Ribanceira fui
Seguindo a trilha
Vendo vilas que diferem a minha

Deformados são quem dão a vida
Dilaceração
E falha audita

Planivago vou
Sem ninguem ver
Quase voar
Sem tela ver

2X

Segura a mão de Deus
Segura a mão de Deus
Pois ela, ela quem nos livrará
Não temas, segue a diante e não olhes para trás
Segura a mão de Deus e vai
Segura

Banda Errante

O Meu Deus
Olhou 
Brincou de amar
E o vidro trincou
Essa é a ultima vez que vou lá

Deixa de neismo menino nao seja revel
Toada de gente vai lá

O Meu Deus
Olhou 
Brincou de amar
E o vidro trincou
Essa é a ultima vez que vou lá

Deixa de neismo menino e vai brotar
Toada de gente vai lá

Reprochei
Simbora que vou lá
O tempo enculcou
Essa liticagem que não serve mais

Deixa de neismo menino nao seja revel
Toada de gente vai lá

Reprochei
Simbora que vou lá
O tempo enculcou
Essa liticagem que não serve mais

Trilha de Ques

Eu vejo mais então
A consciencia em questão
Aprendo com alguém o que é refrão
E renovou

Mãe coitada não quer mais
Vamo la, ta ta ta ta ta

Eu vejo até a mão de um Ques que mostra construção
Fenologias essas de mudar
Raios de sol
Pra tudo queimar

Nervura pra mim não sobe mais
Desce o joelho até o chão
Sempre trazendo idéias pra cá

Intrinsidade prum bem maior
Te leva anos pra aprender
A consciencia de um só

Revejo outro então
Um Ques que mostra confusão
Partícula em dupla direção
Raios de sol
Pra tudo quebrar

Eu vejo mais então
A consciencia em questão 
Vazou por onde fica o seu lar
O Libarias

Vou procurar por onde esta
Tenho um plano bem maior
Direcionei onde devia estar
Oh

A Fibra

Sou Prezepeiro a rapel
Não me traga um martel
Vim trazer essa fibra que bem só
Viver mais viver mais viver mais viver mais
Poisé

Veja seu Rapel
Tenho vitórias
Com você aqui há visitantes
E eu

Vim bem de longe daqui
Opilado a quem parcel
Tem que ver se saludo, vivo só
Não da mais não da mais não da mais
Poisé

Ver outra visão, vertiginagens
Devo te dizer incontornáveis
De seu

Nessa viagem de fibra periguar
Nada igual me convenha vou mostrar
E prepare as entranhas
Por favor

Esse dia recanto o sonhar

Prezepeiro

Não sou mais peão mas que nada
Não sou mais peão de linchar
Não sou mais peão de nada viver
Não sou mais peão de jangar

Não sou mais peão mas que nada
Não sou mais peão de jaba
Não sou mais peão de nada viver
Não sou mais peão de trombar

Todo mundo faz os mesmos acordes que eu
Todo mundo faz os mesmos jogos que eu

Enquanto rever maquinada
Enquanto dever não ha mais
Enquanto viver ao que nada viver
Enquanto não ter algo a mais

Enquanto rever maquinada
Enquanto dever não ha mais
Enquanto viver ao que nada viver
Enquanto não ter algo a mais

Todo mundo faz os mesmos acordes que eu
Todo mundo faz os mesmos jogos que eu

Rondei
Cumbuca imbrumida
Ao marujar
Paredolia

Quem é que doa amor
Beata infinda dor
Quis encontrar

Não sou mais peão mas que nada
Não sou mais peão de linchar
Não sou mais peão de nada viver
Não sou mais peão de jangar

Não sou mais peão mas que nada
Não sou mais peão de jaba
Não sou mais peão de nada viver
Não sou mais peão de trombar

Quais foliões que vieram antes deu nascer?
Quantas carrancas fizeram parar o envolver?

Não Sou Peão

Mãe ressuscitou
Repente na constância de uma flor
Repasso de caipora mal maior
Em quisto por quê?

Pena, curvalto no olhar
Causo então pra todos ouvir
Reservado alocar de poucas

Vendo que longe daqui está
Vilas de bem estar 
Capacitado a nós
Relinchar, ela tombou

Mãe ressuscitou
Não vejo mais a quem trazê-la ao sol
Pecado meu vintena rezo mais
Em quisto por quê?

Mãe continuou
Abominável sentimento ao réu
Deitada até o mar voltar ao ar
Em quisto por quê?

Noite enquanto haja lar
Tem que ver
O que tela diz
A vontade de amor é sonhar

Foi te ver
Ver o tal sol entrar
E me virei autor
E me disser ator

Foi ti a que
ressuscitou?

Mãe Ressuscitou

Sempre que vier sonhar sobre você
O que não deixar de dar a perceber
Essa e a última vez que deixarei você
Satisfazer meu sono depender
Então não traga mais memorias antes de me dizer

Essa maldição
D'uma vida só
Não me recompensa
De ter um lar pra um só
Enquanto você
Me relembra não
Minha relação
Que me traz memorias
D'uma grande judiação
Entao vem aqui
Essa e a mão
Que me segurou
Na escuridão
De uma grande ilusão
E que dedurou
O meu coração
Na pertubação
Que deixou a marca
De uma ressurreição
E beijou a quem?
Que tivesse lá
Que tivesse só
Mas...

Quando por amor morar comigo
Avisa o inimigo que alguém
Me endoidou sem perceber
Sem ninguém ter me dito porque

Maldi​ç​ã​o (Demo)

Foi ti quem torceu
Pro meu mal
Sem me ver
Procurar
Intenda
Viu? Nada pra contar
Não quero outro lugar
Sem ter de ouvir
Meu lamentar

Lamentar (Demo)

In VENTVRIS VENTIS, Torres de Mello plunges into a stark emotional chamber—a sound-world shaped more by psychological weather than narrative fable. This is not a story told through characters or plot, but through fracture, atmosphere, and emotional sediment. The figure at the album’s center is not a hero or a traveler, but someone trapped in the recursive logic of loss. This is an album about weathering the unweatherable.

Structurally, the work resists climax. There’s no arc, no arrival. Instead, it turns inward, spiraling. Songs hover on a knife’s edge between confession and evasion—phrases blur, repeat, unravel. Traditional song form dissolves into foggy architectures of refrain, echo, and omission. Torres’s technique is built around refusal: refusal of harmonic certainty, of resolution, of rhetorical neatness. Each track leaks into the next like breaths exhaled but never fully released.

Yet the album is far from static. Its charge is subterranean. Tension gathers through subtle melodic recursion, dissonant cadences that never resolve, and lyrics that feel like diary entries caught mid-thought. There’s poetic compression in the phrasing—an economy of heartbreak. Dissonance becomes the language of truth.

Lyrically, Torres leans into ellipsis and impressionism. Words emerge less from formal grammar than from phonetic instinct and emotional cadence. Sentences start and vanish; images flicker more than they land. Language here is intimate, unguarded—Portuguese soaked in regret, desire, and accusation. Words don’t point—they echo. They remain as residues of presence, meant less to be interpreted than to be felt beneath the skin.

Repetition is key—not as chorus, but as mantra, as obsession. Lines return altered, like memories refracted through time. This refusal to move on mirrors the album’s emotional terrain: luto, limerência, maldição—each not just a word, but a locked room the speaker cannot leave.

Thematically, VENTVRIS VENTIS is a record of aftermath. It seeks neither catharsis nor clarity, but remains in the fog that follows rupture. What endures is not resolution, but sediment: longing without object, desire without destination, anger that turns inward. These songs are not about people, but about their imprints—not about relationships, but about their hauntings.

The “you” in these songs is a shapeshifter—sometimes a lover, sometimes a ghost, sometimes the fractured self. Emotion is not aimed—it radiates. The listener is not guided by narrative, but by mood, by texture, by the aftertaste of grief clinging to the voice.

What sets VENTVRIS VENTIS apart in Torres’s work is its radical vulnerability. This is a ruin-poem set to music—eroded, intimate, and unpolished. The album feels unfinished not because it is incomplete, but because it refuses finality. The ventis—the winds—do not point forward. They scatter. They erode memory, unravel form, and dissolve certainty. And within that erosion, Torres’s voice emerges more clearly—more humanly—than ever before.

This is not an album about invention. It is an album about survival. And that survival is not triumphant. It is quiet, unresolved, painful—achingly, beautifully human.

Luto

Césio

Tu és a morte da luz
Infiltra a carne e mata sem cruz
Pertence a um e escorre por mil
Nova maquiagem que bate fuzil

Caixa de Pandora
Semiaberta quem viu
Descanse em paz pois o mundo partiu

Suado após morte
Calafrio sem assalto

Deitado na rede
As mãos florescentes
Marmita no chão
Sofrendo como um cão

Não é resfriado
Mais forte que febre
Estou bem enjoado
Talvez não fiz o que deve

Césio

Torres de Mello is a Brazilian composer who blends the lyricism of MPB with experimental textures and futuristic themes. His music reimagines traditional Brazilian rhythms through poetic lyrics and immersive, often digitally simulated soundscapes. Rooted in heritage yet boldly innovative, his work bridges the organic and the imagined, inviting listeners into evocative new worlds.

Césio

Torres de Mello

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