Estréia da banda Velho Azul-Marinho, de Carapicuíba, SP. 

GETÚLIO E O AMOR
(Renato Costa/Felipe Lima/Diogo Pires)

Getulio disse que não ia
fazer suas caminhadas matinais,
eu achei normal.

Getulio disse que não sentia fome,
e não queria tomar café,
eu deixei passar.

Passou o dia mal-humorado
feito um urso amargurado e só,
eu não entendi

Mas quando ela apareceu
vi seus olhos começando a brilhar

EU VI GETULIO
ALI PARADO E SEM AÇÃO
SÓ BATENDO O CORAÇÃO
PERCEBI QUE ALI NASCIA O AMOR

Getulio disse que se sentia estranho
por seu corpo formigar
começou a amar

Getulio me fez parecer inutil
eu não podia lhe ajudar

EU VI GETULIO...

Getulio então tomou coragem e foi na mesma hora
Encontrar sua amada, por o sentimento pra fora.
E ela, com um olhar confuso, desconversou, 
sorriu se levantou então foi embora
todo texto decorado foi em vão.
o vazio no lugar do coração.

EU VI GETULIO...

Eu vi getulio
Ele disse que minha canção precisava melhorar
E perguntou até que ponto eu queria chegar

Renato Costa: Voz e Percussão (Tigela e Colher).
Felipe Lima: Cajon, Percussão (Baquetas) e Backing Vocal.
Diogo Pires: Violão, Baixo, Teclado (Sintetizador), Guitarra, Percussão (Baldes) e Backing Vocal.

Getúlio e o amor

Estréia da banda Velho Azul-Marinho, de Carapicuíba, SP

SÓ PRECISO DE PAZ
(Diogo Pires)

Eu não quero muita coisa
Para ter a vida que eu sempre quis
Só preciso de paz

Não preciso de abraços, nem conselhos
E nem um pouco de atenção
Só preciso de paz

Paz que eu encontro no vento a tirar
As nuvens de lugar, nas sombras revelar
Os pássaros que vêm cantar...

Como pode ninguém entender
Que eu não tenho problema algum
Só preciso de paz

Não preciso de abraços, nem conselhos
E nem um pouco de atenção
Só preciso de paz

Paz que eu encontro...

Consegui o que eu queria
Para ter a vida que eu sempre quis
Consegui minha paz

Quem diria?
O silencio que eu queria no alcance de minhas mãos
Nem precisou de paz

Paz que eu encontro...

SÓ PRECISO DE PAZ
Letra e Música: Pires

Renato Costa: Violão, Teclado (Órgão) e Chocalho de Arroz.
Felipe Lima: Cajon e Chocalho de Arroz.
Diogo Pires: Voz, Violão, Baixo.

Só preciso de paz

Estréia da banda Velho Azul-Marinho, de Carapicuíba, SP

NOITE DE LUA CHEIA
(Diogo Pires)

Houve um tempo em que eu era bem mais sensível
Me pegava olhando o luar
Queria subir, chegar lá na lua
E de lá não querer mais voltar

Até que uma garota segurou minhas mãos
Pedindo pr’eu ficar

Ela tinha cabelos tão negros
Tinha os olhos profundos azuis
Surgia nas noites de lua cheia
E dançava sob a sua luz

Quando o sol raiava, eu a procurava
Sem nunca encontrar

Me deixe em paz lua cheia brilhante
Por que você tem que me lembrar
Que ela vai voltar essa noite 
Pra dançar a noite inteira e evaporar?

Em todas as noites eu esperava
Minha musa noturna surgir
Queria sua dança durante o dia
E nos fins de tarde também

Mas ela não se importava
E nem queria mais saber de mim

Desde então eu não olho mais pra lua
Pra saber em que fase está
Lua nova, crescente, minguante
Eu não vejo ninguém mais dançar

Nas noites de lua cheia, eu tranco a porta
Pra ninguém mais entrar

Me deixe em paz lua cheia brilhante...

NOITE DE LUA CHEIA
Letra e Música: Pires

Renato Costa: Voz e Guitarra.
Felipe Lima: Cajon.
Diogo Pires: Voz, Violão, Baixo, Piano e Órgão.

Noite de lua cheia

Estréia da banda Velho Azul-Marinho, de Carapicuíba, SP

O LOUCO
(Diogo Pires)

Penso o dia inteiro por aí em algo pra fazer você sorrir
Tramo toda noite um plano pro seu sono invadir
Durmo, sonho, acordo, lembro
Vejo o seu rosto até nas capas de jornal
Danço, pulo, grito, canto
Me belisco pra saber se você é real
Me faço de louco só pra vc percber que louco eu fico longe de você!

Renato Costa: Voz, Piano, Teclado (Acordeon, Bumbo, Sonoplastia) e Efeitos Sonoros em geral.
Felipe Lima: Teclado (Vibrafone, Pandeiro, Sonoplastia), Voz e Efeitos Sonoros em geral.
Diogo Pires: Voz, Ukulele, Baixo, Guitarra, Conduite, Reco-Reco, Triângulo e Efeitos Sonoros em geral.

O louco

Estréia da banda Velho Azul-Marinho, de Carapicuíba, SP

O SOL
(Diogo Pires)

I
O que ganham, os que perdem, os que só vão torcer
e todos que apenas competem, sob o mesmo sol

Os que ensinam e os que aprendem, todos debaixo do mesmo sol

Os que mandam e os que têm juizo pra obedecer
Os que amam e os que  odeiam, faz isso sob o mesmo sol

II
Os que votam, os roubam, os que falam mal
Os que julgam, os que sugam, debaixo do mesmo sol

Os que batem e os que apanham sempre sob o mesmo sol

O que canta e o que escuta, o que mente e o q luta
O santo e o filha da puta vivem debaixo do mesmo sol


III
Os que acreditam e duvidam, em plena luz do sol
Os que rezam, os que praguejam a mesma luz do sol

Os que pensam e os que agem, os que sonham com a luz do sol

E há quem digam que a vida não tem nenhum sentido
E há quem veja igualdade, humanidade nisso

---

Qual o problema então?
Me diz qual o problema então?
Se é o mesmo sol que bate em mim é o mesmo sol que bate em ti
Se é o mesmo sol que deixa sombra
E se é tudo sombra não importa, já sombra é tudo igual..

Felipe Lima: Cajon.
Diogo Pires: Voz, Violão, Baixo.

O sol

Estréia da banda Velho Azul-Marinho, de Carapicuíba, SP

MEUS VOTOS
(Diogo Pires)

Cê abre os olhos e percebe
Que sobreviveu a mais um dia ruim
Respira o ar da manhã
Esquece do ontem, já passou
Bota um sorriso no rosto pra mim
Meus votos pra um dia feliz

Eu sei que o mundo tá terrível, sim
A cada dia que passa, estamos mais perto do fim
Então tente fazer acontecer
Faça o seu dia valer, sem se arrepender
Bota um sorriso no rosto pra mim
Meus votos pra um dia feliz

Renato Costa: Voz.
Felipe Lima: Meia-lua.
Diogo Pires: Violão e Arranjos Midi.

Meus votos

O CARA
(Diogo Pires)

Na minha vida não há solidão
Mas tudo sumiu depois do trovão

Eu ando nas ruas
Todos me olham, todos me notam
É sempre assim
Mas quando amanhece
Todos se esquecem, eu tenho que agir
Ou se esquecem de mim

Desde que eu me entendo por gente
Eu não entendo essa gente
Nada satisfaz
Eu bem que não queria agradar a todos

E EU NÃO VEJO
NENHUMA RAZÃO PARA SENTIR
ESSA ANGÚSTIA QUE EU SINTO
OS DIAS QUE EU ME ACHO
O CARA MAIS LEGAL DO MUNDO
SÃO DIAS QUE EU NÃO EXISTO

A chuva não molha mais o meu rosto
E não tem gosto o meu café
Quem sabe algum dia
O tempo apague todos os sonhos que eu vivi

Mas não eram os meus sonhos
Eu nunca tive sonhos
O carnaval já passou já faz algum tempo
Mas eu não tiro a minha máscara

E EU NÃO VEJO
NENHUMA RAZÃO PARA SENTIR
ESSA ANGÚSTIA QUE EU SINTO
OS DIAS QUE EU ME ACHO
O CARA MAIS LEGAL DO MUNDO
SÃO DIAS QUE EU NÃO EXISTO

Eu penso, logo existo
Será que eu existo?

Renato Costa: Guitarras, Voz e Vocais
Felipe Lima: Cajon e Vocais.
Diogo Pires: Piano, Baixo, Guitarras, Voz e Vocais.

O Cara

OS METROS
(Diogo Pires)

Tudo era tão bom, mas você se foi  
E não me levou com você, até que eu aceitei 
  
O tempo passou, você não me explicou 
Que ia demorar pra voltar, nem chorou, nem sorriu 
  
POR MAIS QUE EU TENTE, NÃO CONSIGO ESCONDER 
CONTO OS METROS QUE ME DEIXAM LONGE DE VOCÊ 
JÁ ME DISSERAM PRA EU DESISTIR 
DE TE ENCONTRAR, JOGAR PRO AR 
OLHAR PRA OUTRO LADO, MAS NÃO DÁ 

SEI QUE UM DIA VOCÊ VAI VOLTAR (EU NÃO VOU TER   MAIS QUE ESPERAR) 
VOU CORRENDO ENTÃO PRA TE ABRAÇAR (E O QUE PASSOU DEIXAR PRA LÁ)  
 
Bem que eu já tentei esquecer você 
Pra então viver na ilusão, eu quis me enganar 
  
Que eu superei, hoje eu já sei 
Que a saudade de você faz parte do meu eu 
 
Renato Costa: Violões e Voz
Felipe Lima: Cajon e Pandeiro
Diogo Pires: Baixo, Teclado, Violão, Guitarra e Voz

Os Metros

DEPOIS (Diogo Pires)

Depois da chuva
Depois do temporal que inundou minha casa
Jogou tudo no quintal

Depois da brisa
Depois do vendaval
Do meu jardim, não sobrou nem grama

Depois de um inverno
Depois de uma verão no mesmo dia
Vou ter que consertar meu coração

Depois do Atlântico
Depois da Terra, do Sistema Solar
Depois de tudo eu vou te encontrar

A luz me guia longe
Nem sei pra onde
A imagem voa pelas nuvens, noite, dia, cedo, tarde, vai além

Mas o tempo não passa
Minha visão embaça
Os pés no chão, as mãos pro ar
A mente voltada pro horizonte sem fim

Renato Costa: Voz
Felipe Lima: Cajon
Diogo Pires: Baixo, Violão e Gaita

Depois

Temperamental
(Diogo Pires)

se ela é temperamental
não é problema meu se ela é temperamental
noite passada ela queria conversar
e a noite inteira ela falava sobre tudo
o que eu tento esquecer

mas ela não deixa
ela não deixa mais eu olhar pras estrelas
nem as estrelas querem mais olhar pra mim
pior que eu tenho, só Deus sabe como eu tenho
eu não aguento mais

pois ela é temperamental

eu gosto dela mas
é dia sim, é dia não
tem dia que ela me faz tão bem
tem dia que ela é a própria solidão

mas ela é temperamental
e é problema meu se ela é temperamental
um dia desses ela tentou me matar
vinte minutos, e ela estava no meu ombro
querendo desculpar

os meus defeitos
porque de fato sempre eu estou errado
a culpa é minha se ela é temperamental
em um segundo tudo fica cor-dr-rosa
e não me importa

se ela é temperamental

eu gosto dela mas
é dia sim, é dia não
tem dia que ela me faz tão bem
tem dia que ela é a própria solidão

quando ela chega, tenho certeza que ela é feita pra mim
quando ela some, procuro onde? na previsão do tempo
já que ela é temperamental

Renato Costa: Voz e Violão
Felipe Lima: Cajon
Diogo Pires: Voz, Baixo e Violão

Velho Azul-Marinho

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