COPA - Judau Ashta

eu vi a reencarnação de cristo, ele tava num mendingo sujo e fedido na unasp 
ele deu murros na cabeça e olhou pro alto, depois veio até mim com mó fedor de crack
ele me pediu um trago e eu falei não, ele me pediu dinheiro e eu falei não
ele me pediu um abraço por ter esquecido o que é carinho, e eu falei não 
as vezes a razão age mais burra que o coração, a emoção nos moveu até a lua 
queremos nos provar pra todos que tão na corrida, a guerra atual ainda é fria 
machos querem uma vagina pa chupar até pingar, na resenha vão contar com orgulho 
vagabundas não amamos e nem assumimos, eu amo mais meu mano do eu me amo
eu não tenho inimigos, não mais, nenhum deles vivos, agora sentimentos 
o tempo me ensinou que o meu ego ia me afundar numa espiral de ódio e solidão
foi então que eu vi uma mão, olhei bem e a reconheci, era a minha própria 
eu me levantei pa ir pa luta mais dificil ja sabendo que amanha vai ser pior 
o capitalismo ta deixando os meus manos cada dia mais lelé da cuca 
a vida é tão curta e eles tem muito a fazer, pouco dinheiro e um escala a seguir 
o medo de não conseguir virar na vida antes do 30, é o que vivemos de verdade todo dia 
todo dia antes de dormir eu me imagino vivendo meus sonhos, e eu sei que vamos conseguir

COPA - eu não tenho inimigos

refrão
tô querendo fumar o meu coração, tu nem imagina o drama na mente do palhação
vem e vai o vendaval das neurose, o filme que eu vivo é independente, horror e ação
tô querendo fumar o meu coração, tu nem imagina o drama na mente do palhação
vem e vai o vendaval das neurose, o filme que eu vivo é independente, horror e ação

versos
levantei mais cedo e taquei fogo num finim
não me peça coisas que eu não faria nem por mim 
amo minha coroa, amo os meus manos 
tá no plano a melhora deles memo que me leve ao fim
o vilão era o herói mas logo desistiu
percebeu que a paz é utopia nesse mundo frio 
manos carburando escutando Travis Scott
o efeito borboleta mostra o que você não viu
um barril de rap, tipo, vai toma no cu 
manos que vivem na norte sofrem igual lado sul 
todos vítimas de si, drogas e o governo 
calibre da arma apaga o belo céu azul
quando eu vou pá lutar eu tenho medo do morcego
tudo é uma piada ruim, meu boné é tipo um capuz vermelho 
eu estou ficando louco...
memo assim me mantenho verdadeiro

COPA - vendaval das neuroses

eu sou o mano que conhece muitas pessoas, falo com poucas e a todo momento me sinto sozinho 
ando perdendo interesse, ando perdendo meu animo, mano eu perdi meu foco, mano eu perdi amigos 
agora eu reflito se eles de fato eram isso, acho que não, mas admito que dei uns motivos 
troca de olhares agora são evitadas, eu não posso fazer nada, não vejo mais seu sorriso 

ideia ruim é o que domina a mente do vilão, eu queria ser bom, mas, não quero morrer em vão
o demonio fala na minha orelha coisas maldosas que eu posso fazer, quero matar e morrer, quero sangue na minha mão
quero ler livros, quero comer cogumelo, quero fumar um baseado com manos que chamo de irmão 
olho de baixo pa cima pro topo e penso o que posso fazer, me jogo dum prédio olhando pa baixo beijo o chão 

atiradores de escola cortem o pulso por favor, a terra é um mundo de homens, lide com a dor 
eu queria ter armas pa concluir a vingança do CLT, mano que gira a engrenagem sabe o terror 
1 kilo de maconha ou 1 kilo de arroz, não deixo pa depois, termino de fumar a ponta 
mano que não paga conta nunca vai me entender, eu falo coisas que manos do gueto vivem todo dia 

vagabundo tipo myamoto musashi, quero ser forte, agora eu vejo valor na humildade
agora entendo e eles não sabem, maconheiro olhando a janela descobriu a verdade 
bolei um fino, bolei um billie jean, bolei um cassius clay, bolei um steven wonder, bolei um na maldade
calamidade aumentando minha neurose, tenho certeza que aquele mano no onibus era meu pai

COPA - vendaval das neuroses

ALEXANDRE REVOLVER