Jóia Rara (Sandor Buys, Eduardo Calil & Jorge Nessimian)

Em Ti Viver - Sandor Buys & Aline Freitas

JÓIA RARA
(Samba)
Sandor Buys, Eduardo Calil & Jorge Nessimian 


Quando a morena cai no samba eu fico mudo
Essa morena tão levada leva tudo
Leva meus olhos, minha voz, leva minha emoção
A cada passo, um descompasso no meu coração

Sem ela o samba perde todo seu tempero
O tamborim já não se entende com o pandeiro
Por essa roda já passaram mais de mil
Sambar mais bonito que ela
Nem mesmo o samba até hoje já viu

Quando ela gira, o mundo pára
Em jóia rara a pedra vira
E eu que não via mais brilho
Nem graça, nem cor
Abro meus braços pra vida abraçar esse amor

Jóia rara - samba de Sandor Buys, Eduardo Cail & Jorge Nessimian, com Ivy Morais e Rafael Mallmith

ONDE A DOR VIRA BELEZA
(Sandor Buys & Eduardo Calil)

Voz: Andrea Dutra 
Violão: Luiz Flávio Alcofra 
Cavaquinho: Marcos Tannuri 
Pandeiro, repique de anel, tamborim: Alfredo Alves 

Amei muito mais que deveria
Destilei a poesia do veneno em teu olhar
E me embriaguei do teu sorriso
Não por falta de aviso pus meu barco em alto mar

Amei como um cego a luz do dia
Costurei a fantasia com retalhos de ilusão
E na tua mão fui um brinquedo
No mais ledo dos enganos vi meus sonhos pelo chão

Quando o juízo revela a verdade
Tristeza me invade
Paisagem sem cor
Mas o tempo, que de tudo é senhor,
Vem construir no peito a fortaleza
Onde a dor vira beleza e a maldade vira flor 


Onde a dor vira beleza (Sandor Buys & Eduardo Calil) com Andrea Dutra

RUA DA AMARGURA
(Sandor Buys & Eduardo Calil)

Voz: Andrea Dutra
Violão: Luiz Flávio Alcofra
Cavaquinho Marcos Tannuri
Pandeiro, tamborim, reco-reco: Alfredo Alves 
 
Foi tão grande a desilusão
Ao perder o meu primeiro amor
Tanta solidão, tanto dissabor
Levo agora no meu coração
Tanto desamor, tanta escuridão
Trago apenas a tristeza, seja aonde for 
 
Quando sem aviso ela partiu
Fui morar na rua da amargura
Minha casa escura, compartilho com a dor
Foi loucura acreditar no seu amor


Rua da amargura (Sandor Buys & Eduardo Calil) com Andrea Dutra

NEM PINTADO DE NOBREZA 
(Samba) 

Música: Sandor Buys 
Letra: Aline Freitas 

Tristeza, talvez fosse desencanto 
Já não há um acalanto que me faça aceitar 
Escreva uma carta com beleza 
Se acredita no amor, nossos filhos nosso lar 

Das dores só me resta a certeza 
Da lembrança sempre acesa vindo assim me sufocar 
Chega bem de leve de surpresa 
Faço a cama, boto a mesa ainda te espero regressar 

Ai, tristeza foi assim se aproximando 
Choro só e clamo tanto, o meu pranto a desaguar 

Esqueça vê se toma a sua vereda 
Meu juízo me põe presa, não procure por seu par 
Tristeza vai de mim se afastando 
Já nem lembro mais o ano que sofri do mal de amar 

Esqueça, nunca mais me apareça 
Nem pintado de nobreza botei outro em seu lugar 


Nem pintado de nobreza, autores Sandor Buys e Aline Feitas, com Thaís Meyer

OUTRA SAIDEIRA 
(Samba)
Sandor Buys

Chico! Traz a saideira, que eu vou por aí 
Com vontade de existir, 
Mas a embriaguez das ruas, tão tortas, tão mortas... E agora? 

Chico! Traz mais uma, que essa dor não vai passar 
Sem um trago de ilusão 
Pra esquecer que na vida, é tão triste o final, o engano, a partida 

Ah, mais um sonho que se perde pelo chão 
Sob lágrimas e os pés da multidão 
Depois do dia da festa 
Só o que resta do brinde é o copo sujo de vinho enfim 

Chico! Como pode agora nosso bar fechar 
Já que existe a solidão 
E é preciso beber com paixão cada gota de vida 

Chico! 


Outra saideira - Sandor Buys

SEM PEDIR LICENÇA 
(Marcha rancho) 

Sandor Buys 

Sem pedir licença entrou no meu coração  
O violão estendeu seu braço, convidou-me a dançar 
Em suas cordas sem destino 
E dançarino pela corda bamba 
Fiz meu samba e nunca mais quis parar 

Agora toda palavra é bonita, 
Tem rima, é motivo pra cantar  
E faz da vida poesia 
Mesmo a dor tem seu reverso 
Quando é fonte comovida de um verso 

Sem pedir licença entrou no meu coração 
De braço dado ao violão, o verso, a lira e a canção 
Tal como um rancho em passeata 
Tendo ao lado a serenata 
Dando rosas às cabrochas ao luar 

Agora chega palavra em cortejo 
Trazendo o desejo de cantar 
Do seu amor à melodia 
Nasce a canção, de tanto amor 
Tantas canções invadindo sem licença os corações 


Sem pedir licença - Sandor Buys

DOIS A UM
(Samba)
Sandor Buys

Um pra você e dois pra mim
A vida é um jogo assim, ah veja bem
Você jogou baixo 
Mas não me rebaixo 
E no fim são dois pra mim 

Samba no pé, drible de Mané
Meu senhor, é coisa de veia
Fingiu, rodou, suou, mexeu 
Nem me despenteia

Quem diria ver você com tanta pose  
Tanta marra acabar com essa cara 

O malandro às vezes cai 
E você foi 
Faz de tudo e um gol sai 
Ah, levou dois
Pega o bonde que partiu 
Pra bem depois 
Agora passa a bola e vai 


Dois a um - Sandor Buys

VELHOS RANCHOS 
(Marcha rancho)
Sandor Buys 

Flor do Abacate, Ameno Resedá 
Lírio do amor, Mimoso Manacá 
Tia Ciata eu vou louvar 
Pedindo bênçãos para desfilar 

Riso Leal, Kananga do Japão 
O Flor da Lira e outros tantos são 
E salve Hilário que levou 
O Reis de Ouro para o carnaval 

Abrindo alas pra alegria 
Os velhos ranchos vou chamar 
Vão lindas pastoras a cantar 
Vão alegorias, foliões 

Quando escuto a marcha-rancho 
Eu me desmancho de chorar 
Vê, o tempo vai passar  
Vê como é bom lembrar 

Dos velhos ranchos que não voltam mais 
Os velhos ranchos que não voltam mais 

Vai Rosa Branca, Os Arrepiados 
Vai Jardineiras e o Gualemadas  
Mimosas Cravinas e mais 
Doces lembranças de outros carnavais 

Salve Chiquinha e o Rosa de Ouro 
Seja a memória longa e duradoura 
O rancho junto ao carnaval 
Salve ruas, morros, Pedra do Sal 


Velhos ranchos - Sandor buys

MAR VERMELHO
(Fado)
Sandor Buys & Romão Silva


Afoga a luz da lua meia
O canto que ilumina o grão de areia
Mulher que chega em mim na maré cheia
Que beija e foge, enfim, que me incendeia

Será sereia ?
Sim, seria. Só poderia ser sereia    (Bis)

Enquanto foi ouvido esse seu canto
Foi tanto encanto vindo da sereia
Que o mar tornou-se espuma de acalanto
E o som feriu em fúria minha veia

Será sereia ?
Sim, seria. Só poderia ser sereia    (Bis)

Destroços de navios despedaçados
Tragados pelas ondas, vendavais
E loucos navegantes naufragados
Se matam com machados e punhais, na areia

Seria por sereia ?
Sim, seria. Só poderia ser sereia
Que enquanto se penteia no espelho
Os homens vão criando o mar vermelho 

Será sereia ?
Sim, seria. Só poderia ser sereia    (Bis)


Sandor Buys

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