#1 monstro

Letra:

Mira miraculosa, cano quente,
Intuição dispara, ansiosa  
o que o olhar pressente.
 Não é seguro falar aqui
Qualquer um pode ser, 
Não há conforto não há sossego, 
e todos sabem,  todos sabem que
eles estão a porta...

Eles estão à porta,
Eles estão à porta...

Faz a barba, paga a multa   
Bebe que enxuta, um fato por engomar.
Não te preocupes, a cadeia está segura, 
aqui não vive censura só vergonha alheia.
Vais perder tudo que mais receias, 
Critica, ri e ignora, 
com a cabeça na areia.
Enquanto eles estão à tua porta...

Eles estão à porta,
Eles estão à porta...
(Foge e esconde! Faz-te de morto!
Soltem os cães! Primeiro a cair!)

(Monstro)Venham apanhar, não tenho mais filhos para dar, nem vida nos corpos...

Estão à porta

Letra:

Venham aproximem-se,
temos um lugar reservado
para a senhora não sei que e senhor não sei que mais,
não é para a Tv mas está na hora dos animais.
Passam fome os coitadinhos, não sabem muito mais.
Mesa está cheia, só faz falta quem não está
Algoritmo expressa um fim,
Mas rastejas por um lugar mesmo assim
Não te preocupes há empregados para limpar.(2x)
Sabe tão bem, cada colher que tomas
Sem ver efeitos que somas na cabeça
Não há fio para a meada que aqui vai. (2x)

(Sample em alemão de Nietzsche)
" Wer mit Monstern kämpft, muss aufpassen, dass er nicht auch ein Monster wird."

Vamos ter que gerar necessidade
a seguir ao intervalo com publicidade
de uma mulher bem bonita a vender cálcio e prozac.

Tenham calma entretanto
O mordomo mostra o caminho,
Já preparou as camas, o sangue e as velas,
Não levem muito tempo
Liguem aos vossos amigos,
Temos reservas abertas
e há sempre espaço para mais um (2x)
Não é este o mundo livre, que te estiveram a falar?
Não foi essa a voz nasal que ignoraram e calaram?
Protesto introvertidos, tantos por ai,
que já nem os ouves a lamentar.

(Sample em alemão de Nietzsche)
" Wer mit Monstern kämpft, muss aufpassen, dass er nicht auch ein Monster wird."

Underveizer

LETRA:

Com o copo vazio eu não escrevo, 
Tenho tempo e eu levo -o.
Tenho medos, pesadelos,
E também me perco neles.
Para saber vais ter de ficar no fim, 
Traz jantar quente para mim.
Ler capítulos e ouvir Tom Jobim.

Quanto mais tocamos mais divagamos,
Perdi o Norte em acordes aliciantes.
Acendo a vela e sopro, 
Não há desejos a pedir,
Nada a sentir, senão o fumo dessa moca.

Que lá fora está tudo interligado,
Com Satã na televisão engravatado
Mas isso são conversas de assados, 
E eu estou tão cansado.

Na capital irei ser alguém,
Procurar-me ou sei lá 
Criticar qualquer coisa em Belém, 
Com um pouco de sorte,
Irei ser doutor, tenho que ganhar,
Entretanto vou trabalhar.

Há um medo de arriscar, no ar!
Uma filosofia de auto-agonia que não passa noite e dia
Anestesiada, por convicções, fabulosas criações,
Unicórnios, emojis e concurso de cancões.

Domesticamos a intuição, que nunca foi certa,
E com a idade desperta, 
Mesmo no final da recta... mais um sensível pateta.

Quem sou eu para cantar, 
O tempo que desperdicei.
Não conto os passos que dei,
Só imagino os que podia dar.

Sou um cantor que passa a vida no refrão
E o amor já não me fascina não.
Tanto enquanto queria,
Mudar algo como seria...

Pois na morte do artista,
Ri - se o homem macaco do vanguardista.
Deixa a guitarra ao pó
E uma toada a lembrar que não estamos sós.

Morte Do Artista (Demo)

o rei vai nu

De anos de amizade e de noites de jams num quarto à deriva da insensatez e de consumos irresponsáveis nasce "Trás dos Monstros", composto por Fábio LeMatos e Xavier DeSousa! 
Sem papas na língua, e com muito para dizer, sinais de fumo da Ilha dos Introvertidos.
Uma caldeirada de musicalidades, habilidades tocadas para o ar...

Trás dos Monstros

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