense, a Veinha, o Careta e Jessica Caitano(MC, coquista, poetiza) esse trio preserva suas identidades em sigilo: são os brincantes eletrônicos do Alto Sertão do Pajeú. Em seu primeiro disco, Computador de Ciço, a dupla eletrônica catalisa elementos da cultura popular nordestina como o côco de roda, o aboio, o forró e os reprocessam em batidas do dub, jungle e drum and bass, ou como a dupla mesmo intitula, “um eletrococo muderno”. Produzido por Chico Correa,  o disco é uma celebração ao batuque binário nordestino.

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