Letra:
A voz do povo 
tem mais d’um céu
cabeça erguida
não te sintas o réu

A voz do povo
tem mais d’um céu
com a voz unida
pelo que é teu

Do bairro à avenida nem toda a gente tem saída
uma vida prometida barrada logo à partida
perdida na cor da pele que foi no genes transmitida
reduzida no teu género, oportunidade perdida
nem todo o berço é de ouro com vida garantida
a cada degrau que pisas é mais difícil a subida
retida na educação, direito iguais? linha entupida
caminho à servidão de quem passeia na avenida
folha caída, espremida pelo sapato que brilha 
igualdade esquecida, és unidade de medida
comprimida pra que a tua voz nunca seja ouvida
dúvida da divida que é desde logo impingida  
erguida para que dívida o bairro da avenida
aumenta a ferida, desta classe oprimida 
mensagem aguerrida sempre que sinta unida 
porque a voz do povo jamais será vencida! 

 A voz do povo 
tem mais d’um céu
cabeça erguida
não te sintas o réu

A voz do povo
tem mais d’um céu
com a voz unida
pelo que é teu

  
Sente a manifestação através do som 
Criação, na voz a base da tua criação 
Escuta irmão 
A cada dia aumenta a minha preocupação 
Ver que isto não avança fico farto da situação 
Para mim não é solução ficar deitado no chão 
A nossa missão é dar voz pela multidão 
Ouve então Sonhos a serem apagados pela escuridão, da me a mão 
Vibra com a vibração da pulsação Acelerada 
No teu coração Com convicção 
Com o povo todo unido e assim que se controi uma nação
Uns fazem tanto e outros tão pouco, voltamos a escravidão 
Uns em berço de ouro e outros matam se pelo ganha pão 
Está tudo a nossa frente basta prestares atenção 
Não fiques indiferente isso gastate o coração 
Está me na educação 
Marcho contigo pra a revolução 
Já disse que pra mim não, 
para mim não não não

 A voz do povo 
tem mais d’um céu
cabeça erguida
não te sintas o réu

A voz do povo
tem mais d’um céu
com a voz unida
pelo que é teu

Sou voz do povo proclamo libertação
fome de vida assino sou cidadão, 
Sou Zeca Afonso, Camões, Diogo Cão,
chama que inflama o fogo da revolução.
Pára e reflecte na rotina que te consome
bulir das 9 às 5 para ter carro e telefone
És peão de tabuleiro, vais vivendo por dinheiro
pa investir na morte e poupar nos receios.
É tudo fruta do sistema, tu segue para ser grande
engole a matéria e vomita no exame,
temos sonhos a mais ou verdades a menos
agimos como animais sem nos apercebermos,
ingratos mortais, cobardes não vemos
formatados a querer aquilo que não temos
sou voz do povo, proclamo libertação
defino o rumo assino a minha direcção

Dj Slice x João Pinetree x Equilíbrio x David - A Voz do Povo

O meu nome é Equilíbrio, sou um músico (MC) oriundo de Amarante.
Pertenço ao colectivo Projecto 95.
Esta é a minha página oficial no Soundcloud.

Kooltuga é um produtor que vem de Anadia/Aveiro, é conhecido e reconhecido pelo uso incansável de samples de música portuguesa e é, sem sombra para dúvida, um dos mais talentosos e promissores beat-makers da actualidade. Com uma sonoridade hip-hop marcadamente instrumental e em samplagem contínua, Kooltuga continua a carregar consigo e com a sua música uma original carga cultural, não raras vezes identidade e irreverência de uma imagem bem nacional. Enredado na sua paixão de sempre, a samplagem, Kooltuga respira cultura e oferece-nos uma nostalgia surpreendente a cada momento, a cada beat e principalmente a cada sample.

Tem sido presença assídua desde 2005, altura em que lança o seu primeiro trabalho intitulado ”Cultuga Nacional”. Segue-se em 2006 ”Kooltugal” e encerra o ciclo um ano depois com ”A Luta Continuga”. Em 2008 compila uma espécie de best-of em jeito de retrospectiva, intitulado ”Retro-Espectativa-O Pior do Melhor”, que faz um apanhado das melhores faixas kooltuguesas bem como alguns novos temas. 
Em 2010, lança o álbum "Fresco", talvez o mais ambicioso e reconhecido até a data. Em 2011 completa o ciclo com um albúm de recolhas do 'baú', chamado "Discos Perdidos" e assim se completam os 6 primeiros anos. 

Cada novo trabalho é uma nova e apaixonante viagem pela história da música portuguesa – trocando o passado com o presente, sempre com olhos postos no futuro.

Ouvem-se as melodias sofridas das guitarras portuguesas e o saudosismo de quem canta com uma alma tão nossa. Juntam-se os declamadores da poética razão aos defensores da liberdade de expressão. 
Cheira-se as sardinhas assar na brasa e ouvem-se o bater dos copos em mais um brinde. Kooltuga apresenta-nos tudo isto… não fosse toda a sua música uma celebração “à portuguesa”…

Dj Slice x João Pinetree x Equilíbrio x David - A Voz do Povo

joaopinetree