Julian Eilert: violão aço, violão nylon e voz.

Essas Manhãs (Julian Eilert)

Sete da manhã é hora de levantar pro novo dia
De novo ver o rio

Sete da manhã é hora de decolar pro novo dia
De novo ver o rio

Vejo enquanto é tempo
E se quiser eu volto atrás
Muda com o tempo
A visão dessas manhãs

Essas Manhãs

O cheiro morno do dendê. O amarelo cintilante, explosão de vozes na feira da tarde de domingo. O imaginário batucar de dedos no balcão do bar, acompanhando o dedilhar do violão e a suave melodia de uma voz que carrega para longe, convidando a um agradável estar a sós, a um estar consigo, a um estar com suas raízes. 
A música de Bhia é uma festa de sons, culturas e estilos. Aqui, o samba, a bossa nova, o choro, o afoxé e outros ritmos regionais se fundem numa deliciosa brasilidade, em que imperam as misturas e os diferentes matizes de uma mesma cor. 
Suas letras contam histórias de amores, de danças, de brincadeiras de roda, de simplicidade e, por que não, de partidas e desamores. Não apenas percorremos suas canções, somos tomados por elas. Retornamos. 

Um dedinho de prosa sobre a Bhia...
Uma identidade musical em constante formação, que abre a porta para o novo e o deixa puxar assento. A mescla de estilos, característica na música de Bhia, talvez possa ser explicada - se é que precisa de explicação - pela origem da artista, que faz do entre-lugar formado por Rio de Janeiro - onde nasceu - e Rio Grande do Sul sua fonte de inspiração e influências. 
Embalado pela mescla de músicas autorais e releituras de MPB, seu romance com a música já vem de longe, nascendo da cumplicidade das rodas de violão e passando pelo fervilhar dos bares da Cidade Baixa (reduto boêmio de Porto Alegre). Já se apresentou em diversos espaços da cidade de Porto Alegre, como a Casa de Cultura Mario Quintana, o Teatro Renascença, o Santander Cultural, o Foyer do Teatro São Pedro... Ainda, tocou no Espaço ZH (evento cultural itinerante em comemoração ao aniversário de 50 anos do jornal Zero Hora). 
Seu primeiro EP, contendo as músicas Menininha, A Sós e Nossa Dança, foi premiado no projeto FUMPROARTE, de Esteio. Em 2008, foi uma das finalistas do 13º Festival de Música de Porto Alegre, com Menininha, canção que conta também com um clipe. Integra o Choro em Flor, um dos representantes da nova geração do choro gaúcho; grupo que foi contemplado no edital do Teatro do novo Centro Histórico-Cultural da Santa de Misericórdia de Porto Alegre. 

Texto de Mari Rennhack

Essas Manhãs

julian eilert