Faixa de n° 5 do EP "Não Basta Sentir"
Letra: Alceu Jennings
Música: Alceu Jennings/César Jennings

O Palácio dos Mendigos

Eu não quero ser escravo, mas não quero ser rei
Queremos tudo como tudo era antes
Cometemos suicídio mais de uma vez
Não quero ser como os heróis seus
Que têm pedras nos sapatos, mas sentem algodão
Porque não sabem ou nunca vão saber
A realidade é apenas ilusão
Pensam que vivem, mas não sabem que não vivem
Sentem errado ou não sentem
Pensam que vivem, mas sabem...
A humanidade não tem finalidade em existir
Nós nunca estamos certos
Por isso sempre temos razão
Agora estamos libertos
Mas pagamos com a felicidade e o coração
(Nós) Somos vermelho em meio ao cinza
Não nos encontram em esquinas 
Queremos tudo e um pouco mais
As coisas nunca mais serão como eram antes
Não somos tão ruins assim 
De onde vem essa vontade de extinção
Queremos sempre explicar
Você não vê nobreza nessa evolução mas,
Você não tem pra onde fugir

Vem, não há nada de novo
Só afaste um pouco as cortinas
Mas não há nada de novo
E se serve de consolo, o pior ainda está por vir
Tudo é uma chaga aberta que nunca vai cicatrizar
Mas eles não sentem a dor dessa ferida
Não têm com o que se preocupar
(Nós) Somos vermelho em meio ao cinza
Nós não gostamos do jeito deles
Somos vermelho e resto é cinza
Mas nós sentimos a falta deles



DEMO  (2010) - O Palácio dos Mendigos

Ensaio gravado no estúdio R Dú Blues.
Produzido no estúdio Santônio Records por Marcus Brito.
Belém/PA

Somos Abismo
Música: César Jennings
Letra: Alceu Jennings

Vem você querer saber o que é natural
Quis sentir e encontrar, quis se dividir.

Qualquer vida é insatisfatória, viciada em perspectiva
Eu escuto, lembro e sinto mesmo que eu não tenha vivido
Qualquer coisa que se encontre é um pedaço de algo infinito
Nada nunca vai mudar.

Vem você querer saber sem se aventurar
Quer sentir e forçar, mas algo vai quebrar
Alguém vai partir.


Permaneça em seu próprio corpo, continue sua idolatria
Essas coisas indescritíveis nos destroem e nos levam as armas
Somos fogo que nunca queima em um mar que ninguém se molha
- Somos abismo

Eu não sei o que dizer, não sei analisar
Nem servir, nem liderar
Não tente me seguir
Você vai se perder
Não vai poder voltar
O mundo é assim.

Somos Abismo

Ensaio gravado no estúdio R Dú Blues.
Produzido no estúdio Santônio Records por Marcus Brito.
Belém/PA

A Semântica dos Anglos
Música/Letra: Alceu Jennings

Senhoras e senhores me façam o favor
De agir por conta própria no prazer e na dor
Prazeres hedonistas, eles vêm do coração
O mais puro sentimento é apenas invenção
Existem os horrores que queremos nos poupar.
Esquecemos as metáforas, o futuro e o nosso lar
E mesmo que finjamos tanta ignorância 
A semântica dos anglos sempre nos alcança

Há quem diga que um dos dois sempre sente mais.
Há quem diga que há pouco de verdade nas versões oficiais.
Há quem diga que as dores são um produto da nossa imaginação.
Há quem diga que todo ser humano tende a uma autodestruição.

Somos ambivalentes e queremos opinar
Somos mal resolvidos e queremos ajudar
E quem sofreu por tudo ao mesmo tempo sem um fim
Nenhum evento de compensação está por vir 

Sempre houve mesmo que um grão poeira no mais limpo dos lençóis
Somos loucos conscientes da loucura, nosso vício nos constrói
Há quem diga que as dores são um produto da nossa imaginação
Há quem diga: todo ser humano tende a uma autodestruição.

Semântica dos Anglos

Ensaio gravado no estúdio R Dú Blues.
Produzido no estúdio Santônio Records por Marcus Brito.
Belém/PA

Tudo Tem Um Nome
Música: Alceu Jennings/ César Jennings
Letra: Alceu Jennings

Você esperou demais por tudo e nada veio
Você se encantou demais com o que foi visto
E nunca teve nada do que foi prometido
Começa a se tornar o seu próprio inimigo
Eu não sei o que é mais frio, eu não sei o que é calor
Está faltando alguma coisa, algo que sempre nos faltou
Estar contido em mim mesmo, não quer dizer saber onde estou.

Você diz que não é nada, que são coisas conhecidas.
E os muros vão surgindo em sua pseudo-vida.

Até os fortes cansam dessas coisas absurdas
E no final das contas nunca existiram curas
O nobre e o medíocre no contexto pós-moderno
Uma criança decidindo o brinquedo certo
As lutas são ingênuas e por causas absurdas
A natureza é rude e delicadamente bruta
E nos faz conceber a ideia de que tudo já passou

Tudo tem um nome. Tudo é comprimido
As forças se consomem. Agora tudo é permitido.
E era apenas isso que eu queria lhe dizer
Era apenas isso, eu só queria ver você.

Certas coisas têm a profundidade correta
Têm a profundidade correta
Têm a profundidade correta.

Tudo Tem Um Nome

Ensaio gravado no estúdio R Dú Blues.
Produzido no estúdio Santônio Records por Marcus Brito.
Belém/PA

Spalteholz-Spanner
Música/ Letra: Alceu Jennings

Existe um imenso descontrole que comanda nossas vidas
Entre os seres humanos, entre a sua mente e a minha
Há abismos que cavamos com nossas línguas e dentes
Mas é tudo tão difícil, está tudo tão ausente
As dores e as angústias nunca vêm da parte deles
Mergulhados nesta inverdade homérica
Todos se acham tão felizes, acham que estão tão bem
Ou estão mesmo – ou mentem também

E eu insisto no cansaço, eu sou um incompetente
E é por isso que eu culpo, culpo tão intensamente essa tendência 
Aqueles dias, barbaridades da psicologia.

Se acham tão alternativos, únicos, cheios de glória
Mas vocês são apenas merda, só mais um lado da história.
As promessas e as mentiras sempre vêm do lado deles
A loucura, o heroísmo, os que juram e os que mentem
As arbitrariedades, a sustentabilidade, o barroco e seus detalhes
- Estou sem ninguém

Eu não sei se você vai querer se sentir bem
Queremos nossa velha humilhação de novo

E para aqueles que me cercam e sempre acham que estão certos,
A genialidade é uma comédia

- Somos tão inteligentes, por isso riem da gente.

Spalteholz-Spanner (nova versão)

Ensaio gravado no estúdio R Dú Blues.
Produzido no estúdio Santônio Records por Marcus Brito.
Belém/PA

O Sangue Dos Outros
Música: Alceu Jennings/ Pedro Nascher
Letra: Alceu Jennings

Eu quis você, mas não quis explicar o porquê desse querer
O porquê de não pensar
E eu quis seguir
Eu quis acreditar em tudo

O que era essência mudou drasticamente
Até ritos e as religiões
Eu quis seguir, eu estive tão ausente do mundo.

E eu não consigo mais olhar
Eu não consigo mais sentir
Eu não sei interpretar.

Você nasceu, mas você não mereceu
Você nasceu e não quis me procurar
E eu descobri que nem sempre há um sentido pra tudo

E eu não quero  mais voltar
Eu que sempre quis cair
Eu não vou me acostumar

O Sangue Dos Outros

Soundcloud Oficial da banda paraense Sociedade Austera. 
(Post-Punk/Alternativo/Shoegaze)

Sociedade Austera é:
Alceu Jennings - Vocal/Baixo/Guitarra

Pedro Nascher - Guitarras

Danilo Mercês - Teclado/Guitarra/Baixo

César Jennings - Bateria

sociedadeaustera

Popular tracks