Karina Buhr - Guriatã

Composição de Paula Preta para o Carnaval de 2014 - Nega Duda e o Samba de Roda do Recôncavo baiano - Patrimônio Imaterial da Humanidade.

Gravado no Estúdio Paraná

NEGA DUDA

Fala Carolina
Composição: Sossô Parma
Gravado na Escola Florestan Fernandes em Guararema


Fala Carolina Gravação ao vivo

Locução de trecho do livro "De pernas pro ar - a escola do mundo ao avesso"do grande escritor, jornalista e escritor uruguaio Eduardo Hughes Galeano.
 Suas obras transcendem gêneros ortodoxos, combinando ficção, jornalismo, análise política e História.

Locução - Tâmara David - De Pernas pro Ar - Eduardo Galeano

Vinheta de abertura do programa "Juventude Alternativa" da extinta rádio Santê Fm em Belo Horizonte.

TâmaraDavid Locução Rádio

Dançam as moças na beira do mar

Gravação de processo criativo no EstúdioFitacrepeSP 
Maio de 2018

Composição - Célia Santos
Direção musical - Ricardo Garcia
Voz - Tâmara David
Violão - Matheus Nascimento
Cavaco - Raul Zito
Baixo - Alexis Milonopulos
Percussão - Jack Cunha e Micha Nunes


Identidade visual e experimentos fotográficos : Regiany Maia

Dançam as Moças na beira do Mar de Célia Santos

Livre adaptação do poema "Elsie Houston"de Murilo Mendes (Retratos Relâmpagos, 1965).
Vozes: 
Biancamaria Binazzi e Alessandra Leão
Músicas:
Canção do Carreiro - Seresta n.7(Villa-Lobos) - por Elsie Houston, 1941
Xangô - por Elsie Houston, 1939
Xangô - por André Mehmari
Imagem: Elsie Houston (Acervo Jacqueline Perét)
Realização: Goma-Laca | Biancamaria Binazzi e Ronaldo Evangelista
www.goma-laca.com

*Elsie Houston*
Murilo Mendes

Elsie existiu para feminilidade e canto. Elsie cantava o modo de ser canto, o casamento do céu e da terra, o amor e a cruz do homem, suas raízes temporais, a vocação de doer, o desejo do abstrato, o toque do concreto, a dor de ser em osso; cantava a própria voz levantando a sensualidade da sua voz, a matéria química do corpo magro, seu contato poroso; cantando sabia dançar. Os braços morenos aludiam às mágicas da voz; os ouvidos, a cintura, as narinas voando cantavam; Elsie cantava da boca aos pés e ao nosso total corpo. Cantava elétrica a denguice carioca, o sertão castigado, as obsecrações da Bahia, o sortilégio afro-índio; as linhas mestiças do Brasil andando, os próprios
nervos finos, o absoluto de Eros, o espasmo da morte, o ato de cantar,
intrínseco; rasgando a fantasia, rasgando o coração.
Cantando os braços morenos e a pinta do rosto, a dançante cabeça,
desdobrava o charme ambíguo; era sopro, tensão, malinconia, timbre de
violência e ternura, noite calmosa, dança de caboclo, biatatá, berimbau,
bambalelê, quibungo, taieira, ponto de santo;
lirismo agressivo, anarquia, êxtase; tonal, atonal; azul terrível, estrela do céu é lua nova.
A górgona Nova Iorque asfixiou-lhe a feminilidade, o canto. Sem canto a vida se lhe tornaria um apêndice, os braços morenos não se constelariam mais. Elsie então fez explodir a morte, canto fabuloso até agora adiado: o canto liberta-se da posse de Elsie. A voz que se autoextinguiu adere ainda rarefeita ao disco RCA Victor LCT 1143.

MENDES, M. Retratos relâmpago. 1965/6.
Poema extraído da tese de Isabel Bertevelli:  Elsie Houston, Cantora e Pesquisadora Brasileira (2000)

Lirismo agressivo, anarquia, êxtase: Elsie Houston por Murilo Mendes

uma colaboração entre Sandra-X e Craca ||
a canção foi feita sobre trecho de um oriki de Oxóssi da tradição iorubá || participação especial de Lincoln Antonio na sanfona ||
Oxóssi é senhor da mata, irmão de Ogum e Exu, todos três filhos de Iemanjá.
OKÊ !

OXÓSSI

Um Livro de Amor

Rakta - Meia Luz E Meio Eu (Malka Remix)

Tâmara David é cantora, produtora, atriz. Mineira de Belo Horizonte radicada em São Paulo, atua há mais de 18 anos nos palcos e no carnaval de rua de SP. 
Participou de diversos grupos como Teatro Negro e Atitude (teatro de rua ), Enxadário - Orquestra de Enxadas e Sambaê. Também como locutora durante 4 anos na extinta rádio Santê FM 102,5.
Iniciou o estudo de voz e percussão através da pesquisa da música de domínio público, como o samba de roda do recôncavo baiano, afoxés, música popular e afro-brasileira. 
Radicada em São Paulo, integrou o Ilú Obá De Min de 2007 a 2016, e como coordenadora do naipe das cantoras realizou a preparação vocal do grupo junto ao estudo de repertório de cantigas em yorubá (apresentadas por Nega Duda) presentes na cultura dos terreiros de Candomblé de nação Ketu e Angola.
Além de shows em várias cidades do país (Brasília, Rio de Janeiro, Natal, Belo Horizonte) e Bolívia, se apresentou em SESCS, CÉUS, Casas de Show e Centros Culturais.
Hoje, atua como coordenadora do curso de Sonoplastia na SP Escola de Teatro, além dos shows, oferece aulas, oficinas e preparação vocal de Cias de Teatro na cidade como Cia Pé de Cura e Cia Quatro Ventos.