A sanção americana não atingiu apenas um ministro. Ela atingiu a credibilidade do Brasil inteiro — e a resposta institucional tem sido um silêncio ensurdecedor.

O país entrou em um novo patamar de crise: jurídica, diplomática, econômica e de reputação internacional. E enquanto isso, a direita liberal foge, o Centrão calcula e a Faria Lima finge que não tem nada a ver com isso.

No episódio de hoje, a gente puxa o fio da crise sistêmica provocada pela aplicação da Lei Magnitsky, das reações internas e internacionais, e das mentiras fabricadas sob o nome de “soberania”. A elite se omite, os bancos entram em pânico silencioso, e o Judiciário começa a se dividir — mas o custo real ainda vai ser cobrado pelo povo.

O STF reage com ofensas, chamando Eduardo Bolsonaro de traidor, enquanto evita falar da divisão crescente entre seus próprios ministros. A imprensa nacional ensaia um controle de danos, mas a mídia internacional, investidores e juristas estrangeiros já tratam o Brasil como jurisdição tóxica.

O agro sente. A indústria já calcula prejuízos. Fundos estrangeiros começam a reavaliar sua exposição ao Brasil. O risco não é mais retórico: está sendo precificado — no câmbio, nas bolsas e nos contratos.

E os que dizem defender a “soberania”, negociam petróleo russo com medo de sanção, escondem cartas trocadas com senadores dos EUA e ignoram a crise institucional que eles mesmos criaram. A soberania virou slogan para alguns, e o Brasil virou passivo — jurídico, diplomático e reputacional.

Com Arthur Machado, Filipe Trielli, Herbert Passos Neto e Kim Paim.

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