Há dois passos no mesmo lugar 
Eu vi, estão lá 
São dois passos fáceis de encontrar 
Eu vi, basta olhar 

Mas você não vê 

E você nunca vai ser assim, nunca longe de mim 
Cabe assim olhar para si parado no tempo

Dois Passos.

Caminhando só, tranqüilo, de verão apagado
Eu me lanço no mar

Eu de você aqui
Sou passo pra trás
Longo e capaz de cair
E manso afogar...

Eu De Você.

Apago o que restou de mim
Com o pouco que sobrou de você
Desculpe-me por não falar
Que o dia foi de um perdedor

Mas cai bem melhor pra mim
Areia nos olhos do que lágrimas
Do que lágrimas

A nossa culpa já não é mais certa e nem o nosso crime
E o que me faz querer rir 
É a vertigem que eu sinto ao olhar pro chão
A minha cabeça sobre os ombros
Sobre os ombros

Quanta resistência tem a nossa solidão
Longa resistência a nossa solidão

A calorosos dedos o que afagas é só carne 
E nem aquece mais a alma
A calejados dedos o que fazes já não mais

Amenizam a dor que eu sinto por crescer
Longa resistência a nossa solidão
Quanta resistência tem a nossa solidão

Se isso não te ajuda
Então isso não é bom pra você
Se isso não te machuca
Então isso realmente não é bom pra você

Isso Não É Bom Pra Você.

Se o mar faz vibrar 
Aquele tempo esquecido 
Dentro do peito
Então me diz quem é você 
Sem ter amor? Ah que pena...

Continua frio o jantar 
Servido ainda pouco
Condenado a viver 
A vida nesse sufoco!

No Mar.

Apesar de estar sob essa máscara
Que te escondeu de rir pra si

O abismo não parece maior que essa força
Que te trás lembranças desse rapaz

Aflito

Aflito

Num dia claro se calou
Ela nunca mais voltou
Sentado ele esperou
Um velho tolo eu sou

Quando o vento irá mudar?
Sem velas pra navegar
Pessoas mudam, ela diz
Mas não o que mudar em mim

Ahh, me ajustar, me ajustar eu vou

Quando o tempo irá mudar?
Sem velas pra navegar
Pessoas mudam, ela diz
Mas não o que mudar em mim

Vira-latas

Oh meu senhor eu só vou estar
Na contra mão do mundo ate o despertar
Da fera que torce a carne
Daquela gente que só quer
Fazer da paz o motim das cobras 
O motim das cobras
Vendo! Que a fé é só moeda de troca

Oh meu senhor eu só vou ficar
Aqui sentado um pouco pra assistir
Enquanto se ouve ainda o gemido 
De quem só quer
Fazer da paz o motim das cobras 
O motim das cobras
Vendo! Que a fé é só moeda de troca

Oh meu senhor eu só vou estar
Na contra mão do mundo ate o despertar
Oh meu senhor eu só vou ficar
Aqui sentado um pouco pra assistir

O Motim Das Cobras

Somos: Manoel Renato [vocal & guitarra], Thomaz Jedson [guitarra], Daniel Braga [baixo], Raylanne [teclado] e Marcos Santana [bateria].

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