Em memória de Antônio Carlos de Souza, pra mim o eterno Tio Toni.

Ficha técnica:
Beat - Fum365
Letra - Saravú
Captação: Fum365 no GarabeBand (obrigado Apple)
Mixagem: Toncali
Masterização: Toncali

Letra:
Meu tio matou um cara Preto,
Que nada tinha a ver com isso. 
Foi treta deles:
Se pá falta de compromisso. 

Cheirou e não pagou,
Um tipo bem comum. 
Ainda mais nas quebradas do século 21.

Meu tio matou um cara preto,
Igual a mim e a você. 
Foi pressionado na Torre:
- Ou ele ou você!

Essa parada é muito loca mesmo, 
Quem entende?
Quando cê vê uma boa alma já se surpreende. 

Vários tios, vários caras
E é a mesma fita.
Quanto mais munição
O cemitério grita!

Meu tio era um cara simples,
Bem tranquilão
Mas se envolveu numas errada
Maior problemão.
 
“Por falta de aviso não foi”
Dizia ditado!
Língua de mãe não falha. 
Tá dado o recado.

Talvez eu fosse a tua metade
E cê nem conheceu.
Às vezes penso no presente,
Que você sou seu!

Se cê tivesse aqui hoje
Ia ser muito loco
Talvez a gente fosse parça
Nos dias de jogo.

Naipe de artista, 
Pique de jogador,
Esse é o legado que pra mim você deixou.

Vou seguir os conselhos do meu avô
Corintiano, maloqueiro...sofredor!!!

Essas histórias não batem, 
Puta que Pariu!
NA VERDADE FOI UM CARA QUE MATOU MEU TIO...

Meu Tio Matou Um Cara - Prod. FUM365

FIcha Técnica:

Letra por: Fum_365
Beat por: FelipeXiz
Gravado e mixado por: Cesão Hostil, nos estúdios CBF
Colagem "Racionais Mc's" por Cesão Hostil
Foto por: Douglas Cassiano


Letra:

Tanta desgraça na TV: Você aplaude e aprova. 
Corrupção no senado: Isso não te incomoda!
Se satisfaz com a tragédia do vizinho (mas);
É incapaz de acolher alguém no seu próprio ninho. 

Exploração sexual: medalha de ouro!
O gringo vem aqui e rouba todo o seu tesouro. 
O Carnaval virou pretexto de bunda e caipirinha;
E o  samba que te move vem com o logo da compania. 

De 16, de 12 e 15: isso não mas importa;
É o prazer disfarçado que bate a sua porta. 
Virou puta no México, Colômbia e Hawai;
O cheiro da liberdade te faz lembrar daqui. 

Bem-vindo ao meu pais, das modelos exportação;
Que vê acabar em pizza a novela do mensalão. 
Uns roubam menos e outros tantos roubam ainda mais;
E quem ainda sempre ganha é aquele, do "rouba mas faz". 

Estupra mais não mata e ainda coloca a ROTA na rua; 
Pra debaixo do tapete varre os votos da urna. 
Mas veja bem, esse aqui é uma pais de todos. 
De braços abertos acolhe quem destrói os morros. 

Finge não ver a verdade que ainda atropela. 
É sempre pontual no horário daquela novela. 
No jornal escorre sangue pela TV. 
Nas ruas paulistanas a real não dá pra esconder. 

Proíbe armas mas ensina o adultério. 
Creches vazias e várias fila em cemitérios. 
A biqueira hoje amanheceu fechada. 
Pois o seu dono foi assassinado na calçada. 

Soldado morto, mais um sem opção?
Caiu na vida loca pra não aguentar patrão. 
E o que no ensino médio ele pode aprender. 
Com uma semana no crime foi capaz de esquecer. 

Policia e bandido disputando o lugar a mesa. 
Não se esqueça, cê é uma alma indefesa. 
Que se apavora, mais não ignora os fatos, 
Acontece do seu lado e cê nem liga pro's boatos. 

Essa porra ainda é um campo minado
Que estraçalha quem escolhe o caminho errado.
Brasil com "Z", traduzido só pra inglês ver,
A mesma história, a mesma cena cêis nunca vão entender.  

Brasil com "Z"

UpTempo 96 Freestyle (Prod. Jr. Swiftz)
(Uma homenagem a Rome Streetz - 96 Nautica Windbreaker Shit)

Take 1/1 - Assim como era antigamente, errou continua.
Para que a essênia não se perca e sim se propague.

2024 pra sempre.

UpTempo 96 Freestyle (Prod. Jr. Swiftz)

Beat: Madlib

Gravado em Junho de 2024
Na minha casa, do meu jeito, num take só, assim como era antigamente e do jeito que eu aprendi.

Obrigado Madlib, a sua benção...

A.M.I.Z.A.D.E. Freestyle (A.V.E.R.A.G.E.)

SE7E ESQUINAS - Versão Moshpit

A primeira vez que ouvi esse som, fiquei de cara. 
A habilidade que o Skepta desenrola a letra (que é uma diss pro Devilman) me impressionou muito, sempre fiquei com esse som, esse beat principalmente, na mente. 

Alguns anos depois tô eu largando umas rimas no mesmo beat. Talvez a homenagem mais sincera que eu poderia prestar a essa obra. 

A partir de agora “Mula Manka & A Fantástica Fabrica de Loki” tá no ar. Em ritmo de freestyle e sem desperdiçar barras. 

O link, você sabe onde encontrar.

Big Up pro meu mano Ostracyzmo pelos riscos e pelo rewind. 

Desculpa ter vindo, Skepta. 
¯\_(ツ)_/¯

Mula Manka & A Fantástica Fábrica de Loki (Skepta - Nasty Freestyle) Prod. Wiley

Gravada e Mixada no Cativeiro Studio, por Suspeito 

Colagens Adicionais:
Zeca Pagodinho - DVD SambaBook - Intro
Armagedon - Sem essas de subir o gás - Outro



GAME OVER (Ou A Rua Vê - A Rua Cobra)

Na rua, cada tendência virou evidencia, possuído pelo ego, importam só as aparências. 
Verdade, crença que nunca une;
Fica de chapéu atolado e vai contra o nosso costume. 

Perdão porquê? 
De sua culpa eu não preciso mais. 
Deu mancada com meio mundo e quer voltar atras?

Passou por cima de varias parada, idéia errada, que não consta na quebrada e não arruma nada. 
Vive de leva e trás, tipo capataz
Atrasando a vida de meio mundo, até subirem seu gás. 

Conversa mole, mimimi e idéia furada
Desconversou quando a mentira já foi declarada. 

Tapinha nas costas? 
Disso eu nunca precisei! 
Pra ver você falando mal de coisas que eu nem citei. 

A sua mixa cai quando eu sei que tá mentindo;
Pior que cê me olha no olho e ainda mente sorrindo. 
Vive contando historinha e acha que nóis tá abraçando?
Na escola que cê estuda a rua já é formada há anos. 

Então faz assim pra ver se agente se entende. 
Se for tentar mentir, pelo menos vê se aprende!


Tem uma par de vacilão arrastando na quebrada: 
A rua vê - A rua cobra!

Diz que me conhece e nunca olha na minha cara: 
A rua vê - A rua cobra!

Para de tentar arrastar a minha caminhada:
A rua vê - A rua cobra!

Chega de mentira e honre a sua palavra:
A rua vê...

A RUA SEMPRE TÁ DE OLHO!!




Filha da puta!
Quis me arrastar, explanar minha conduta. 
Viu que não arrumou nada, então agora escuta. 
Segura os seus B.O. e meça suas palavra "parsa". 
Caiu na cova que pra mim você cavava. 

Amigo de todo mundo, não é amigo de ninguém. 
E esse é mais um motivo pro seu vai e vem. 
A pilantragem é comum no seu vocabulário. 
O mal de todo esperto é achar que todo mundo é otário. 

Vive de ilusão, cada um na sua função. 
Chamou de amigo, de irmão e até apertou a minha mão. 
Diz que tem, que foi, que fez e que manda buscar...
Tanta mentira xapa aonde que cê quer chegar?

Se acha o malandrão, que ninguém te supera, 
Agora entendo porque querem quebrar as suas pernas. 
Conversa de talarico, vários papo esquisito.  
Deus tenha piedade quando derem o veredicto!

Então veja bem, preta atenção no que eu digo. 
Você finge que me engana e eu finjo que acredito. 
Nas suas mentiras, conversas, desculpas esfarrapadas. 
O tempo passa, o mundo gira e cê não muda nada!


Tem uma par de vacilão arrastando na quebrada: 
A rua vê - A rua cobra!

Diz que me conhece e nunca olha na minha cara: 
A rua vê - A rua cobra!

Para de tentar arrastar a minha caminhada:
A rua vê - A rua cobra!

Chega de mentira e honre a sua palavra:
A rua vê - A rua cobra!


Saravú, 2016.

Single Fatumbi

Game Over (Ou A Rua Vê - A Rua Cobra)

Saravú - Game Over (Ou A Rua Vê - A Rua Cobra) Prod. Suspeito

O ódio que o ódio gera.*

Produzido por: Suspeito. 
Mix e Master: Suspeito
Gravado no estúdio Cativero, em Novembro de 2016.

1ª Parte
E há quem diga que o pais não é racista não. 
Porque no banco a porta trava na minha vez então?
Vejo irmão julgando irmão pela cor que ele tem.  
A cor do sangue que cê sangra é igual a do meu também.  

As tia rica ficam em choque quando eu chego, 
Acham que assim eu posso tirar o seu sossego. 
O engravatado de terno, no carro blindado, 
Quando me vê fecha o vidro com medo de ser roubado.

 Vejo os olhares que me olham com reprovação, 
Ser negro e ter carro do ano é indignação? 
"Não sou racista, as coisas não são desse jeito."
Ao ver um preto ele se torna logo "elemento suspeito". 

Eu vejo a cara que me olham, desconfiança. 
Eu entro no mercado e quem cola é o segurança. 
Não adianta disfarçar, tenta passar um pano, 
Dizer que apoia a nossa causa uma vez só por ano...


Refrão:
Em nome de uma cultura enraizada
Vejo opressão, raça discriminada. 

Ódio gerando mais ódio 
Aonde vai chegar?
Confronto e agressão. 
A paz não vingará.
 

2ª Parte

E no final a mesma história volta a tona. 
É o capitão do mato ganhando outra medalha de honra. 
Pela minha cor de pele o que cê quer que eu seja:
- O que te abre a porta ou que serve a bandeja?

Segui os passos de Mandela, Malcolm e Luther King;
Vi muito irmão meu morrer igual Rodney King.
Mostra os preto na chiabata, a audiência sobe; 
Sofrimento, apartheid, bem no horário nobre.

Já faz uns dias que tamo comendo pelas beirada; 
Esperando cêis dar uma brexa pra queimar a senzala. 
Discute cotas, mas não leva o assunto a tão sério;
Acha que isso afeta a USP do filho mais velho.

Suas piada racista, eu já ouvi um dia;
Ao ver alguém da minha cor você já denuncia.
Não sei porque a nossa fé ainda causa espanto; 
Porque ao me ver de fio-de-conta isso te irrita tanto?

Refrão:
Em nome de uma cultura enraizada
Vejo opressão, raça discriminada. 

Ódio gerando mais ódio 
Aonde vai chegar?
Confronto e agressão. 
A paz não vingará.


3ª Parte

Veja como as coisas são, parece que o jogo virou. 
Quem antes era o oprimido virou opressor. 
Aceita as migalhas que o seu senhor te passa. 
Em troca disso leva o nome de "negro da casa"

Essa é a guerra que você tanto temeu. 
Aqui pode ter certeza que ninguém se estremeceu. 
Conheceu a fundo o preço de nossa revolta. 
Reconsiderou o apreço por nossa proposta. 

Esquece os seus, não lembra mais de onde veio. 
Na fale nada, fique quieto, apenas siga o roteiro. 
Aquele que afaga hoje, é o que me maltrava. 
É o senhor da senzala que antes me escravizava. 

Quantas mais mentiras vocês vão ter que inventar. 
Pra me fazer acreditar que eu não devo lutar. 
O sangue ferve, ninguém mais consegue agüentar. 
Queimamos as senzalas, dominamos seu o altar. 


Refrão:
Em nome de uma cultura enraizada
Vejo opressão, raça discriminada. 

Ódio gerando mais ódio 
Aonde vai chegar?
Confronto e agressão. 
A paz não vingará.


*Dedicado a cada espírito acorrentado que sobreviveu ao Amistad atemporal, que não foi de ficção. Dedicado a cada alma que ainda vive acorrentada na senzala de concreto e aço que mata, mais vive por ela sem perdão, sem arrego. 

Estamos em luta sim, contra o seu preconceito, seu rancor, seu ódio...

O ódio que o ódio gera

O Ódio Que O Ódio Gera (Prod. Suspeito)

Gravado no dia 11.08.2012 no Central Brasileira do Flow Estúdio, por Suspeito CBF.

Produção: Felipe Xiz
Letra e voz: Fumaça

A verdade que te atropela (sem mixagem)

Instrumental: Felipe Xiz
Colagem : Racionais Mc's - Otus 500
Letra: Fumaça
Vozes adicionais: Rômulo Boca

Gravado no Diamantee Studio/Sp
Mixado por Felipe Xiz




Pé-de-breque:


Fala das favelas como se conhecesse alguma, 
Diz que é quebrada sem nunca ter morado em uma. 
Protesta na Paulista o aumento do salário mínimo,  
Não mete o loco boy e volta pro seu condomínio. 



Insiste em dizer que é a favor dos mais fudidos, 
Só não consegue entender que não somos parecidos. 
Tem a vida fácil, igual o moleque da novela, 
De noite é o malandrão do "Boa noite Cinderela". 

Vejo em você que um dia as micha vão cair, 
Se põe no seu lugar e deixa de insistir...
Que é quebrada, que ginga, que é o mais fodão, 
Na quebrada onde eu moro cê não passa de um ramelão. 

Acorda as 10 com o café na cama, acha que eu não to ligado???
De tarde sai pra rua e mete o "estilo largado".
Seu pai é o Coronel e essa é sua segurança.
Em casa é o bandidão, que é mimado igual criança. 



Fala das favelas como se conhecesse alguma, 
Diz que é quebrada sem nunca ter morado em uma. 
Protesta na Paulista o aumento do salário mínimo,  
Não mete o loco boy e volta pro seu condomínio. 



Don Corleone te inveja, Tony Montana te aplaude. 
Já cansei de te explicar que cão que late não morde. 
Tá sempre indo enquanto todo mundo tá  voltando. 
Se acha o mais esperto e é o que acaba sobrando. 

Se esforça pra falar na gíria, pra ser o que não é. 
Já faz uns dias que eu to ganhando o seu migué. 
Mão-de-Alface quando cola, acha que representa, 
Eu não preciso me crescer com o que você ostenta.

Pé-de-Breque

Aquele que debandou e hoje anda sozinho...

Saravú

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