[ES]
Agua y cultura, ecosistemas y relaciones sociales entorno al agua. Mapa Sonoro de Uruguay y Binaural Nodar, dos proyectos asociados dedicados a los paisajes sonoros rurales, celebran conjuntamente el Día Mundial del Agua, 22 de marzo de 2020, con una lista de reproducción de sonidos y voces que discurren en contextos rurales de dos pequeños países antípodas: Uruguay y Portugal.

[PT]
Água e cultura, ecossistemas e relações sociais à volta da água. Mapa Sonoro de Uruguay e Binaural Nodar, dois projetos associados dedicados às paisagens sonoras rurais, comemoram em conjunto o Dia Mundial da Água, 22 de março de 2020, com uma lista de reprodução de sons e vozes que acontecem em contextos rurais de dois pequenos países antípodas: Uruguai e Portugal.

Todavía somos agua: poética común para los tiempos que corren

Na aldeia de Sequeiros (município de São Pedro do Sul, Portugal) ainda se mantém uma velha tradição de usar as nascentes da zona e um sistema artesanal de canais de água para regar os campos (milho, hortas, etc.) das diversas famílias. Para que a água seja distribuída equitativamente por todos (o que se designa de "partir a água", existem regras bem claras muitas que curiosamente têm o tempo solar (e não oficial) como referência. 

Duas habitantes da aldeia de Sequeiros, Maria José Martins e Donzília Cipriano, explicam com detalhe como funciona o sistema de rega: onde são as nascentes, como funciona a marca do "sol às pedras" para que se possa começar a "virar" a água para a aldeia, assim como a localização dos poços e dos campos por onde passa esse sistema de rega artesanal.

Gravação por Luís Costa com gravador digital Zoom H4n.

Sequeiros (Portugal) - O sol às pedras e a água partida

Na aldeia de Sequeiros (município de São Pedro do Sul, Portugal) ainda se mantém uma velha tradição de usar as nascentes da zona e um sistema artesanal de canais de água para regar os campos (milho, hortas, etc.) das diversas famílias. Para que a água seja distribuída equitativamente por todos (o que se designa de "partir a água", existem regras bem claras muitas que curiosamente têm o tempo solar (e não oficial) como referência. 

Uma das habitantes da aldeia de Sequeiros, Donzília Cipriano, rega um dos seus campos de milho nas horas que lhe calharam e, enquanto vai abrindo regos com a enxada, canta uma velha canção tradicional de amor em que alguém se pôs "a dormir ao pé da água".

Gravação de Luís Costa com gravador digital Zoom H4n.

Sequeiros (Portugal) - A dormir ao pé da água que corre

A paisagem rural da região portuguesa de Viseu Dão Lafões é marcada pela presença de ruínas de velhos moinhos de água artesanais que até há algumas décadas atrás eram usados para moer cereais como o milho ou o centeio. Alguns desses moinhos foram reabilitados e na aldeia de Bondança (Manhouce, São Pedro do Sul) um moinho é ainda utilizado pela povoação no contexto da enorme produção de milho, muita da qual serve para o alimento de gado bovino, sendo que uma parte excedentária se usa para produzir a tradicional "broa de milho".

Gravação de Luís Costa com gravador digital Zoom H4n e par de microfones shotgun Rode NTG-2.

Bondança (Portugal) - Moinho de água e a mecânica do pão de milho

Numa tarde calorosa de primavera, o coachar de rãs-verdes machos ouve-se com uma intensidade impressionante no rio Paiva, junto à aldeia de Alhais.

A Rã-verde ou Rã-comum, Rana perezi, é o anfíbio mais abundante e fácil de observar em Portugal. Geralmente não ultrapassa os 7 cm de comprimento. Possui olhos proeminentes, próximos entre si, com pupila horizontal. Os tímpanos, situados atrás dos olhos, são bem visíveis, o que a distingue da Rã-ibérica (R. ibérica). Os membros posteriores são compridos e com membrana interdigital bem desenvolvida. 

Em Portugal a época de reprodução ocorre, em geral, entre Março e Julho. Os machos atraem as fêmeas através do coachar (que se ouve a grandes distâncias) e abraçam-nas pelas costas (amplexo axilar). A fêmea deposita entre 800 e 10000 ovos em cachos soltos ou prende-os à vegetação. As larvas eclodem poucos dias após a postura e o seu desenvolvimento é lento. A maior parte das metamorfoses dão-se em Julho ou Agosto

Fonte dos dois últimos parágrafos: http://naturlink.pt

Gravação efetuada e editada por Luís Costa com gravador digital Zoom H4n e um par de microfones binaurais Soundman.

Alhais (Portugal) - Concerto de rãs no rio Paiva

O rio Paiva é um rio português afluente do rio Douro e que é considerado um dos rios mais limpos da Europa. O lugar exato da nascente do rio historicamente foi um motivo de disputa em muitas aldeias ao longo do seu curso: uns referiam a Serra da Lapa, outros a Serra da Nave, mas o ponto concreto poucos o conseguiam mencionar.

Dadas essas dúvidas decidimos procurar esse "mítico" lugar e felizmente encontrámos na aldeia de Carapito o senhor Manuel da Rosa de 74 anos (em 2010) que nos explicou de forma muito clara onde nasce o rio Paiva, quais são os outros cursos de água na zona e onde é que o rio se torna propriamente rio.

Gravado por Luís Costa com um gravador Fostex FR-2LE e um microfone parabólico Tellinga PRO 7.

Carapito (Portugal) - A nascente do rio Paiva explicada

No contexto do projeto Mapa Sonoro do Rio Paiva, foram efetuadas em 2010 e 2011 centenas de gravações ao longo do curso desse rio português considerado uns dos mais limpos da Europa. De entre essas gravações, procurou-se captar uma vasta gama de manifestações da água nas aldeias ribeirinhas. Bem junto à nascente do rio Paiva, na aldeia de Carapito (município de Moimenta da Beira), um som profundo vindo do chão chamou-nos à atenção: a ressonância da água pública abastecida a essa aldeia.

Gravação de Luís Costa com microfone Zoom H4 e microfone parabólico Tellinga.

Carapito (Portugal) - A ressonância da água pública

El acceso al agua, en el pasado y en el presente. Diversos usos. 
¿Cómo conseguirla en épocas de sequía, ya que no existían pozos como los de hoy? Se juntaban cuatro o cinco personas y caminaban unos 4 km. hasta llegar al río Cuareim, donde Uruguay hace frontera con Brasil.
Nos lo cuenta Washington Suárez, un habitante de 63 años, de La Estiba, Artigas.
Mapa sonoro de Uruguay, enero de 2018.

Guayubira y La Estiba (Uruguay) - Acceso al agua, antes y ahora

Tormenta de verano por los rincones de una ranchita de barro junto al arroyo Jabonería. 
Grabación: Ana Rodríguez. TASCAM DR-40
Valle Edén, verano de 2015.

Valle Edén (Uruguay) - Rancho y tormenta

Grabación realizada en Javier de Viana, Artigas.
Existen varias versiones acerca del Sr. Arbiza y su relación con los vecinos. Ésta es simplemente una explicación para una tumba en particular, que en vez de realizarse en una fosa o un panteón común, se encuentra en una gran cavidad con agua.

Narración: José Carlos Martínez
Grabación y edición: Ana Rodríguez.TASCAM DR-40
Mapa sonoro de Uruguay, 2018.

Javier de Viana (Uruguay) - La leyenda de Zacarías Arbiza y el agua

Grabación realizada en Javier de Viana, Artigas. Martín Michael Severo tenía 10 años cuando narró estas historias de asombros.
Mapa sonoro de Uruguay, 2018.

Javier de Viana (Uruguay) - El hombre de la laguna

Paisaje nocturno de ranas grabado por Luís Costa / Binaural Nodar en Rincón de La Aldea, Tacuarembó. 
Edición y Fotografía: Luís Costa
Zoom H4n y binaurales Soundmann

Identificación: Martín Abreu, Grupo Facebook Uruguay Conservación de Fauna y Flora Autóctona:
Rana Trepadora (Boana pulchella) los clic clic;
Rana Hocicuda (Scinax squalirostris) los que parecen corderitos. 
Mapa sonoro de Uruguay, agosto de 2018.

Rincón de la Aldea (Uruguay) - Paisaje nocturno de ranas

Verano de 2018 en La Estiba (Artigas). Un fin de semana de enero llovieron 150 mm. 
Flora autóctona:  

Rana gato (Physalaemus seguramente gracilis o riograndensis. En ese caso, Ranita de Rio Grande);
Macaquito (Pseudopaludicola falcipes);
Escuercito (Odontophrynus americanus) 
Mapa sonoro de Uruguay, 2018

La Estiba (Uruguay) - Ranas después de la lluvia intensa

Nos tempos de transição entre o fim do verão e o outono, são comuns na região portuguesa de Viseu Dão Lafões as trovoadas, as quais ecoam pelas montanhas e vales e são acompanhadas muitas vezes de fortes chuvadas, tão necessárias dada a seca que quase todos os anos ocorre nesta zona.

Gravação de Ana Rodríguez em setembro 2013 num bairro periférico de moradias de São Pedro do Sul, com gravador digital Zoom h4n.

São Pedro do Sul (Portugal) - Tempestade de outono

En Arroyo Blanco, Rivera, uno de los oficios que pagaba bien era hacer azudes, tajamares en los campos para que el ganado tuviera agua a disposición. Se trabajaba con varias yuntas de bueyes y en ocasiones eran varias personas. Se acampaba en el sitio y a los bueyes se les permitía pacer en el mismo campo. Nos lo cuenta Mario Fagúndez, grabado por Patricia Tacuarí. 
Edición: Ana Rodríguez
Mapa sonoro de Uruguay, 2018.

Arroyo Blanco (Uruguay) - El azudero Mario Fagúndez

Binaural Nodar is a rural based sound and media arts organization located in the rural Viseu Dão Lafões region (Portugal), where since 2006 have been hosted over 180 sound and media arts projects developed in close connection with the local geographical and social contexts. Binaural Nodar is also a sound art collective that produces its own pieces, particularly those created by Luís Costa, Maile Colbert, Rui Costa, Ana Rodríguez and Manuela Barile.

Todavía somos agua: poética común para los tiempos que corren

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