Deixa essa mulher chorar(Brancura)

Deixa essa mulher chorar 
Pra pagar o que me fez 
Pra pagar o que me fez 
Zombou de quem soube amar, por querer 
Hoje toca a tua vez de sofrer 

Não te lamentes 
O mundo é mesmo assim 
Chora, que eu já chorei 
E tu zombaste de mim 
Amei e não venci 
Outro não amou, venceu 
Foi protegido da sorte 
Foi mais feliz do que eu 

Estou bem feliz 
Não me fazes mais sofrer 
Agora sou eu quem diz 
Que não quero mais te ver 
Amar como eu te amei 
Era para enlouquecer 
Juro que nunca pensei 
Que pudesse te esquecer

Deixa Esta Mulher Chorar (Brancura) por Francisco Alves e Mário Reis


Os mártires da Independência (Anescar do Salgueiro – Noel Rosa de Oliveira)

Foras Estes Heróis
Que Perderam A Existência
Pela Nossa Liberdade
Pela Nossa Independência
Felipe Dos Santos, Frei Caneca E Tiradentes
Viveram Seus Destinos Cruelmente
Foram Estes Brasileiros De Fibra Varonil
Morreram Pela Independência D Brasil
Morreram Pela Liberdade
São Eles Mártires Da Independência

Foram Estes Brasileiros
Que Cobriram De Glória
O Passado Tristonho
Da Nossa História


Os mártires da Independência (Anescar do Salgueiro - Noel Rosa de Oliveira)

Agora É A Hora (Lo Ré)

Temos que descer com a vontade
Que as pastoras de outrora tinham pra cantar
Que os sambistas do passado entoavam um samba 
E dessa forma nosso bloco vai se apresentar

Agora é a hora, quem não se enquadra não sai
No “Pega o Lenço e Vai”

O nosso ideal tem seu valor
Os nossos batuqueiros tocam com fervor
Ao som de uma melodia
Que nos faz sambar com nostalgia


Agora É A Hora (Lo Ré) - Bloco Pega o Lenço e Vai - 2014

Quero viver sossegado (Edinho – Careca)

Eu não quero mais amar
Pra não penar, pra não sofrer
Quero viver sossegado
Sem ninguém ao meu lado 
Para me aborrecer

Não, não quero mais ninguém, nem à você
Vivo bem melhor assim
Mas se acaso eu voltar atrás
O que vão falar de mim?


Quero viver sossegado (Edinho – Careca) - Bloco Pega o Lenço e Vai - 2014

Samba do morro (Lo Ré)

Se eu pudesse retroceder
Naquele tempo em que era feliz nosso samba no morro
Na favela batucava com amor
O saudoso Claudionor
Que descia com sua escola pra cidade
Com a mesma rica simplicidade
De São Carlos, popular competente
Querosene era valente
Que harmonia residia em Mangueira!
Tradicional localidade de Saturnino e Cartola
O Samba de lembra quase chora 


Samba No Morro (Lo Ré) - Bloco Pega o Lenço e Vai - 2014

Cobra Venenosa (Careca)

Tu és cobra venenosa
Oh criatura cheia de desafeto
Invejosa, cruel, mentirosa
Sua maldade parece não ter mais fim
Se já conhecia o meu proceder
Me diga por quê vives a falar de mim


Cobra Venenosa (Careca)

Canela Fina ( Edgard Canela Fina)

Olha o Tempo (Xangô / Rubem Gerardi)

Olha meu partido alto, olha meu partido alto
Veja como fica bom meu partido alto batendo na mão
Batendo na mão, partido alto batendo na mão

Eu vou pra missa, vou correndo e vou com pressa
Me ajoelho aos pés do padre, faço em meu peito o sinal
Velho Pereira maquinista de primeira
Passa em Mangueira ele é danado pra apitar

Chega pra lá, chega pra aqui, chega pro canto
Se não me “Alevanto” chega a madeira pra lá
Menina saia do meu reino
Canta só quando eu mandar


Olha o tempo (Xangô da Mangueira - Rubem Gerardi)

2º matrimônio de D. Pedro I (Antônio Alves)
Era Desejo De Todos
Que D. Pedro I
Desse Ao Povo Brasileiro
Uma Nova Imperatriz
Para Ser Feliz
Embora O Jovem Imperador
Também Sonhasse
Em Conquistar Um Grande Amor
Num Principado Da Europa
A Sua Esposa Mandou Buscar
Fazendo Da Princesa Amélia
Imperatriz Do Brasil
E Companheira Do Seu Lar
Lá Lá Lá Lá Lá Lá Lá Lá

No Dia Do Seu Casamento
A Ordem Da Rosa Ele Criou
A Corte Estava Engalanada
Era Um Lindo Cenário
De Raro Esplendor
As Ilustres Personagens
Prestavam Homenagem Ao Par Imperial
Desde O Ato Religioso
Das Alianças E Do Bolo
A Valsa Nupcial
A Orquestra Animava A Festa
No Salão Da Corte Imperial.


2º Matrimônio de D. Pedro I (Antônio Alves) - Samba Enredo da Portela de 1964

Celeiro de Bamba (Mano Décio da Viola - Bilinho)

Quem não conhece a Portela
Não conhece Madureira
Nunca Ouviu Falar em Paulo Benjamim de Oliveira
Claudionor que foi um bamba
E o Natal que hoje impera
Que alegria para mim
Ganhei o carnaval
Cantando assim

Como é bom ganhar
Como é bom ganhar
Não adianta você chorar


Celeiro de Bamba (Mano Décio da Viola - Bilinho)

Meu Império Querido (Mano Décio da Viola - Conceição)

Voltei 
Meu império querido
Te darei minha vida
Até a vitória final
Julguei que não mais voltaria
Esta grande alegria é o meu ideal
Quando eu sofria 
Nesta agonia
Eu posso até jurar
Esta é minha maior alegria

Meu Império Querido (Mano Décio da Viola - Conceição)

Trecho da homenagem ao Mestre Alvaiade, em 2013 no seu centenário.

Meu Trabalho (Alvaiade - Alberto Maia)
Deus Me Ajude (Alvaiade - Humberto De Carvalho - Estanislau Silva)

Meu Trabalho & Deus me Ajude - Homenagem à mestre Alvaiade

Decepção de Um Autor (Padeirinho)

Desci do morro com meu samba pra cidade
E tive uma grande decepção
No meio da alta sociedade
Desfizeram da minha composição
Infelizmente quem compõe no morro
Não tem direito a gravação
(Sem razão)

Enquanto o compositor do morro
Pede socorro
E não encontra proteção
Existem os que vivem no apogeu
As custas de melodias de autores como eu

Decepção De Um Autor (Padeirinho) por Terreiro de Mauá

Crime de Amor (Blecaute - Newton Teixeira)

É por aqui (Walter Rosa)por Terreiro de Mauá

Graças a Deus (Binha - Dauro do Salgueiro)

Quantas Lágrimas(Manacéa)& Nascer e Florescer (Manacéa) por Terreiro de Mauá

Momentos (Nélio Silva/Édson Batista/Djalma Sabiá)
Eu agora sou feliz (Jamelão - Mestre Gato)
Lenço (Chico Santana - Monarco)

Momentos_Eu agora sou feliz_Lenço - por Terreiro de Mauá

Portela onde estão os teus sambistas?
Que Paulo ensinou com perfeição
Aqueles que ainda tenho na lista
Guardada dentro do meu coração
Não deixe o aventureiro vir ao seu terreiro fazer o que fez
Nem deixe que ele venha tomar a vez
E nem tampouco um dia usufruir
O direito daquele que outrora lhe fez sorrir
Meu samba vai servir de mensageiro
Pra dizer que Oswaldo Cruz tem sambista verdadeiro
E também vem em defesa o poeta lá do morro 
Que clamava por socorro sem ninguém lhe ajudar

Mas hoje em dia vejo tudo diferente
Quando lembro de antigamente 
Dá vontade de chorar

Portela dos Bons Tempos (Monarco) interpretado por Eliana Pittman

Sem você eu vencerei (Noel Rosa de Oliveira - Jorge G. de Almeida)

Risquei você do meu caderno
Cheguei a desejar à você o inferno
Mas lhe direi a verdade
Eu não aguentei a sua falsidade
Para você não voltarei jamais
O nosso amor foi um erro e nada mais

Felizmente este erro eu reparei
Ia ter tudo e sem você eu vencerei
De nada adiantou 
A minha explicação
Pois você continuou
Magoando o meu coração


Sem você eu vencerei (Noel Rosa de Oliveira - Jorge G. de Almeida) por Acadêmicos do Salgueiro

Supremo Olhar (Mestre Fuleiro - Mano Décio da Viola)

Não sei o que seus olhos tem
Que prendem minh'alma
Seus olhos encantam oh linda mulher
Seduzem, maltrata alguém
Venha me dizer
Oque seus olhos tem
Venha me dizer
Oque seus olhos tem

Para mim seus olhos são delirantes
Deles não me esqueço um instante
Mas eu fico pensativo
Sem saber na certeza
Se tem outro alguém almejando essa beleza


Supremo Olhar (Mestre Fuleiro - Mano Décio da Viola) Interpretado por Jamelão

Inesquecível amor (Manacéa)

Tantas mulheres amei
Depois que te abandonei mas não sei porque
Meu coração não lhe esqueceu
Sempre bateu por você
Sonhar, até sonhei
Que estava nos meus braços outra vez
Mas quando acordei não encontrei, não, não!
A saudade ficou no meu coração

Foi um delito da vida que cometeste querida
Eu te abandonei, mas meu coração que sempre sentiu a dor
Igual quando se perde um grande amor


Inesquecível amor (Manacéa) interpretado por Manacéa

Arma Perigosa (Paulo da Portela - Paquito)
O desprezo
Arma perigosa para quem sabe sentir
Faz sofrer, faz chorar, faz sorrir
Fere sem sangrar, mata sem sentir

Eu não durmo sossegado
Parece que estou sendo castigado
Confesso que já fiz alguém sofrer
Sem merecer
Mereço o perdão, eu errei sem saber
Podes crer

Arma Perigosa (Paulo da Portela - Paquito) interpretado por Linda Rodrigues

Prece ao sol (Candeia)

Oh sol como és belo no arrebol
Quando estás no poente eu sinto
Os teus raios ardentes
Só saudade não minto ao nascer do sol

A natureza se enriquece de tal beleza
E aquece as mais lindas flores
Belas rosas e belos jasmins desabrocham nos lindos jardins

Quero exaltar os raios multicores
Queimar a saudade dos meus amores
Quero cantar a prece da esperança
E rever o carnaval toda manhã em que amanhece o sol

Prece ao Sol (Candeia) por Terreiro de Mauá

Hei de te ver chorar (Nelson Batinha) 

Eu hei de lhe ver chorar
Como eu chorei
Sem querer chorar
Para reconhecer a dor
Que sofre este fiel trovador
Vou despedir-me da cidade
Amor adeus
Adeus para nunca mais amor

Eu não quero nem brincando
Dizer adeus a ninguém
Quem parte, parte chorando
Quem fica, saudades tem

Minha mãe me botou fora
Foi no tempo da miséria
Tinha eu 14 anos
Veja que tamanho eu era



Hei de te ver chorar (Nelson Batinha) por Clementina de Jesus

Uma esperança perdida (Aluísio Dias - Carlos Cachaça)
O meu primeiro amor
Nasceu e floriu o jardim em minha vida
Depois de viçoso morreu
Deixando em meu coração uma esperança perdida.

Aquela amizade nasceu, cresceu e depois feneceu
Deixando em minha vida uma grande dor
Hoje meu Único direito
É guardar dentro em meu peito
As cinzas daquele amor

Uma Esperança Perdida (Aluísio Dias - Carlos Cachaça) por Terreiro de Mauá

Alma Que Chora (Bide / Marçal)

Deponho A Teus Pés
Oh Minh’ alma Que Chora
Que Vive Em Desalento 
Imersa Em Dor
Não Ouves Os Queixumes 
De Quem Te Adora
Não Ouves O Soluçar
De Um Coração Sofredor

Eu Trago Sempre Comigo
A Dor Que Me Devora
Sinto Findar-Me A Existência De Hora Em Hora
Tristeza Mora Comigo
Eu Não Tenho Alegria
Meu Viver Não É Viver 
É Um Rosário De Agonia


Alma que Chora (Bide / Marçal) por Nelson Gonçalves

Vem morar comigo (Ariosto Ventura)

Vem morar comigo
Vou lhe avisar
Eu darei castigo
Se você errar
Vem morar comigo
Você fica sabendo quem eu sou 
Se você andar direito
Você será meu  grande amor

Você será feliz 
Se ouvir meu coração
Que murmurando diz
Nem tudo é ilusão
Pense na proposta que eu fiz
Se você não errar será bem feliz


Vem morar comigo (Ariosto Ventura) por Gilberto Alves

Tentação (Casemiro da Cuíca - Ramon Russo)

Não! não deixe que a tentação 
Venha modificar o nosso viver
Alimento uma ilusão 
E só você sabe o porquê
Na tristeza que me invade
Só é Deus é que sabe
O que eu sinto por você 
Procuro encontrar uma solução 
Mas não posso governar o coração
Que sofre por te amar em vão

Tentação (Casemiro da Cuíca - Ramon Russo) por Terreiro de Mauá

Perdoa (Cartola - Paulo da Portela) 

Não, não vivo bem ao seu lado 
Apesar de ser tratado 
Com todo afeto e carinho 
Não, não lhe tenho amizade 
Bem vê 
Deixe-me seguir 
O meu caminho 
Reconheço todos os feitos seus 
Mas deixe-me voltar 
Para junto aos meus
Reconheço comovido 
E muito sentido 
Todo mal que faço 
Ao bem que me fez 
Perdoa
Mas quero voltar 
Para junto daqueles 
Que vida 
Sofrendo, sorrindo, cantando 
Ou chorando
É boa 
Não considere isto
Uma ingratidão 
Atendendo a voz do coração

Perdoa (Cartola - Paulo da Portela) por Nelson Sargento

Quem chegou foi a Mangueira (Mestre Gato - Quincas)

Quem chegou foi a Mangueira 
A rainha do Carnaval 
Eu estou chegando agora 
Com meu povo tradicional
Pode falar de mim quem quiser 
Eu sou a Mangueira, ainda estou de pé 

O meu nome não sai da história 
Eu sou a velha Mangueira sim 
Eu sou do tempo de outrora 
Tem que respeitar meu tamborim 
Tem que respeitar meu tamborim

Quem chegou foi a Mangueira (Mestre Gato - Quincas) por Terreiro de Mauá

Chuva (Hortêncio Rocha)
Chove
Que tristeza eu sinto
A chuva bate no zinco
Do meu barracão
Já sei que ninguém vem cantar
Que solidão
Hoje ninguém vem sambar
Que desilusão
Sinto
Até vontade de chorar
Quando
Aqui no morro não faz luar

Pobre de mim
Se não fosse meu violão
Muito tristonho
Ficaria então
É esse pinho querido
Que chora por mim
O pranto sentido
Olho
Vejo a chuva derramando pelo chão
Enchendo de tristeza o meu coração

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Mangueira é Samba (Hortêncio Rocha)
Lá vem Mangueira 
A Mangueira tradicional 
Vem chegando fevereiro 
Outra vez carnaval 
Descendo o morro 
Vem cabrocha vem bamba 
Lá vem Mangueira 
É samba, é samba, é samba 

Todos correm para apreciar 
O fruto bom que a Mangueira dá 
Relembrando a frase do poeta 
Igual à Mangueira não há 
É uma orgia de cores 
Embelezando a avenida 
Chegou a Mangueira querida


Terreiro de Mauá

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