Nesta segunda-feira, 6 de maio, o assessor especial de Defesa da Democracia, Memória e Verdade do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, ex-ministro da Secretaria Especial de Direitos Humanos (2003-2005), ex-deputado estadual e federal por vários mandatos, jornalista, escritor, ex-aluno no mestrado em Ciência Política da UFMG, Nilmário Miranda, conversou com a apresentadora Alessandra Dantas, no programa Acesso Livre.

Com décadas de atuação na defesa dos direitos humanos, Nilmário Miranda resumiu sua definição desses direitos em “respeitar o outro, sobretudo os diferentes” e destacou como eles estão presentes em todas as áreas do conhecimento. Na entrevista, ele abordou como tem sido a valorização dos DH como política de estado no Brasil, além de falar das violações no período da ditadura militar, tema de seu mais novo livro, em parceria com Carlos Tibúrcio e Pedro Tierra, “Por trás das chamas - Da Casa da Morte aos fornos da Cambahyba: práticas nazistas da ditadura e outros relatos sobre Memória, Verdade e Justiça”. A conversa também passou pela importância da retomada dos trabalhos da Comissão de Mortos e Desaparecidos do governo federal.

Direitos Humanos “é respeitar o outro, sobretudo os diferentes” define Nilmário Miranda, do MDHC

Nesta segunda-feira, 13 de maio, o professor de Direito da UFMG e da PUC Minas e Presidente da Comissão Arquidiocesana de Justiça e Paz, José Luiz Quadros, falou sobre o papel do Estado em situações de calamidade pública para garantir os direitos da população, em sua coluna no programa Acesso Livre, Quadros Críticos.

O professor ressaltou a responsabilidade da administração pública em agir em casos como o do Rio Grande do Sul neste momento, a partir de comentários com origem na notícia da doação de mil antenas de internet pelo bilionário Elon Musk.

Quadros Críticos: O papel do Estado nas calamidades, como a situação atual do Rio Grande do Sul

Nesta segunda-feira, 13 de maio, a pesquisadora extensionista do Programa Polos de Cidadania da UFMG e educadora popular em direitos humanos e cidadania desde o final da década de 1980 Egídia Maria de Almeida Aiexe conversou com a apresentadora Alessandra Dantas, no programa Acesso Livre.

A pesquisadora destacou a solidariedade como princípio constitucional, mas que precisa de laços sociais para ser efetivada, uma vez que o Estado não tem como impor que o princípio seja cumprido. Ela contextualizou como a solidariedade passou a ser valorizada no pensamento sobre Direitos Humanos, nos anos 60, quando os direitos coletivos ganharam importância. A convidada explicou que a abordagem dos DH em gerações sofre críticas, uma vez que a história não é linear, mas ainda é usada por seu reconhecido valor didático.

“A solidariedade é um princípio constitucional. Ela tem em si essa exigência normativa. Então, a solidariedade passa a ser essa exigência, mas ela tem uma outra dimensão porque não existe como fazer cumprir esse princípio normativo se o próprio indivíduo não aceita esse princípio como um princípio  seu, de comportamento de vida, e ele passa a assumir a solidariedade na medida em que ele assume também esse compromisso ético com a coletividade. A solidariedade é um princípio fundamental  e ao mesmo tempo, ela precisa ser assumida pelos cidadãos com esse compromisso”, definiu.

Solidariedade e DH: “Compromisso ético com a coletividade”, define pesquisadora Egídia Aiexe

Nesta segunda-feira, 27 de maio de 2024, o professor de Direito da UFMG e da PUC Minas e Presidente da Comissão Arquidiocesana de Justiça e Paz, José Luiz Quadros, comentou o recente caso de um médico no Paraná que negou atestado para que uma mãe pudesse cuidar do filho de 5 anos em casa, em sua coluna no programa Acesso Livre, Quadros Críticos.

O professor destacou como a ética é fundamental para ser um bom profissional, de maneira que conhecimentos técnicos e teóricos não são nada sem ela. “Nós precisamos investir em uma sociedade ética. Não é fácil, não é, mas a gente precisa colocar isso de novo em nosso horizonte. É a construção do humanismo, da sensibilidade, de pessoas que não sejam como esse médico horroroso ou qualquer outro profissional em qualquer outra área. Só será um bom profissional se for uma pessoa ética, uma pessoa humana”, alertou.

Quadros Críticos: Caso de médico que negou atestado para cuidado infantil gera reflexão sobre ética

Nesta segunda-feira, 27 de maio, a coordenadora do movimento Mães de Maio em Minas Gerais, que teve o filho Thiago assassinado em 2014 enquanto estava em privação de liberdade, e graduanda em Serviço Social, Maria do Carmo Silveira, a Kaká, conversou com a apresentadora Alessandra Dantas, no programa Acesso Livre.

Ela contou a história da perda de seu filho, em 2014, contada como um suicídio dentro do sistema prisional, explicação que ela nunca aceitou, e também como conheceu o movimento Mães de Maio, srugido em São Paulo. A convidada também comentou a situação de mães que perderam seus filhos, mas são silenciadas pelas mortes terem sido causadas diretamente por policiais. Nesse sentido, o movimento tenta trazer o acolhimento que não é encontrado no sistema de justiça.

Maria do Carmo também destacou o que a move na luta por reparação e pela memória de seu filho. “A questão da reparação acontece se você for em busca e eu fui em busca. Não que meu filho tivesse preço porque meu filho não tinha preço. Mas eu fiz questão porque era uma forma de mostrar para o Estado que eu estava viva e que meu filho tinha voz. Eu sou a voz do meu filho”, esclareceu.

‘Eu sou a voz do meu filho’, defende Maria do Carmo Silveira, do Movimento Mães de Maio em MG

Nesta segunda-feira, 3 de junho de 2024, o professor de Direito da UFMG e da PUC Minas e Presidente da Comissão Arquidiocesana de Justiça e Paz, José Luiz Quadros, comentou a continuidade das ofensivas de Israel contra o Hamas, mesmo contra a resolução da Corte Internacional de Justiça, em sua coluna no programa Acesso Livre, Quadros Críticos.

O professor destacou a violência dos ataques que continuaram em Rafah, cidade no Sul de Gaza considerada último refúgio de milhares de palestinos, desconsiderando os apelos do direito e da comunidade internacionais. Ele chamou a atenção para a entrada de Irlanda, Noruega e Espanha no rol dos cerca de 140 países que já reconheceram a existência de um estado palestino.

Quadros Críticos: Israel ignora Corte Internacional e segue com ataques em Rafah, no sul de Gaza

Nesta segunda-feira, 3 de junho de 2024, a mãe, avó, prostituta, defensora dos direitos das prostitutas e das minorias sociais, diretora geral da Associação das Prostitutas de Minas Gerais (Aprosmig) e membro da Rede Brasileira de Prostitutas (RBP), Cida Vieira, conversou com a apresentadora Alessandra Dantas, no programa Acesso Livre.

Ela destacou a importância da garantia de direitos básicos, como a previdência e outras garantias, defendendo que a prostituição é uma profissão como qualquer outra que contribui para a movimentação capitalista em outros setores. Cida Vieira também resgatou o histórico de luta da categoria que começou na França, comentando a inclusão na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) há trinta anos e a necessidade de participação política. A convidada também exaltou o nome de outras mulheres que fizeram e fazem parte dessa militância e antecipou dados de uma pesquisa que ainda será publicada mostrando que são 4500 prostitutas trabalhando só na região da Guaicurus e cerca de 80 mil na capital mineira.

Dia Internacional da Prostituta:“Somos mulheres e sujeitas de direito”, diz Cida Vieira, da Aprosmig

Nesta segunda-feira, 10 de junho de 2024, a professora do Departamento de História da UFMG,  coordenadora do grupo História Intelectual e membro do Centro de Estudos latino-americanos da Diretoria de Relações Internacionais da Universidade (DRI UFMG), Adriane Vidal, conversou com a apresentadora Alessandra Dantas, no programa Acesso Livre.

A entrevista foi dedicada ao legado de Nora Cortiñas, a Norita, uma das fundadoras do movimento Mães da Praça de Maio, na Argentina, e referência mundial na defesa dos Direitos Humanos. Ela morreu no último dia 30 de maio, aos 94 anos, depois de passar mais da metade de sua vida procurando por seu filho mais velho Gustavo, desaparecido em 1977 durante a última ditadura do país. Ele saiu cedo de casa, como fazia todos os dias, e nunca mais voltou. Desde então, Norita passou a lutar pelos direitos de todos, se envolvendo em várias pautas sociais. Ela militou contra a fome, pela moradia e pela educação não só na Argentina, mas em outros países, principalmente na América Latina, além de aderir ao movimento feminista. A professora Adriane Vidal passou por toda a trajetória de Nora Cortiñas, falou sobre a ditadura militar argentina e recomendou o livro de memórias ‘Norita, la madre de todas las batallas’.

Nora Cortiñas: “Incansável militante dos direitos humanos”, define Adriane Vidal, professora da UFMG

Nesta segunda-feira, 17 de junho de 2024, o professor de Direito da UFMG e da PUC Minas e Presidente da Comissão Arquidiocesana de Justiça e Paz, José Luiz Quadros, falou sobre o avanço da extrema direita na Europa e os riscos para os direitos humanos, em sua coluna no programa Acesso Livre, Quadros Críticos.

O professor ressaltou de que modo conceitos amplamente estudados em várias áreas, entre elas a Ciência Política, como nazismo, fascismo, comunismo, liberalismo, além de vários outros, muito úteis para analisar a dinâmica da geopolítica mundial no século XX, não são mais suficientes para entender os fenômenos deste século.

Quadros Críticos: Avanço da extrema direita na Europa e suas consequências para os direitos humanos

Nesta segunda-feira, 17 de junho de 2024, o professor de Educação Física da rede municipal de Belo Horizonte e da rede estadual de ensino de Minas Gerais, mestrando do programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Estudos do Lazer, da UFMG, e membro do Observatório da Discriminação Racial no Futebol, Luciano Jorge de Jesus, conversou com a apresentadora Alessandra Dantas, no programa Acesso Livre.


Ele relembrou como o jogador Vini Jr foi vítima de racismo dentro e fora dos estádios, comentou o futebol e o esporte como locais que reverberam questões sociais que fazem parte também desse ambiente e os efeitos do episódio além do futebol. O professor chamou a atenção para a postura contundente do atleta contra os racistas, inédita em casos desse tipo.

“Isso é, de fato, novo, contudo eu sempre chamo atenção para o seguinte: pra gente não tomar esse tipo de ação, que é importante, tem que ressaltar isso, mas é importante a gente não individualizar e não transformar o Vini em duas coisas: um super herói ou em alguém que sozinho carrega algo. O Vini se posiciona porque ele sabe que não está sozinho. Ele sabe que vai haver uma pressão. Ele sabe que de onde a gente está tem muita gente ancorando o discurso dele e entender a importância dessa abrangência que ele tem  Apesar de ser uma fala individual, ela é carregada de um sentido coletivo”, avaliou.

Vini Jr: “Fala individual carregada de sentido coletivo”, resume pesquisador Luciano Jorge de Jesus

A Rádio UFMG Educativa é uma parceria entre a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Empresa Brasil de Comunicação (EBC), com transmissão de programação diária na frequência 104,5 FM, para a Região Metropolitana de Belo Horizonte, e on-line, pelo site http://ufmg.br/radio. Inaugurada em 6 de setembro de 2005, a emissora oferece uma programação diferenciada e alternativa aos formatos e gêneros musicais já existentes no mercado. Referência em produção radiofônica entre as rádios universitárias do país, a UFMG Educativa tem a missão de dar visibilidade à produção de conhecimento da Universidade, por meio da comunicação pública da ciência e do fomento à discussão constante de temas relacionados à educação e à cultura. A emissora está vinculada ao Centro de Comunicação da UFMG (Cedecom) e é composta pelos núcleos de Jornalismo, Operações e Programação.

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