Afirma o ponto

Deusa De Todas As Cores

Ogum na areia
Chorou, que chorou, que gerou o mar
Chorou, que chorou, que gerou o mar
Gerou o mar
Ara, se eu não vou chorar
Ara, se eu não vou chorar
Me derramar

Sérgio Pererê: voz
Anabella Porta: voz
Marcelo Estol: voz
No Chilla: talking drum, surdo, cabaças, quinto, conga, gonguê e coro

Ogum na Areia

Eu vou chamar
Eu vou chamar
Lá das matas o seu Tupinambá

Este caboclo é da linha de Oxossi
Já foi índio guerreiro
Hoje cura com amor

Caboclo Tupinambá

O rei das matas
Mandou chamar
Chamar seus caboclos
Para trabalhar

Papai Oxossi
Mamãe Jurema
Índio guerreiro
Cabocla flecheira

Oxossi, Rei Das Matas

Sons selecionados com finalidade de proporcionarbem estar espiritual. Em ritual com a medicina do Sagrado Rapé. Elevação do Ser. Somos todos, somos Um.

10 Alê De Maria - Lealdade De Deus

Canções Xamânicas

Chegou o Mestre Pena Branca Curador

Another overblown and ludicrous production of a hino-type devotional to minha Mae do Amor...

MAMAE OXUM

Hinário Encantos da Jibóia Sagrada

Salve Jurema Sagrada

Música de Márcio Serafim

Caboclo Sete Flechas

Ê caboclo
Caboclo vem da mata pra girar 

ô gira meu caboclo no terreiro
ô gira meu caboclo no gongá 

ê caboclo
caboclo vem da mata pra girar 

ô gira 7 flechas no terreiro
ô gira 7 flechas no gongá 

seu 7 flechas é caboclo guerreiro
seu 7 flechas é caboclo juremá

seu 7 flechas é caboclo flecheiro
seu 7 flechas é caboclo de iemanjá 
(mas ele vem nas águas de iemanjá)

Caboclo Sete Flechas (Márcio Serafim)

FORÇA DA FLORESTA 
Roberto Shamanti

Eu chamo! Eu chamo! Eu chamo!
A força da floresta,
A falange das matas, Oxóssi e sua flecha.
Ele chegou ô ô ô! Equilibrou ô ô ô!
Trazendo seus caboclos, e o poder do cocar
Reinando no terreiro, limpando o meu altar
São índias e caboclas sob luz do luar
Girando no terreiro, firmando esse Congá.

Chamei meu pai Oxóssi, firmei o pensamento
Num canto da floresta, fiz seu assentamento (Bis)
Oxóssi é Rei. Hei! Hei!
É caçador! Ô ô!
Traz o verde da cura
Curando toda dor.
Salve, meu pai Oxóssi!
Okê, okê Arô!

Força Da Floresta

O que primeiro chama atenção é a voz.
Depois, todos os afetos que a atravessam.
E é junto à voz que tudo se une e realiza o artista Sérgio Pererê.
Artista-hífen-MPB-Charango-Samba-Cavaquinho-Rock-Rebeca-Jongo-Capoeira-Jazz-Guitarra-Tango-Djembé-Blues-
Toda uma gama de percussão
O Congado, o Candomblé.
Hífens que continuam para produzir algo novo
Que não é simplesmente a sombra dos anteriores
Mas um sabor diferente, como um novo tipo de berbere, de jacuba, de maniçoba, de tropeiro ou de todos esses pratos em que a mistura é a sua particularidade.
Seus discos demonstram bem a força dessas misturas
E cada qual um novo prato
Do Labidumba (2008), a voz como percussão; do Serafim (2011), uma versatilidade mais pop; de Viamão (2016), a percussão que perpassa a latino-américa; Cada Um (2018), que realiza a mistura do tradicional e o contemporâneo; Linha de Estrelas (2005) e Famalé (2014), a ancestralidade que marcava já seu trabalho com o Tambolelê.
Ancestralidade que costura sua obra, que conta com outras linhas:
As águas
Os anjos
Os orixás
As estrelas.
Os caminhos e encruzilhadas.
A existência.
É Costura da Vida, Velhos de Coroa, os Guardiões da Memória, Cosme e Damião, a Alma Grande, Vento e Chama, Vendaval, o Riso do Sol, Zé Pereira, o Parto e o Fim da Ira.
Vindo do bairro Glória em Belo Horizonte, Minas Gerais
É Pererê quem determina seus territórios e linhas de fuga
E se junta e compartilha desde sempre – suas mãos com outras mãos
Descobrindo de onde vem – DNA África -
E envolvido, a partir da família, com o que o cerca
E leva à cidade seus afetos políticos como forma de luta
(O transcendente é político)
Seja no carnaval, seja no Movimento Negro (GloriÁfro, Bloco do Pirulito, Bala da Palavra, Dread Locko e tantos outros)
E faz do mundo um palco, onde também virou ator
E onde lança suas palavras, como no livro A Morte de Antônio Preto.
Reunidor de afetos, com impulso transformador
Um existencialismo negritado, desestabilizador do ordinário
Versatilidade sem virtuose desnecessária,
Mãos que escrevem, tocam, dedilham, pulsão e vibram
Comovem, emocionam, enternecem – e afetam.
Uma voz. A voz.

Ogum na Areia

sergioperere

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