Em meados dos anos 1990 Salvador viveu uma cena alternativa efervescente, em meio ao auge da axé music dominando todos os espaços possíveis, dominando inclusive a mídia e sendo vendido como “música baiana”, como a verdadeira ou a única música sendo criada e produzida na Bahia, um movimento tão importante quanto, composto por um público significativo e uma infinidade de excelentes bandas que se movimentavam, criavam espaços alternativos e mostravam que a musicalidade baiana não era tão limitada como se vendia ... em um período em que os celulares não eram popularizados, não existiam smartphones e nem redes sociais, a internet era algo novo e nem todos tinham acesso, por conta disso os mensageiros e nem mesmo o MSN era uma realidade, as rádios em sua maioria não davam acesso e visibilidade a nada que não fosse o axé music, mas mesmo assim, na força do boca-a-boca, dos flyers distribuídos na entrada dos shows da semana anterior e dos cartazes colados clandestinamente nos muros e postes de toda a cidade os shows eram quase sempre lotados, o público sabia cantar as músicas das suas bandas favoritas. Não era incomum parar o carro na frente do Casa Blanca, do Idearium, do Café Calypso ou de qualquer outra casa de shows que abriam suas portas para o Rock e perguntar ao segurança ou a qualquer outra pessoa parada na porta do estabelecimento “quem tá tocando aí hoje?” ... era só sair de casa todas as sextas e sábados a noite e escolher onde ir que você assistiria um show de qualidade, se você queria Metal bastava ir no Idearium, se preferia um Rock mais alternativo, no Café Calypso, ambas no Rio Vermelho, mas tinham também as várias casas de show do Pelourinho e alguns outros espaços distribuídos por toda a cidade, tinham espaços na Barra, em Amaralina, na Pituba, em Piatã ...
Houveram nessa época também os festivais, o Garage Rock Festival realizado pela Uivo Produções com suas muitas edições, o Boom Bahia e muitos outros.
A cena foi surgindo no final da década de 1980 e início da década de 1990 com bandas como a Utopia, Texto Base, Diário Oficial, Cravo Negro, Dogma, Circus, Meio Homem, Mutter Marie, Úteros em Fúria e outras que aos poucos foram dando espaço no auge da cena a uma nova geração com bandas como Brincando de deus, Dr.CascaDura,Dead Billies, Lisergia, 2 Sapos e Meio, Inkoma, e muitas outras que sobreviveram até o início dos anos 2000, quando se deu o início do fim da hegemonia do Axé Music e com isso o movimento deixou de ser alternativo, underground, o público foi tomando novos formatos, os shows perderam parte da essência, algumas bandas como The Honkers e Retrofoguetes mantinham seu público cativo, porém na maioria das vezes o público estava mais focado em beber e até mesmo paquerar, as bandas já não importavam tanto.
Tracklist:
1 Lisergia-Boneco de Lata
2 2 Sapos e Meio-PassaObeck!?
3 Janquis-Cabeça de Fósforo
4 Injúria-Revolução Negra
5 Inkoma-Pilha Pura
6 Porcos Falantes- Pm´s Corruptos
7 Bosta Rala-Buzão
8 Locomosquito-Palavras a Esmo
9 Filhos de Creuza-Larga o Fumo
10 Dink Dau-Abuse a Consciência
11 Sinapse-Telencéfalo
12 Ataraxia-Apologia ao Filho
13 Crotalus- Mr. Paul
14 The Dead Billies- Lick my Lollypop
15 Brincando de deus-Why Don´t You Will Your Self on Your Birthday?
16 Psycho Sonic-Pricks in your hand
17 Arsele Lupin-I You She
18 Smooth Pod-Smooth Pod
19 Maria Bacana-Primavera
20 Imbecility- Suvaco da Cobra
21 boy Subterraneo-Hey Bem
22 No Deal-kaliYuga
23 Sociedade 3Oitão- Eles Sabem Que Eles São
24 Banda Crac!-Patinete 96
25 Zambotronic-Não Tenho Carro
26 Pã- Leonardo Dá 20
27 Noxius- Looking Above Your Minds
28 Canibal Sonic- Cheirosa
29 Não-Metropole Impetuosa
30 Linch- Stolen
31 The Pimps- Whatever 
32 Pereba-s Rock - Biscoito Recheado
33 Shes- Desafio
Arcevo de Telefunksoul & Pivni
Dedicado aos saudosos amigos: 
Emerson Borel(Úteros em Fúria),Morcego e Dinho(Bosta Rala),Peu Souza(2Sapos e Meio),Pedro Bó(Dink Dau),Cesar Vieira(Brincando de deus),Chuck(2Sapos e Meio/Injúria),Sérgio(Psycho Sonic).

Mixtape O QUE A BAHIA PERDEU.. 

MIXTAPE "O QUE A BAHIA PERDEU?!?"

leia!

Mixtape O QUE A BAHIA PERDEU!? vol #1(Rock Bahia Anos 90 ripado das k7s demos originais)

Bem vindes ao Terreiros da Memória PODCAST! Neste episódio, apresentamos a vocês a proposta do projeto, a equipe da Irmandade Abre Caminhos e as convidadas que contribuíram com suas participações especiais.

Este projeto foi contemplado pelo Prêmio Riachão - Projetos de Pequeno Porte, da Fundação Gregório de Mattos, Prefeitura Municipal de Salvador, por meio da Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc, destinado pela Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo, Governo Federal. 

Quer saber mais? 
Nos siga nas nossas redes: @irmandadeabrecaminhos

Equipe Técnica:

Jazz da Silva - Produção Executiva/Locução 
Lucas Brasil - Roteiro/Locução/ Pesquisa de Conteúdo 
Marise Urbano - Técnica de Som/Edição 
Rogério Felix - Pesquisa de Conteúdo 
Ueslei Cruz  (Totó) - Percussão 
David Santos - Comunicação 
Bruna Bastos/Opé Studio - Designer

EP 0 - TERREIROS DA MEMÓRIA

Você sabe a importância da tradição oral para a manutenção da memória do povo de axé? No primeiro episódio, abordaremos sobre os significados da memória para as comunidades-terreiro e o lugar da tradição oral na transmissão dos saberes passados dos mais velhos para os mais novos. A griot e Egbonmi Vovó Cici participa deste episódio, passando para nós um pouco de sabedoria ancestral. 

Este projeto foi contemplado pelo Prêmio Riachão - Projetos de Pequeno Porte, da Fundação Gregório de Mattos, Prefeitura Municipal de Salvador, por meio da Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc, destinado pela Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo, Governo Federal.

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Equipe Técnica:

Jazz da Silva - Produção Executiva/Locução 
Lucas Brasil - Roteiro/Locução/ Pesquisa de Conteúdo 
Marise Urbano - Técnica de Som/Edição 
Rogério Felix - Pesquisa de Conteúdo 
Ueslei Cruz  (Totó) - Percussão 
David Santos - Comunicação 
Bruna Bastos/Opé Studio - Designer

EP 1 - Memória Oralidade e Transmissão do Saber

Conviver ao meio urbano é estar passivo a diversas intervenções das atividades urbanas. Diversos sons se apresentam de formas organizadas ou não, causando intervenções no seu dia-dia. A partir da percepção/escuta da janela do meu quarto, faço registro da paisagem sonora que me é "oferecida" pela construção de um prédio que segue firme forte em diversos horários do dia, até na pausa temos interações. Silêncio quase nunca pois na madrugada tem uma outra obra acontecendo que me parece ser 24h de trabalho. Aqui deixo registrado a paisagem sonora que me chega todos os dias reproduzida de forma binaural. Para melhor apreciar os sons use fone de ouvido com boa resposta de frequência. 
*Poderia elaborar um texto falando sobre ruído e interferência no cotidiano mas deixo para dialogar com minha amiga Marise Urbano.
*Espero que ela goste também (risos).

Sound Desing - PREDIOS E PERCEPÇÕES

Composição Sonora elaborada como resultado da Intervenção Urbana realizada em 10-08-2022 pelo Coletivo Cinema Negro Sonoro, representado por Gabriel Muniz, durante o evento Influxo, promovido pelo Instituto Goethe.

Participação especial de Jairo Miguel dos Santos - Vendedor Ambulante de Café


O conceito do trabalho foi desenvolvido pelo coletivo Cinema Negro Sonoro, e tratou da memória afetiva do bairro do Comércio, que foi criado após um aterro sobre as águas...

Criamos uma vinheta com sons de águas, ventos e ruídos, que circulou em loop no evento, e, caminhando no bairro, encontramos Jairo Miguel dos Santos, vendedor ambulante, com seu carrinho de café.

Fizemos uma caminhada sonora, gravando as memórias de Jairo em seu ofício e a partir de sua lugaridade-territorialidade no bairro e arredores, captando as paisagens sonoras entre a Praça da Inglaterra e a Praça das Mãozinhas, onde encontramos o som das águas.

Geramos, assim, uma segunda camada de paisagens sonoras, que será mesclada com a composição inicial.

Elaboração do Conceito:
Coletivo Cinema Negro Sonoro - Meniky Marla, Herison Pedro, Marise Urbano, Gabriel Muniz.

Design e Captação de Som:
Gabriel Muniz

Participação Especial:
Jairo Miguel dos Santos.

Jairo Santos e As Águas do Comércio

Esse é o episódio 0, o nosso abre alas, nele apresentamos um breve resumo do que trabalharemos no podcast, como narrativas decolonizadas e afrocentradas partindo de si para o mundo, em um diálogo onde a pretensão é pensar sobre som. 
Serão cinco episódios ao todo com locuções de cada afrossonore e receberemos também convidades em cada um deles. 
Use fones de ouvido e tenha uma ótima escuta.


Produção executiva
Marise Urbano


Diretora de Produção
Tulani Nascimento


Produtores
Aline  Gomes
Pedro Costa


videomaker 
Midi Alves


Direção de locução
Meniky Marla


Locução 
Gabriel Muniz
Herison Pedro
Marise Urbano
Meniky Marla


convidades 
Edbrass Brasil
Carlos Bonfim
Luciana Oliveira
Ira Vilaronga


Pesquisa -
Gabriel Muniz
Herison Pedro
Marise Urbano
Meniky Marla


Roteiro -
Gabriel Muniz
Herison Pedro
Marise Urbano
Meniky Marla


Direção de som  
Gabriel Muniz
Herison Pedro
Marise Urbano


Técnico (a) de som direto -
Gabriel Muniz
Herison Pedro
Marise Urbano


Mixagem 
Gabriel Muniz
Herison Pedro
Marise Urbano


Arte sonora -
Gabriel Muniz


Estúdio 
Punkhardz


Motorista 
Pedro Costa
Maciel da Silva Santos 
Bruno Silva


Parceria
Estúdio punkhardz
Irmandade abre caminhos
Associação Beneficente Sob os Olhos de Mãe Caetana
Canto de casa
Favela cult
JACA - JUVENTUDE ATIVISTA DE CAJAZEIRAS
Jazz Silva
Lucas Brasil
Mateus Aragão
ile Ase Lajuomim
poeta Revolução 
Cairo Costa 
Quilombo cordoaria


Realização
Gira Pomba Produções
Cinema Negro sonoro


Apoio financeiro
Vale do Dendê

EP 0 - Encruzilhada

Pedimos licença e saudamos a ancestralidade que nos guia e fortalece para apresentar o EP 1 do nosso podcast, intitulado Orí Okán. Por meio do Coração-Mente, nós sentimos, pensamos, fazemos com o corpo, soamos com o corpo e nos sintonizamos com o coração.

Um Sentir, um Pensar, com o qual nos sintonizamos no exercício de escutar. Uma maneira de racionalizar que é tanto intuitiva, quanto lógica. Uma escuta atenta e profunda, que se percebe não só pelos ouvidos, mas principalmente pelo coração - este órgão da razão ancestral e da escuta ampliada. 

E para este primeiro episódio trazemos como convidades Luciana Oliveira, realizadora e produtora audiovisual sergipana, para uma entrevista sobre sua perspectiva de direção intuititiva; e o Poeta Revolução, soteropolitano, que declama o poema sabedoria ancestral, uma das inspirações para este nosso primeiro episódio.



Produção executiva
Marise Urbano

Diretora de Produção
Tulani Nascimento

Produtores
Aline Gomes
Pedro Costa

Videomaker 
Midi Alves

Direção de locução
Meniky Marla

Locução 
Gabriel Muniz

Convidades 
Luciana Oliveira
Poeta Revolução

Pesquisa
Gabriel Muniz

Roteiro
Gabriel Muniz

Direção de som 
Marise Urbano

Técnica de som direto
Marise Urbano

Mixagem 
Marise Urbano

Arte sonora
Gabriel Muniz

Estúdio 
Punkhazard

Motorista 
Pedro Costa
Maciel da Silva Santos 
Bruno Silva

Parceria
Estúdio Punkhazard
Irmandade abre caminhos
Associação Beneficente Sob os Olhos de Mãe Caetana
Canto de casa
Favela cult
JACA - JUVENTUDE ATIVISTA DE CAJAZEIRAS
Jazz Silva
Lucas Brasil
Mateus Aragão
ile Ase Lajuomim
poeta Revolução 
Cairo Costa 
Quilombo cordoaria

Realização
Gira Pomba Produções
Cinema Negro sonoro

Apoio financeiro
Vale do Dendê

EP 1 - Orí Okán

Fiz esta raríssima gravação em 1984, quando acompanhei Bowie numa visita à sede da troça Pitombeiras, em Olinda - Brasil.

06 Improviso Berimbau e Serra Elétrica - Mestre Jaburu e Seu Tilmo

Gabriel Muniz

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