Chula no Terreiro
(Elomar Figueira Mello)
BR – 9W9 -13 -00011

Mais cadê meus cumpanhêro, cadê
Qui cantava aqui mais eu, cadê
Na calçada no terrêro, cadê
Cadê os cumpanhêros meus, cadê
Cairo na lapa do mundo, cadê
Lapa do mundão de Deus, cadê

Mais tinha um qui dexô o que era seu
Pra i corrê o trecho no chão de Son Palo
Num durô um ano o cumpanhêro se perdeu
Cabô se atrapaiano c' ua lua no Céu
Num certo dia num fim de labuta
Pelas Ave- Maria chegô o fim da luta
Foi cuano ia atravessano a rua
Parô iscupio no chão pois se ispantô cum a lua
Ficô dibaxo das roda dos carro
Purriba dos iscarro oiano pra lua, ai sôdade
Naquela hora na porta do rancho
Ela tamém viu a lua pur trais dos garrancho e no céu
Pertô o caçulo contra o peito seu
O coração deu um pulo os peito estremeceu
Soltô um gemido fundo as vista escureceu
Valei-me sinhô Deus meu apois eu vi
Remindo nas portas do céu, ai sôdade
Mais tinha um qui só pidia qui a vida fosse
U’a função noite e dia que a vida fosse
Regada cum galinha vin queijo e doce
Sonhano a vida assim arriscô mermo sem posse
Dexano a vida ruim intão se arretirô-se
Levô-lhe um ridimúin e a festa 
Se acabô-se, ai sôdade

Mais tinha um qui só vivia pra dá risada
Cuano ele aparecia a turma na calçada
Dizia evém Fulô das aligria
Covêro da tristeza e das dori maguada
Pegava a viola e riscava u’a toada
Ispantava a tristeza ispaiava a zuada, ai
Lovava os cumpanhêro nua boniteza
Qui aos pôco  pru terrêro voltava a tristeza
Esse malungo alegre e de alma manêra
Tamém tinha nos peito a febre perdedêra
Se paxonô pr’ua moça num dia de fêra
Norano qui a mucama já era cumpanhêra
De um valentão de fama e acabado de fêra
O cujo cuano sobe vêi feito u’a fera
Pois tinha fama de nobe e de qualqué manêra
Calô c’ua punhalada a ave cantadêra
Covêro da tristeza e das dori maguada
Morreu, cuma me dói, d’ua moda mangada
C’ua lágrima nos ói e na boca 
U’a risada, ai sôdade

E mais cadê aquele vaquêro Antenôro
Cum seu burro trechêro e seu gibão de côro
Esse era um cantado dos bem adeferente
Cantano sem viola alegrava a gente
No ano passado na derradêra inchente
O gavião danado urrava valente, ai sôdade
Chegô intão u’a boiada do Norte
O dono e os vaquêro arriscaro a sorte
O risultado dessa travesia
Foi um sucesso triste, Virge-Ave- Maria
O risultado da bramura foi
Qui o ri levô os vaquêro o dono os burro e 
Os boi, ai sôdade
Derna dintão Antênoro sumiu
Dos muitos qui aqui passa jura qui já viu
Na Carantonha, na serra incantada
Pelas hora medonha vaga u'a boiada
O trem siguin' um vaquero canôro
A tuada e o rompante jura é de Antenôro
Ah, ah, ah, ah, ê boi
Ê ê boi lá ê boi lá ê boi lá

Ficha Técnica
Cássio Calazans - Arranjo, violão e guitarra
Jurema Paes - Voz
Zeca Baleeiro - Participação especial
Márcia Castro, Lena Baule, Elaine Guimarães,Vivian Pércia,
Andréia Dias, Marcos Vaz, Cássio Calazans, Wagner Barbosa - coro
Sebastian Notini - Castanhola
Marcos Vaz - Harmônio

Chula no Terreiro (part. Zeca Baleiro)

*Acesse Facebook: https://www.facebook.com/igordecarvalho.oficial

Faixa "Rainha de Aiocá" - Músicos: 

- Percussão: Lucas dos Prazeres, Renatinho, Júnior Teles
- Baixo: Rogério Samico
- Guitarras: Rogério Samico
- Violões de 7 Cordas: Elton Sarmento e Rodrigo Samico
- Cavaco, Bandolim e Bandoloncelo: Rafael Marques
- Clarinetes: Parrô Melo
- Coro: Igor de Carvalho, Marcello Rangel Rogério Samico, Iuri Brainer, Luccas Maia, Luiz, Rebecca Melo

Ficha Técnica - CD:

- Intérprete: Igor de Carvalho
- Arranjos: Rogério Samico e Parrô Melo
- Produção Musical: Rogério Samico
- Co-Produção Musical: Iuri Brainer
- Captação: Rogério Samico
- Mixagem: Leo D (Estúdio Mr. Mouse)
- Masterização: Felipe Tichauer (Estúdio Red Traxx)

Recife-PE, 2014.

Rainha De Aiocá (Part. Moreno Veloso)

Voou Andorinha (Ferrugem)

12 Turbilhão_ miltinho edilberto

01 - ENTRE O CHÃO E A ENCANTARIA

Com 09 anos de trajetória o coletivo musical Tirinete Tracuá divulga o Coco e suas vertentes musicais do Bambelô (Estilo de Coco em extinção poucos mestres que conhecem essa vertente no nordeste), Coco de Roda,Coco de Ganzá, Samba de Coco e do Boi de Reis, Loas e música de Rabeca... Música do mundo... Mostrar a cultura popular é nosso objetivo através de Aulas-espetáculos, Shows, Oficinas e Palestras. O objetivo do percussionista e produtor musical Cacau Arcoverde e criar junto com Mestres tradicionais um coletivo de Cultura Popular valorizando a tradição. Em Arcoverde Sertão de Pernambuco temos o Samba de Coco que representa um dos ritmos e estilos tradicionais e apresentando outros estilos de coco: Bambelô, Coco de Roda, Coco de Ganzá, Boi de Reis e Rabeca. Evidenciar as possibilidades estéticas desses ritmos, ancorado num processo de respeito à diversidade e conhecimento da tradição ancestral de cada Mestre. Pois é o encontro com os mestres em meados de 2006 deu origem ao grupo Tirinete Tracuá. Coletivo, convivência, solidariedade, transformação, continuidade, memória e tradição - no sentido de referência – constituem o significado desse Coletivo. A união rendeu um belo espetáculo que foi apresentado na SBPC Cultural na UFRN no ano de 2006. Atualmente o coletivo está em fase de pré-produção do 1º Cd do Coletivo do Tirinete Tracuá. 

O CANTO DO UIRAPURU_MESTRE ASSIS-SAMBA DE COCO RAÍZES DE ARCOVERDE

Udu de Coroa Azul

O sertão é infinito 
Contém todo o universo
É um espaço subverso
De lendas, sonhos e mitos 
Vai do Brasil ao Egito 
Tudo cabe em suas fronteiras 
Ciganas e rezadeiras 
Cangaceiros, muçulmanos 
Tudo aquilo que é humano 
O sertão traz nas perneiras
E nesse mundo encantado 
Surgiu o "Sertão Cigano" 
Que é sagrado e é profano
É baião, xote e xaxado
É virtude e é pecado
É Nordeste e Oriente
É um pedaço da gente
De poeira, terra e fogo 
Chegou o Xaxado Novo 
Venha ouvir toda minha gente!

SERTÃO CIGANO

1. Bezerra da Silva - A coisa mudou
2. Bezerra da Silva - O rei do coco
3. Cacuriá de Dona Teté - Ai ai ai
4. Cacuriá de Dona Tetá - Choro da lera
5. Aurinha do Coco - Boa Noite
6. Pandeiro do Mestre - Acenda um incenso
8. Mestre Ferrugem - Eu canto e encanto
9. Samba de Coco Raízes de Arcoverde - A vida tava tão boa


07. Acenda um Incenso

1. A Barca - Dona Mariquinha
2. A Barca - Ararinha
3. Casas Populares da BR 232 - Meninin
4. Casas Populares da BR 232 - Casinha Branca
5. Ponto BR - Bombo de Macaíba
6. Mestre Ferrugem - Nossa Senhora
7. Samba de Coco Raízes de Arcoverde - Seu Maia
8. Samba de Coco Raízes de Arcoverde - Abelha Aripuá
9. Dona Selma do Coco - Areia
10. Dona Selma do Coco - A rolinha

02. A Barca - Ararinha

“Macumbadaboa” unites the ancestral sounds of Grupo Bongar from Pernambuco, Brazil with the electronic and dub elements of Maga Bo, the American/Brazilian DJ/producer based in Rio de Janeiro.  The project includes the participation of various well known Pernambuco artists - Isaar, Cláudio Rabeca, Lia de Itamaracá e as Filhas do Baracho, Lu do Coco do Pneu, members from the Xambá terreiro, children from the local community as well as the Malian kora player Adama Keita.  The album explores many northeastern Brazilian rhythms such as coco, afoxé and maculelê as well as subtle elements of electronic and dub music.

The songs were recorded in an improvised studio set up by Maga Bo in the Memorial Severina Paraíso da Silva - Mãe Biu, in the terreiro of Xambá in Olinda.  The intention was to bring Grupo Bongar into a familiar atmosphere where Guitinho could compose music and lyrics on the spot, inspired by the history of the Xambá community which was represented by all of the photos, antiques and relics that surrounded them in the Memorial.  

“The lyrics emerged from observing the pieces that make up the Memorial.  The old photos, the utensiles used in the terreiro in the time of Mãe Biu, the old percussion instruments, the maps of Nigeria and Cameroon (where the Xambá folk originated) and the articles of clothing from that time.  Finally, everything that reminds us of our history and the history of our people,” explains Guitinho.  “The repertoire of this album brings traditional songs for the orixás and the entitiies of Jurema.  The original lyrics emerged in the moment, through my observation of the pieces in the Memorial, during the recording.” - Marileide Alves

Release Date:  October 1, 2019
Format:  Digital/CD
Label:  Kaxambu Records
Catalog #: KAX014
Produced, recorded and mixed by Maga Bo
Musical direction by Guitinho da Xambá
Executive production for Bongar by Marileide Alves
Mastering by Krishnin at Blissonance
Artwork by Andrianna Moulinos
www.kaxamburecords.com

Macumbadaboa

Ogum Beira Mar - Grupo Bongar + Maga Bo

No ano 2013 em São Paulo, quatro músicos se juntam com o intuito de criar um grupo de forró de rabeca que tivesse outras influências além das tradicionais populares brasileiras. Assim, o grupo Xaxado Novo inicia uma pesquisa cultural e musical com viagens para Exu, Crato, Serra Talhada, Olinda, Arcoverde, Salvador e outras cidades do Nordeste.
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Em 2016, o Xaxado Novo lança seu primeiro álbum “Sertão Cigano”, com músicas autorais e releituras de composições de João do Vale, Trio Nordestino e Antônio Barros. A capa foi produzida pelo xilógrafo pernambucano J. Borges. No mesmo ano integrantes da banda viajam para Turquia, Romênia, Grécia e Marrocos para estudar e pesquisar a música local desses países. Também realizaram três shows em bares de Istambul. 
 
Em 2018 o grupo lança o segundo álbum “Xaxado Novo Ao Vivo”, gravado no Auditório Ibirapuera, com participações de Ricardo Herz, Gabriel Levy e Orkestra Bandida. No mesmo ano a banda consolida sua formação definitiva com a entrada do sousafonista Eliezer Tristão
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Em festivais de forró pelo Brasil, os prêmios conquistados pelo grupo são: Melhor Música, Melhor Zabumbeiro e 3º Lugar no "Festival Nacional Forró de Itaúnas" (2015); Músico Revelação (Davi Freitas) e 2º Lugar no "Festival Lua Cheia" (2018).
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Em 2019, o grupo lança o EP Vagamundo, com 4 músicas autorais e um clipe da música "Sentinelas". Mais tarde lança o single "Fronteiras Invisíveis" e o álbum " Xaxado Novo no Estúdio Showlivre (Ao Vivo)". Em 2021 o guitarrista e violonista Ricardo Barros entra na banda e em 2022 a violinista e rabequeira Vanille Goovaerts entra no grupo iniciando assim, juntos, o novo álbum de comemoração de 10 anos.
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Com um repertório na maior parte autoral, tendo ainda releituras de canções de artistas consagrados como Luiz Gonzaga, Dominguinhos e Sivuca, o grupo Xaxado Novo propõe um passeio pela música popular brasileira, com influências musicais latino-americanas e orientais.

Membros	

Davi de Freitas (triângulo/voz)
Vanille Goovaerts (rabeca/voz)
Bruno Duarte (zabumba/percussão/voz)
Eliezer Tristão (sousafone) 
Ricardo Barros (guitarra/violão/voz)

SERTÃO CIGANO

Xaxado Novo

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