Na coluna Pensar Mulheres desta segunda-feira, 20 de outubro de 2025, a graduanda em Ciências Sociais e pesquisadora do Nepem, Kessia Teixeira de Paula, reflete sobre a recente campanha do Busão 0800 em Belo Horizonte e o que ela revela sobre temas como mobilidade, gênero, mulheres e acesso à cidade.

Toda segunda, às 11h30, você acompanha a coluna 'Pensar Mulheres', com pesquisadoras do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre a Mulher (Nepem) da UFMG, dentro do Entrepontos, no programa Conexões. A coluna é uma parceria entre Nepem UFMG e a Rádio UFMG Educativa.  


Coluna ‘Pensar Mulheres’ 71: campanha Tarifa Zero e suas relações com as questões de gênero

Nesta terça-feira, 21 de outubro de 2025, o programa Conexões abordou a falta de representatividade no STF, às vésperas da nomeação da nova pessoa que irá compor a Corte. Nesta edição, a jornalista Luíza Glória conversou com coordenadora política do movimento Mulheres Negras Decidem, Tainah Pereira, bacharel em Relações Internacionais e mestra em Ciência Política. 

Com a antecipação da aposentadoria do ministro Luís Roberto Barroso, abriu-se mais uma vaga no Supremo, o que reacendeu a disputa política pela próxima indicação do presidente Lula. Nesse cenário, cresce a mobilização de organizações da sociedade civil, movimentos de mulheres, juristas, ativistas dos direitos humanos e artistas que defendem a nomeação de uma mulher, especialmente uma mulher negra. Entidades do Sistema de Justiça divulgaram uma carta pública pedindo que o presidente indique uma mulher para o Supremo. A carta é assinada por magistradas, promotoras, defensoras e advogadas de diferentes órgãos e instituições. A indicação será a terceira feita por Lula neste mandato e, segundo os movimentos, representa uma oportunidade histórica de ampliar a diversidade dentro da Corte mais importante do país. 

Desde sua criação, o Supremo já teve 172 ministros. Mas apenas três mulheres ocuparam cadeiras até hoje. Nenhuma delas era negra. No momento, Cármen Lúcia é a única mulher entre os 11 integrantes da Corte. A falta de representatividade feminina e negra tem sido constantemente referenciada como um reflexo de estruturas racistas e patriarcais que ainda persistem nos espaços de poder, inclusive no Judiciário.

Falta de representatividade no STF suscita campanhas pela nomeação de mulher negra para a Corte

Nesta terça-feira, 21 de outubro de 2025, o professor do Cefet-MG Agmar Bento, especialista em segurança no trânsito, comentou, em participação no programa Conexões, os principais pontos da consulta pública do governo federal que pretende modificar as regras para a obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) no país e tornar o documento mais acessível e barato para a população. 

A iniciativa é conduzida pelo Ministério dos Transportes e marca o primeiro passo para colocar em prática um novo modelo de formação de condutores, que busca reduzir custos e ampliar o acesso à habilitação em todo o país. A proposta prevê que o candidato possa escolher diferentes formas de se preparar para os exames teórico e prático, que vão continuar necessários como condição para a emissão da CNH. A ideia do texto é retirar a obrigatoriedade de contratação de autoescolas por parte dos candidatos, que vão poder escolher contratar instrutores autônomos credenciados pelos Departamentos de Trânsito dos estados. Entre as mudanças, também estão o fim da exigência de carga horária mínima de 20 horas de aulas práticas. A proposta se inspira em práticas de países como Estados Unidos, Canadá, Inglaterra, Japão, Paraguai e Uruguai, onde os modelos de formação são mais flexíveis e centrados na autonomia do cidadão.

Governo faz consulta pública para ampliar acesso à CNH no Brasil

Nesta quarta-feira, 22 de outubro de 2025, a médica mastologista Débora Balabram, professora do Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina da UFMG, conversou com o jornalista Hugo Rafael sobre o crescimento preocupante de casos de câncer de mama em mulheres com menos de 40 anos de idade e ações como a campanha Outubro Rosa, que tem o objetivo de alertar as mulheres e a sociedade para a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do tumor.

O dia 19 de outubro que, neste ano, caiu no último domingo, é reservado ao Dia Mundial de Combate ao Câncer de Mama. No Brasil, esse é o tipo de tumor que mais mata mulheres no país, segundo dados do Painel Oncologia Brasil. Somente em 2023, mais de 20 mil brasileiras morreram em decorrência da doença. Tradicionalmente mais comum em mulheres acima dos 50 anos, o câncer de mama tem apresentado crescimento preocupante entre mulheres com menos de 40. Ainda de acordo com o Painel Oncologia Brasil, entre 2018 e 2023, mais de 108 mil brasileiras com idade entre 35 e 49 anos foram diagnosticadas com a doença. Como forma de contornar esse crescimento acelerado e conscientizar sobre a importância do diagnóstico precoce, o Ministério da Saúde passou a garantir que mulheres de 40 a 49 anos possam fazer mamografia pelo SUS, mesmo sem que apresentem sinais ou sintomas da doença. 

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), em 2025, serão diagnosticados mais de 73 mil casos de câncer de mama no Brasil. Embora qualquer mulher e até mesmo homens possam desenvolver câncer de mama, alguns fatores aumentam os riscos, como obesidade após a menopausa, sedentarismo, consumo de álcool e tabagismo.

Outubro Rosa: casos de câncer de mama têm crescido entre mulheres com menos de 40 anos

Em participação no programa Conexões desta quinta-feira, 23 de outubro de 2025, a geógrafa e coordenadora técnica do Projeto Manuelzão, Márcia Marques, falou sobre a publicação "Empoderamento Jurídico e Socioambiental", que compila dois anos de atuação do Núcleo de Direito Ambiental do projeto de extensão com comunidades impactadas pela mineração em Minas Gerais.

O lançamento do livro será na noite desta quinta, às 19h30, no Salão Nobre da Faculdade de Medicina da UFMG (Avenida Professor Alfredo Balena, 190, Santa Efigênia). 

Mais informações em: http://manuelzao.ufmg.br

Projeto Manuelzão lança o livro Empoderamento Jurídico e Socioambiental

Nesta quinta-feira, 23 de outubro de 2025, o programa Conexões repercutiu, em entrevista, a crise política no Peru. O professor e diretor do Instituto Latino-americano de Economia, Sociedade e Política da Universidade Federal da Integração Latino-americana (Unila), Fábio Borges, analisou a recente declaração do estado de emergência na capital do país, durante entrevista conduzida pela jornalista Luíza Glória.

Na última terça-feira, 21, o presidente interino do Peru, José Jerí, declarou estado de emergência em Lima e na cidade de Callao, vizinha à capital. A ação tem o objetivo de conter a onda de violência e extorsões atribuídas ao crime organizado na capital do país. 

Sob estado de emergência, a Polícia Nacional do Peru agora assume o controle da ordem interna, com o apoio das Forças Armadas. Com isso, serão feitas operações intensivas em áreas consideradas críticas. Entre as medidas implementadas, estão a instalação de comandos temporários, operações de fiscalização de documentos de pessoas e veículos, confisco de armas e munições, e o controle migratório de estrangeiros. De acordo com o presidente José Jerí, durante a declaração, “guerras são vencidas com ações, não com palavras”. Ainda em suas palavras, o “país está passando da defensiva para a ofensiva na luta contra a criminalidade, uma luta que vai permitir recuperar a paz, a tranquilidade e a confiança de milhões de peruanos". 

O Peru sofre uma onda de protestos. Na quarta-feira passada, em várias regiões da capital, houve confrontos entre manifestantes e policiais, além do fechamento de estradas por conta da mobilização e a suspensão temporária de rotas de transporte. Os manifestantes carregavam bandeiras e cartazes rejeitando o Congresso Nacional e o presidente José Jeri, que assumiu o cargo, interinamente, há menos de duas semanas, após o impeachment da presidente Dina Boluarte. Desde 2016, o Peru já teve sete presidentes que sofreram impeachment, renunciaram ou governaram de forma interina.

Crise no Peru: professor da Unila analisa situação no país após estado de emergência em Lima

Nesta quarta-feira, 22 de outubro de 2025, a advogada do Greenpeace Brasil, Daniela Jerez, analisou, durante entrevista ao jornalista Hugo Rafael, no programa Conexões, o licenciamento concedido pelo Ibama à Petrobras para exploração da bacia sedimentar da Foz do Amazonas. 
 
A Petrobras anunciou na última segunda-feira, 20, que obteve licença ambiental para pesquisar a viabilidade de exploração de petróleo a 500 quilômetros da Foz do Rio Amazonas, na chamada Margem Equatorial, em alto-mar, na divisa entre Amapá e Pará. A notícia veio às vésperas da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30), que vai ocorrer em Belém. 

Após o anúncio da licença, oito organizações e redes dos movimentos ambientalista, indígena, quilombola e de pescadores artesanais, entre as quais o Greenpeace Brasil, ingressaram com ação na Justiça Federal do Pará contra o Ibama, a Petrobras e a União, pedindo anulação do licenciamento.

Advogada do Greenpeace analisa licença concedida à Petrobras para exploração da Foz do Amazonas

Nesta sexta-feira, 24 de outubro de 2025, o professor de Direito Internacional da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila) Júlio Moreira comentou, em participação no programa Conexões, a autorização de Donald Trump para operações da agência de inteligência dos Estados Unidos na Venezuela. 

No mês passado, a imprensa estadunidense informou que o governo Trump avalia uma operação militar que pode resultar em ataques ao país sul-americano. Estruturas ligadas a cartéis de drogas estariam entre os possíveis alvos. Autoridades também dizem que o objetivo final seria retirar o presidente Nicolás Maduro do poder. A ação de agora envolvendo a CIA representa mais uma investida dos EUA contra Maduro, acusado de liderar o Cartel de los Soles, grupo classificado recentemente pelo governo Trump como organização terrorista internacional envolvida no tráfico de drogas.

Professor da Unila comenta autorização de Trump para ações secretas da CIA na Venezuela

Nesta sexta-feira, 24 de outubro de 2025, o professor de Direito da UFMG e da PUC Minas José Luiz Quadros de Magalhães analisou, em participações especial no programa Conexões, a aprovação em 1º turno na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) da PEC do Referendo, que elimina a necessidade de consulta popular para privatizações no estado. A sessão, que teve início às 18h dessa quinta-feira, 23, durou mais de 10 horas, terminando por volta das 4h30 desta sexta-feira. Ao fim da votação, o placar foi de 52 votos favoráveis e 18 contrários à proposta.

Professor de Direito da UFMG analisa aprovação da PEC que busca facilitar privatizações em MG

Nesta segunda-feira, 10 de novembro de 2025, o coordenador do Projeto Saúde e Alegria, Caetano Scannavino, um dos coordenadores da Cúpula dos Povos, conversou com o jornalista Hugo Rafael, no programa Conexões, direto da plenária de abertura da COP 30 – Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, em Belém, Pará. O ativista do projeto que atua com comunidades ribeirinhas na Amazônia, falou das perspectivas e expectativas para a conferência e defendeu a necessidade de que as ações e decisões passem pela consulta aos povos e comunidades tradicionais da Amazônia.

A COP 30 vai entrar para a história como a primeira realizada numa cidade brasileira e da Amazônia. O encontro global anual reúne líderes mundiais, cientistas, organizações não governamentais e representantes da sociedade civil para discustir ações para combater as mudanças do clima. Segundo o governo federal, a conferência representa uma oportunidade histórica para o Brasil reafirmar seu papel de liderança nas negociações sobre mudanças climáticas e sustentabilidade global. Além disso, o evento, vai permitir ao país demonstrar seus esforços em áreas como energias renováveis, biocombustíveis e agricultura de baixo carbono, além de reforçar sua atuação histórica em processos multilaterais, como na Eco-92 e na Rio+20. Entre os temas principais que serão debatidos, estão a redução de emissões de gases de efeito estufa, a adaptação às mudanças climáticas e a preservação de florestas e biodiversidade. 

Na semana passada, na Cúpula dos Líderes, foi anunciado o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), que pretende mobilizar 125 bilhões de dólares em capital público e privado, combinando aportes de governos, bancos e fundos filantrópicos, para preservação de florestas tropicais em todo o mundo.

COP 30: Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima começa hoje em Belém

A Rádio UFMG Educativa é uma parceria entre a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Empresa Brasil de Comunicação (EBC), com transmissão de programação diária na frequência 104,5 FM, para a Região Metropolitana de Belo Horizonte, e on-line, pelo site http://ufmg.br/radio. Inaugurada em 6 de setembro de 2005, a emissora oferece uma programação diferenciada e alternativa aos formatos e gêneros musicais já existentes no mercado. Referência em produção radiofônica entre as rádios universitárias do país, a UFMG Educativa tem a missão de dar visibilidade à produção de conhecimento da Universidade, por meio da comunicação pública da ciência e do fomento à discussão constante de temas relacionados à educação e à cultura. A emissora está vinculada ao Centro de Comunicação da UFMG (Cedecom) e é composta pelos núcleos de Jornalismo, Operações e Programação.

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