Seguindo o movimento já esperado, os preços do feijão abriram a quarta semana de julho em alta. As cotações do carioca já são encontradas acima de R$200/saca em praticamente todas as praças do Brasil. Neste momento, o feijão de menor qualidade, em promoção nas gôndolas, já circulou, e agora os feijões nobres se tornam protagonistas. Vlamir Brandalizze explica que o mês de agosto deve seguir essa tendência, em um momento no qual a oferta não deve ser farta.

Preços do feijão vão decolar? Mercado aponta para valorização

Be right back!

Com o tema “Brasil Rural: Raiz da Vida, Fonte do Bem Viver”, o município de Urussanga promove, nesta sexta-feira (25), a 1ª Conferência Municipal de Desenvolvimento Rural. O evento será realizado das 13h às 17h, na Casa do Colono, no Parque Municipal, e tem como objetivo debater políticas públicas e estratégias voltadas ao desenvolvimento sustentável do meio rural, com ênfase no fortalecimento da agricultura familiar.

A programação prevê discussões em torno de cinco eixos temáticos:
• Emergência climática;
• Soberania e segurança alimentar;
• Democratização do acesso à terra e à água;
• Direitos sociais no campo;
• Promoção do bem viver.

Segundo os organizadores, a conferência é um espaço aberto para troca de ideias, aprendizado e construção coletiva de soluções que contribuam para a transformação do campo e melhoria da qualidade de vida no meio rural.

Em entrevista ao programa Cruz de Malta Notícias, o presidente do Conselho de Desenvolvimento Rural de Urussanga, Caio de Noni, destacou a importância do encontro:

Urussanga realiza 1ª Conferência Municipal de Desenvolvimento Rural nesta sexta-feira

O mercado do arroz mostrou recuperação em julho, e as cotações no Rio Grande do Sul voltaram para a casa dos R$ 70. A valorização vem após um longo período de preços baixos, pressionando a indústria a ajustar os valores dos pacotes, que vinham sendo vendidos abaixo do custo.
Com a melhora nas cotações, Vlamir Brandalizze projeta o fim dos pacotes de 5 kg a R$ 13,99 nas prateleiras. A indústria e o varejo não conseguem mais sustentar os preços baixos, e o arroz mais barato já custa entre R$ 20 e R$ 24.

Arroz deve abrir agosto em alta

O mercado do feijão, especialmente o carioca, começa a reagir após o fim da colheita da segunda safra. Os preços já atingem, por exemplo, R$ 230 em Minas Gerais. Vlamir Brandalizze ressalta que produtores que armazenaram feijão em câmara fria estão aguardando valorização entre R$ 50 e R$ 100 por saca para cobrir os custos de produção e estocagem. Isso deve limitar a oferta no curto prazo.

Feijão de câmara fria: produtores vão esperar valorização entre R$50 e R$100 por saca para vender

A valorização recente da soja levou o produtor a priorizar sua venda, reduzindo a pressão de oferta do milho. Isso tem ajudado a manter as cotações estáveis ou em leve alta. O mercado portuário continua comprador, com preços entre R$ 64 e R$ 68. No mercado internacional, o milho mostra tendência de valorização, sustentado por déficits globais de oferta frente ao consumo crescente, especialmente para ração e biocombustíveis.
Vlamir Brandalizze destaca que as exportações brasileiras devem acelerar nos próximos meses, mesmo que julho fique abaixo da meta inicial de 4 milhões de toneladas. A expectativa para a temporada é embarcar entre 35 e 40 milhões de toneladas.

Milho pode ser beneficiado pela soja

As importações de trigo seguem em alta no Brasil. São quase 4 milhões de toneladas acumuladas no ano — acima do total importado no mesmo período de 2024. O país continua sendo um dos maiores importadores globais, levantando os questionamentos sobre o quanto a cultura é incentivada em solo brasileiro.
Vlamir Brandalizze comenta que a área plantada com trigo no Brasil está em queda. No Rio Grande do Sul, cerca de 95% da área estimada foi plantada, mas com redução de 10% a 15% em relação ao ano anterior. No Paraná, a queda pode ultrapassar 30%, com menos de 800 mil hectares efetivamente plantados.

Falta incentivo para o trigo? Importações seguem disparadas

En la campaña finalizada en junio de 2025 la inversión en equipamiento agrícola registró un incremento de 4%, de acuerdo con el índice de inversión en maquinaria agrícola (Idima) elaborado por Carle & Andrioli. A propósito, consultamos al Cr. Darío Andiroli. 

Darío Andrioli - Venta de maquinaria

A quarta semana de julho se encerrou com perspectivas positivas para o mercado do milho. Segundo dados do Farm News e do CEPEA, o milho físico fechou junho a R$ 67, abaixo dos R$ 72 do ano anterior. Apesar da queda, há sinais de recuperação, com a cotação média atual em torno de R$ 64. O agente autônomo de investimentos, João Santaella Neto, destaca essa reação nas cotações, especialmente nos contratos da B3. Já no mercado físico, os compradores aguardam novas quedas com o avanço da colheita da safrinha.

Mercado do milho indica melhora nos preços para o segundo semestre

Os preços do feijão se mantiveram estáveis ao longo da quarta semana de julho. A demanda segue calma devido à colheita das lavouras irrigadas em agosto. Já os estoques de sementes permanecem altos, com baixa procura para o próximo plantio, algo comum para o período. O presidente do IBRAFE, Marcelo Lüders, mostrou preocupação com possíveis taxações da Venezuela sobre as importações do Brasil, que podem incluir o feijão. Em 2023, o país importou mais de 10 mil toneladas do produto brasileiro, e qualquer mudança tarifária pode impactar o setor. Também há incertezas sobre as medidas dos Estados Unidos, que, mesmo sem serem grandes compradores de feijão do Brasil, podem influenciar ações de países aliados.

Feijão brasileiro será taxado na Venezuela?

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