Nesta quinta-feira, 25 de maio, Dia Nacional da Adoção, a Psicóloga, Docente da UNIUBE, Universidade de Uberaba, e integrante do GIPA, Grupo Interinstitucional Pró Adoção, Camila Borges. A convidada destacou a importância da data para conscientização sobre o tema, uma vez que ela vem sendo cada vez mais aceita socialmente, mas ainda enfrenta preconceitos. A professora destacou que os laços familiares são criados na convivência, sendo uma relação de paternidade biológica ou por adoção.

'A adoção é uma forma de constituir família e um meio de exercer a parentalidade. E para ser família, a gente precisa de vínculo, não é mesmo? Na adoção, isso não é diferente. A partir do momento em que os pretendentes escolhem ser pais pela via da adoção, algo já vai sendo construído dentro deles. Na preparação para a adoção, a gente procura trabalhar muito com esses futuros pais que o amor é construído. É através da convivência, das demonstrações de afeto, do cuidado e da presença que a relação vai sendo construída. Então, é com o dia a dia que a gente vai construir esse laço afetivo', detalhou.

Dia Nacional da Adoção: 'Amor é construído no dia a dia', destaca professora da Uniube Camila Borges

Nesta sexta-feira, 26 de maio, a jornalista e escritora Cristina Serra conversou com a apresentadora Michelle Bruck, no programa Universo Literário. A convidada falou de seu mais novo livro, 'Nós, Sobreviventes do Ódio', que reúne 224 crônicas publicadas entre 2020 e o início de 2023, abordando questões como a pandemia, o descaso governamental, o negacionismo científico, os ataques à saúde pública, à democracia e aos direitos humanos. Ela falou sobre o processo criativo, a escolha dos textos, o escrever durante o isolamento social e o uso da literatura como ferramenta de luta.

‘Os desmandos do governo durante a pandemia, os ataques aos direitos humanos e ao meio ambiente, tudo isso me atingiu profundamente como cidadã, como pessoa, jornalista e escritora, então publiquei essas colunas e decidi reuni-las num livro, fiz uma seleção delas de acordo com os temas que eu acho mais importantes e prementes para o Brasil. Acho que essas colunas no livro, reunidas em sequência cronológica, com explicações de notas de rodapé e tudo o mais, elas trazem esse retrato. Esse livro é um documento do que foram esses anos tenebrosos para o Brasil, nesse período, 2020, 2021 e 2022, em que coincidem esses dois momentos muito difíceis: a pandemia e o governo Bolsonaro’, defendeu.

Jornalista Cristina Serra lança livro sobre desmandos e descaso do governo brasileiro na pandemia

Nesta segunda-feira, 29 de maio, a professora da Universidade Federal Fluminense (UFF) Eurídice Figueiredo conversou com a apresentadora Michelle Bruck, no programa Universo Literário. A autora do ensaio "Crítica feminista", publicado em 2023 no livro Novas palavras da crítica (II) abordou vários temas explorados no texto.

Ela passou pela reflexão sobre o significado do ser mulher e o sexismo tanto na língua portuguesa quanto na tradição literária do país. A professora também abordou o conceito de corpo e como ele é trabalhado na literatura feminina, além de analisar as mudanças nos textos das mulheres, sobretudo nos últimos 20 anos, quando passaram a abordar de maneira mais significativa temas raramente vistos na literatura mais tradicional, como o estupro, o aborto, o incesto, o erotismo feminino e o feminicídio. Por fim, a pesquisadora avaliou o cenário atual dos estudos literários brasileiros em relação à produção de uma crítica feminista.

Crítica feminista e literatura feminina são tema de reflexão da docente da UFF Eurídice Figueiredo

Nesta terça-feira, 30 de maio, o professor, escritor e editor da MRN Editora, Marcos Nascimento, participou do programa Universo Literário. Ele abordou a exposição 'Pintando o texto: diálogos possíveis', que reúne os trabalhos de ilustradores que estão no catálogo da editora. O convidado abordou a proposta da exposição, destacando-a como espaço de encontro e de troca.

'A exposição é um convite a todos vocês que amam as artes e veem nela um caminho possível para o exercício da tolerância no encontro com a diversidade. Nessa mostra, os expositores são ilustradores de livros infantojuvenis e também artistas plásticos e visuais, cada um com seu estilo e técnicas, gerações diferentes e linguagens diversas, mas que dialogam no espaço multidimensional e plural da literatura, promovendo uma experiência criativa, sensível, inteligente, no universo da galeria de arte, onde a imaginação nos transforma e encanta', explicou.

Mostra de ilustradores, artistas plásticos e visuais explora diálogo entre literatura e outras artes

Nesta quinta-feira, 31 de maio, o escritor e professor associado de Literatura Brasileira na Universidade Estadual de Ponta Grossa Miguel Sanches Neto conversou com a apresentadora Michelle Bruck, no programa Universo Literário.

O autor que comemora 30 anos de carreira abordou a inspiração que o levou a escrever ‘Inventar um avô’, o intenso processo de pesquisa tanto no Museu da Imigração de São Paulo quanto a atuação em campo em cidades do interior e do litoral paulistas. Ele também detalhou o processo de escrita, iniciado em 2015, as estratégias utilizadas e as modificações que o texto sofreu. 

O escritor destacou que o romance tem relação com sua vida, mas não é autobiográfico e busca contar um pouco da história das famílias de imigrantes que chegavam da Europa ao Brasil analfabetos e desapareciam em regiões sem oportunidade de estudos. “O romance ‘Inventar um avô’ nasce dessa ausência: ausência de história, de documentos, de narrativas, mas principalmente a ausência de linguagem. Então, essa é a motivação da escrita desse romance”, esclareceu.

Miguel Sanches Neto cria ficção sobre a busca por um avô perdido e a história da imigração espanhola

Nesta quinta-feira, 1º de junho, o escritor, arquiteto e urbanista Chico Fonseca participou do programa Universo Literário. O convidado deu detalhes de seu livro de estreia, a construção do enredo e a história real que inspirou a escrita da obra. Ele também abordou como a narrativa envolve questões como ancestralidade, racismo, LGBTfobia e fatos históricos, além de comentar sua relação com a literatura ao longo da vida e como chegou à publicação do primeiro livro, iniciando a carreira literária.

Romance de estreia de Chico Fonseca retrata relação de um casal interracial de mulheres nos anos 60

Nesta sexta-feira, 2 de junho, a escritora, revisora de textos e editora de poesia da revista Chama, Val Prochnow, conversou com a apresentadora Michelle Bruck, no programa Universo Literário.

A poeta falou sobre seu novo livro, 'depois a noite'. A segunda publicação da autora reúne textos escritos em dois momentos: uma parte é de 2015, após a perda do primeiro companheiro, tendo ela revisitado os versos em 2020; os outros poemas, que compõem a maior parte do livro, foram feitos em 2019 e 2020 sob o impacto de duas experiências radicais e praticamente simultâneas na trajetória da escritora - o nascimento do filho e a morte da mãe, pouco tempo depois. 

Val Prochnow refletiu sobre como foi tratar vida e morte nas poesias, temas tão próximos, mas às vezes vistos como opostos. Ela abordou o processo de escrita, revisita e revisão dos textos, além de comentar seu grande interesse pelo universo feminino, que se revelou, sobretudo, na criação de seu primeiro livro ‘Inventário de mulheres possíveis’, em 2017, e segue acompanhando a autora.

Mineira Val Prochnow lança livro de poemas com reflexões sobre a vida e a morte, 'depois a noite'

Nesta segunda-feira, 5 de junho, o escritor, mestre em Ciência da Informação pela UFMG e doutor em Artes, também pela Universidade, Leo Cunha participou do programa Universo Literário.

Neste Dia Mundial do Meio Ambiente - e também aniversário do autor -, ele falou de seu livro 'Um dia, um rio', no qual conta sobre a morte do Rio Doce, atingido por rejeitos de lama da mineração, usando da linguagem poética para narrar essa história do ponto de vista do próprio rio. Cunha ainda comentou de seu orgulho por ter feito o livro e dos comentários que ouve a respeito da obra.

“Eu coloquei o rio como narrador. O livro é narrado em primeira pessoa, o rio contando da  sua 'vida' e de como ele foi atacado, o que se perdeu. E é um livro que, felizmente, tem tido uma repercussão muito boa. Ele recebeu vários prêmios aqui no Brasil. Foi considerado o melhor livro de poesia do ano, em 2016, pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil, foi finalista do prêmio Jabuti, foi selecionado como um dos 30 melhores livros do ano pela revista Crescer e depois recebeu prêmios no exterior como a lista de honra do IBI (Associação Literrária), o grande órgão que reúne as fundações nacionais de literatura infantil”, comemorou.

Dia do Meio Ambiente: Escritor Leo Cunha aborda seu livro que trata com poesia da morte do Rio Doce

Nesta terça-feira, 6 de junho, a escritora e advogada pública Bethânia Pires Amaro e o escritor, professor de História no Ensino Básico, mestre em Letras e doutorando em Comunicação, Cultura e Amazônia pela Universidade Federal do Pará (UFPA) Airton Souza conversaram com a apresentadora Michelle Bruck, no programa Universo Literário.

A vencedora e o vencedor do Prêmio SESC de Literatura abordaram a importância da premiação, que chegou à 20ª edição e falaram um pouco sobre suas obras, "O Ninho" e "Outro outono de carne estranha", que serão publicadas no final do ano pela editora Record, com tiragem de pelo menos 1,5 mil exemplares. Além disso, eles compartilham impressões sobre o papel da literatura em suas trajetórias.

“Sou um cidadão como milhões de brasileiros, eu vim da extrema pobreza. Eu tive a oportunidade que a escola pública me deu de aprender a ler e a escrever e reconheci ainda um pouco cedo a possibilidade de transformar a minha vida através da educação, da escola e do aprendizado. Foram essas coisas que me moldaram e a literatura nesta trajetória foi parte desse movimento que me transformou nesse sujeito que sou hoje. Poder estar aqui com você, estar com a Bethânia, poder ser ouvido em uma rádio tão bacana como a que estamos aqui, foi a literatura que me trouxe até aqui”, detalhou o escritor Airton. 

“Para mim, a literatura é tanto uma forma de expressão artística, de expressar quem eu sou e de convidar o leitor a acessar os meus próprios olhares, como também uma forma de encontrar semelhantes, de encontrar pessoas do outro lado daquela página e, às vezes, pessoas ao nosso lado que também leram o livro e que compartilham as mesmas visões, sentimentos, têm as mesmas sensações sobre a  experiência de vida, sobre a experiência do que é ser mulher, principalmente. Então, para mim, realmente a literatura faz parte de quem eu sou, fez desde sempre e espero que continue fazendo”, almeja Bethânia.

UFMG Educativa recebe vencedores do Prêmio SESC de Literatura, Bethânia Pires Amaro e Airton Souza

Nesta quarta-feira, 7 de junho, a escritora e publicitária pós-graduada em Gestão Estratégica da Comunicação Sonia Gandra participou do programa Universo Literário.

Ela falou de seu novo livro, o segundo da carreira, “A Ascensão de Alice” e a proposta da obra, que explora o machismo estrutural no mundo corporativo que impõe muito mais dificuldades às mulheres. Na narrativa, a protagonista, Alice, vive as injustiças de ver homens muito menos competentes do que ela, profissional excelente, talentosa e pós-graduada, passarem à sua frente em ganho de oportunidades e valorização na empresa em que trabalha. A autora destaca que criou um livro de ficção, mas que retrata muito do que ela mesma viu e viveu na própria carreira de publicitária.

Publicitária aposentada Sônia Gandra lança ficção que aborda o machismo estrutural nas empresas

A Rádio UFMG Educativa é uma parceria entre a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Empresa Brasil de Comunicação (EBC), com transmissão de programação diária na frequência 104,5 FM, para a Região Metropolitana de Belo Horizonte, e on-line, pelo site http://ufmg.br/radio. Inaugurada em 6 de setembro de 2005, a emissora oferece uma programação diferenciada e alternativa aos formatos e gêneros musicais já existentes no mercado. Referência em produção radiofônica entre as rádios universitárias do país, a UFMG Educativa tem a missão de dar visibilidade à produção de conhecimento da Universidade, por meio da comunicação pública da ciência e do fomento à discussão constante de temas relacionados à educação e à cultura. A emissora está vinculada ao Centro de Comunicação da UFMG (Cedecom) e é composta pelos núcleos de Jornalismo, Operações e Programação.

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