Um bardo, um pirata, um druida, um paladino
E um sábio clérigo vagavam sem destino
Pelos perigosos pântanos mal assombrados
Quando se tocaram foram interceptados

Era o diabo perguntando o que faziam
Se eram todos tolos ou se nada eles temiam
Quando responderam sem qualquer sombra de medo
O tinhoso ria revelando um segredo

"Tenho uma tarefa, não é pra qualquer bandido
Há um calabouço nessas terras escondido
Suas profundezas guardam um dragão de prata
Bravos viajantes, chegaram na hora exata"

Foi então que o belzebu pediu aos viajantes
Feito extraordinário nunca visto antes
"Tragam-me em vinte e quatro horas o dragão"
Se entreolharam e perguntaram "por que não?"

Juntos adentraram na masmorra indicada
Logo depararam-se com uma vil cilada
Violentamente se abria sob o chão
Recheado de espetos um enorme vão

Encarando um frio de | arrepiar o cabelo
Anularam musgos sendo gelo contra gelo
Atearam fogo num vampiro espectral
E a abateram juntos vinte cobras de mithral

Bradaram mais alto que o fungo gritador
O batalhão dos afogados desmoronou
Libertaram um jovem da tutela sem sentido
Do seu perigoso cavaleiro corrompido

Já nas profundezas encontraram o dragão
E levaram ele, sem problemas, para o cão
Quando, satisfeito, o capeta foi embora
Não havia nem sequer passado meia hora

Calabouço do dragão

Axel Rose