E se apesar de tudo eu não enxergar um palmo
em minha frente, e com isso conseguir levar
Na memória tudo que viveu, abstraindo os passos seus
e opniões que só pairam no ar

De fato eu quis mesmo me reprimir
esperar para agir
Tive em mãos tudo que precisei
e por fim exitei

Que pena de quem se importa demais
Colhe o fruto maduro e nunca se satisfaz

De fato eu quis mesmo me reprimir
Esperar para agir
Tive em mãos tudo que precisei
E por fim exitei

E por fim exiteeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeei.

Bagagem

Se por acaso você se lembrar de mim
Espero que não esqueça de se esquecer
Que de repente essa raiz morreu
e guardo apenas o que convenceu

Não valhe a pena ser cruel assim
Consigo mesmo e chamando atenção no fim
sei muito bem o que se passou
esse medo nunca, nunca nos deixou

E me arrisco dizer, que não fui pra você
tudo que eu sempre quis
A verdade é que passou despercebido

Em meio a desordem e a vingança eu vi
o que todos já veriam antes de ruir
se por acaso você se lembrar de mim
Eu guardo apenas o que convém

Pecado Assumido

Diz que não quer se arrepender
Quase por um triz resgata o erro 
pronto a sucumbir você

Não escapo dos tropeços da vida
De pedras que eu mesmo insisto em jogar
Acertando o que deseja

Veja além das tuas intenções, meu bem, não aceite a condição de ser para alguém um descarte de cobranças

Se desde agora já me falta, lá na frente não me sobrará nada

De vez em quando o acaso incita o impulso ao prazer
Tão livres tão sensatos, olhares disfarçados tentando se entender

Veja além das tuas intenções, meu bem, não aceite a condição de ser para alguém um descarte de cobranças

Curva de Rio

Quem vive a esconder o passado se condena
Deixa de sentir o prazer a vida inteira
Se importando demais, com quem tanto faz

Se dizem por aí que você não é o mesmo
Esquecem de medir a mudança por inteiro
Que sempre trás um pouco mais além

Quem é você ? consegue se enxergar ou ao menos se entender
Quem é você ? que faz de conta que não vê, mas sempre aponta o que teme
Feche as portas e janelas para ninguém ver

Por entre os meus dedos, vozes e anseios soltas pelo ar
Enquanto houver vontade eu me mantenho disposto pra fuga

Quem de nós poderia advinhar ? 
Que tudo um dia de fato voltaria pro mesmo lugar

Vi tantos subir e cair, aceitar os meus medos sem me esvair
Ser merecedor, finalmente sentir.

Bagagem

fuligem

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Sarah Keys

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