Lorenzo Turner na Bahia (1940-1941)  

Ao longo de sete meses de pesquisas intensivas realizadas em Salvador e no Recôncavo da Bahia da década de 1940, o linguista negro Lorenzo Dow Turner (1890-1972) grava, registra e fotografa os mais eminentes sacerdotes e sacerdotisas dos candomblés da época: Martiniano do Bonfim, Mãe Menininha do Gantois, Joãozinho da Goméia, Manoel Falefá, Esmeraldo Emetério, Manoel Menez, Anna Morenikeji, Cândida Félix, dentre outros. O objetivo de Turner era comprovar a preservação de um fundo linguístico oeste-africano em locais e comunidades peculiares da diáspora africana nas Américas. Contudo, os seus registros representam muito mais, na atualidade: este é, sem dúvidas, um dos mais importantes legados sobre a resistência das culturas de matrizes africanas no Brasil. As gravações originais realizadas por Lorenzo Turner na Bahia – em mais de 100 discos de alumínio representando um total de 17 horas de audio - foram gentilmente cedidas pelo Archives of Traditional Music da Indiana University, em Bloomington, nos EUA. A partir das pesquisas realizadas in loco pelo etnomusicólogo Xavier Vatin, professor de antropologia da Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB), o projeto "Memórias Afro-Atlânticas: as gravações de Lorenzo Turner na Bahia (1940/1941)" pretende difundir para o povo de santo e demais interessados, de forma inédita, uma amostra deste raro acervo sobre a história musical das diversas nações do candomblé na Bahia e seus praticantes.

Esta é a segunda edição do projeto "Memórias Afro-Atlânticas: as gravações de Lorenzo Turner na Bahia (1940-1941)", que conta com Apoio do Itaú Cultural através do Rumos Itaú 2017-2018 e realização da Couraça Criações Culturais. Em sua primeira edição, o projeto foi contemplado no IV Prêmio Afro (edição 2017), e contou com patrocínio da Petrobrás, realização do Centro de Apoio ao Desenvolvimento Osvaldo dos Santos Neves (Cadon), produção da Couraça Criações Culturais e parceria da Fundação Cultural Palmares/MinC. Com pesquisa e curadoria do etnomusicólogo Xavier Vatin (professor de antropologia da UFRB) e produção musical do etnomusicólogo Cassio Nobre, o projeto prevê a publicação de livros contendo textos, CDs e fotografias selecionadas a partir do acervo particular de Lorenzo Turner, além da disponibilização de álbuns digitais via streaming, através da sua página SoudCloud (www.soundcloud.com/memoriasafroatlanticas), e também do canal no Youtube da Couraça Criações Culturais (www.youtube.com/couracacriacoes). 

Ficha Técnica:
Idealização, pesquisa, curadoria e textos: Xavier Vatin
Coordenação de produção, pesquisa, textos e produção musical: Cassio Nobre
Gravações sonoras: Courtesy of The Archives of Traditional Music at Indiana
University, from the Lorenzo Dow Turner Collection (86-109-F)
Fotografias: Anacostia Community Museum, Smithsonian Institution
Edição musical e masterização: Caji
Projeto gráfico e diagramação: Estúdio Caetê
Produção de conteúdos digitais e gerenciannto de mídias sociais: Maíra do Amaral
Apoio: Rumos Itaú Cultural 2017-2018
Realização: Couraça Criações Culturais

Contatos/links:
@ItauCultural
@couracacriacoes
@memoriasafroatlanticas
www.soundcloud.com/memoriasafroatlanticas
www.facebook.com/couracacriacoes
www.youtube.com/couracacriacoes
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       Hidemburgo Hipólito de Oliveira, ou Burgo, é pernambucano mas radicou-se em João Pessoa onde
reside e trabalha e para onde voltou após 17 anos na Alemanha onde adquiriu larga experiência ao circular por festivais da Europa.
Atualmente, Burgo é um dos expoentes da música instrumental produzida na cidade, segmento que hoje vive verdadeira efervescência.
Lançando um olhar multicultural sobre a música jazz moderno, o trompetista estará lançando seu mais novo trabalho, o CD "Burgo!", contendo 14 músicas, entre autorais e de domínio popular, e reunindo importantes músicos do cenário paraibano, entre eles o guitarrista Caio Gomez, o Baterista CH Malves, o baixista Eddy Gonzaga e o pianista Marcos Deparis, promovendo o encontro de gerações e fortes interações estéticas. 

       Fundindo o tradicional e o contemporâneo, o grupo se influencia pelo jazz, pela música regional e a música de livre improvisação, bebendo na fonte de diversas expressões populares e criando um universo musical com
constantes referências ao maracatu rural, ao baião, côco de roda, caboclinho, entre outros. Pela defesa do livre acesso à cultura e como estratégia de difusão de seu trabalho, apostará no formato digital para ampliar o alcance de sua obra, disponibilizando-a para livre download. 


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