WE MUST GO

Acabou

Agony is a song that reflects the experience of living in the metropolis of São Paulo, Brazil. An immense city that offers opportunities while taking away peace. A city that is both chaotic and beautiful at the same time.

Agony

I spend the day, the dark afternoon, inside myself;
My life so secure, filled with my fears;
My apartment, my Garden of April;
My gray day, the girl who left.
I wander every day, with no destination or place;
The Earth is my fate, the pool comes from the sea;
And this strange world;
And this crazy life;
I’m not part of that herd, no!
I’m not just anyone.
Life has left me.
Life has left me, alone.
Life has left me, just dust. My dear.
I spend the day, the dark afternoon, in this civil chaos;
Breathing the filthy air of the city that birthed me;
Waiting for something new to happen and distort;
This so-called reality that surrounds me and makes me fall;
In the depths of society, miserably all the same;
Different from the vultures that inhabit the central highlands;
From all the children of this beloved homeland, gentle mother;
I spend the day, the dark afternoon, in this civil chaos.

Agonia é uma canção decantada da vivência na metrópole de São Paulo, Brasil. Uma cidade imensa, que dá oportunidade e tira a paz. Uma cidade caótica e linda, ao mesmo tempo.

Agonia

Passo o dia, a tarde escura, dentro de mim mesmo;
Minha vida tão segura, dentro em meus medos;
Meu apartamento, meu Jardim de Abril;
Meu dia cinzento, moça que partiu 
Vago todo dia, sem destino ou lugar;
A Terra é minha sina, a piscina vem do mar;
E esse mundo estranho;
E essa vida louca;
Não sou desse rebanho, não!
Não sou gente pouca.
A vida me deixou.
A vida me deixou, só.
A vida me deixou, só o pó. Meu bem.
Passo o dia, a tarde escura, nesse caos civil;
Respirando o ar imundo da cidade, que me pariu;
Esperando algo novo acontecer e distorcer;
Essa tal realidade que me envolve e que me faz descer;
Nos confins da sociedade, miseravelmente toda igual;
Diferente dos abutres que habitam o planalto central;
De todos filhos dessa Pátria Amada, mãe gentil;
Passo o dia a tarde escura nesse caos civil.

Agony (Agonia)

Katrina was written at the time when the hurricane devastated several American states in 2005, killing over a thousand people. At the same time, the U.S. government refused to sign the Kyoto Protocol, an agreement aimed at controlling greenhouse gas emissions, under the banner of development and progress. Nature is relentless.

Katrina (Pablo Deablo)

Oh my friend, from the Moon;
I send news to you;
Everything is strange, you have to see;
The man has no soul, there's nothing to be done.
They ask me every day, what is my walk...
My haircut, what am I going to drink...
It's been more than 15 days since a single drop has dripped from the faucet...
Oh my clever friend;
Jumped on the rocket, at the right moment;
Here it’s chaos, 42 degrees;
The sun that shines, burns and drives you mad;
The world stopped, the "little black guy" disappeared...
It's God's fault, man evolves...
My pillow sends emails, I’d trade everything for your bread with butter...
Mother Nature is relentless, has no distinction;
Kills snakes and leopards, turns day into darkness;
Protocol assassinated, signed I want no;
Your message has been delivered, in smoke and hurricane;
Oh my friend, just hanging around;
Makes money and lives well;
What do you see? Brazil on TV...
Winning its millions, burning its lungs...
And the people keep watching you up there on the moon...
Waiting for the carnival on national television...
At the end of the year, there will be another presidential election.

Katrina foi escrita na epoca em que o furacão arrasou alguns estados americanos em 2005, matando mais de mil pessoas. Na mesma epoca, o governo americano se recusoou a assinar o protocolo de Kyoto, pacto de controle de emissao de gases do efeito estufa, sob a chancela do desenvolvimento e do progresso. A naureza é implacável.

Katrina

Ó meu amigo, da Lua;
Mando notícias a você;
Está tudo estranho, você tem que ver;
O homem não tem alma, não há o que fazer
Me perguntam todo dia, qual é o meu andar...
O meu corte de cabelo, o que é que eu vou tomar...
Já tem mais de 15 dias que não pinga uma só gota da torneira...
Ó meu amigo, esperto;
Pulou no foguete, no momento certo;
Aqui ta um caos, 42 graus;
O sol que ilumina, queima e alucina;
O mundo parou, o “pretinho” sumiu...
A culpa é de Deus, o homem evolui...
Meu travesseiro manda e-mail, troco tudo pelo seu pão com manteiga...
Mãe natureza é implacável, não tem distinção;
Mata cobra e leopardo, faz do dia escuridão;
Assassinado o protocolo, assinado quero não;
Já foi dado seu recado, em fumaça e furacão;
O meu amigo, a toa;
Ganha dinheiro e vive numa boa;
Daí o que vê? O Brasil na TV...
Ganhando seus milhões, queimando seus pulmões...
E o povo continua, te olhando ai na lua...
Esperando o carnaval em cadeia nacional...
No fim do ano vai ter mais uma eleição para presidente.

Katrina

**No Hair** is a nostalgic tribute to the '80s. A simpler time full of long-haired people who are now bald. Longing for the wild, free life, with few conflicts and lots of fun. Bring back the '80s!


**No Hair**

I used to have hair, some pretty cool hair;  
I used to have hair, some pretty cool hair;  
But time went by, it fell out, and now I despair.  

I’d drive down the avenue, in my brown Beetle car;  
No seatbelt, no care, no radar, no regard;  
But time went by, it broke down, and now I despair.  

I had a color TV, had a stable job too;  
Guaranteed pension, and a monthly wage due;  
Bounced checks in my name, played games I shouldn’t play;  
The bribe was the norm, and the feds were on the way.  

There were smoking sections, expansion in the air;  
Monopoly money, then the Real was there;  
Adrenaline pumping, every day was a show!  
The poison in the can was way stronger than DDT could throw.  

I used to have hair, some pretty cool hair;  
I used to have hair, some regular hair;  
I want my hair back, just some regular hair.

Cabelas é uma homenagem nostálgica aos anos 80. Uma época simples e cheia de cabeludos, que hoje são carecas. Saudades da vida louca e livre, de poucos conflitos e de muita curtição. Volta anos 80.

Cabelas

Eu tinha um cabelo, um cabelo legal;
Eu tinha um cabelo, um cabelo legal;
Mas o tempo passou, ele caiu e agora estou mal.

Eu descia a avenida, com meu fusca marrom;
Sem cinto, sem juízo, sem radar, sem noção;
Mas o tempo passou, ele fundiu e agora estou mal.

Tinha TV colorida, tinha emprego formal;
Previdência garantida e salário mensal;
Tinha cheque sem fundo, tinha jogo ilegal;
O tempo era propina e a polícia federal

Tinha assento de fumante, tinha plano de expansão;
Moeda de mentira, que depois virou real;
Tinha muita adrenalina, todo dia era um show!
O veneno da lata bem melhor que detefon.

Eu tinha um cabelo, um cabelo legal;
Eu tinha um cabelo, um cabelo normal;
Eu quero meu cabelo, meu cabelo normal.

No Hair (Bring back the '80s!) / Cabelas

This song is a samba-rock that talks about the need to look forward to overcome obstacles and be happy. When we do what needs to be done, life becomes easier.

Do What You Have to Do

Leave the sadness aside, if you've been hurt;Let the dawn come; 
Each one has their burden, a heavy karma; Made just for you; 
And if everything goes wrong, double the smile; What can you do? 
Carry your shotgun, blame God or Mars; For what you lack;
See the sunrise through bars, unable to bail out; Who's going to defend you?
Do what you have to do, do what you have to do, do what you have to do, do what you have to do;
Leave that depression aside, double the smile; Make it happen;
Throw your meds down the drain, light up a joint; Watch the sunrise; 
Send it all to space, all this tiredness; Start to bloom again; 
When we're in the hole, only close ones; Can rescue us. 
They arrive quickly and throw down a ladder, but it means nothing If you don't want it;
Do what you have to do, do what you have to do, do what you have to do, do what you have to do;

Essa música é um samba-rock que fala sobre a necessidade de olharmos para frente para superarmos os obstáculos e ser feliz. Quando fazemos o que tem de ser feito, a vida fica mais fácil.

Faça o que tem que fazer

Deixa a tristeza de lado, se foi magoado;
Deixa amanhecer;
Cada qual tem o seu fardo, karma bem pesado;
Feito pra você;
E se tudo der errado, sorriso dobrado;
O que há de fazer?
Carregar seu bacamarte, culpar Deus ou Marte;
Por você não ter;
Ver o Sol nascer quadrado, inafiançável;
Quem vai defender?
Faça o que tem fazer, faça o que tem fazer, faça o que tem que fazer, faça o que tem que fazer;
Deixa essa depre de lado, sorriso dobrado;
Faça acontecer;
Joga o Rivotril no ralo, acende um baseado;
Veja o Sol nascer;
Manda tudo pro espaço, todo esse cansaço;
Volta a florescer
Quando estamos no buraco, somente os chegados;
Pra nos socorrer.
Chega logo e joga a escada, mas não vale nada
Sem você querer;
Faça o que tem fazer, faça o que tem fazer, faça o que tem que fazer, faça o que tem que fazer;

Do what you have to do (Faça o que tem que fazer)

Rainfall and a haunting melody, born from the ecological devastation wrought by Vale's Rio Doce catastrophe. A predicted tragedy, echoing through communities surrounding Brazil's mines.

It’s gonna rain, the dry land will soak.
It’s coming down, the dam will provoke.
It’s the law, we’ll pay the toll.

It’s gonna burn if the earth gets too hot.
We’re gonna lose if the water won’t drop.
It’s the law, don’t let it rot.

Can we still believe in this land,
That elects mining tycoons as eco-grads?
Miners who killed the people,
Who killed the rivers’ soul,
Who turned into mud what God once made whole.

Is it worth it? Will it be worth it?

Rise again, from ashes to bloom.
Learn to care, before it’s our doom.
To live, to breathe.
To live, to breathe.

Without nature, life will fade.
If we don’t start now, nothing will be saved.

Rain

Black Dark Humor is a sad poem about the routine of life in a big city like São Paulo. A difficult day in the life of an ordinary Paulistano, facing work and dealing with the chaos of the city. A day when the earth stood still.

Black Dark Humor
Close the door, turn off the light;
The dream has just begun...
Another blinding day of heat,
And burning flames...
Last month hasn’t ended yet;
Time is just a shadow...
Through these hazy days, I agonize,
Then beg for mercy...

Have some pity on me;
I’m both devout and crude.
Sentenced to twenty years
In the penitentiary of boredom...
Now and then I try, at last,
To sigh without a thought...
To drown my feelings deep inside,
Then take off and fly.

It’s six o’clock, the morning’s here,
Yet the rooster never crows...
But my stern, responsible self
Shakes me up to rise again.
The bell tolls, I hide the sky,
A sky that bears no light...
The world still turns, yet somehow,
It stopped spinning for me...

Black Dark Humor (Negro Humor Negro)

Black Pepper is a protest song that talks about the deep divide between the ruling class and the working class in Brazil. It highlights how the elite manipulates the population into fighting among themselves over ideologies that don’t truly represent them. While the poor defend meritocracy, politicians, judges, and high-ranking officials hold on to their privileges—funded by the hard work and sweat of the people.

Black Pepper
Everybody’s going crazy, no way to understand;
The guys up top just fighting for power in this land.
My friends don’t vibe no more, don’t even go for drinks;
Slaves to WhatsApp texts and the TV’s fake news links.

For some fancy congressman, some big-shot senator,
Honorable judge or the almighty prosecutor.
Waving their flags, trying to shove it down your throat,
Pushing their own side without a damn ounce of shame.

Nobody agrees, it’s just a big-ass fight,
And in the dead of night, they double up their might.
Stop all the beef and let’s go take a stand,
Against those snakes in suits who only wanna jam:

Black pepper—burns your ass, but they don’t care.

++++++++++ PORTUGUESE

Pimenta Negra é um música de protesto, que fala sobre o abismo que existe entre a classe dominante e os subalternos no Brasil. Fala sobre como essa classe manobra a população a lutar contra si própria por ideologias que não a abrangem. Enquanto o pobre defende a meritoricracia, os politicos, juízes e funcionários do alto escalão mantém seus privilégios, pagos com o suor do trabalhador.

Tá todo mundo louco, não tem como entender;
Os caras lá de cima nessa guerra de poder;
Meus amigos se estranhando, já nem saem pra beber;
Todos escravos de whatsapp e de noticia de tv;
Pelo nobre deputado, pelo ilustre senador;
Excelentissimo juiz ou o Dr. Promotor;
Levantando suas bandeiras, tentando impor;
O seu lado da sardinha sem o menor pudor;
Ninguem se entende, só tem confusão;
E eis que na calada os caras dobram o fundão;
Chega de brigar e vamos combater;
O falso planalto que só quer meter:
Pimenta negra, no cú dos outros é refresco.

Black Pepper (Pimenta Negra)

"Living Mannequin" talks about the need to become what fashion and today’s world demand us to be in order to be accepted by society: different.
We’re expected to be unlike anything that ever existed, to reject our roots and the teachings passed down by our parents—ignoring knowledge in favor of a new world order that claims all of humanity’s acquired wisdom has become obsolete with the rise of A.I.
We have to be strange in order to be original.

Living Mannequin

Why be so different?
Why not be more normal?
If everything I see looks just the same,
Then the weird one is the original.
Why not be reversed?
The opposite of that basic verse;
If I wear red, tattoo on my knee,
Hair, a hat or some All Stars on me.

Making faces and poses,
Walking back and forth all day;
Drinking, smoking... doing dumb stuff,
Living just to impress in some way.
Pulling out sighs,
From people who just watch TV;
They search and don’t find, they look but don’t see
What’s really worth living to be...

Selling their own universe,
In exchange for some dumb stares;
The dream is money, death is the mirror,
Living in a harbor with no piers there...
Gaining experience,
In what they don’t want to learn;
Fashion sets the routine,
In minds where “to have” beats “to be” at every turn...

******************** PORTUGUESE

Manequim Vivo fala sobre a necessidade de sermos o que a moda e o mundo atuais exigem que sejamos, para sermos aceitos na sociedade: Diferentes. 
Temos de ser diferentes de tudo que já existiu, renegar nossas origens e os aprendizados passados por nossos pais, ignorando o conhecimento em pról de uma nova ordem mundial, a qual dita que todo o conhecimento da humanidade adquirido se tornou obsoleto, com a chegada da A.I.
Temos de ser estranhos para sermos originais.

Por que ser tão diferente?
Por que não ser tão normal?
Se tudo que eu vejo, parece com o mesmo,
O estranho é o original;
Por que não ser reverso?
Inverso do verso vulgar;
Se eu uso vermelho, tatoo no joelho,
Cabelo, chapéu ou All Star;
Fazendo caras e bocas;
Andando pra lá e pra cá;
Bebendo, fumando...fazendo besteira;
Vivendo pra impressionar;
Provocando suspiros;
Do povo que só vê tv;
Procura e não acha, enxerga e não vê;
O que vale a pena viver...
Vendendo ser próprio universo;
A troco dos olhos boçais;
O sonho é o dinheiro, a morte é o espelho;
Vivendo num porto sem cais...
Ganhando experiência...
No que não se quer aprender;
A moda dita a rotina;
Na mente ter ou não ser...

Living Mannequin (Manequim Vivo)

‘On Free’ is a funk track inspired by Tim Maia, one of Brazil’s greatest musical artists. Its lyrics pay tribute to the freedom of being, challenging the status quo, material possessions, and the pursuit of wealth. The line, 'Your many millions are of no use, living behind walls, locking up gates,' serves as a cautionary message against becoming accustomed to living in confinement in exchange for peace. The song also honors the legacy of Tim Maia's classic work, ‘Rational Culture.’

On Free 

All your millions, they don’t make you wise  
Locked behind walls, where your freedom dies  
Scared of the young, of the love, of the real  
What’s the use of the gold  
If you forget how to feel?  
Just be...  
On Free  

 
Trapped in a world so square and so tight  
Chasing the power, the praise, and the fight  
Step out the frame, let your soul take the lead  
Peace is the power,  
That’s all that you need  
Just be...  
On Free  

  
Tired of life on the same old track  
Bills and control always watching your back  
Time don’t wait, it’ll knock at your door  
Ask what you lived for —  
Don’t wait for more  
Just be...  
On Free  

*****************PORTUGUES

On free é um funk inspirado em Tim Maia, um dos maiores artistas brasileiros. Trás na letra uma homenagem a liberdade do ser, em detrimento ao status quo, a posse e ao dinheiro. "De nada adianta, seus tantos milhões, vivendo entre muros, trancando portões." é um alerta para não nos acostumarmos a viver trancados para termos paz. Faz também uma homenagem ao clássico do Tim Maia 'Rational Culture'.

On Free

De nada adianta, seu tantos milhões
Vivendo entre muros, trancando portões
Com medo do novo, do jovem e do bom
De nada adianta, o importante é estar
On Free

Focado no mundo, quadrado e bundão
De ter, de poder
De querer ter razão
Sai dessa, vislumbra, o bom é ter paz
No mais, sem penumbra, o importante é estar
On Free

Cansado da vida, padrão e normal
De medo, boleto, controle total
E o tempo não para, depois vai cobrar
Os dias da vida, o que importa é estar 
On free

Onfree

"From Moon to Moon" tells the story of a wild journey, full of problems and unexpected twists — the kind of trip that had everything to go wrong, but in the end, turned out just right. That classic lucky break of a streetwise soul. And what a trip it was!

From Moon to Moon

Seventeen o’clock, I’m rushing through the street,
Time is running fast, and I can feel the heat.
Heading to Black River — this I can’t miss,
Old friends to see again, so much life in this bliss...
From moon to moon, I’m drifting all the while,
Chasing fleeting pleasure with a half-lost smile.

Doors that open softly, we don’t even see,
Paths we never chose become our destiny.
I’ll live this life — through heaven or through hell,
Body wrapped in blues, in some enchanted spell...
From moon to moon, disturbed by light so wild,
A haunting gleam, both tender and beguiled.

Wandering all day long, with no one to embrace,
Washing dishes, early rising — fading in this race.
People lost in dreaming, acting unaware,
While time slips through the cracks, so much left hanging there.

I go to Black River, where my soul can breathe,
Keep the fire burning, live on edge, beneath.
Make love to the moon, erupt with volcanoes' flame,
On holy Friday nights — new blood, sweet shame...

I don’t know it all, still so much to learn,
From bright, wild dreams to cliffs I’ll never return.
The light of Black River makes each day unique,
Full moon in the night — instincts on mystique...

From moon to moon, I float without a care,
In this cosmic blaze of stardust in the air...

******************************PORTUGUESE

De lua à lua conta a historia de uma viagem muito louca, cheia de problemas e imprevistos, que tinha tudo pra dar errado e no final deu certo. A famosa sorte do malandro. E que viagem!

De Lua à Lua

Dezessete horas, vou saindo apressado;
O tempo ta passando, eu to ficando preocupado;
Vou pra Black River, essa não posso perder;
Rever os meus amigos, tanta coisa pra viver...
Vou de Lua à Lua, o tempo inteiro..
A procura do prazer....
As portas que se abrem, sem a gente perceber;
Os caminhos decididos, escolhidos sem saber
Vou viver a vida no inferno ou na cruz
O corpo adormecido, envolvido nesse blues...
Vou de Lua à Lua, perturbado com brilhos dessa luz...
Ando o dia inteiro, sem ter a quem amar;
Lavo louça, acordo cedo, minha vida a se acabar
As pessoas delirando, fingem nada acontecer;
E o tempo se esgotando, tanta coisa pra fazer;
Vou pra Black River, lá eu posso ser feliz;
Manter a chama acesa, viver sempre por um “triz”;
Fazer amor com a lua e trepar com um vulcão;
Na sexta feira santa, sangue novo e perdição...
Eu não sei de tudo, tenho muito a aprender
Dos sonhos coloridos, dos abismos a esquecer
A luz de Black River, cada dia especial
A noite a lua cheia, seus instintos, coisa e tal...
Vou de Lua à Lua, flutuando 
Nessa pira espacial....     

From Moon to Moon (De Lua à Lua)

ComeOn is a song inspired by a love story. A couple that resists the passage of time without succumbing to modernity, proving that every love story is born from a story of friendship. A tribute to the couple Kapeta (our bassman) and Biba, his wife.

ComeOn

We're solid as concrete, our love is the truth,
No fear of what's right, what's wrong, or uncouth.
In a world so detached, so stiff and surreal,
We’re more than just lovers — we’re the perfect storm feel.
Please come on, babe, come on

You’re pure precision, and I’m all heart and flame,
You wake with the sun, while the night calls my name.
We're different as ever, but our vibe is just right,
No masks, no pretending — just truth in the light.
Please come on, babe, come on

We ride our own wave,
So no one can break it,
No rules, no demands,
No need to fake it.
And love, we’ve been others in lifetimes before,
I found you to find me — and now I need nothing more.
Please come on, babe, come on

They say, “Love’s outdated,”
Just a worn-out idea,
That time eats away
What once felt so near.
But our time’s a new time,
Our dream’s a new dream,
Our breeze has its rhythm,
And our world has its theme.

++++++++++++PORTUGUES

ComeOn é uma música inspirada em uma história de amor. Um casal que resiste ao tempo sem sucumbir a modernidade, provando que toda história de amor nasce de uma história de amizade. Uma homenagem ao casal Kapeta (nosso bassman) e Biba, sua esposa.

ComeOn
Nós somos puro concreto; Nosso amor é real,
Sem tememos o certo; o errado ou o normal;
Nesse mundo disperso Tão esparso e formal
Somos mais que parceiros; Tempestade ideal;
Please come on, babe come on
Você é puro controle, E eu sou bem irracional
Eu com a noite desperto, Você do gosta do Sol
Somos tão diferentes Nossa vida é legal
Sem viver de aparências Só falando a real
Please come on, babe come on

Nossa onda é discreta
Pra ninguém vir zicá
Sem cobranças diversas
Sem pedir alvará
E olha meu amor, nós já fomos outros
Consegui te encontrar só pra depois me encontrar.
Please come on, babe come on

Eu sei o que dizem babe,
Que o amor é uma ideia ultrapassada;
E que a convivência corrói a relação;
Nosso tempo é outro tempo;
Nossa ideia e outra ideia;
Nossa brisa é outra brisa;
Mas nosso mundo e outro mundo;

ComeON

"Diary of a Hippie" tells the story of a hippie mother traveling through the Amazon with her daughter — no fixed address, no steady job, no ties, no safety net. They simply live one day at a time, embracing time and life itself.

She is a beautiful soul, filled with joy, carrying only two backpacks as her burden and surrounded by the incredible beauty of nature.

This is a true story.

Diary of a Hippie

I drift awake through the airspace;
Dreams that never took flight;
My feet I kill out of weariness;
My parents I kill — then take flight...
My parents I kill — then take flight...

I land barefoot from the heavens;
I wear the earth to soar high;
A brand-new world bursts open,
Leaping from eyes to the sky...

Dead on my feet, I surrender
All of my days unto you.
I look to the sky — I awaken
In this endless, inverted view...

Now the road is my dwelling;
And my path is illusion.
Death to the signed-off employment;
To both worker and institution...
To both worker and institution...

I’m hippie, I’m one with the cosmos;
A fragment divine in the stream.
My future is clouded in mystery —
Much like yours, or your dream...

+++++++++++++++++PORTUGUES

Diário de um hippie conta a história de uma mãe hippie que viaja pela amazónia com sua filha, sem endereço fixo, sem trabalho fixo, sem amarras e nem segurança. Apenas vivem um dia após o outro, aproveitando o tempo e a vida. Uma pessoa linda, repleta de felicidade por ter apenas duas mochilas como fardo e a incrível natureza ao seu redor. Essa é uma história real.
 Diário de um Hippie 


Solto acordado no espaço;
Sonho que não se elevou;
Mato meus pés de cansaço;
Mato meus pais e me vou... 
Mato meus pais e me vou... 
Desço do ar e descalço;
Calço meu chão a voar;
Um mundo novo explode;
Salta dos olhos pro ar...
Morto de pé eu concedo;
Meus dias todos pra ti
Olho pro céu e amanheço
Nesse avesso sem fim...
Hoje meu lar é a estrada; 
Minha estrada ilusão;
Morte a carteira assinada;
Ao proletário e ao patrão...
Ao proletário e ao patrão...
Sou hippie sou universo;
Sou um pedaço de Deus;
O meu futuro é incerto;
Bem parecido com o seu... 

Diary of a Hippie (Diário de um hippie)

Holy F*cking Hell is an anthem for the binary times we live in — where we’re only allowed to be red or blue.

It was written at the height of the pandemic, in the middle of a ridiculous war between left and right, as a form of satire aimed at those who, overnight, took to the streets to defend their favorite politicians like beloved pets.

How hard it is to have a different opinion...


Holy F*cking Hell

It’s tough being Latin, straight-faced and broke,
No cash in the bank, just the weight of the yoke.
They see the beard, think I’m red to the core,
But when they ask why, I just show them the door —

Holy fcking hell,
Holy fcking hell,
Holy f*cking hell...

It’s hard to explain why I’m poor with an iPhone,
While some ride in limos to buy fast food alone.
Hard to explain all the hate and the fear —
When sooner or later, we all end up here:

Holy fcking hell,
Holy fcking hell,
Holy f*cking hell...

It’s hard to explain all the racism.
Hard to explain this damn system.
Hard to explain the consumer's chain,
Hard to say I don’t think the same.

It’s hard to explain why it almost makes sense —
Chase money for life, die broke on a bench.
Sell your soul just to fit the scene,
Play nice and clean,
Be silent and tame,
So you get to complain...

It’s hard to explain that my joy ain’t your pain,
And your life won't change if you let others remain.
Just accept there's more ways, more minds, more views —
And deal with the folks who don’t live like you.

Then maybe we won’t have to yell it again:
Then maybe we won’t have to yell it again:
Then maybe we won’t have to yell it again:

Holy fcking hell,
Holy fcking hell,
Holy f*cking hell...

+++++++++++++++++++++PORTUGUES

Puta que Pariu é um hino aos tempos binários que vivemos, onde só podemos ser vermelho ou azul. Escrita no auge da pandemia e no ápice da guerra imbecil entre destros e canhotos, como forma de escárnio aos que, do dia para noite, começaram a ir para as ruas defender seus politicos de estimação. Como é dificil ter outra opinião....


Puta que Pariu
Difícil é por ser latino americano e careta.
Sem um puto no banco, empapuçado de marreta.
Não é por ser barbudo que eu viro comunista.
Difícil é explicar já mando logo para a
Puta que pariu
Puta que pariu
Puta que pariu 
Difícil é explicar porque sou pobre e tenho i-phone.
Ou quem vai de limusine no dogão pra matar a fome.
Difícil é explicar porque a discriminação.
Se em mais ou menos tempo vamos todos para a
Puta que pariu
Puta que pariu
Puta que pariu 
Difícil explicar o racismo.
Difícil explicar a opressão.
Difícil explicar o que o consumismo.
Difícil é dizer que eu tenho outra opinião.
Difícil é explicar que isso tudo faz sentido.
Viver atrás de grana pra depois morrer mendigo.
Vende a vida por grana.
Pra querer ser bacana.
Recatado e do lar.
Pra poder criticar.
Difícil é explicar que o meu bem não é seu mal.
E que nada em sua vida deixará de ser igual.
Se você aceitar opções e opiniões.
Se você aprender a lidar com quem mora na terra.
Nunca mais vamos ter de mandar
Nunca mais vamos ter de mandar
Nunca mais vamos ter de mandar
Puta que pariu
Puta que pariu
Puta que pariu 


Holy F*cking Hell (Puta que Pariu)

São Thomé das Letras is a tribute to the mystical town of São Thomé das Letras, in Minas Gerais, Brazil. A place filled with cosmic energies, mysteries, and unlikely encounters — where love, friendship, and freedom call home. Long live São Thomé das Letras.

São Thomé das Letras

Last night I left from work beneath the starlit skies,
Saw the moon up there aglow,
São Thomé began to show,
Red or white wine flows,
Down the hill it goes,
I’ll be on the road,
Forget me, São Paulo,
I can’t take it anymore — thank God it’s Friday, love, I swore.

Wanna see the werewolf and Brigitte Bardot,
'Neath this crazy, lovely moon,
Wanna find you soon,
Give you all you crave,
'Til there’s none to save,
This hunger to behave —
Like lovers do, oh please…
I can’t take this burning need that cuts like knives, my love, release.

Tigers and deer, all walking side by side,
Everyone the same inside —
Rich or poor in stride,
Tall or thin with pride,
Black, albino, wide-eyed,
Even strange is dignified —
‘Cause I can’t take this anymore,
These small-souled people I abhor, my love, I swore…

By day my eyes embrace the goddess, Nature bright,
But when night descends in fire,
That's when hearts conspire,
I will climb that stone,
Burn my herb alone,
With my mind full-blown,
Watch the sunrise in complete awareness;
‘Cause I can’t take this world of violence, my love, such madness…

We are children, craving just to live,
Animals with lost instinct,
If I don’t die, I blink —
Kill or waste in sync,
Like cats and dogs on the brink —
I’m out, I want to breathe again and give.
For in this crazy life, what stays behind…
Is only what you’ve learned while still alive.

++++++++++PORTUGUES

São Thome das Letras é uma homenagem a cidade mística de São Thome das Letras, em Minas Gerais, Brasil. Uma cidade cheia de energias cósmicas, mistérios e encontros pouco prováveis, onde o amor, a amizade e a liberdade fazem morada. Viva São Thomé das Letras.

São Thomé das Letras
Ontem eu sai do trampo, sob a luz das estrelas;
Vi a lua lá brilhando;
São Thomé esperando;
Vinho tinto ou branco
Vai cair, barranco;
Vou sair andando;
São Paulo me esqueça;
Porque já não aguento mais, ainda bem que hoje sexta feira, meu amor.
Quero ver o lobisomem e a Brigitte Bardot;
Nessa lua louca e linda;
Encontrar você;
E te satisfazer;
Até não mais poder;
Essa necessidade de fazer, amor...Por favor...
Porque já não aguento mais, esse desejo que corrói a veia, meu amor...
Tigres e veados, todos caminhando em paz;
Todo mundo é parecido;
Seja pobre ou rico;
Alto, baixo ou fino;
Negro ou albino;
Ou até esquisito, tudo vale a pena;
Porque já não aguento mais, essa gente de alma tão pequena, meu amor...
De dia meus olhos contemplam a deusa Natureza;
De noite é que o bicho pega;
Vou subir na pedra;
Vou queimar minha erva;
Com a mente aberta;
Ver o sol nascer com toda consciência;
Porque já não aguento mais, pra que no mundo tanta violência, meu amor...
Somos crianças carentes de viver;
Somos animais sem faro;
Se eu não morro, mato;
Vivo no marasmo;
Feito cão e gato;
To caindo fora, quero mais viver;
Porque dessa vida louca, o que se leva realmente é o que se pode aprender...

São Thomé das Letras

Bluesinha is a cheeky little blues that tells the story of a smooth-talking hustler who underestimated the girl — and ended up getting what he deserved. But in the end, they find common ground, and desire wins out. A tale of love for lust, or maybe lust for love.

Little Blues (Bluesinha)

Listen here, my girl,
Don’t mean to play you wrong,
Hope you’ll forgive me,
But tonight I can't come along.
I got no cash on me,
No ride, no fare,
And I know you don’t
Take buses anywhere.
My vibe is rock and roll,
But your scene’s pop and gold,
It’s money...

I’m a streetwise stray
In this crazy town,
Was a punk, Hare Krishna,
Now I sleep on the ground.
I got nowhere to go,
Got nothing to share,
No dog, no room or sofa,
No TV, not even air.
But if I steal your mint drop,
And sip your whisky on the rocks —
That's sweeter...

My vibe is rock and roll,
But your world’s pop control,
It’s money...

Now listen up, my dear,
Let me make it clear,
I don’t want your money,
Don’t care what you wear.
My folks pay my bills,
That much you should know,
Cash ain’t what I’m missing —
Just got nowhere to go.

My vibe is pure raw lust,
Your scene’s all junk and dust,
So hollow...

So come on now, my love,
Let’s not waste the night,
I’m finally gettin'
What’s been feelin' right.
You want me,
And I want you too —
Why worry 'bout the rest
When the world’s just passin' through?
Our beat is touch and heat,
Our world’s a Woodstock street —
So mellow...

And our life is tight,
Our kiss? A bolt of light —
Straight yellow.

+++++++++++++++PORTUGUES

Bluesinha é um blues canalha, que conta a história de um malandro que subestimou a garota e acabou levando o troco. Mas no final eles se entendem e o desejo prevalece. Uma história de amor ao tesão, ou tesão de amor.

Bluesinha

 
Escute aqui menina,
Eu não quero te enganar,
Vê se me desculpa, 
Mas hoje não vai dar...
Não tenho dinheiro, 
Tô sem condução,
Sei também que você 
Não é de pegar buzão.
Minha balada é rock,
Mas seu mundo é pop,
Dinheiro...
Eu sou bicho urbano, 
Dessa cidade louca,
Já fui punk, Hare Krishna
Hoje eu durmo numa moita
Não tenho pra onde ir
Nada à oferecer
Cachorro, quarto ou sala,
Nem banheiro nem tv.
Mas se eu te serro um drops,
Seu whisk on-the-rocks
Primeiro...
Minha balada é rock,
Mas seu mundo é pop,
Dinheiro...

Então preste atenção,
Vou te explicar meu bem,
Não quero sua grana,
Nem saber o que Tú tem,
Minha família é quem me banca,
Você deve saber
A mim não falta grana,
O que me falta é quem comer.
Minha balada é fuck
Mas seu mundo é junkie
Fuleiro...
Então venha meu amor,
Não vamos perder tempo
Agora eu to sacando,
O que está acontecendo
Você me quer, 
Eu te quero também,
Pra que saber do resto 
Se o mundo vai ou vem
Nossa balada é o toque
Nosso mundo Woodstok
Inteiro...
Mas nossa vida é top,
Nosso beijo e um choque!
E meio....

Little Blues (Bluesinha)

"Whatever"is an '80s-style rock song. It talks about the world of disposable and temporary things we live in, where nothing lasts long enough to become real. Friendships, relationships, love — everything is plastic and fleeting. A time without memories.

Whatever (Tanto Faz)

It’s just like that, the way I recall,
Blurred-out words, nothing real at all.
I hit the street, but I’m not there,
Can’t see you — green or red, I don’t care.
I walk ahead, try not to glance behind,
Where I go, you don’t cross my mind — that’s fine.
What’s gone is gone, it won’t return,
The future waits, no need to burn.
It’s gone, it’s done — no more glory,
The fire wipes out every story.
Time just moves, it won’t relent,
Chasing wins, it kills the present.
And memory? It fades, it dies,
Just disappears before your eyes.

++++++++++PORTUGUES

Tanto faz é um rock estilo anos 80. Fala sobre o mundo de coisas descartáveis e temporarias em que vivemos, onde nada dura tempo suficiente para se tornar verdadeiro. Amizades, relacionamentos, amores...tudo é plastico e passageiro. Um tempo sem memórias.

Tanto Faz

É bem por ai, é como eu me lembro;
Palavras difusas, tudo fake;
Descubro a rua e não me vejo;
Não te enxergo, verde ou vermelho;
Sigo em frente sempre tento não olhar pra trás;
Pra onde ando não te percebo, tanto faz;
O que passou, passou. Não volta jamais;
O futuro te espera, fica em paz;
Passou, passou, não tem mais glória.
O fogo varre toda a história.
O tempo sempre segue em frente, buscando a vitória despreza o presente.
A memória se diluí, se desfaz.

Pablo Diablo

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