(Des)Formando Yogis

Talvez eu não fale pra vc? O que eu escrevo, gravo e produzo de conteúdo não encontre ressonância em vc, como yogi(ni)|Meditador, pois eu falo aos candidatos  a Livre-Pensadores dos Yogas|Meditações e vc, conservador ou curioso em busca de "técnicas", não curtirá o que falo. E td bem... é até melhor que vc não esteja por aqui, pois eu posso lhe produzir um (re)sentimento de ira até, ou de total falta de interesse. Deixe esse espaço aos que verdadeiramente vão usufruir das minhas falas: aos Yogi(ni)s|Meditadores Nômades :) @yoga_contemporaneo

Eu falo aos Livre-Pensadores. E você é quem mesmo?

Um ensaio do que entendo como uma "Terceira Via" de compreensão do yoga moderno. Há, basicamente no Brasil, duas formas de pensar, produzir e consumir todo o material produzido nestes 60 anos de yoga no Brasil. A primeira é pensar as técnicas do yoga e as suas repercussões físicas, mentais e metafísicas. Há aí uma gama gigantesca de material, tanto biomédica quanto de professores e mestres de yoga. São dezenas de livros que descrevem como realizar um mudra, pranayama, asana, kriya e toda uma gama de meditações p.e. A segunda se refere a todas as interpretações, comentários e ressignificações (seja mais híbrida ou tradicionalista) das escrituras sagradas do yoga e afins (até Vedanta entra e hoje no Brasil chegou também os sikhis travestidos de yogis).
Não obstante, é praticamente nulo (com exceção dos "garimpeiros" de artigos acadêmicos)que já leram (ou se interessaram) em ler sobre a identidade do yogi barsileiro, um perfil psicológico dos praticantes de yoga no país, que se aventuraram a ler a história do yoga no Brasil (que não tenha sido descrito por uma escola específica, pois estes apagam a "linhagem" concorrente) e etc. É o que denomino aqui de "Terceira Via" do yoga no verde-amarelo. Em palavras mais simples, o lado "humano" do yoga. A perspectiva (nunca isenta) da sociologia, da história, da antropologia e demais ciências que não pertencem a mais uma "Igreja" do yoga. Sim, pois até as pesquisas científicas em biomedicina no Brasil estão circunscritas a uma ou outra escola/tradição/linhagem de yoga. Ou você já leu algum artigo em biomedicina que não falasse apenas elogios aos benefícios do yoga?
Ser um Livre-Pensador do Yoga/Meditação é também se perguntar, p.e., por quê o yoga não sobrevive fora dos grandes centros urbanos e em bairros de maior poder aquisitivo? Ou, por quê há tantas mulheres praticando yoga e uma supremacia de homens nas "marcas" de yoga?

Livre-Pensador do Yoga

Um ensaio sobre como o Yoga não visa eliminar as "ilusões" da vida (algo obviamente que nos conduziria a processos de des-ilusão melancolia e depressão), mas sim, nos re-conduzir a tomar as rédeas de nossas vidas e possibilitar que tomemos contato mais uma vez (como quando éramos crianças)as forças criativas que somos (plenos em si-mesmos/Deus/Isvara). Desta forma, presenciarmos a imanência da vida (e não aguardar, como rebanho, uma outra vida para sermos felizes - transcendência); para que assim, compreendemos a singularidades criativas que nos torna humanos viventes do agora e não mais ressentidos do passado ou ansiosos e carentes de um "futuro melhor" que não chega.

O Yoga Como Ordenador Da Realidade

Um ensaio em que apresento a ideia controvertida de "buscar" a Plenitude em uma concepção não-dual de mundo do yoga. Argumento que é por influência da filosofia platônica/aristotélica/cristã que surge essa confusão e a "conversão" de yogues nesta falácia.

Anti-Plenitude: Um ensaio sobre os Livres-Pensadores do Yoga

Leitura do capítulo Como criar... de D&G. Texto importante para se aprofundar nos estudos do Yoga Contemporâneo, sobretudo, pautado no diálogo do Vedanta Advaita (não-dual) de Sankara com a filosofia monista de Espinosa. A pergunta que deve percorrer todo yogi ouvinte dessa narrativa é como criar para si um CsO Yogi?

Como criar para si um Corpo Sem Órgãos (CsO): Deleuze & Guatarri, Mil Platôs (vol.3)

Gilles Deleuze, 2002, Espinosa: Filosofia Prática, Espinosa e nós, p.127-135

Espinosa e Nós  O Corpo e seus Afetos!

Desenvolvo aqui um pouco mais a minha tese do Yogi Malandro; um yogi/yoga que vive/existe no plano da consistência ou composição e não no plano/ideia da transcendência. Discorro e defendo a ideia que o yoga como religião advém dentro da Ciência da Religião da figura do Sacerdote e o yoga como Magia dos Feiticeiros. Enquanto os primeiros reagem a qualquer manifestação estranha a estrutura de mundo (da sua visão religiosa, no caso do yoga, o Hinduísmo), os magos/feiticeiros/xamãs ou yogis malandros abraçam o diferente, o anômalo, o menor, o de casta inferior. Por isso mesmo os Hatha-Yogis medievais indianos (os Nathas) sempre criticaram duramente os leitores/decoradores/veneradores dos Vedas e Shastras. Acontece que atualmente, a tensão se mostra bastante evidente, mas ainda assim os Yogis-Sacerdotes/Brâmanes impondo a sua única verdade como "O" yoga e os demais "deturpações ocidentais" ou qualquer outra reação ao novo, aos que expõem um Yoga como "agenciamento" para outros devires (tornar-se). A exposição em forma de ensaio não esgota o assunto mas o convida a se permitir pensar fora do escopo tradicional da "busca para a transcendência", de uma vida yoguica "organizada de fora" e joga no seu colo a responsabilidade de perceber seu humor e pensamentos serem jogados para um lado e o outro por velocidades (gunas) e afectos que compõem você a todo o momento (samsara e maya) sem se dar conta disso (avidya).

A Eficácia Mágica do Yoga Ou Como se Transformar em um Yogi Malandro

Yoga Mercantilizado: Como Construir Uma Rota De Fuga

Proponho aqui, de forma bem pragmática, um Yoga como processo gradual em vista a Liberdade/Kaivalya. Se conseguir, conquistará, mas sem espera(nças), o ingresso para a vida como festa - e não como fim do sofrimento.

Yoga como Filosofia Aberta

Dialogamos aqui com dois conceitos que crio para meu livro Yoga Malandro, os Yogis-Nômades ou híbridos e plurais e os Yogis-Sedentários ou tradicionalistas e conservadores. Desenvolvo comparativamente em 8 itens as diferenças entre duas perspectivas de se viver o Yoga no Brasil (mas acho que se pode pensar no mundo). Enquanto os Yogis-Sedentários conservam suas escrituras, valores e até asanas... visam a institucionalização, a imobilidade que advém da busca por um modelo ideal que os orientem, portanto, a um "sedentarismo yoguico". Já os Yogis-Nomâdes criam suas escrituras, constróem seus valores e não acreditam que algo os falte, por isso não almejam algo ou alguém organizando suas vidas yoguicas de fora, portanto, vivem um "nomadismo yoguico". Não há o bem x o mal aqui; mas uma tensão de forças. Divirtam-se como eu!

Os Yogis Nômades e os Yogis Sedentários

Por quê Livre-Pensador do Yoga? Isso não é uma redundância? Só ser yogi não pressupõe ser livre? O Yoga não visa kaivalya (lit.Liberdade)? Nem sempre. Aqui discutimos o quanto você pode ter (ou estar sendo) "capturado" (ou seu desejo, tesão, vida...) por uma única (e "ideal") forma de pensar/viver o Yoga. Em outras palavras, a sua escola/tradição/linhagem (ou qq denominação que deseje sobre o núcleo social yoguico em q se relaciona) pode estar doutrinando a sua realidade. Pensar o Yoga como um livre-pensador é se relacionar com o Yoga (sua filosofia ética e seus "exercícios espirituais" = prática) como uma "caixa de ferramentas" e não "elementos sagrados" intocáveis. 
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Como se transformar em um yogi livre-pensador

Os yogas do tipo (1) estão baseados no transcendente, na espera(nça), em uma palavra: no ideal que nunca é deste mundo. Estes são buscadores, peregrinos ou convertidos aguardando ansiosos a Bem-Aventurança, a Plenitude, o Kaivalya como o Céu para os cristãos ou Valhalla dos vikings.  São geografias religiosas que não pertencem a nenhuma cartografia real, mas imaginária, por isso, inexistente e para poucos escolhidos ou que necessitam de alguma iniciação sagrada, símbolo místico ou pronúncia correta dos cânticos para alcançar a sua redenção. São os brâmanes modernos, pensamento elitista e herdado de um sistema social dividido por castas e sustentado por deuses que inspiraram os antigos “sábios”.
	Os yogas do tipo (2), por sua vez, estão rizomáticos, não descendem de nenhuma árvore mágica que possui sua RAIZ ORIGINAL E INCORRUPTÍVEL encravada em solo sagrado. Os yogas agenciadores de linhas-de-fuga criadoras são emaranhados de fluxos desordenados e desajustados, esquiZitos, por isso ESQUIZOYOGA.

Esquizoyoga

A Cura Yoguica

Yoga e Sofrimento

Faça um exercício de abstração e tem imaginar os yogas que existem hoje sem a sombra dos Yoga-Sutras de Patanjali; como seria seu yoga?
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Prof.PhD.Roberto Simões
Mestre, Doutor e Pós-Doutor em Ciência da Religião pela PUC-SP, pesquisador do Centro de Estudos em Religiões Alternativas do Brasil pela mesma instituição e revisor da Revista de Estudos da Religião sobre a temática Yoga e Meditação. Atualmente edita o Site Yoga Contemporâneo, produz conteúdo no Podcast Yoga Contemporâneo e Cursos livres de baixo-custo na Plataforma EAD Roberto Simões.
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Yoga Malandro: liberdade, sofrimento e outras ficções
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Servidão Voluntária Yoguica ou e se Patanjali não existisse

Ensaio a partir da filosofia de Deleuze & Guatarri em aproximação ao Yoga-Sutras de Patanjali.
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Samadhi é um mergulho no (seu) Caos

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Meditar é des-integrar-se

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Viagem Acidental: O que é Purusa e o Corpo no Yoga

Essa é a pergunta que costumam me fazer, mas se não os universais no yoga, como não sucumbir a um relativismo e desintegrar-se?
Resposta: Sendo um perspectivista. 
Saiba mais no rolê aqui.
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O Mito da Definição do Yoga

Tópico: Aula Inaugural do Curso Estórias da História do Yoga com Prof.Roberto Simões
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Estórias da História do Yoga

Roberto Simões é mestre e doutor em Ciência da Religião pela PUC-SP. Investigou a ressingularização do yoga à luz da ciência biomédica em sua dissertação e o papel dos klesas no yoga brasileiro em sua tese de doutoramento. Saiba mais em www.yogacontemporaneo.com
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