Renata Rosa - Lança de Caboclo

Palo Santo - Comadre Fulozinha

domínio público
Voz- Diogo Nazareth
Ilu, mineiro, alfaia- Cris Monteiro
Prato- Leandro RP
Coro- Tatiana Rocha, Luciana Bitencourt, Letícia Graciano, Mirna Oliveira, Hyara Martins, Carol Baraglio, Camila Canielle e Leandro RP

11-OGUM OIÁ

Saudação ao Sereno - Serenô

música e letra Alessandra Leão.
arranjo de cordas Missionário José.
arranjo de voz Alessandra Leão, Maíra Macêdo e Moema Macêdo.

São Sebastião
Derramou, amor
Na água que te deram pra tomar
Bebe, bebe
A água que te deram pra tomar

Alessandra Leão voz.
Maíra Macêdo voz e 
Moema Macêdo voz e bandolim.

Participação especial Missionário José baixo.


Derramou

Folha Amarela

LETRA EM DÉCIMA: NUMA CIRO
MÚSICA: SOCORRO LIRA 

1
Pra cantar desafio estou contigo
Oh poeta que temo e admiro
Estatura não tenho mais prefiro
Ser o anjo que afasta o inimigo
A morada do amor é meu abrigo
O desejo da rima é combinar
O sentido do mote está no ar
Quem pegar na palavra diz o seu
Quem pensar que eu não canto escute o meu
É com ele que vou me apresentar

2
Sou o vôo do desejo no horizonte
Sou o riso da criança desejada
Sou Lisboa, em Pessoa, visitada
A verdade beijou a minha fronte
Sou a Dolce Vita de uma fonte
Sou a taça nas mãos do vencedor
Sou o peito que acolhe o perdedor
Sou a brisa da sorte na desdita
Sou a crença daquele que acredita
No projeto de paz de um sonhador

3
Sou a voz que atravessa a escuridão
Origamis de acenos em louvor
Sou calunga de louça e negra cor
A conversa que esquenta o coração
Sou boneca de pano de algodão
Imitou-me a rainha de Sabá
Do sermão eu soletro o bê-á-bá
Pelos meus belos olhos um império
Conquistou os recintos do mistério
Sem meu canto esse mundo o que será

4
Sou o susto da paixão inesperada
Sou o beijo na bela adormecida
A valsa de Strauss em nossa vida
Quando o frevo revela a mascarada
Com a varinha de condão sou essa fada
Sou a mão que recebe o visitante
Sou a casa que acolhe o habitante
E a certeza do pão de cada dia
Eu não posso viver sem harmonia
Sou Chiquinha   Gonzaga   e Almirante

5
Sou-o-chi-ne-lo-ve-lho-pro-can-sa-ço
A pausa no mundo que tem pressa
O carrinho na escada de Odessa
E a silhueta do velho Encouraçado
Sou a água que chove no roçado
E o sol que desponta na Sibéria
Utopia que acaba com a miséria
Sou a noiva no altar do casamento
Sou a dor que caiu no esquecimento
E o remédio que mata bactéria.

6
Sou o dom de ler a mão de uma cigana
De Beethoven  a nona sinfonia
Sou a noite que separa o dia-a-dia
E o domingo entre os dias da semana
Sou o fogo que alimenta a velha chama
A natureza duradoura do amor
A violeta do olhar de Liz Teilor
Sou o fio que desmancha o labirinto
Eu só falo o que penso e o que sinto
Sou a boca carnuda de Bardot

7
Madalena confessou foi meu pecado
Carla Perez roubou a minha bunda
Dos meus sonhos a beleza é oriunda
A história nasceu do meu passado
Meu destino pelo verso foi traçado
Sou o sopro de Deus na criação
Sou o Bumba-meu-boi do Maranhão
No cordel sou a rima das sextilhas
Sou Alice no País das Maravilhas
E as sete cataratas do sertão

8
Sou na festa de Babete o apetite
Sou a bola na cesta do basquete
Sou as coxas perfeitas da vedete
E a forma do belo em Afrodite
Sou a cor da cabrocha de azeviche
Sou o raio de Iansã da Conceição
Vaidade aberta em leque do pavão
Sou as águas de março em abril
E a mistura de raças do Brasil
Sou a força dos cabelos de Sansão

9
Só se fala atualmente em internete
Endereço eletrônico  navegar
Comunica quem aprende a sitiar
Uma bomba que não mata  mas impede
A conversa cara a cara sem confete
Pois eu acho esse papo muito sério
Manuscrito já perdeu o seu império
Sobre isso escrevi sem nostalgia
Pra não ter o atraso de um dia
Eu mandei-o para Bráulio por e-méio

10
Aprendi com minha avó, desde menina,
A fazer da cantoria vocação
Assistindo  Retalhos do Sertão
Na rádio Borborema de Campina
Zé Limeira confirmou a minha sina
James Joyce com Homero foi casado
Guimarães Flor Lispector encantado
Eu não posso viver sem escritura
Se transforma em criador a criatura
Quando eu canto martelo agalopado

DÉCIMAS - SOCORRO LIRA e NUMA CIRO

Girada

Manifestei esse canto há poucas semanas e hoje, diante de toda essa paralisação, senti de gravar ela aqui na toca do elfo e, como imagens, (disponivel no Youtube) usei os meus registros pessoais aqui da região. Momentos especiais com artistas incríveis locais que tenho a honra de chamar de família! 💛 muita gratidão! Quem sentir de compartilhar pra ajudar na expansão do som, serei muito grato também! Aho irmandade! 🙌🏼⚡️🌀

Brilho da Estrela | Cantante Dourado (#musicaderezo) - At Toca do Elfo

Letra: Olinda Yawar Wanderley
Adaptação/Música: Daniel Penha
Vozes: Daniel Penha, Ludmilla Dourado, Maiara Carmiru, Letícia Peixinho, Bel Da Bonita
Percussão: Bel Da Bonita
Estúdio Via Sonora: Anselmo Roberto
Canção do Documentário Kaapora - O Chamado da Floresta
" Nossa Cultura, Nossa Ancestralidade!!"

CABOCLA JUREMA (Trilha Sonora de O Chamado da Floresta - O Filme)

No Giro de Mãe Oyá

Vencedora do 23º Prêmio da Música Brasileira de Melhor Cantora (categoria regional) 

•	Maria do Socorro Pereira, em artes, Socorro Lira.
•	Nasceu na zona rural de Brejo do Cruz, sertão da Paraíba, Nordeste, Brasil, no ano de 1974.  Atualmente reside em São Paulo – Brasil.
•	Poetisa, compositora, intérprete, instrumentista e produtora cultural. É Autora do “Projeto Memória Musical da Paraíba”. Sob essa inspiração, trabalha com artistas e grupos de cultura popular naquele Estado. 
•	Formada em Psicologia pela Universidade Estadual da Paraíba. Inicia-se ao violão como autodidata, vindo a estudar técnica violonística e introdução ao violão clássico no Departamento de Artes da UFCG.

Oficial www.socorrolira.com.br 

Discografia – Projeto Autoral

•	2012-2013. LANÇAMENTO CD Singelo tratado sobre a Delicadeza (independente)
•	2010. CD Cores do Atlântico (Pai-Musica para Espanha e Portugal)
•	2009. CD No terreiro da Casa de Mãe Joana (brinquedos populares do Brasil)
•	2007. CD As Liras Pedem Socorro.
•	2006. CD Intersecção – A Linha e o Ponto (Petrobras Cultural 2004-2005 / MinC). 
•	2003. CD Cantigas de Bem-Querer.
•	2001. CD Cantigas.

Distribuição www.tratore.com.br 

Projeto Memória Musical da Paraíba – MMPB (produção e direção artística)
•	2010. CD Lua Bonita, da obra do compositor paraibano Zé do Norte – 100 anos (4º Vol. MMP).
•	2007.  CD Desencosta da Parede das cirandeiras de Caiana dos Crioulos (3º Vol. MMPB).
•	2004. CD Pedra de Amolar da obra inédita e em homenagem a Zé Marcolino (2º Vol. MMPB.
•	2003. CD Ciranda, Coco-de-Roda e Outros Cantos (DP), Caiana dos Crioulos (1º Vol. MMPB).

Destaques 

•	Socorro Lira recebe o 23º Prêmio da Música Brasileira de Melhor Cantora (categoria regional), em solenidade no dia 13 de junho de 2012, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro.
•	Em 10 anos de carreira, apresentou-se em vários países da América Latina, Europa e África. 
•	1998. Prêmio Europa 98 da “Associazione Senza Frontiere” para intercâmbio cultural (Lentate Sul – Seveso, Milão).

DÉCIMAS - SOCORRO LIRA e NUMA CIRO

Socorro Lira

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