Exercitar o coração poético
Quando tudo está a saltar;
E proteger o coração terno
De todo o mal estar;
E superar a vida
Jogar na sorte de um sonhar;
E saber do nada meditar
Meditar a paz na alma.
É saber de tudo ser livre
Mesmo que não exista
Liberdade.

Liberdade

Valter Bitencourt Júnior, fazendo a leitura da poesia de própria autoria "Das sete faces do desprezo", à Carlos Drummond de Andrade.

Das Sete Faces Do Desprezo

Valter Bitencourt Júnior, fazendo a leitura do poema de própria autoria "Espírito natalino".

Esprito Natalino

Valter Bitencourt Júnior, lendo o poema "Coração fantástico".

Coração Fantástico

Valter Bitencourt Júnior, lendo o poema de própria autoria "Feliz natal".

Feliz Natal

Beijo

Meu coração
Prisioneiro
Libertou-se.

Valter Bitencourt Júnior

Beijo

Serpenteia o meu corpo no teu
Como o rio na rocha a germinar.
Mundo perdido no ciclo,
Estrelas que some do mar…

Teu corpo traçado no meu,
Tua fragrância, o meu luar.
Meu aroma suado no teu
E os lírios no vento a gozar.

Minha alma em ti,
E a tua além mar
Ais que se romperam
Os meus olhos a rogar!

A natura que Deus nos deu
Vezo todo a sonhar!
Flores que já nasceram
Rosa de tristezas no ar!

Valter Bitencourt Júnior

Natureza

Olha a perfeição,
Rebolando,
Dançando,
Cantando,
Como se fosse uma rosa,
Olha a perfeição rosa,
Morta em sua direção como
O céu ao vento
Olha a perfeição tranquila
Beijando o relento.
Olha a perfeição vermelha cor
De guerra chorando a beleza…
Olha a perfeição como o sótão
Escuro; como a cortina da noite,
Suja; como o branco de um assento,
Visível; como a transparência
Do dia.
Olha a perfeição jogando tudo
Pra trás e se entregando ao seu
Inverso…
Olha a perfeição
Não está mais perfeita.

Perfeição

Escreverei faísca
Quando tudo
Estiver de cabeça
Pra baixo!
Escreverei chamas
Para todas as paixões!
Escreverei angústia
Para todas as nostalgias.

Escreverei

Não sei quem era,
Mas tinha uma noiva
Nas areias
Do cais

Era uma virgem
Dona de um olhar
Casto, de um corpo terno
De um jeito singelo.

Não sei por que
O sonegar.
De tanto negar,
De tanto brincar.

Tinha uma marca
Danúbia
De um corpo adulto
De uma alma jovem

O vestido pesava
Mas estava só
Não sei mais onde...

Naquele altar!

Voz: Keila Lima
Autor: Valter Bitencourt Júnior  

Essa poesia se encontra no livro: Toque de Acalanto: Poesias, 2017.

Moça Do Meu Sonho

Valter Bitencourt Júnior, nasceu em Salvador, Bahia, Brasil, em 25 de junho de 1994, é anarquista, streamer/influencer, poeta e escritor brasileiro. Membro correspondente da Academia de Letras de Teófilo Otoni e da Confraria Artistas e Poetas Pela Paz. É verbete do Dicionário de Escritores Contemporâneos da Bahia e do Dicionário de Escritorxs Contemporâneos do Nordeste.