Voltar atrás  -  Dedicado ao meu amigo Júlio Coelho
Letra: Fê Costa // Musica: xNats

Sem regras e em silêncio uma oração
um jogo e uma aposta, mera ilusão.
Marcas representam uma duvida.

Sem compreensão não importa saber quem sou,
sem consideração digo amém.

As canções mudam,
muda a época, o amor é volúvel.

A cor dos cabelos mente,
assim, tudo continua sendo ironicamente igual.
O que não faz mal.

Tenho as roupas e os sapatos que mereço.
Não me lembro de como são as cores das cores, 
as dores das dores, Dolores e o pó.

Não carrego fronteiras em minhas bagagens, 
aonde vou pela manha não sei onde estou.

À tarde chega e ainda não me encontrei.
E quando a noite silenciosa, sorrateira
percebo que passei de onde eu deveria estar, não sei como voltar.

Não restaram muitas coisas,
apenas roupas sujas e velhas cartas de amor.

Você não me protegeu,
deveria ter me dado um tiro ou quem sabe um cobertor.

Eu me completaria vivendo apenas com um pedaço.
dormindo em um canto, na rua crua ou num canto do espaço.

Fui te procurar...
 
A rua estava deserta e o beco escuro.
As portas e janelas estavam abertas, lixeiras vazias, 
era noite você não estava mais ali...

É certo você não quis estar ali e fazer 
parte da vida que cresce na “arte de viver da fé”.

Da cidade que cresce bastante
desordenada sem memoria como livros mofados na estante.

O progresso em silêncio arrasou tudo o que era passado,
foi assim que percebi que o presente era rua e o meu melhor de caso pensado.

Naquela noite me aqueci.
Beira de uma fogueira, um copo de vinho,
feita com folhas de jornais sujas de rua
quais cobriam um corpo estendido no chão.

Meu irmão era só um corpo estendido no chão,
deu pra entender apenas um corpo estendido no chão!

Foi assim que fiz da tristeza meu tesouro
quando um dia ainda poeta
tracei planos para a juventude seguir.

Eram apenas planos que nem mesmo eu acreditei.

Subia a Bahia e descia a Floresta para tentar entender
se eu deveria subir ou descer, não tive coragem de escalar,
o velho arco, plataforma de um futuro voo curto.

O fogo que me aquecia em plena noite insólita,
dos jornais que encobriam o corpo de um poeta, jovem demais;
desgraçado o bastante assim morreu um pedaço de mim e nada mais.

Sem noção de espaço e tempo
sendo tempo e espaço sem limites,
sentindo sobre meu rosto
um rio de lagrimas, meus porões vazios
e muitos versos equivocados.

Lembranças, cicatrizes e tatuagens.
Sonhos inacabados e verdades que envelheceram na vaidade.
Sonhos inacabados e verdades que envelheceram e isso é verdade!

A madrugada chora 
se matando e se drogando 
em frações de segundos apenas um segundo a mais.
Em relógios que marcam as horas ao contrario, pois
quando estamos morrendo é apenas o que desejamos: Voltar atrás!!! 

Oh! Quanta dor e incompreensão,
Estou muito...
Verdadeiramente muito cansado
e de encontro ao chão jogo meu corpo, suado!
Uma dança desesperada para saldar esta dor molhada!

Assim escrevo o ultimo verso desta noite.
Tal como a ventania, vem
a derrubar casas e corações
levantar poeira e se agasalhar em lagrimas.

O ultimo verso desta noite
vem, como vem vai.
Levando consigo perfumes e flores,
Mulheres, amores e esperança.

E ao lado do corpo frio 
jornais embebecidos de sangue me aqueciam.

Adormeci, sem medo e sem culpa
apenas para proteger a vida que não existia mais.
Pois, quando estamos morrendo desejamos apenas voltar atrás. 

Sem culpa e sem medo adormeci ao lado do corpo frio.
Jornais embebecidos de sangue me aqueciam,
apenas para proteger a vida que não existia mais
pois, quando estamos morrendo desejamos apenas voltar atrás. 


by Fê Costa (03/03/2013) (16/02/2015) (22/02/2015) (27/02/2015) (23/03/2015)

Voltar Atrás - (Ouçam com phones) Mix: Guidub / xNats

AO CAIR DA NOITE
Letra: Fê Costa  // música: xNats

Ao cair da noite não fui simplesmente eu 
quando acreditei ser você.   

Éramos dois o bastante 
que acreditava ser eu.   
Não éramos ninguém, 
como não chegamos a lugar algum.

Permaneceu a farsa
dos sonhos e do amor.
Tantas flores por encomenda,
tantos foram como sou.

Um carcere a solidão,
tantas lágrimas perdidas
não importa temos tempo
p’ra rever as frases esquecidas.

Alheio às guerras vivo;
entre países, entre papéis
escondo meu coração deste tal amor.

Porque esse tal amor
não foi e jamais fará parte,
no que se diz ser amor
e não ser guerra.

No que se diz ser amor e não ser guerra.

Assim, eu passo dias inteiros
destilando veneno.
Trocando em miúdos
as sobras desta vida.

Eu não respeito placas, faixas,
fardas e monumentos.
Cuspo versos ao vento,
sem me lamentar.

Alheio às horas vivo;
entre muros e papéis
intervenções urbanas, cidade mapeada.

Pixos, grafittis, grapixos
entre grafias, ruídos e paisagens.

Na síntese do risco que transforma
a essência da aposta na inquietude que decora o caos.

Na inquietude que decora o caos.

Por esse tal amor
não foi e jamais fará parte,
no que se diz ser amor e não ser guerra.

Por esse tal amor
não foi e jamais fará parte,
no que se diz ser amor
e não ser guerra e muito menos arte.

E não ser guerra muito menos arte...

PA12 Horizontal ProjectCTR

Poesia e Patricia Mendes, @patriciamendes,  Salvador / BA - Musica: xNats

PA14 Project

Desejos que movem, ruas caladas. - PA19 Project Vídeo – Horizontes Periféricos
Letra e música: ©Fê Costa / Projeto xNats
21/06/2016 – 26/07/2016 – 25/08/2016 – 27/01/2017 – 10/03/2017 – 01/04/2017 – 27/01/2018 – 31/01/2018 – 30/04/2018 – 17/07/2018
Em minha cidade de encanto vazio
ruas de meu Horizonte, a solidão da chuva fria invade
neste entardecer cinzento, o que acompanho com o olhar.
Quando me abrigo no Baixo esperando algo acontecer.
Para acalmar o desespero só me resta lembrar
da lembrança que alimenta demônios,
do desencontro, que elege culpados,
entre o suspiro e ultima nuance de cor deste dia cinzento.
Assim,
No quando o espelho negro perde o brilho,
só me resta uma velha fotografia guardada na carteira,
esboço um sorriso...me vem a melhor lembrança: “A pureza é um mito.”* (2x)
Penso nas cores que resistem,
E o que é preciso subverter para ocupar.
Grafittis, paredes colorir
Pixos, paredes ocupar,
Ocupar tudo, com palavras e sentidos
Horizontes Periféricos,
Um mergulho no corpo das tantas formas de amar.
Sejamos marginais assim nos tornaremos heróis*.
Para anoitecer em minha em minha cidade
Mais uma noite belorizontina
que abriga a violência
das horas que passam, loucura que transpira
o perfume, velho desejo,
lembranças ruas caladas... (2X)
Quando te encontrei a cidade adormecia vazia,
uma esperança torta para distorcidas lembranças.
Da febre e da fome que não tem preço,
horas que passam exalando, doce e perfume
de tudo que não tem mais valor.
Como se fosse uma ultima vez, mais uma chance.
Na verdade foi a única vez da última chance.
Um insulto como o tempo nos devora,
Já passou, foi assim...
Não podemos continuar a nos maltratar, como estamos.
Posso perder a razão
por você cometer loucuras...
Me jogar no real que alimenta o frio que nos cega,
quando os lábios se encontram,
os olhos se fecham
e a luz se apaga.
São desejos que movem, ruas caladas. (2x)
Em noites de chuva no incerto das horas,
que no complexo das ruas se misturam
com a entrega do jogo no deserto dos sonhos distantes.
Contrariando a ordem dos fatos
Ignorando coisas e outros
Costumes:
Preguiça:
Desordem:
Por não saber para onde ir.
Por isso prefiro sentir a dor e vagar sem medo
Pelas melodias do Dilúvio,
vem comigo e assim nos tornaremos heróis
Sendo grandes marginais!
*Hélio Oiticica (Citação)
Dedicada ao Poeta Sentidor.... (No final uso um sample de uma de suas composições) @sentidor

PA 26 05102018 Project

USE POESIA – PA 25C ESQUINAS 26/06/18 – 17/07/2018
Preto Matheus e Fê Costa

Esquinas, esquinas, esquinas
Dobram os dias sem fim
O Horizonte?
Este emaranhado de (in) certezas
Onde a dúvida erra a vogal
Tornando-se dívida. (Divida) Tornando-se dívida

Toda palavra, mitologia
Dobra o dis.......curso a avenida
Cacofonia partidária por
Bandeira tremula
Lei e ordem monologando distopia.

Pelas ruas que clamam cores, formas e grafias, ruídos e paisagens 
Use poesia - 3x

Esquinas, esquinas, esquinas dobram os dias sem fim....

- Prezas, asas para voar, escalar o concreto e grafar no topo da real o X. Cuspindo na cara da hipocrisia quando se misturam entre ratos e restos da madrugada pelas ruas que clamam:
Cores, formas e grafias, pelas ruas que clamam cores, formas e grafias... ruídos e paisagens –
- Pelas ruas que clamam cores, formas e grafias. Use poesia 3x –

- Na calada da noite um encontro marcado, puxar angustia, um brinde a solidão.
Perecer aos pés da Serra do Curral sem abrigo, na noite escura, mórbida e sem emoção.
Vagando pelas ruas que clamam:

Cores, formas e grafias, pelas ruas que clamam cores, formas e grafias... ruídos e paisagens –

PA 25D Esquinas 050718ProjectSFOZ

O titulo oficial será: Eu toco para meu orixá dançar

PA 22 X Project 11012019 Expansão 20 160 HorizontalNR

“THIS MACHINE KILLS FASCISTS” – WOODY GUTHRIE LIVE

desobediencia civil
sangra a america latina
pos verdades
novas mentiras
distopico amanhecer.

Antes que seja tarde resolvi lançar esse single.
Projeto Gravado e Mixado com Ableton live 9.7 (efx) + Add Drums2 + FM8 + Guitar Rig 5.0 (Guitars Ambience). Vozes (Google Tradutor).

civil disobedience
bleeds latin america
pos truths
new lies
Dystopian dawn.

Before it’s too late I decided to release this single.
Recorded and Mixed Project with Ableton live 9.7 (efx) + Add Drums2 + FM8 + Guitar Rig 5.0 (Guitars Ambience). Voices (Google Translate).

by xNats

Single

PA 36 Project x2019 SX Mix 271119

Temptation

01 - Tra   Vessa [da] Passa   Gem

Este single, letra e musica foi inspirado na Banda As Mercenárias e Patife Band. de São Paulo, SP, Brasil. Eu tenho o habito de estar sempre revisitando essa rapaziada de Sampa, são muito mais urbanos que os cariocas, característica que me aproxima por afinidade. Em um sábado de Dezembro, la pelo inicio do mês. Foi uma maratona pelo trabalhos das Mercenárias, mais centrado na formação inicial com Scandurra por conta das guitarras. Me  apaixonei pelo som do baixo da Sandra Coutinho, pena que não tenho um baixo elétrico, impossível tocar em um controlador sem manipular ou quantizar o midi.  No domingo me concentrei em Patife Band ai deu um nó na cabeça, deixo pra segunda parte.

Voltando nas Mercenárias dando uma sacada nas letras, envolvido com a sonoridade simples e seca, tentando fazer uma guitarra surf e suja, a letra aconteceu, por volta do dia 29/12/2019. Pensando na postura e no posicionamento do Extintion Rebellion eu consegui me romper de fato com o cristianismo e seu criacionismo absurdo, uma escolha consciente. Eu percebi que precisamos com urgência lutar pelo planeta, se ja não for tarde demais. É claro que é complexo

Entendo como Deus a natureza perfeita, as transformações e evoluções do universo. Acredito na ciência e na tecnologia o avanço . 

O Deus esta em todas as coisas e se temos que proteger Deus estaremos protegendo o mundo, mas não... preferem acreditar em um Deus cruel e imponente, viver em uma masmorra fétida, umidamente fria, sempre na penumbra.

O poema publicado no dia 29 de Dezembro de 2019 no site a imagem da letra (https://aimagemdaletra.wordpress.com/2019/12/29/que-assombram-os-sonhos/)  carrega o nome de: QUE ASSOMBRAM OS SONHOS. 

Por volta do dia 10/01/2020 me bateu a ideia de experimentar o poema na base que eu havia criado: PA X43 Project. Praticamente na hora eu dividi a letra em duas partes e dei o rec. usando um gravador externo da Taskam. Foram 4 take, apenas um prestou, fechei o projeto, porem, incomodado com um intervalo entre os dois versos, resolvi cortar e diminuir o tempo, editei e remixei e assim foi ate fechar o master e criar a arte para a capa do single.

A certeza de postar so aconteceu por conta do som da Banda G.D.E projeto do meu amigo Max Chami - Antonie Traum -  um som ducaralho...

Para saber mais, acesse o site:https://xnatsproject.wordpress.com/

Roleta Russa Parte A

>>> Trata-se de um cérebro musical que tem um funcionamento diferente dos outros no que se refere à forma de processar informações específicas de natureza quantitativa, mas que não deixa de conter um enorme potencial. Uma usina de erros provenientes de inúmeras tentativas, experimentos e fusões analógicas e digitais. <<<

>>>It is a musical brain that works differently than others in how to process specific information of a quantitative nature, but it still has enormous potential. A powerhouse of errors from countless trials, experiments, and analog and digital fusions.<<<

xNats

Popular tracks