"Roleta Russa"
(Letra e música: Simião Mendes)

Amar do seu modo
É como brincar
De roleta russa e esperar
A arma disparar...

Lá vem você
Tocar minha dor com os dedos,
Fazer do meu sangue amargo
Fazer-me igual por prazer.

Cortei os meus pulsos
Mas só para ver
Se você me ajudava
Ou se iria me deixar morrer...

Lá vem você
Tocar minha dor com os dedos,
Fazer do meu sangue amargo
Fazer-me igual por prazer.

Espero que a chuva venha lavar
Tudo que me fez chorar
Por ser um animal
Tolo e sentimental.

Te dei meu coração
Em troca ganhei uma prisão,
Nas grades da sedução
Você me tem nas mãos...

Lá vem você
Tocar minha dor com os dedos,
Fazer do meu sangue amargo
Fazer-me igual por prazer.

Amar do seu modo
É como brincar
De roleta russa e esperar
A arma disparar...



Roleta Russa

"Pecados de Guerra"
(Letra: Simião Mendes/Música: Paulo Henrique Vieira)

Se você é o que faz
Sangrar,
Se você é o que faz
Chorar,
Se você é o que faz
Sofrer,
Se você é o que faz
Morrer...

Se tem o poder de fazer
Alguém se alistar,
E contra a própria vontade
Assassinar,
Se consegue transformar
Homens em animais
Então não é capaz
De enxergar:

Que é você o que faz
A "revolução"
É você o que causa
A destruição,
É você o que faz
A "evolução"
E é você que está por trás
Da destruição...

Se você é o que faz
Sangrar,
Se você é o que faz
Chorar,
Se você é o que faz
Sofrer,
Se você é o que faz
Morrer...

Se consegue separar
Famílias,
Deixando um enorme rastro
De vítimas,
Se por sua voz as regras
São ditas
Trocando decorações
Por vidas então:

É você o que faz
A "revolução"
É você o que causa
A destruição,
É você o que faz
A "evolução"
É você que está por trás
Da destruição...

O que mais seria a guerra a não ser
Jovens se matando?
O que mais seria a guerra a não ser
Velhos conversando?

É você o que faz
A "revolução"
É você o que causa
A destruição,
É você o que faz
A "evolução"
É você que está por trás
Da destruição...




Pecados De Guerra

Pintemos o rosto para encarar com humor
Essa vida vazia cheia de tanta dor
No picadeiro se encena o caos social,
Meras marionetes em crise existencial.
Pão e circo,
Laranja mecânica,
Pão e circo
Sobrevivência suburbana,
Pão e circo,
Selva de pedra,
Pão e circo
Onde o coronelismo impera.
Na corda bamba, na jaula do leão,
Admirável mundo novo, ano de eleição.
Enterrem meu coração na curva do rio
E que minha fantasia não sirva para meu filho
Pão e circo,
Fazenda, senzala,
Pão e circo,
Cartas marcadas,
Pão e circo,
Peões de xadrez.
Pão e circo,
Onde os fracos não tem vez.
Somos todos palhaços tristes...


Palhaços Tristes (versão ao vivo em estúdio - Atitude Musical - 2014 )

Ensaio gravado na Oficina Geppeto, Goiânia - GO. Janeido de 2016.

00:10" - Autoridades (Capital Inicial)
04:20" - Psycho Killer (Talking Heads)
08:40" - Roleta Russa (Vandalismo Poético)
15:40" - Killing in the Name (Rage Against The Machine)


Ensaio Gravado (Geppetto. JAN/2016)

(Letra e música: Simião Mendes)

Melancolias de um samba,
Tristeza em pleno carnaval
Um dilema em minha cama,
Viver ou fase terminal.

Filosofias de bar,
Ideologias fúteis de jornal.
Água levanta poeira do asfalto
O cheio me leva ao passado.

Banho de chuva,
Descalço na rua
Olhando o céu
Pensamentos aleatórios ao léu.

Não, eu não me importo mais       
Com estas pessoas que acham que sabem demais,

Eu não vou desistir
Nem quero dividir
A casquinha da ferida
Minhas frases perdidas,
    
Eu não quero dividir mais nada
Estou voltando pra casa
Só espero que não seja tarde demais.

Volto a mim,
O temporal já chegou ao fim,
Café forte, banho quente (e um cigarro)
Um passaporte para adormecer

Estou a mercê do que virá
E esta é mais uma para enganar
Só mais uma canção de amor,

Quando a vida
Anda mais ou menos
O melhor remédio
Ou o pior veneno.

Não eu não me importo mais
Com estas pessoas que acham que sabem demais
Eu não quero partir
Eu não vou partir                            
Mesmo que eu me parta quero estar
Dentro de ti

Quando a vida
Anda mais ou menos         
À noite as ruas parecem todas iguais.

Quando a vida anda mais ou menos
O melhor remédio ou o pior veneno.
Não, não me importo mais 

Com estas pessoas que acham que sabem demais,
Eu não quero partir eu não vou partir
Mesmo que eu parta quero estar
Dentro de ti

Eu não quero mentir
Eu não vou mentir
Mesmo que eu minta não será pra nos dividir
Eu não quero dividir mais nada
Estou voltando pra casa

Só espero que não seja
Tarde demais...

Mais Ou Menos

Banda formada no final de 2013, no reencontro de integrantes da extinta banda de grunge Incesticida, que atuou no underground goiano de 2004 até meados de 2009, tocando nas principais casas de shows e espaços culturais da capital. Apresenta um som agressivo acompanhado de letras que carregam em si criticas sociais, politicas e religiosas e as inquietações e questionamentos do individuo que se sente imerso
numa vida que as vezes (ou sempre) parece não fazer sentido. Além de músicas próprias, a banda tem um vasto repertório de covers nacionais e internacionais. Em 2014 fez várias apresentações em lugares da capital. Continuou mantendo o pique das apresentações em 2015, lançando o primeiro EP, intitulado "Dos Pecados da Guerra aos Crimes do Amor", que conta com as poderosas músicas "Roleta Russa" e "Pecados de Guerra", gravado no estúdio Volt. 2016 começou com aparições em jornais locais e entrevistas para programas como Rock Pequi e para a Rádio Rock Goiânia. Além do lançamento do segundo EP “O melhor remédio ou o pior veneno".