Toda segunda, às 11h30, você acompanha a coluna 'Pensar Mulheres', com pesquisadoras do NEPEM, Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre a Mulher da UFMG, dentro do Entrepontos, no programa Conexões. A coluna é uma parceria entre o NEPEM UFMG e a Rádio UFMG Educativa, em comemoração aos 40 anos do grupo.

Nesta edição de 9 de junho de 2025, a mestranda em Ciência Política pela UFMG e pesquisadora do NEPEM, Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre a Mulher da UFMG, Letícia Rezende destacou o levantamento da plataforma de jornalismo de dados Gênero e Número com base em dados do Ministério da Saúde entre 2014 e 2023.

A pesquisadora detalhou que, no período, o aumento de violência contra mulheres indígenas foi de 258%, maior que a das mulheres em geral, que ficou em 207%. A violência sexual foi a que mais cresceu, 297%, também muito acima da média nacional, que teve alta de 188%. Outro dado estarrecedor realçado pela mestranda é de que metade da vítimas indígenas de violencia sexual são meninas menores de 14 anos, o que configura estupro de vulnerável. Além disso, 79% das vítimas desse tipo de agressão eram menores de idade, enquanto entre todas as mulheres o índice foi de 66%. Letícia Rezende argumentou que a violência contra mulheres indígenas é estrutural, simbólica e institucional e que os números são subnotificados, umas vez que muitas mulheres indígenas não têm acesso a delegacias especializadas e atendimento em sua língua. Ela constatou a importância de proteção específica para essa população, como o projeto de lei de Célia Xakriabá aprovado na Câmara em 2025 que trata do tema.

Coluna ‘Pensar Mulheres’ 52: Violência contra mulheres indígenas cresce acima da média do país

Toda segunda, às 11h30, você acompanha a coluna 'Pensar Mulheres', com pesquisadoras do NEPEM, Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre a Mulher da UFMG, dentro do Entrepontos, no programa Conexões. A coluna é uma parceria entre o NEPEM UFMG e a Rádio UFMG Educativa, em comemoração aos 40 anos do grupo.


Nesta edição de 23 de junho de 2025, a mestre e doutoranda em Sociologia pela UFMG, graduada em Direito e pesquisadora do NEPEM, Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre a Mulher da UFMG, Mariana de Mattia Rocha, analisou a Lei 14.857, de 2024, que garante o sigilo obrigatório para as vítimas de violência doméstica e familiar.

A pesquisadora comentou como essa proteção se articula com outros marcos legais e porque ela é fundamental para romper ciclos de violência. Ela ressaltou que a legislação está alinhada a medidas internacionais e garante que não sejam divulgados nome, imagem e dados pessoais de vítimas de violência doméstica em processos judiciais, registros policiais e na mídia, complementando a Lei Maria da Penha e o Estatuto da Criança e do Adolescente. Mariana de Mattia lembrou dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública de 2023, mostrando que 76% das vítimas evitaram denunciar por temer represálias e que 80% das mulheres assassinadas por parceiros já haviam registrado ocorrências, argumentando que a exposição pública aumenta os riscos. A doutoranda também chamou a atenção para os desafios em relação ao cumprimento da lei, uma vez que muitos policiais ainda não receberam treinamento sobre o assunto, e 1 em cada 5 vítimas de violência doméstica terem relatado que tiveram dados expostos indevidamente por vazamentos em delegacias, segundo o Instituto Patrícia Galvão.

Coluna ‘Pensar Mulheres’ 54: Lei 14.857 garante sigilo de vítimas de violência doméstica e familiar

Toda segunda, às 11h30, você acompanha a coluna 'Pensar Mulheres', com pesquisadoras do NEPEM, Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre a Mulher da UFMG, dentro do Entrepontos, no programa Conexões. A coluna é uma parceria entre o NEPEM UFMG e a Rádio UFMG Educativa, em comemoração aos 40 anos do grupo.

Nesta edição de 7 de julho de 2025, a professora do Departamento de Ciência Política da UFMG e coordenadora do NEPEM, Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre a Mulher da UFMG, Marlise Matos, fez um balanço da 1ª Semana Feminista da Fafich, realizada nos dias 26, 27 e 28 de junho, no contexto das celebrações de 41 anos do NEPEM.

A professora comentou os três dias de programação, que trouxe 8 mesas de debate na Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da UFMG, com temas muito significativos. Dentre eles, a pauta da violência de gênero sob várias abordagens, os desafios de se pensar gênero, feminismo e antirracismo na perspectiva das humanidades e também o debate nas ciências tecnológicas , exatas e biológicas, além da produção comunitária, cultura feminista e o trabalho de cuidado. Teve também a preparação para o pré-encontro do MEL, Mulheres Em Lutas, que deve ser realizada no segundo semestre deste ano na UFMG.

Coluna ‘Pensar Mulheres’ 56: Celebração dos 41 anos do Nepem e 1ª Semana Feminista da Fafich

Toda segunda, às 11h30, você acompanha a coluna 'Pensar Mulheres', com pesquisadoras do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre a Mulher (Nepem) da UFMG, dentro do Entrepontos, no programa Conexões. A coluna é uma parceria entre o Nepem UFMG e a Rádio UFMG Educativa, em comemoração aos 40 anos do grupo.

Nesta edição de 14 de julho de 2025, a jornalista e pesquisadora do Nepem Lorena Campos debateu a invisibilidade e a ausência das mulheres nos espaços oficiais de memória.

A partir de uma visita feita por ela ao Museu Mineiro, localizado na Avenida João Pinheiro, ela refletiu sobre como as mulheres são apagadas da história. Já no deslocamento ao espaço, um dos mais antigos de Minas Gerais, que sediou o Senado Mineiro, a pesquisadora relata que não há homens femininos em placas e nos nomes das ruas e avenidas que levam ao museu. Segundo ela, as placas revelam mais que aquilo que exibem: no caso, demonstram como se dá o apagamento de nomes e corpos femininos da história oficial.

Coluna ‘Pensar Mulheres’ 57: A invisibilidade e a ausência das mulheres nos espaços de memória

Toda segunda, às 11h30, você acompanha a coluna Pensar Mulheres, com pessoas pesquisadoras do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre a Mulher (Nepem) da UFMG, dentro do Entrepontos, no programa Conexões. A coluna é uma parceria entre o Nepem UFMG e a Rádio UFMG Educativa, em comemoração aos 40 anos do grupo.

Nesta edição de 21 de julho de 2025, o graduando em Cinema de Animação e Artes Digitais e pesquisador do Nepem Ari Cunha refletiu sobre o desenho de animação e o apagamento das mulheres na história da animação.

O pesquisador aborda os impactos desse apagamento na produção atual dos estúdios, e resgata a rejeição dos Estúdios Disney à jovem artista estadunidense Mary Ford, que se candidatou, em 1938, para uma vaga no Departamento de Animação da empresa. Na carta, a Disney afirmava que "mulheres não fazem nenhum trabalho criativo em relação à produção de desenho para as telas".

Coluna ‘Pensar Mulheres’ 58: O apagamento das mulheres na história da animação

Toda segunda, às 11h30, você acompanha a coluna 'Pensar Mulheres', com pesquisadoras do NEPEM, Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre a Mulher da UFMG, dentro do Entrepontos, no programa Conexões. A coluna é uma parceria entre o NEPEM UFMG e a Rádio UFMG Educativa, em comemoração aos 40 anos do grupo.

Nesta edição de 28 de julho de 2025, a professora associada da Universidade de Brasília (UnB), em estágio pós-doutoral na UFMG e pesquisadora do NEPEM, Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre a Mulher da UFMG, Katia Belisário, trouxe uma análise sobre a urgência da taxação dos super ricos e a situação das mulheres.

Ela destacou estudo da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda que constatou que o país tem condições de não cobrar imposto de renda de quem ganha até 5 mil reais. Os brasileiros têm se mobilizado, inclusive indo às ruas por essa pauta, mas a votação encontra entraves no Congresso Nacional. A pesquisadora chamou a atenção para os dados da ONU Mulheres, mostrando que 1 em cada 10 mulheres vivem em situação de extrema pobreza no mundo, com 243 milhões de mulheres a mais do que homens nessa situação. No Brasil, segundo o IBGE, cerca de 32% das mulheres vivem abaixo da linha de pobreza, recebendo menos de 1.200 reais por mês e, dentre elas, aproximadamente 41% são negras.

Coluna ‘Pensar Mulheres’ 59: A taxação dos super ricos e a situação das mulheres

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Nesta edição de 11 de agosto de 2025, a professora do Departamento de Ciência Política da UFMG e coordenadora do NEPEM, Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre a Mulher da UFMG, Marlise Matos, reflete sobre a repercussão do vídeo do influenciador Felca sobre adultização e a relação dessa prática com a objetificação do corpo das mulheres.

A professora ressalta a importância da difusão desse debate, inclusive para o parlamento, levando a discussão de projetos de lei. Ela chama a atenção de que o fenômeno não é recente e, além do vídeo de Felca, aparece na série “Adolescência” e em uma pesquisa recente do Laboratório de EStudos de Internet e Redes Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (NetLab UFRJ), que denuncia como o ódio às mulheres é monetizável nas redes sociais.

O estudo analisou mais de 76 mil vídeos, de cerca de 7.800 canais que, juntos, somam mais de 4 bilhões de visualizações e 23 milhões de comentários. O levantamento identifica o que está sendo chamado de machosferea, com influenciadores que propagam ideais masculinistas e discursos misóginos, o que está a um passo da pedofilia, do abuso sexual e outras práticas criminosas em torno da desumanização dos corpos femininos. A professora frisou que a grande maioria das vítimas dessa exploração são as meninas, o que mostra nossa falha como sociedade em protegê-las.

Coluna ‘Pensar Mulheres’ 62: Adultização e monetização do abuso que atinge principalmente as meninas

Toda segunda, às 11h30, você acompanha a coluna 'Pensar Mulheres', com pesquisadoras do NEPEM, Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre a Mulher da UFMG, dentro do Entrepontos, no programa Conexões. A coluna é uma parceria entre o NEPEM UFMG e a Rádio UFMG Educativa. 

Nesta edição de 25 de agosto de 2025, a mestre e doutoranda em Sociologia pela UFMG, graduada em Direito e pesquisadora do NEPEM, Mariana De Mattia Rocha, analisa a questão do julgamento com perspectiva de gênero.

A pesquisadora detalhou o que é, porque é necessário, as vantagens, críticas e como vem sendo aplicado pelos tribunais brasileiros. O julgamento com perspectiva de gênero é uma prática orientada pela resolução 492, de 2023, do Conselho Nacional de Justiça. A premissa básica é os processos sejam analisados considerando que fatores estruturais, como machismo, racismo e disparidade socioeconômica afetam de forma diferenciada mulheres e homens. Esse entendimento surge de uma visão crítica sobre a aplicação abstrata do direito, supostamente neutra, que invisibiliza situações específicas de mulheres.

Coluna ‘Pensar Mulheres’ 63: Julgamento com perspectiva de gênero

Toda segunda, às 11h30, você acompanha a coluna 'Pensar Mulheres', com pesquisadoras do NEPEM, Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre a Mulher da UFMG, dentro do Entrepontos, no programa Conexões. A coluna é uma parceria entre o NEPEM UFMG e a Rádio UFMG Educativa.

Nesta edição de 15 de setembro de 2025, a pesquisadora do Nepem Mariana de Matia Rocha abordou a misoginia digital e os desafios para defender as mulheres na internet. Ela ressaltou práticas utilizadas no ambiente online para atacar mulheres exclusivamente pela questão de gênero, como pornografia de vingança, stalking digital, campanhas de ódio e exposição deliberada de dados pessoais para gerar medo e constrangimento. A pesquisadora destaca avanços jurídicos, como a Lei Carolina Dieckmann, o Marco Civil da Internet e a Lei do Stalking, mas aponta que um dos principais obstáculos para combater a misoginia digital está ligado à regulamentação das plataformas digitais, controladas pelas big techs.

Coluna ‘Pensar Mulheres’ 66: Misoginia digital e os desafios para defender as mulheres na internet

Toda segunda, às 11h30, você acompanha a coluna 'Pensar Mulheres', com pesquisadoras do NEPEM, Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre a Mulher da UFMG, dentro do Entrepontos, no programa Conexões. A coluna é uma parceria entre o NEPEM UFMG e a Rádio UFMG Educativa.

Nesta edição de 22 de setembro de 2025, a professora do Departamento de Ciência Política da UFMG e coordenadora do NEPEM, Marlise Matos, analisa a chamada PEC da Blindagem pela perspectiva de gênero. Ela explicou que a proposta traria de volta um mecanismo que já existia na Constituição de 1988 para proteger parlamentares de perseguições após 21 anos da ditadura militar. Em 2001, esse mecanismo foi abolido porque todas as solicitações de investigação eram negadas, inclusive no famoso caso do deputado da motoserra, Hildebrando Pascoal. A professora pontuou um efeito cascata que poderia reverberar a blindagem para as Assembleias Legislativas e as Câmaras Municipais com a questão de quem vai punir esses parlamentares que cometem crimes. 

Marlise Matos também ressaltou que os efeitos nos direitos das mulheres, principalmente em casos de violência política e violência doméstica contra a mulher. Ela também chamou a atenção para a votação secreta, e como seria, por exemplo, o caso do deputado Chiquinho Brazão, mandante do feminicídio de Marielle Franco,  em um cenário de voto secreto, com uma Câmara de maioria de homens, brancos e proprietários. Assim, a professora ressaltou Importância de manter a mobilização para barrar a PEC.


Coluna ‘Pensar Mulheres’ 67: PEC da Blindagem sob a perspectiva de gênero

A Rádio UFMG Educativa é uma parceria entre a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Empresa Brasil de Comunicação (EBC), com transmissão de programação diária na frequência 104,5 FM, para a Região Metropolitana de Belo Horizonte, e on-line, pelo site http://ufmg.br/radio. Inaugurada em 6 de setembro de 2005, a emissora oferece uma programação diferenciada e alternativa aos formatos e gêneros musicais já existentes no mercado. Referência em produção radiofônica entre as rádios universitárias do país, a UFMG Educativa tem a missão de dar visibilidade à produção de conhecimento da Universidade, por meio da comunicação pública da ciência e do fomento à discussão constante de temas relacionados à educação e à cultura. A emissora está vinculada ao Centro de Comunicação da UFMG (Cedecom) e é composta pelos núcleos de Jornalismo, Operações e Programação.

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